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Manifesto dos cartunistas

Pela anistia a Walter Delgatti e pela prisão de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol

Hoje é primeiro de abril, conhecido como o dia da mentira.

Escolhemos este dia para lançar este manifesto porque não dá mais para aceitar esta "Era da pós-verdade", quando a desonestidade e enganação sejam normalizadas na vida contemporânea, e a verdade, a realidade pouco importam.

Embora sempre tenha havido mentirosos, as mentiras geralmente eram contadas com hesitação, uma pitada de ansiedade, um bocado de culpa, um pouco de vergonha, e, pelo menos, alguma timidez.

Agora, assistimos criminosos sem nenhuma vergonha, mentindo descaradamente, enquanto pessoas que nos mostraram a verdade e a realidade estão atrás das grades, impedidas de falar.

No caso de Assange, nem no dia de seu casamento pudemos ver uma foto sequer do estado em que ele se encontra, nas masmorras da rainha.

Snowden teve que se exilar na Rússia para não cair nas mesmas masmorras em que caíram Assange, Chelsea Manning – e Walter Delgatti, aqui em nosso país.

Para restabelecermos a verdade, é urgente que seja concedida a anistia a Walter Delgatti.

Ele foi o hacker que denunciou as delinquências da Lava Jato, mudou a história do país, possibilitou as punições ainda brandas que estamos vendo e mostrou quem são Sergio Moro, Deltan Dallagnol e sua turma.

Não fosse Walter, Lula e qualquer outro que ousasse ir contra o projeto criminoso da quadrilha de Curitiba estariam presos, os lavajateiros estariam bilionários e líderes nas pesquisas pra todos os cargos que quisessem, ainda posando de heróis.

É hora de retomar o projeto que o senador Renan Calheiros apresentou para anistiá-lo, é hora do povo brasileiro ter acesso à íntegra da Operação Spoofing – é importante para mostrar como funcionavam as articulações da Lava Jato e da força-tarefa com Moro.

E passou da hora de Moro, Dalagnol e seus comparsas do judiciário estarem atrás das grades.

Subscrevem este manifesto:

Cartunistas da Grafar (Grafistas Associados do Rio Grande do Sul)


AQC – Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo

Revista Pirralha

Grupo POSTe

Revista digital Duas Bandas e Um Conjuntinho

Coletivo Pavio Curto

Artistas independentes

por Fernando Vasqs no facebook
A vida continua>>>

Charge do dia

toto


Marcio Baraldié conhecido como o “cartunista mais rock’n’roll” do Brasil por sua especialidade em retratar o mundo roqueiro. Desenhista desde a infância, é o maior vencedor de um dos mais importantes prêmios do gênero no país, o Prêmio Angelo Agostini, em que ele já venceu como melhor cartunista. Confira mais do seu trabalho em: http://www.marciobaraldi.com.br

Gênio Total (roiautis para Neno Cavalcante)


\o/Enviado por Antonio Francisco

O amor à ambiguidade

O artista popular proseia enquanto versa. É prosaico enquanto eleva. Nada fácil para Laerte Coutinho, com seu talento de melhor traço, ainda desenhar as contradições com leveza. Nada fácil ser menina. O que parece contentá-lo é o amor à ambiguidade, ao humor que tudo golpeia, porque tudo é preciso refazer. Trezentos originais e 2 mil itens nesta vigésima edição da Ocupação Itaú Cultural mostram o percurso de quatro décadas deste grande artista popular do Brasil.



Laerte e o amor à ambiguidade, por Rosane Pavam - Carta Capital



O artista popular proseia enquanto versa. É prosaico enquanto eleva. Nada fácil para Laerte Coutinho, com seu talento de melhor traço, ainda desenhar as contradições com leveza. Nada fácil ser menina. O que parece contentá-lo é o amor à ambiguidade, ao humor que tudo golpeia, porque tudo é preciso refazer. Trezentos originais e 2 mil itens nesta vigésima edição da Ocupação Itaú Cultural mostram o percurso de quatro décadas deste grande artista popular do Brasil.


Alguém que, nos célebres quadrinhos de A Insustentável Leveza do Ser, desenhou a possibilidade de sua família não ser exatamente a sua, enquanto você pode ser mais do que é. Do pobrezinho Deus à fúria capaz de resolver conflitos nos Piratas do Tietê, ao espelho televisivo, aos heróis sem pose, ao sarcasmo ou à joia de pensar, tudo se encaminha nesta exposição para que se dê o domínio de Laerte sobre a dúvida.
Eis por que as fotografias de sua pessoa ali presentes, possuída de vestidos, colares, bocas e coques, estendem-se como uma ilustração bastante explícita do que já se intui ao ler Laerte. Prosa e verso, o artista tem muitas faces, como explica seu filho Rafael Coutinho, outro desenhista dos bons e curador da exposição: “Neste labirinto que é a sua obra, existe uma criatura que ronda, tal como no mito do Minotauro. Inquietação ou angústia, um superego solto, uma entidade sem sexo, que, acuada, ataca. Vive dentro do artista ou é parte dele. Exoesqueleto que o controla e o direciona. Pode ser o próprio Laerte, criatura entre nós. Ele, meu familiar pai, um monstro”.
Ocupação Laerte
Itaú Cultural, São Paulo
21 de setembro a 2 de novembro
itaucultural.org.br/ocupação