Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Cargo de confiança é para quem é de confiança

O G1 e o resto do PIG não se conforma em ter sido desmascarado a respeito do encontro que teria havido entre a ex-secretária da Receita Federal e a ministra-chefe da Casa Cilvil.

O Brasil e a torcida do Corinthians já sabem que esse encontro nunca existiu.
Entre os brasileiros que não acreditam nessa história da caronchinha plantada pelo PIG sob a nefanda “consultoria” do senador José Agripino, deveria estar a senhora Iraneth Weiler.

Deveria.

Só que que Iraneth Weiler trabalhava como chefe de gabinete de Lina Vieira. Foi Iraneth quem no dia 13 de agosto, confirmou ao jornal Folha de São Paulo aquela que se transformou na mentira do ano. Ela queria a sua foto também no PIG!

Iraneth disse que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, foi ao gabinete de Lina no final do ano passado para marcar uma reunião entre sua chefe e a ministra Dilma.

Repare que o PIG e os demos-tucanos andam meio desleixados quanto às datas de seu calendário. Eles armaram a mentira da reunião, só que se esqueceram de lembrar o dia.Antes Lina não sabia precisar sequer o mês.

Aí, inventaram o dia 19 de dezembro, mas foram pegos de calças curtas. Naquele dia Lina estava no rio Grande do Norte (onde passou a maior parte do tempo nos últimos três meses) e Dilma dentro de um avião.

Hoje o PIG noticia com estardalhaço a demissão de Iraneth Weiler e Alberto Amadei.Alberto que era assessor da ex-secretária da Receita FederalO PIG faz de conta que o governo cometeu um crime.

Diz o G1: Secretário da Receita exonera assessores de Lina Vieira.

Quem vê , pensa que Lina continua dando as ordens na Receita e acabou de sofrer uma traição.Nada mais natural do que oxonerar de um cargo de confiança quem não se faz merecedor de confiança.

Quem confirma uma mentira mente duas vezes.
O atual secretário da RF, Otacílio Cartaxo, não tem motivo algum para confiar em quem mente para favorecer os interesses, por exemplo, de um sujeito chamado José Serra, que por acaso, quer ocupar a cadeira de Lula a partir de 2011.

Pelo visto, Iraneth esqueceu esse detalhe, como não lembrou de anotar na sua agenda a visita da secretária-executiva, Erenice Guerra à Receita, para marcar a reunião entre Lina e Dilma. Reunião que, com certeza, aconteceu. No dia 31 de fevereiro.

POLÍTICA: "HÁ UM PONTO EM QUE REALISMO SE CONFUNDE COM FRAQUEZA"!

Abaixo trechos do artigo de Paul Krugman sobre situação política de Obama com as propostas para o Sistema de Saúde.

1. Sejamos claros: a suposta alternativa, cooperativas sem fins lucrativos, é um golpe. Essa não é apenas minha opinião: é o que diz o mercado. \ O comportamento de Obama no governo enfraqueceu essa confiança. (Obs.: Washington Post/tv ABC - Confiança caiu para 49%).

2. Os discursos de Obama e seus editoriais parecem ter sido escritos por um comitê. \ Em questões carregadas -tortura-detenção- Obama decepcionou os progressistas com sua relutância em questionar ou mudar a política de Bush.

3. Mas há um ponto em que realismo se confunde com fraqueza, e os progressistas sentem cada vez mais que o governo está do lado errado dessa linha. \ Há um consenso que Obama gastou meses tentando amaciar pessoas que não podem ser amaciadas, que tomam cada concessão como um sinal de que ele pode ser manobrado.

Se no lugar de Obama fosse escrito Lula, o resultado seria mesmo.

Entrevista com Berzoini - PT

Excelente a entrevista do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoíni (SP), publicada em O Globo no fim de semana (domingo, 23.08) sob o título "O PT não trata a ética como se fosse uma questão isolada da política".

Nela, Berzoíni explica mais uma vez a posição do partido, favorável à apuração pelas vias competentes (Ministério Público, Polícia Federal) das ilegalidades denunciadas no Senado e reafirma: "Não reconheço no DEM, que está na 1ª Secretaria (da Mesa do Senado) há 14 anos e diz que não sabe dos atos secretos, autoridade política para fazer essa investigação. Não reconheço no PSDB, que nas CPIs do Proer e do Banespa agiu para não ter investigação, autoridade política."

"Eu seria favorável a uma CPI para apurar o conjunto da obra no Senado", adianta o dirigente nacional do PT, perguntando: "por que a oposição não aceita? Porque, com uma CPI, certamente não conseguiriam pôr o foco só no presidente do Senado. Os atos secretos envolvem mais de 40 senadores dos mais variados partidos."

Berzoíni contesta, ainda, um ponto muito explorado e comum no noticiário da mídia, jornais e revistas, particularmente nesse fim de semana - o de que o PT teria abandonado a ética.

"O PT não abandonou a ética", nega Berzoíni, mas o partido "no governo, precisa ter clareza de qual é o espaço para a defesa da ética. Certamente, não é no Conselho de Ética do Senado. A simplificação só interessa a quem não quer investigar em profundidade. O PT não pode ser ingênuo e entrar nesse joguete", conclui.

A Vale e os bancos privados erraram

Ao anunciar a sua proposta de nova Lei do Petróleo no final do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializará uma inflexão no papel do Estado brasileiro: o governo passará a ter maior ação na economia.

Nos seis anos e oito meses de governo, Lula aumentou a influência do Palácio do Planalto sobre a Petrobras. Concluída a proposta de novo marco regulatório para o petróleo, Lula deverá aumentar a pressão sobre a Companhia Vale do Rio Doce.

A Petrobras é uma estatal de capital misto na qual o governo tem a maioria das ações com direito a voto. O governo indica o seu presidente. No entanto, do capital total, 60% estão em mãos privadas.

A Vale, a maior empresa brasileira depois da Petrobras, é uma companhia de capital misto também, mas um pouco diferente. O governo não interfere diretamente na gestão da Vale como faz na Petrobras, mas tem feito pressões para influenciar os rumos da administração da empresa.

Do capital com direito a voto, a Valepar tem 53% das ações da Vale. Na Valepar, um consórcio de fundos de pensão detém 49% das ações. O BNDESPar tem 11,5%. O Bradesco, 21%. E o Mitsui, 18%.

Ou seja, o Bradesco comanda a empresa por meio de um acordo de acionistas. O banco indicou Roger Agnelli para presidir a Vale. Mas uma eventual aliança entre a Previ e o BNDESpar, que é o braço do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para participar de empresas, poderia indicar um novo presidente. O governo tem enorme influência sobre os fundos de pensão das estatais.

Nos bastidores, o governo Lula ameaçou interferir no comando administrativo da Vale a fim de levar a empresa a fazer investimentos considerados estratégicos pelo Planalto --sobretudo na área de siderurgia. Lula mandou um recado ao Bradesco. Insatisfeito com a ação da Vale durante a fase mais aguda da crise global, o presidente deseja que a companhia ouça mais o governo.

Agnelli e o Bradesco não gostam da revelação pública da pressão de Lula, mas ela existe e tem sido sentida pelo executivo e pelo banco. Em conversa reservada recentemente, Agnelli procurou selar a paz com Lula, sendo bastante cordato ao usar as palavras a fim de explicar ao presidente decisões da empresa.

Lula considera que a Vale "amarelou" no começo da crise, cortando investimentos e demitindo trabalhadores numa hora em que o governo, que sempre atendera aos pedidos da empresa, insistia na manutenção de expectativas positivas. A Vale frustrou parte desse plano, levando outras empresas a adotar o mesmo caminho, dizem auxiliares do presidente.

Na visão do governo, a Vale e os bancos privados erraram. A lucratividade do Banco do Brasil, a diminuição do desemprego e o aumento da renda evidenciariam um pessimismo desnecessário do setor privado brasileiro.

Ora, se as empresas gostam de recorrer ao Estado para tomar recursos públicos ou se aliar a fundos de pensão que sofrem influência do governo, deveriam tratar como normal algum nível de intervenção estatal. Pegar dinheiro público e tratar como se fosse privado é fácil. É capitalismo sem risco.

Nesse sentido, Lula está certo ao pressionar a Vale e ao recuperar a influência política sobre as ações estratégicas da Petrobras. O presidente avalia que as ações dos governos na crise global reforçaram seus argumentos. E ele pegou gosto pela coisa.

As grandes empresas privadas que têm o governo como sócio serão mais pressionadas por Lula daqui em diante.

Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve paraPensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br

Pobres voam

Demorei mais tempo que podia no Ceará e, quando fui adquirir passagem de volta a Brasília, paguei mais de mil reais, o que me surpreendeu.

É que compro meus bilhetes, com antecipação portanto, com tarifas promocionais. Por isso, é que os aviões estão voando sempre lotados.

E com personalidades que nos parecem estranhas porque vividas em um mundo em que, até bem pouco, não se tinha acesso a avião.

A gente cansa de encontrar senhoras idosas meio perdidas no "check in" porque é a primeira vez que vão estar voando.

Nunca se locomoveram de avião.

E gente nova, também, que estréia nos ares.

Saúdo, com entusiasmo, este novo Brasil que se vai tornando mais justo e mais generoso.

Golpes midiáticos

por Luiz Carlos Azenha

De original o Brasil só inventou a jabuticaba. O resto quase tudo vem de fora. Especialmente as grandes idéias dos marqueteiros políticos. A inspiração deles tem origem clara: os Estados Unidos.

Em quarenta anos de profissão, nunca vi a mídia tão partidarizada. Jamais. Jamais testemunhei um fenômeno como o de Lina Vieira: a mídia martela uma tese e simplesmente descarta todas as outras que possam contradizer aquela tese. Uma tese bancada por Agripino Maia. Uma tese que tem o objetivo de carimbar Dilma Rousseff como "mentirosa". Que faz parte da campanha para demonizar a candidata do governo. Que, em minha opinião, obedece a uma campanha milimetricamente traçada por marqueteiros de José Serra e executada por prespostos dos Civita, Marinho, Frias e Mesquita.

Onde estava Lina Vieira na tarde do dia 19 de dezembro? Dentro de um avião, voando para Natal. E Dilma? Depois de reuniões em Brasília, também viajou. Se não foi naquele dia o suposto encontro entre a ex-secretária da Receira Federal e a ministra, quando foi? Baixou um silencio espetacular nos jornais, nas rádios e nas telas da TV. Um silencio ensurdecedor. Continua>>>

Dívida privada x dívida pública

Dívida privada é superior a do setor público.

A Virada ocorreu em abril de 2008; especialistas veem mudança estrutural no financiamento da economia.

Pela primeira vez no período de estabilidade econômica no Brasil, a dívida de famílias, indivíduos e empresas privadas superou o endividamento do setor público.

A virada ocorreu em abril de 2008, no auge da expansão da economia, diz o Cemec (Centro de Estudos do Mercado de Capitais).

Até então, o setor público absorvia a maioria dos recursos disponíveis para financiar a economia do país.

Uai, e não apareceu nenhum Reis Veloso da vida para condenar os gastos privados?

Conselho

Olha bem amigo, a vida é breve, passa...
mas a garrafa em que afogamos nossas dores
e os copos os quais beijamos como damas
são na realidade a própria chama
de quem ama e comete enganos.

Bebamos, então, assim perdidamente
e que no além vaguei então a mente
levando as malas da infelicidade,
se embriagando de tanta saudade.
Neuto Jucá
Iguatu 11/05/82

Fidelidade partidária é da natureza da política

A fidelidade partidária faz parte da natureza da política e do mandato parlamentar, principalmente depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) a instituiu em boa hora, e saudada por toda mídia como um grande avanço democrático. O estranho seria os senadores da oposição, os comentaristas e articulistas, e mesmo os próprios jornais e meios de comunicação decidirem a questão, ou seja, dizerem como o PT tinha que votar no Conselho de Ética.

Não aceitá-la seria o mesmo que pedir para o PSDB e seus governadores que abrissem mão da solidariedade e apoio de suas bancadas nas assembléias legislativas. O que soa como puro farisaísmo, já que ocorre o contrário, eles as mantém sob total controle. Basta ver as de Minas e de São Paulo.

Não há nenhuma contradição entre exercer o mandato parlamentar e se submeter às decisões partidárias e mesmo do presidente ou governador, desde que o parlamentar tenha o direito sagrado de manter sua posição política, como fez o senador Mercadante. Ele reiterou sua contrariedade e oposição à decisão da direção do PT, dos três senadores membros da Conselho de Ética e do próprio presidente da República.

Essa supremacia e soberania do mandato parlamentar não existe em nenhuma democracia. Pelo contrário, no parlamentarismo - portanto, na maioria dos países - a fidelidade partidária e a submissão à decisão democrática das maiorias partidária e parlamentar são a regra. E em geral sem exceções, sob pena de perda do mandato.

A fidelidade partidária é da natureza dos sistemas democráticos e dos parlamentos. Constitui parte essencial do contrato político que leva a constituição de um partido e é a parte principal do compromisso de filiação a uma legenda.