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Lula e Marisa ganharam novo neto hoje

É filho de Marlene Araújo e Sandro Luis Lula da Silva. Nasceu as 14 horas na maternidade São Luis e pesou 4 kilos.

Bronzeamento natural

Minha sogra fala tanto que quando vai a praia é a língua a parte do corpo dela que fica mais bronzeada.

Seu cérebro é capaz de fazer imagens desaparecer

Estudos mostram que apena 1% da população consegue fazer esta imagem [abaixo] desaparecer.
Olhe fixamente para a cruz no meio da imagem e concentre-se em faze-la sumir.
Se conseguiu compartilhe no +1 , Facebook , Orkut, Twitter
Teste pinçado do SuperOlho

Elis Regina: 30 anos de saudade

A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. O famoso dramaturgo, escritor e poeta irlandês, Oscar Wilde (1854 - 1900) ao expressar essa cintilante observação jamais imaginou que, em meio a uma constelação de estrelas na interpretação musical brasileira, surgisse uma de luminosidade mais forte e arrebatadora de multidões, nas suas presenças em palcos, em disco, em rádio ou em televisão, sem cair no poço raso da vulgaridade. E, permanecer - após sua morte que completará, amanhã, 30 anos - tatuado na memória popular como uma deusa da teatralidade musical. Seu nome: Elis Regina.

Essa inquieta intérprete da variedade sonora brasileira - a quem Vinícius de Moraes apelidou de a Pimentinha - nasceu em Porto Alegre, a 17 de março de 1945 e morreu a 19 de janeiro de 1982, com 36 anos de idade, após passar pelas mais diferentes fases dos movimentos artísticos nacionais, chegando a dar uma nova postura aos espetáculos musicais, com um jeito todo seu de expressar emoções adversas, da tristeza à felicidade, em um mesmo aparecimento público ou em uma mesma canção.

Das mais de 300 canções que Elis Regina gravou, há algumas quase desconhecidas, na época. Lembro-me de poucas, como, por exemplo; Jesus Cristo (Roberto Carlos) 20 Anos Blues, (Victor Martins e Sueli Costa), Acender as Velas (Zé Keti), As Curvas das Estradas de Santos (Roberto Carlos), Marcha da Quarta-Feira de Cinzas (Carlos Lira e Vinícius), Como Nossos Pais (Belchior), O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), e Té o Sol Raiar (Baden e Vinícius).

Seu aparecimento aos olhos da brasilidade ocorreu durante a febre de festivais na década de 60, quando surgiram outros nomes, posteriormente, famosos; Chico Buarque, Sérgio Ricardo, Jair Rodrigues, Tom Jobim, Ivan Lins e outros não menos amado pelo público nacional. Para muitos desses, Elis Regina gravou canções que os tornaram mais queridos da nossa gente. Mas, a sua maior revelação aos olhos de gravadoras, rádios, televisões e do público brasileiro, aconteceu no festival da TV Excelsior, em 1965, com "Arrastão", de Vinícius de Moraes e Edu Lobo.

Em l964, Elis Regina também obteve sucesso com os espetáculos do Fino da Bossa, dirigido por Ronaldo Bôscoli, com quem se casaria e tivera João Marcelo Bôscoli. Muitos anos depois casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve Pedro Mariano e Maria Rita.

Elis Regina tinha a sensibilidade à flor da pele, a ponto de sentir e de resistir fases de felicidade, de amor, de tristezas, de patriotismo e de ditadura militar. Do pessoal, até então pouco lembrado, vale destacar, também, Milton Nascimento, Ivan Lins, Aldir Blanc e João Bosco. Sempre procurando, não apenas lançá-los, mas, fundamentalmente, divulgar suas obras, integrando-os, por inteiro, no nosso cenário musical.

Elis Regina, além de profundamente humana e solidária com seu mundo musical, integrou-se às iniciativas de defesa do direito do autor, da valorização do artista brasileiro, da solidariedade aos que foram perseguidos ou exilados pela ditadura de 1964.

Em seus espetáculos ou entrevistas não perdia oportunidade de ferroar com veemência aqueles que, prevalecendo-se de uma efêmera patente, procuravam atrapalhar a luta titânica e desigual, pela sobrevivência, decompositores, intérpretes e músicos brasileiros. Sua popularidade no Brasil e no exterior, pelas interpretações que fazia de produções francesas e de outras regiões, os brucutus resolveram deixá-la quieta, embora vigiando as suas relações políticas com militantes sociais.

Das interpretações de Elis Regina, a mais eletrizante e arrebatadora é a composição do cantor e compositor sobralense, de renome nacional, Belchior, "Como Nossos Pais". Mais ou menos, assim:

"Não quero lhe falar/Meu grande amor/Das coisas que aprendi/ Nos discos.../Quero lhe contar como eu vivi/E tudo o que aconteceu comigo.../Viver é melhor que sonhar.../ Eu sei que o amor/É uma coisa boa /Mas também sei/Que qualquer canto/É menor do que a vida/De qualquer pessoa.../Por isso, cuidado meu bem / Há perigo na esquina/Eles venceram e o sinal/Está fechado para nós/Que somos jovens.../Para abraçar seu irmão/E beijar sua menina na rua/É que se fez o seu braço/O seu lábio e a sua voz.../Você me pergunta/Pela minha paixão/Digo que estou encantada/Como uma nova invenção.../Eu vou ficar nessa cidade/Não vou voltar pro sertão/Pois vejo vir vindo no vento/Cheiro de nova estação/Eu sei de tudo na ferida viva/Do meu coração.../Já faz tempo / Eu vi você na rua /Cabelo ao vento/Gente jovem reunida/Na parede da memória/Essa lembrança/É o quadro que dói mais.../Minha dor é perceber/Que apesar de termos/Feito tudo o que fizemos/Ainda somos os mesmos/E vivemos/Como os nossos pais...
texto escrito por Gervásio de Paula

Boicote aos patrocinadores do BBB..

Comentário de um Anônimo sobre a postagem "em Boicote aos patrocinadores do BBB.": 

Vamos usar o OMO para lavar o lixo da televisão, eliminar a Devassa da promiscuidade, o Guaraná Antartica pra dá um gelo nesta poderosa marca de refrigerante, o tal do Niely para eliminar as coisas cabeludas, e a Fiat para transporta a rede globo e o seu b b b para ponte que partiu. 


Emagrecer comendo

O papo [abaixo] parece coisa do seu Lunga
- Queria tanto emagrecer.
- Já pensou em parar de comer?
- Se eu quisesse parar de comer, teria dito: Queria tanto parar de comer!
 

Frase do dia

O PSDB é um partido coerente. É tão incompetente se opondo (?) quando (des) governa.
Joel Neto

Taxa selic a 7,5 a.a é o mínimo que precisamos

É por defender estas ideias que o ex-ministro Zé Dirceu é odiado pelo Pig 


ImageO Brasil precisa cortar sua taxa básica de juros, a Selic, no mínimo, para 7,75%. Só assim o país deixará o topo do ranking de mais alto juro mundial.

É isso mesmo. Ainda que o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), tenha cortado a Selic em 0,5 ponto - de 11% para 10,5% ao ano, o Brasil continua em 1º lugar no pódio dos maiores juros reais do mundo. Mesmo com este quarto corte sucessivo na taxa, se descontada a inflação estimada para os próximos 12 meses, na prática, os juros básicos no Brasil ainda ficam em 4,9% ao ano.

Assim, o que pagamos de juros reais por estas paragens é quase o dobro do cobrado na Hungria, país em 2º lugar nesse ranking, mas onde a taxa real dos juros é de 2,8%. A China, 3ª colocada, paga 2,4%, seguida pela Indonésia, que remunera a 2,1% ao ano. Para que o Brasil deixasse o topo do ranking, e apenas empatar com a Hungria, o corte na Selic, ontem, teria de ser de 2,6 pontos percentuais.

Bolsa banqueiro


Cada meio ponto percentual cortado conta, e muito. Segundo o BC, entre dezembro de 2010 e novembro de 2011, ou seja, em apenas doze meses, pagamos a bagatela de R$ 235,6 bi pelo serviço dessa dívida. Equivale a 5,72% do nosso PIB e representa quase R$ 80 bi a mais do que gastamos com saúde e educação.

Pelos cálculos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma queda de 0,5% na Selic representa uma economia de apenas R$ 8,5 bi na dívida pública. Por isso, para Carlos Cordeiro, presidente da CONTRAF, a Selic é um verdadeiro “programa de transferência de renda aos donos de títulos públicos, a chamada bolsa-banqueiro”.

A trajetória de queda da Selic é bem-vinda e essencial. No patamar em que ainda se encontra, no entanto, permanece sendo uma barbaridade. Sem uma redução drástica, vamos levar décadas para resolver problemas que, em poucos anos, estariam equacionados com investimentos públicos e privados.

A nefasta influência da taxa alta no câmbio


Sem falar na nefasta influência das taxas de juros no câmbio e do custo financeiro e tributário que nossas empresas transferem para o preço de nossos produtos. Pelo comunicado divulgado pelo COPOM ao término de sua reunião, o mercado avalia que há a real possibilidade de continuidade de redução da taxa de juros até abril, quando poderá chegar a 9,5% ao ano - Selic em um dígito, como quer o governo.

É pouco, mas o caminho deve ser este se o que buscamos é estimular a economia brasileira. Aguardemos a próxima reunião do COPOM no início de março. Até lá, o governo já terá anunciado seus cortes no orçamento.

Dependendo da economia a ser feita, teremos um cenário mais claro sobre como conduzir a política monetária e condições de nos focarmos no que realmente interessa: investimentos em educação, saúde, infraestrutura, ciência e tecnologia, segurança...

por Zé Dirceu

PROUNI deve ter 1.100.000 inscritos

O Programa Universidade para Todos (Prouni) deve receber 1,1 milhão de inscrições, informou hoje (19) o ministro da Educação, Fernando Haddad, acrescentando que há 195 mil bolsas de estudo disponíveis nas universidades particulares. Com isso, o Prouni atingirá, em janeiro, a marca de 1 milhão de bolsas concedidas a estudantes de baixa renda. 


No programa Bom Dia Ministro, Haddad disse ainda que o Enem é o “passaporte de ingresso à educação superior” no Brasil e anunciou a ampliação do Fies para a pós-graduação.


“É meu papel também dizer a revolução que o Enem promoveu no país, do ponto de vista do acesso à universidade pública e particular, por meio do programa de bolsas que nós criamos, e que vai conceder, agora, em janeiro, a milionésima bolsa de estudos para a população de baixa renda, egressa de escola pública. O Enem era uma prova de autoavaliação, se transformou numa prova respeitada, do ponto de vista pedagógico, que vem alterando a realidade do Ensino Médio”, disse Haddad.


O ministro da Educação, que deixará o cargo na próxima semana, lembrou os investimentos feitos pelo governo federal da creche à pós-graduação. Segundo ele, descontada a inflação, o orçamento do Ministério dobrou nos últimos nove anos. Além disso, nesse período, o MEC reduziu à metade a relação entre os investimentos feitos no aluno da educação básica em comparação com o estudante do ensino médio.


“Quando nós chegamos ao governo, se investia dez vezes mais num aluno da educação superior do que da educação básica. Hoje, esse número é de cinco vezes, sendo que a nossa meta é continuar progredindo, não pelo corte de investimentos na educação superior, mas pelo incremento dos investimentos na educação básica, que é o que nós estamos fazendo. Então, é um movimento virtuoso que nós pretendemos continuar. Esse número deve chegar na casa de quatro, três vezes, porque o custo do aluno na educação superior é sempre maior porque envolve pesquisa, extensão e uma série de outras atividades, mas ele não podia permanecer naquele patamar escandaloso que foi herdado pelo nosso governo.”


Para Fernando Haddad, o desafio de seu sucessor é a educação no campo, onde o índice de analfabetismo ainda é elevado.


“Nós temos pronto um plano chamado Pronacampo, que está sendo entregue para o ministro Mercadante e para a presidenta Dilma, que eu penso que vai ajudar a resolver os problemas ainda existentes. O campo é um nó a ser desatado, é um problema, e a população do campo tem uma grande expectativa de que nós possamos avançar mais. Melhoramos o transporte escolar, melhoramos a informatização das escolas do campo, levamos o Licenciatura para o campo. Algumas coisas foram feitas, providências foram tomadas, mas nós não conseguimos entrar na sala de aula, nós não conseguimos melhorar as condições, pelo menos na dimensão necessária, para resgatar essa dívida com a população do campo”, defendeu.


Fernando Haddad será substituído no Ministério da Educação pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Dilma sanciona Plano Plurianual 2012 - 2015

 Com ênfase na área social e tendo como prioridade o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa Brasil Sem Miséria, o Plano Plurinual 2012-2015 (Lei 12.593/12) foi sancionado nesta quarta-feira (18) pela presidente Dilma Rousseff. 

O PPA, aprovado pelo Congresso Nacional em 20 de dezembro de 2011, corresponde ao planejamento de médio prazo do governo e define diretrizes e metas da administração pública federal para o próximo quadriênio.

O Plano prevê dispêndios totais de R$ 5,4 trilhões, além de R$ 102 bilhões em emendas, acrescentados durante a tramitação no Legislativo. A peça está estruturada em 65 programas temáticos divididos em quatro grandes áreas: Social, Infraestrutura, Desenvolvimento Produtivo e Ambiental e Especiais.



As garrafas da vida


O que é professor hoje?


Receita de falafel

Falafel Completo


Tipo de Culinária: Oriente Médio
Categoria: Café da manhã/lanches/festas
Subcategorias: Salgadinhos
Rendimento: 30 porções

Ingredientes

250 gr de grão-de-bico
1 colher(es) (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher(es) (chá) de sal
1 colher(es) (chá) de cominho
quanto baste de coentro picado(s)
1 unidade(s) de cebola picada(s) 
2 dente(s) de alho amassado(s)
quanto baste de pimenta-do-reino branca
2 unidade(s) de batata crua

Modo de preparo

Deixar o grão-de-bico de molho por no mínimo 24 horas. Levar ao processador, moer tudo té formar uma massa homogênea e naturalmente úmida. Fazer bolinhos pequenos e frite-os em azeite não muito quente.
 


Boninho fora do BBB

Dondocas ficaram horrorizadas com o pequeno tamanho da piscina e também com o mau gosto da decoração da casa e pressionaram o alto escalão da Globa para demitir o diretor do programa

The i-piauí Herald
Pressionada pela sociedade civil, a alta cúpula da TV Globo decidiu demover Boninho do comando do Big Brother Brasil. "Chega de complôs, fofoquinhas e desinteligência! De 2002 para cá o Brasil evoluiu, ganhou relevância internacional. E nós? O que fizemos? Despejamos mais de 100 ex-BBBs na sociedade!", teria desabafado um dos Robertos, segundo fontes anônimas. Exasperado, um dos dois restantes Robertos aduziu: "Nem o pai dele aguenta mais esse programa!"
Ao cabo de uma reunião tensa na qual assistiram a sequências intermináveis das doze edições do programa, os Robertos admitiram que o BBB violou a paciência dos espectadores. “Podemos ser processados pela Corte Internacional de Haia”, afligiram-se pelo menos dois Robertos, simultaneamente.
Acusado de estimular o rock and roll e usar camisas com estampas de gosto duvidoso, Boninho pediu para Pedro Bial escrever seu texto de despedida. "Do grito fez-se o pranto / Silencioso e branco como linho tratado a OMO / E da nave louca fez-se intriga / E dos edredons fez-se o espanto", dizem os primeiros versos. Os próximos serão divulgados assim que assinados os contratos de merchandising.
No final do dia, o delegado que investiga o caso foi convidado a posar para um ensaio sensual. Seu assessor de imprensa informou que o policial aceitou, por julgar que se trata de um trabalho artístico e de bom gosto.
Porta-vozes do PMDB estão a caminho da Globo para negociar as vagas abertas com as expulsões de Boninho e Daniel.

Por que o ódio do Pig a Zé Dirceu?

Foram raras as ocasiões, 

na conturbada história política brasileira, houve tamanha unanimidade em torno de qual deve ser o destino de um ator político relevante. Diariamente, em colunas e editorias dos jornalões, em solenidades com acadêmicos e políticos de extração conservadora, em convescotes de fim-de-semana da burguesia "cansada", todos os que chegam aos holofotes da mídia proferem a mesmíssima sentença: é preciso banir de uma vez por todas da vida pública o ex-ministro

  Zé Dirceu.  


    O comando dessa unanimidade é pautado por um curioso senso de urgência. Não há pressa para atenuar os problemas estruturais do país e suas estruturas arcaicas. Só se fala em ação imediata quando o assunto é condenar o “chefe da quadrilha”, montada a partir do Palácio do Planalto para comprar apoio político no Congresso. Poucas vezes, em um lance da política, tantos conseguem perder ao mesmo tempo e na mesma dimensão. Na sua sanha inquisitorial, a grande imprensa dá mostras de pusilanimidade, de um espetáculo de fraqueza para dentro de si mesma e de leviandade para fora. Sai em frangalhos, mas persevera no que considera uma questão de honra.

Pouco importa que falte materialidade e provas, é preciso requentar o noticiário para criar condições políticas que permitam ir adiante. Mas afinal o que move o ódio a José Dirceu? O que o torna inimigo público de um esquema de forças que, em passado recente, foi impecável em sua trajetória de encurralar o país, em nome do desvairado fundamentalismo de mercado?

Desde 2002, paira sobre Dirceu o estigma de maquiavelismo. Seria apenas um homem de poder, basicamente orientado para sua conservação, um homem do contingente, que não faz política para a história? Os fatos e o decurso do tempo respondem à acusação. O que torna impossível à grande imprensa aceitar um retrato favorável do ex-ministro é a sua originalidade como operador político de esquerda.

Todos sabemos que um fato notável da política brasileira é que, apesar de sucessivos deslocamentos políticos, desde a redemocratização do país, a hegemonia dos processos de transição encontra-se com a mesma burguesia, condutora do golpe de 1964. Hábil nas transações com o capital estrangeiro, das quais auferiu vantagens para fortalecimento próprio, a burguesia brasileira não foi menos sagaz no manejo do jogo político.

Comprova-o a obra-prima que foi a eleição de Tancredo Neves (por mecanismo antidemocrático imposto pelo regime militar), os anos Collor e os dois mandatos de FHC. Para termos noção do que isso representou, até o PT, oposto à coligação tancredista, não deixou de sentir a sua pressão, que lhe provocou rachaduras parlamentares e perda de apoio em setores expressivos da classe média.

Desde a política de alianças que levou Lula à presidência, em 2002, às articulações na Casa Civil, Dirceu frustrou expectativas que alimentavam os cálculos das elites desde sempre encasteladas nas estruturas do Estado. O PT que chegava ao poder seria um partido atordoado por suas divisões internas e mergulhado em indefinições estratégicas. Um desvio de curso que não teria vida longa.

A direita apostava na incapacidade do PT em administrar o pragmatismo de um estado corrupto e patrimonialista, como o nosso. Lembram-se do Bornhausen e do Delfim? Previam, no máximo, dois anos de governo para o PT em meio a crises institucionais. Coube ao Zé Dirceu, o "mensaleiro", a função de viabilizar a governabilidade de Lula e não permitir que esse governo fosse vítima de crises agudas e sucessivas.

Quando Dilma Vana Rousseff, oito anos depois, foi eleita a primeira mulher presidente da República do Brasil, com mais de dez pontos de vantagem sobre seu adversário, José Serra, muitos exaltaram a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do alto de seu capital político, Lula teria passado por cima do PT, escolhido sua candidata e conseguido eleger como sucessora uma ex-assessora de perfil técnico, estabelecendo um fato inédito: o terceiro mandato presidencial consecutivo para um mesmo partido eleito democraticamente.

Nada disso está incorreto, mas peca pela incompletude. Ferido, contundido nos seus direitos, o operador político José Dirceu teve um papel fundamental para o aprofundamento da democracia brasileira. Talvez, quando o então presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, confirmou oficialmente a vitória de Dilma, Dirceu tenha cantarolado os versos de Aldir Blanc: “Mas sei / que uma dor assim pungente / não há de ser inutilmente”.

Questões de justiça são questões de princípio. Ao contrário do que pensam a imprensa golpista, seus intelectuais orgânicos e acadêmicos subservientes.


por Gilson Caroni

Haddad alinhará prefeitura ao governo federal

Fernando Haddad promete " reinventar " SP, caso seja eleito

Haddad: “Curiosamente ela (Dilma) está descrevendo as etapas das minhas angústias com muita acuidade”
Por Raymundo Costa e Luciano Máximo | VALOR
O Palácio do Planalto confirmou ontem que o ministro Fernando Haddad (Educação) deixa o governo, na terça-feira, para concorrer às eleições para prefeito de São Paulo. Haddad deixa o governo, mas o governo vai com ele para a campanha. Ele promete “reinventar São Paulo”, ao alinhar a prefeitura ao governo federal, tem a promessa dos apoios da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas assegura que não se esconderá na campanha.
“Vou me fiando muito na opinião daqueles que me querem bem”, disse o ministro ao Valor, em conversa na noite da terça-feira. Haddad afirma que sente uma “vibração” muito forte tanto de Lula quanto de Dilma. Promessa do ex-presidente: “Você pode contar que em março vai ter um cabo eleitoral muito disposto a te ajudar”, disse Lula, durante uma visita que o ministro lhe fez na antevéspera do Natal de 2011. O ex-presidente carregava o tripé com os medicamentos que lhe foram receitados para tratar um câncer na laringe.
“Tenho conversado muito com a presidenta Dilma, que viveu uma coisa muito parecida com a que eu vou viver”, contou Haddad na entrevista. “Curiosamente ela está descrevendo as etapas das minhas angústias com muita acuidade. Ela vai te descrevendo um processo que vai te tornando mais forte, a cada etapa vencida.” Segundo Haddad, Dilma já está tendo um papel em sua candidatura. Mas ele não sabe dizer se ela participará da campanha. “É a primeira eleição que ela vai viver como presidente. Eu acho que o partido deve respeitar os limites que ela estabelecer.”
“Eu não acredito numa campanha que esconda o candidato”, disse Haddad ao ser questionado sobre o fato de ser o candidato de Lula e Dilma. “O candidato é a sua história, o que ele fez, o que ele estudou, onde ele trabalhou, o que promoveu de avanços, o que pretende”, afirmou. “Mas também é os que o apoiam. Não há como dissociar o candidato das forças que o apoiam.” Indagado se isso significa que em seu palanque estará, por exemplo, o ex-ministro José Dirceu, acusado de “chefiar” a quadrilha do suposto esquema do mensalão, responde: “Estarão no meu palanque todos os companheiros do PT e dos partidos que estiverem coligados com o PT nessa empreitada.”
O ministro acha que as campanhas não devem esconder seus candidatos nem seus apoiadores, sob o risco de o efeito ser contrário ao esperado. Citou como exemplo as campanhas do PSDB que esconderam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os tucanos saíram derrotados.
Durante toda a entrevista ao Valor, Haddad tentou relativizar a possibilidade de uma aliança com o PSD, o partido do atual prefeito Gilberto Kassab. Não demonstrou entusiasmo, mas também não descartou. O ministro diz preferir tratar com os aliados do governo federal, a abrir uma discussão com quem o coloca como terceira alternativa na eleição – Kassab tem declarado que apoiará José Serra, se ele for o candidato tucano, ou o vice-governador Guilherme Afif Domingos, na hipótese de reedição da aliança tucano-kassabista. “Discutir essa hipótese nessas circunstâncias é algo que inverte totalmente o processo”, disse. “E o processo que se dá agora é esse: a administração atual buscando o apoio do PSDB – ou oferecendo, no caso do candidato José Serra, ou buscando o apoio, no caso do vice-governador Afif.”
Haddad evitou até mesmo criticar a ação do governo e da Prefeitura de São Paulo na Cracolândia: “Não vi ninguém defender a tese de que a situação pudesse permanecer como estava, sem nenhuma iniciativa do poder público por décadas a fio.” Prefeito, ele teria agido de outra maneira, com integração da ação policial com a saúde e a assistência.
“À luz dessa conjuntura nós vamos iniciar dois movimentos. Um no sentido de elaborar o diagnóstico temático da cidade com lideranças petistas e não petistas. O outro, já discutido com o PT municipal, no de buscar um entendimento intenso com os partidos da base aliada do governo Dilma, sobretudo PR, PCdoB, PSB e PDT, em função do fato de que o PMDB já está um pouco adiantado na sua postulação (a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita), mas que seria também um interlocutor natural do nosso campo.”
“São essas as duas decisões tomadas à luz desse movimento [a oferta de aliança feita por Kassab], que é até generoso da parte do prefeito, por reconhecer a qualidade das nossas pretensões, da nossa postulação”, afirmou. E acenou: “Se alguém faz um gesto de simpatia à sua candidatura, você não precisa estar aliado a ele necessariamente no primeiro turno. Mas você sabe que, para compor maioria em São Paulo, dependendo de quem for seu adversário, as alianças de segundo turno são mais flexíveis do que no primeiro turno.”
Por enquanto, o que Haddad fala é em resgatar projetos do último governo do PT na cidade, da senadora Marta Suplicy. Nesse aspecto, ele deixa entrever que dará mais prioridade ao ônibus no que se refere à mobilidade urbana. “Não podemos continuar construindo dois quilômetros de metrô por ano. Algumas cidades construíram dez vezes mais”, disse. “Mas nós não podemos imaginar que uma cidade com a característica de São Paulo vá se resolver só com o modal [metrô]. Nós vamos ter que resgatar o plano dos corredores, se quisermos que as pessoas cheguem em casa.” Segundo Haddad, esse é um dos projetos que “é a cara do PAC” e que lhe permitirá, se eleito, desenvolver uma intensa parceria com o governo federal.
O ministro disse também, em relação ao longo domínio do PSDB na política de São Paulo, que sente “uma ansiedade do paulista e do paulistano em ouvir um discurso novo; vamos ver se esse som agrada”. O candidato promete um debate de alto nível: “Eu espero que a eleição de 2012 seja diferente da eleição de 2010. A eleição de 2010 não foi uma celebração da democracia no sentido de projetos que se confrontam mas se respeitam. A partir de determinado momento a injúria, a difamação e o golpe baixo prevaleceram sobre o bom debate.” Em 2010 – afirmou – “houve uma degradação do ambiente político. É consenso da sociedade. Inclusive da parte do próprio PSDB. Eu vi declarações do Aécio Neves e do Fernando Henrique Cardoso nessa direção”.

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