Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Mensagem para a vida inteira

Conversa de botequim

- Você é rico não pelo que comprou. Você  é rico pelo que conquistou e não há dinheiro no mundo que possa comprar.

- E o que o dinheiro não compra?

- Tua mãe, teus irmãos, teus filhos, teus amigos. O amor não tem preço. É valor!

Deixaram o sem amor latindo sozinho.

*Moro é um moleque. E por isso faz molecagem com o STF

morotel
Não se sabe se o juiz Sérgio Moro quis dizer ao Supremo que é desidioso, irresponsável ou cara de pau.
O fato é que ele mandou ontem ao STF um ofício dizendo que “não percebeu” que um dos telefones que mandou grampear era o Pabx de 25 ramais do escritório do advogado de Lula – e de vários outros profissionais e clientes .
Curiosa explicação porque, mesmo que o MP tenha informado erroneamente, Moro recebeu dois ofícios da Telefônica com a informação de que, entre os telefones interceptados estava o do escritório de advocacia: um no dia 23 de fevereiro e outro a 7 de março.
Com nome, CNPJ e endereço, claríssimos.
Aliás, nos próprios oficios a Telefônica coloca à disposição do juízo – como deve ter feito nas centenas de grampeamentos ordenados por Moro – o seu “Portal Jud”, que permite “via web,24 h por dia” o acesso aos dados cadastrais de qualquer telefone.
E nos cadastros da empresa, o telefone é do escritório de advocacia.
Se Moro diz a verdade, seu Juízo está sendo, no mínimo, desidioso, por é providência básica, com a comunicação da empresa de telefonia, verificar se os números grampeados são daquelas pessoas a que foram autorizados espionar. Se houve um desvio, ou um erro ou, até, a inclusão de um número “contrabandeado”entre os interceptados, sem conferência, isso seria possível e impune.
Irresponsável, pois se trata de um direito fundamental – a privacidade das comunicações – cuja violação judicial é excepcionalíssima e obrigatoriamente cerca de todos os cuidados.
Mas a pior parte do ofício ainda está por vir.
É aquela em que Moro diz que mesmo tendo determinando a escuta “sem perceber”, poderia tê-lo feito, porque o advogado de Lula é, para ele, investigado. Ora, a interceptação do terminal do escritório do advogado foi feita antes desta ordem e, portanto, é ilegal.
Mais, Moro diz que ” não há nos relatórios de interceptação da Polícia Federal, com a seleção dos áudios relevantes, diálogos interceptados a partir do referido terminal” mas, logo adiante, no ofício, ressalva  que caso “eventualmente existam diálogos interceptados no terminal x , não foram eles tornados públicos e, caso, inadvertidamente, tenham, de fato, sido interceptados diálogos de outros advogados, que não o investigado Roberto Teixeira, eles se submeteriam ao procedimento de inutilização do art. 9º da Lei nº 9.434/1997.”
Como assim, Dr. Moro, há, não há ou o senhor não sabe o que está no processo?
Pretende que o Supremo acredite nisso, depois que ficou sabendo que o senhor intercepta Deus e todo mundo e divulga, a toque de caixa, tudo aquilo que pode gerar impacto político?
O texto é do excelente jornalista Fernando Brito - Tijolaço
Apenas o título é meu.

Sim votarei contra o impeachment

Vi minha foto no jornal, numa publicação paga pela FIESP. Ela estava acompanhada por meu email, meu telefone e meu Facebook num anúncio de página inteira no jornal Valor Econômico. "Estes são os deputados que representam São Paulo na comissão do impeachment", dizia o título do anúncio, impresso em tinta preta sobre fundo amarelo. Logo abaixo, uma questão dirigida ao leitor do jornal: "Pergunte diretamente a eles de que lado eles estão. Você tem o direito de saber quem é contra ou a favor do impeachment." A página trazia ainda a frase "Impeachment Já!" e o bordão "chega de pagar o pato."
Votarei contra o impeachment
, Skaf. Assim agirei por duas singelas razões:

1) Não há base jurídica para o impeachment da presidenta Dilma. Para se tirar um presidente legitimamente eleito, por meio de impeachment, há que se ter  comprovado crime de responsabilidade. Sem a existência de crime, é golpe. Na democracia, o respeito à Constituição é sagrado. O último golpe apoiado pela FIESP foi um pesadelo que durou 21 anos. Muitas pessoas morreram, outras foram para o exílio, políticos foram cassados e direitos civis foram suprimidos.

2) O impeachment não é o caminho para acalmar o país. Os problemas que temos serão resolvidos pelo diálogo e não jogando gasolina para apagar a fogueira. Não posso deixar de lembrar que o setor representado pela FIESP foi o maior beneficiado pelas desonerações na folha de pagamento e pelos subsídios concedidos pelo Tesouro ao BNDES durante o governo Dilma. Tais benesses são responsáveis pelo déficit orçamentário que alcançamos em 2014 e 2015. E você liderava essa pauta.

Você tem militância política, é filiado ao PMDB, e isso é bom. Porém, não podemos esconder que dois dos seus companheiros de partido são beneficiários diretos do impeachment, uma vez que Michel Temer aspira à Presidência da República e Eduardo Cunha assumiria a condição de primeiro sucessor. Essa condição tira a imparcialidade que o teu cargo requer.

Você repete o bordão "chega de pagar o pato". Faz sentido, embora seja recomendável pagar pelo menos os direitos autorais ao autor desse pato. Penso que esse bordão ganharia credibilidade se a entidade que você dirige desse o exemplo, assumindo uma postura de austeridade e equilíbrio. Sobretudo de equilíbrio. Parece estar sobrando dinheiro do sistema S para bancar a publicação desses caros anúncios. Se destinados à previdência social, esses recursos poderiam evitar o déficit anunciado.

Votarei contra o impeachment e, imediatamente após superar essa pauta no Congresso Nacional, vou sugerir à presidenta que promova um diálogo nacional para incentivar o crescimento econômico, a proteção do emprego e da renda das famílias brasileiras, a retomada das reformas de que o Brasil precisa. Esse debate deve ser feito com aqueles que cultivam o diálogo e defendem a democracia, e não com aqueles que repetem os erros do passado e querem fraturar o país.

Paulo Teixeira, deputado federal (PT/SP).

STF - Marco Aurélio Mello considera 'impensável' que Eduardo Cunha não cumpra ordem judicial

O ministro Março Aurélio Mello (STF) determinou análise de impeachment do vice-presidente por Câmara.
Ministro diz que Cunha pode responder por crime de responsabilidade.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (5) considerar "impensável" que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não cumpra de imediato, após ser notificado, decisão que determinou à Casa iniciar um processo de impeachment contra o vice-presidente, Michel Temer.

Mais cedo, nesta terça, Marco Aurélio mandou a Câmara formar uma comissão especial para analisar a denúncia apresentada por um advogado mineiro contra Temer. O advogado contestou no Supremo decisão de Cunha que arquivou em dezembro um pedido de impeachment que apresentou contra o vice-presidente.

"É impensável que não se observe uma decisão do Supremo. A decisão não é do cidadão Marco Aurélio, é do Supremo e deve ser observada", afirmou. Questionado sobre as consequências de um eventual descumprimento, o ministro respondeu: "É crime de responsabilidade e sujeito a glosa penal".

Marco Aurélio disse acreditar que Cunha cumpra "imediatamente" a decisão. Ele ressaltou, porém, que a decisão pode ser revertida no plenário do STF na análise de um eventual recurso da Câmara e que pretende levar o caso "rapidamente" aos 11 ministros. "Todos sabem que eu não sento em cima de processo. Processo para mim não tem capa, tem estritamente conteúdo", afirmou.

Resposta a críticas sobre interferência

Em entrevista a jornalistas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde recebe uma homenagem nesta terça, Marco Aurélio respondeu a críticas de que sua decisão representa interferência na Câmara. "Dentro do pleito maior deferi uma providência sobre a minha ótica corriqueira: a tramitação da denúncia", afirmou.

"Os poderes são harmônicos e independentes, e a última trincheira da cidadania é o Judiciário. Você não tem mais a quem recorrer, a não ser ao Supremo, e a última trincheira está personificada no Supremo", completou depois.

O ministro ainda foi questionado se Cunha deveria ter aceitado os mais de 40 pedidos de impeachment já apresentados contra Dilma e Temer. "Não importa. Nós vamos ver o motivo que há sobreposições", afirmou. Sobre a quantidade de denúncias, afirmou que "esse grande número só  sinaliza uma coisa que nós estamos vivendo numa época de crise muito aguda".