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O homem tem longa experiência sobrevivendo à adversidade, mas pouca sobrevivendo à prosperidade

Enquanto isso, no distante reino da Dinamarca...
Em uma pesquisada anual intitulada "World Happiness Report", realizada em 2012 e 2013, a Dinamarca foi coroada duas vezes seguidas como a mais feliz das nações, esse ano sendo seguida pelas vizinhas Noruega, Suíça, Holanda e Suécia.
Por lá, pais e mães recebem um total de 52 semanas compartilhadas para licença maternidade, saúde é um direito público devidamente garantido, há maior igualdade de gêneros, bicicleta é um meio de transporte para mais da metade da população em Copenhagen, mais de 40% da população se engaja em algum trabalho voluntário e nem mesmo as longas noites de frio intenso são um incômodo, diante do hábito cultural conhecido como hygge – termo local para práticas de aconchego, viver simples e bem.
Segundo o professor Jeffery Sachs, um dos responsáveis pelo estudo:
"Existe hoje uma crescente demanda mundial por políticas públicas mais alinhadas com o que realmente importa para o que as próprias pessoas entendem como seu bem-estar. Mais e mais líderes globais estão dialogando sobre a importância do bem-estar como um guia para suas nações e para o mundo."
Com alguma sorte, as próximas gerações vão resolver os problemas estruturais que hoje afligem os países menos afortunados e, cedo ou tarde, seremos todos dinamarqueses. Estamos, len-ta-men-te, nos tornando mais hábeis em reconhecer o que os torna felizes e cultivar condições para que isso floresça.
Por hora, podemos aprender um bocado apenas observando os países nórdicos, que parecem estar na dianteira desse percurso. Como podemos ler nesse belo artigo da The Economist:
Há boas razões para prestarmos atenção a esses pequenos países na ponta da Europa. A primeira delas é por terem alcançado o futuro primeiro. Eles estão lidando com problemas que outros países hão de enfrentar no devido tempo.
Pessoalmente, me interessa saber o que eles teriam a dizer sobre os dilemas relativos ao futuro da prosperidade.
Estamos acostumados a ter questões graves nos atormentado vida afora. Porém, quando os fatores externos estão estabilizados e nos tornamos pessoas civilizadas, cultas, elegantes, educadas, sociáveis, bem-sucedidas financeiramente, sem problemas críticos de saúde, emprego ou moradia, vivendo em cidades inteligentes, bem planejadas e agradáveis, em um estado justo e honesto, o que acontece?
Quando a prosperidade bate à porta, sem ressalvas, como nos relacionamos com ela?
O trio WhoMadeWho arriscou uma crítica mordaz em sua trilogia de videoclipes lançados em 2010, 2011 e 2012, feitos em parceria com a Good Boy! Creative. Além de talentosíssimos, são, claro, dinamarqueses.

Keep me in my plane

Experimente ler, após o vídeo: "Solidão Masculina".

Every minute alone

Letra da música (roubei daqui a frase de abertura desse texto)
Experimente ler, após o vídeo: "A nova geração de homens mimados".

Running man & the sun (Pitfalls of modern man)

Experimente ler, após o vídeo: vários de nossos melhores artigos. Ou, apenas, "O seu estilo de vida já foi projetado".
Os três vídeos são construções narrativo-musicais dignas de palmas.
* * *
O tema felicidade está numa ascendente. Nos artigos do PdH, na web, nas livrarias, em encontros políticos, nos bares e nas viradas de ano ao redor do o mundo. Todos desejam e vão buscar por mais em 2014.
A questão é, ao riscar todos os itens das listas de metas e "chegando lá", o que se faz?
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.


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