O transe dos Daroês
O religioso entra na nave do templo, Capa preta sobre veste branca.
O ritual começa freneticamente, A música exótica para o ocidente.
Estrebuchar sem circulo...Sem começo...Sem meio...Sem fim...
O manto, ou seria capa cai. O canto começa.
Saudação...A dança...
Um rodar incessante, Como é o rodar dos planetas. O transe está feito. Movimento rotacional,
É o transe que faz o girar Ou é o girar que leva ao transe?
A velocidade aumenta, Como aumenta o calor da lava de um vulcão, Que esta preste a explodir, A mudar a paisagem, A transformar... Como é o movimento das nuvens, Nuvens que vira temporal, Que destrói a plantações, Que faz rios virarem assassinos...
É o rio... É a chuva... É a nuvem...
Ou é o home que não aprendeu a lição?
A dança continua, Como está no transe dos filhos de santos, Que incorporam manifestações de energia, Na dança de acasalamento da ave exótica, O Daroês vê Deus no girar. Estaria ele ali Ou estaria Deus ali a se manifestar?
A dança esta na saudação a Hitler, Um ser pensante que manipulou para o mal, Uma dança de poucos passos, Poucos passos e muitas mortes...
Silvícolas e discotecas cheias de danças
E o Daroês a rodar, Roda como roda o ciclo da água, Que vira vapor... Nuvem... Chuva... Cheia... Vida Ou morte.
Daroês representa o éter, O impalpável, Um lado diferente de sentir a vida...
Será?
André Zanarella
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