Análise do Olhar Digital aponta empate técnico
Uma das mais antigas ferramentas de comunicação da internet, o ICQ andava esquecido até lançar a versão 8, nesta semana, que o colocou em pé de igualdade com produtos como WhatsApp, Viber, WeChat e Skype. A possibilidade de se conectar através de um número de telefone, fazer chamadas em vídeo, trocar stickers, entre outras coisas, deu mais peso para o ICQ, mas vale a pena baixá-lo?
O ICQ é bom. No smartphone, funciona de forma rápida e sem engasgar. Tem um visual limpo e funcionalidades que atualmente precisam estar num comunicador: chat individual, em grupo, em vídeo, troca de imagens e vídeos, uma boa variedade de pacotes de stickers (inclusive um só de memes que deixa a conversa mais interessante).
Dá para conversar até com quem não usa o aplicativo, de forma gratuita, porque o contato recebe um sms com o conteúdo. E a resposta vem no ICQ, e não no app padrão do aparelho. Há também a possibilidade de enviar qualquer tipo de arquivo, seja PDF, DOC, JPG etc.
É possível baixar o ICQ no computador ou usar o serviço pelo navegador e falar também com os contatos do Facebook por ele. Quem tem site pode disponibilizar o ICQ por meio de um plug-in e usá-lo para aumentar o tráfego e a permanência dos visitantes.
Tudo isso e, se você está na faixa dos 25 anos, ainda vai gostar de ouvir o nostálgico "oh-ow" sempre que receber uma mensagem. O ICQ só tem um problema sério: a base de usuários. O serviço pode ser muito útil no desktop, mas no celular a concorrência é muito acirrada, principalmente porque o mercado tem um serviço dominante que é o WhatsApp.
Quando baixei o ICQ, tive de pedir a amigos que o baixassem também para que eu conseguisse testá-lo. A reação geral foi positiva, mas a maioria das pessoas depende de outro aplicativo para chegar aos contatos.
Dá pra arriscar que ele representa um perigo para o WhatsApp, mas é difícil imaginar que um dia haverá tanta força para destroná-lo. Se bem que, com o lançamento da versão atual, o ICQ chegou ao topo nas lojas de aplicativos, com 100 registros por minuto só no Brasil... será que é um começo?
by Leonardo Pereira