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Emprego

Boa parte das primeiras colocadas no ranking das melhores empresas para líderes no Brasil estão em fase de expansão da equipe local. 

A GE contratou 2,9 mil funcionários na América Latina em 2010 – e espera repetir o feito neste ano, com parte das oportunidades concentradas no Brasil. 

A Ambev, que abriu 1,9 mil vagas no ano passado, prevê pelo menos mais 1,4 mil para 2011, em uma expectativa conservadora. 

A Votorantim vai começar a preparação da equipe para 11 novas fábricas a serem abertas nos próximos anos.

A Braskem vai triplicar sua área de pesquisa até 2015. Já a 3M, que tem 4.350 funcionários no País, prevê uma expansão de até 9% até dezembro.

Cimenteira não dá conta de abastecer demanda dos Estados do Nordeste enquanto novas fábricas não iniciam produção

Márcia de Chiara 

O boom da construção civil, especialmente na Região Nordeste, fez a Votorantim Cimentos, empresa líder do setor, importar pela primeira vez em anos recentes o produto. A companhia comprou 300 mil toneladas de cimento do Vietnã, transportadas por dez navios que vão desembarcar o produto no Porto de Fortaleza (CE) até o fim deste ano.
A importação foi a saída encontrada pela empresa para regularizar o mercado de forma mais rápida e não deve se tornar uma rotina na companhia. O cimento vem do Vietnã porque o país tem disponibilidade do produto ensacado, o que facilita o transporte e o desembarque.
De acordo com a empresa, o objetivo da importação é complementar a oferta no mercado interno, enquanto novas unidades de produção da Votorantim não entram em funcionamento. Entre 2007 e 2013, a companhia programou investimentos de R$ 5 bilhões em 22 unidades de produção, das quais 9 em funcionamento e 13 em fase de construção ou projeto.
Basílio Jafet, diretor da Comexport, uma das grandes empresas de comércio exterior que também trabalham com materiais de construção, conta que recebeu este ano pedidos de várias construtoras interessadas em importar cimento. Mas os negócios não foram para a frente por causa dos prazos de entrega e dos preços. Segundo especialistas, os custos de importação são elevados e podem acrescentar cerca de R$ 2 ao preço.
Além do baixo valor unitário, o cimento é um item perecível e não pode ser armazenado por muito tempo. Esses fatores impediram o fechamento de negócios, segundo Jafet.
Precedente. “Já houve importação de cimento no passado, mas não é rotineira”, afirma o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), José Otavio Carvalho. No ano passado, foram importadas entre 300 e 400 mil toneladas de cimento. “Para este ano, o volume importado certamente será maior”, prevê.
Apesar de apenas a Votorantim, entre as grandes cimenteiras, confirmar que está importando o produto, o vice-presidente do Snic diz que é possível que outras companhias estejam usando a mesma estratégia para abastecer o mercado doméstico, especialmente em mercados mais distantes dos principais centros produtores, como o do Estado de Mato Grosso.
O crescimento das importações reflete o ritmo acelerado de crescimento do consumo no mercado interno, puxado pelos programas habitacionais e obras de infraestrutura. Em 2009, as vendas atingiram 51,1 milhões de toneladas, com crescimento de 0,8% em relação a 2008. Neste ano, no entanto, o desempenho está surpreendendo. Até junho, foram comercializadas 27,6 milhões de toneladas, volume 14,6% maior ante igual período de 2009. O Nordeste, com 21,4%, foi a região com a maior taxa de expansão, depois do Norte (64,1%). Carvalho diz que a projeção inicial da entidade era fechar o ano com alta de 7% nas vendas domésticas na comparação com 2009. “Agora nossa estimativa foi ampliada para 12,5%.”
Preços. A escassez de cimento já provoca alta de preços. Dados do Sinduscon SP mostram que a variação do preço do cimento quase se equipara à do IGP-M de junho: subiu 0,83%, enquanto o indicador teve alta de 0,85%. No ano, o cimento está 4,31% mais caro e, em 12 meses, subiu 3,23%.
Procuradas pelo Estado, Camargo Corrêa, Holcim e Lafarge informaram que não estão comprando cimento no exterior.

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Grupo Votorantim anuncia mais 8 fábricas


Fernando Scheller – O Estado de S.Paulo

Fabricante de cimentos vai investir R$ 2,5 bilhões nas novas unidades e prevê aumentar capacidade de produção em cerca de 55%

De olho na demanda criada pelo programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida, pela expansão do setor produtivo e por grandes projetos de infraestrutura, como a Hidrelétrica de Belo Monte, a Votorantim Cimentos anunciou ontem a construção de oito novas fábricas no País, ao custo de R$ 2,5 bilhões. Continua>>>