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Mensagem da madrugada

Nada é impossível, quem sabe um dia a gente não se encontra por aí
Sonhar é de graça
Sonhe
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Foto
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Quero ver cadê a prova

Querem culpar o Lula
É culpado uma ova
Eu quero, eu quero ver
Cadê a prova
Querem culpar o Lula
É culpado uma ova
Eu quero, eu quero ver
Cadê a prova
Não tem mala de dinheiro
Não tem conta na Suíça
Não tem crime, não tem prova
No país da injustiça
Eles sabem que o Lula
É a escolha da nação
Querem tirar meu voto
E ganhar no tapetão
Querem culpar o Lula
É culpado uma ova
Eu quero, eu quero ver
Cadê a prova

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Palpite infeliz


Nova conversa
  •  
  • Discriminação e elitismo ímpar. Uma vergonha José de Abreu. Sinceramente acho que deveria vir a público pedir desculpas por este palpite infeliz.
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    Paulo Moreira Leite: TRF-4 irá julgar Lula por um crime sem cadáver?

    Uma semana e poucos dias antes do 24 de janeiro, quando o TRF-4 irá julgar um recurso de Lula contra a pena de 9 anos e meio aplicada por Sérgio Moro, o Brasil faz uma descoberta fantástica.
    Concordando com as alegações do próprio Lula desde que o caso começou a ser investigado, ainda pelo Ministério Público de São Paulo, a juíza Luciana de Oliveira, da Vara de Execução e Títulos do Distrito Federal, assinou uma sentença que reafirma um ponto essencial do caso. Segundo ela, o apartamento 16-4 do Edifício Solaris, apontado como a prova de que Lula teria sido subornado pela empreiteira OAS em troca de contratos favorecidos na Petrobras não pertence e nunca pertenceu ao ex-presidente. É propriedade da OAS. 
    Nesta  condição, a juíza determinou que o imóvel seja penhorado em benefícios de credores da empreiteira, que teve a falência decretada depois que o escândalo explodiu. Não custa observar que, a partir desta decisão, todas as partes tiveram seus direitos reconhecidos pela Justiça. Os credores da OAS serão ressarcidos pelo penhor do imóvel. A própria empreiteira irá usar o triplex para abater uma parcela de sua dívida, o que é natural. Falta perguntar pelos direitos de Lula.
    Se o imóvel não é seu e agora será motivo de um acerto entre terceiros, é obrigatório reconhecer que ele foi envolvido num caso clássico de denúncia absurda, sem apoio em qualquer prova ou fundamento da vida real -- situação descrita nos meios jurídicos "como crime sem cadáver ".
    Explicando com clareza: não é que faltem provas para acusar Lula. Simplesmente não se consegue demonstrar sequer que o crime tenha ocorrido -- o que torna impossível, numa lição de lógica elementar, que uma pessoa possa ser condenada por causa disso. 
    Não cabe discutir, a partir da decisão da juíza de Luciana de Oliveira, se Lula prometeu favores a OAS em troca de algum benefício.
    Também não faz sentido perguntar se Lula era ou não o proprietário oculto do imóvel. Ao penhorar o 16-A, a sentença não deixa dúvidas que o proprietário real do imóvel continua sendo a OAS, como a defesa sempre alegou, inclusive com a exibição de um contrato de cessão de direitos fiduciários com a Caixa Econômica.
    Cabe discutir, apenas, o que acontecerá com o próprio acusado, Lula. É uma questão obrigatória quando se recorda que a sentença em exame pelo TRF-4 se apoia na denuncia de um crime que não ocorreu. Nós sabemos que, a partir dessa sentença, os adversários de Lula planejam impedir sua presença na campanha presidencial, na qual liderança todas as pesquisas de intenção de voto, em todas as simulações. 
    Muitos observadores acreditam que, diante de uma novidade de impacto tão grande, seria razoável que um dos desembargadores encarregados do caso venha a pedir vistas, interrompendo o julgamento de Lula.  Nessa visão, após um intervalo para reflexão, que poderia se prolongar por 20 dias e até mais, o julgamento seria retomado pelo TRF-4.   
    Há um problema, porém. Pelo ordenamento jurídico brasileiro, não cabe ao TRF-4 reexaminar a decisão da Vara de Execução e Títulos do Distrito Federal.
    Caso uma das partes interessadas no caso decida entrar com recurso em segunda instância, questionando a decisão que envolve a propriedade do triplex, a tarefa de resolver quem é o proprietário do imóvel não caberia mais  ao Tribunal Federal de Recursos da Quarta Região, que tem examinado as denúncias da Lava Jato até aqui, mas ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal -- outra corte, com outros magistrados e outra áreas de competência.
    Nessa conjuntura, é fácil entender o silêncio absoluto da mídia do pensamento único sobre a sentença da Vara de Execução. Sem maiores dificuldades para localizar aonde se encontram seus interesses, ainda mais numa campanha eleitoral no complicado ano de 2018, ela já percebeu como será complicado pressionar pela condenação de Lula numa situação especialmente constrangedora. Não faltam provas de um crime. Falta o próprio crime.  

    Paulo Moreira Leite - jornalista, colunista e diretor do site Brasil 247 em Brasília
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    Reajuste das aposentadorias e pensões

    Queimando os neurônios sobreviventes:
    Pensando, raciocinando, imaginando como, aonde e com quê gastar o extraordinário e monumental aumento de 2,07% que o excelente governo do Michê concedeu.
    ***
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    Mensagem da noite

    Ao refletir sobre tua vida, saiba:
    Não há culpa ou remorso que possa mudar o passado
    Nem impaciência ou ansiedade que possa prever o futuro

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    ***
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    Boa noite!

    Saudade tem rosto, nome e sobrenome.
    Saudade tem cheiro, tem gosto.
    Saudade é a vontade que não passa.
    É a ausência que incomoda.
    Saudade é a prova que tudo valeu a pena.

    A imagem pode conter: água

    Saudade, esperança de ver
    Tortura constante, galopar sem volver
    Lua brilhante, por que?

    ***

    Ricardo Capelli: Lula ou Lei da ficha limpa

    Em 2010, sob aplausos efusivos da Rede Globo e delírio da classe média, quis a ironia do destino que o então presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva, sancionasse a famosa Lei da Ficha Limpa. Não foram poucos os pescoços de renomados quadros da esquerda que se esticaram para aparecer na foto, símbolo da onda moralizadora e higienista, um marco da “nova” política nacional.

    A lei complementar n° 135 de 4 de junho de 2010, projeto de “iniciativa popular” aprovado pelo Congresso Nacional, foi apresentada como a redenção para boa parte das mazelas políticas que resolveram construir ninho nestas terras tropicais desde a chegada de Cabral (O Pedro, não o ex-governador preso).
    “Faz sentido (sic). Temos um povo incapaz politicamente, que fica a eleger condenados, assassinos, ladrões, uma plebe ignorante, analfabeta e subnutrida que não tem neurônios suficientes para discernir que um condenado pela justiça não pode ser merecedor de votos. Temos que protegê-los! Não interessa se o trânsito em julgado não foi esgotado. Ora, se a santa justiça, cega, surda e muda, imparcial por excelência, condenou o infeliz num órgão colegiado, mesmo que exista possibilidade de recurso, porque deixar que este meliante concorra? Veja a qualidade do nosso povo, se bobear, votam no condenado novamente!”
    Seguindo a lógica do golpe, Lula será condenado pelo TRF-4. A discussão é se será um 3 x 0 ou um 2 x 1. Discute-se apenas o tamanho da derrota e as possibilidades de recurso. A Lei da Ficha Limpa é clara. Condenação proferida por órgão judicial colegiado é o suficiente para impedir a candidatura de qualquer um, dos bagrinhos já impedidos e.....de Lula também.
    A partir do dia 25 de janeiro, qualquer quadro da esquerda brasileira, ao abrir a boca para defender que o ex-presidente condenado seja candidato, terá que medir bem suas palavras. Para não parecer oportunista terá que falar abertamente sobre a arapuca na qual a esquerda, embebedada pelo poder e pela ilusão de classe udenista, se meteu.
    Acreditar que o aparato estatal é imparcial por excelência é tão ingênuo que parece inverossímil que alguém professe tal fé. Estão aí os facebooks da vida desmentindo todos os dias essa ilusão de um republicanismo asséptico. Numa timeline é a chefe de gabinete do presidente do TRF-4 tiete do MBL. Na outra é o magistrado convocando para passeatas do Vem Pra Rua contra Dilma. (Alguém lembra como está o processo contra Alckmin no STJ?)
    Já entraram numa final de campeonato no Maraca ou no Pacaembu lotado? Fla-Flu? Corinthians x Palmeiras? É possível sentar na arquibancada e agir como um monge imparcial sem torcer para ninguém? Na hora da disputa, em que os interesses de classe estão em jogo, a sociedade é isso, final de campeonato. Em que escola vocês acham que os filhos dos eminentes procuradores estudam? Que restaurantes frequenta a alta burocracia estatal ganhando no mínimo 35 mil reais de salário? Com que estratos sociais convivem e se relacionam?
    A esquerda durante seus 13 anos de poder acertou muito. Cometeu muitos equívocos também. Talvez, nenhum erro tenha sido tão grave, estruturante, como a condução da hipertrofia do aparato estatal de controle social. Ao sentar no Planalto, sonhou ter conquistado o poder quando estava apenas temporariamente num governo. Tirou do povo e transferiu para alguns poucos positivistas iluminados um poder absurdo, antipopular e antinacional. Exércitos de burocratas “especialistas” superpoderosos foram forjados pelas barbas da esquerda.
    O dia 25 de janeiro vai impor uma decisão histórica. Ou a esquerda marcha com Lula e com o povo, faz sua autocrítica na prática e se desvencilha de uma vez deste udenismo classe média, ou abandona Lula para ficar com seus “limpinhos”. Espero que a coragem pela opção de classe vença a covardia por alguns votinhos classe média. Terá que optar claramente. Lula ou Lei da Ficha Limpa? Ficar com os dois não vai dar.
    Ricardo Garcia Capelli - filiado ao PCdoB, ex-presidente da UNE - União Nacional dos Estudante - de 97 a 99.***
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    Bresser-Perreira: Será Lula afinal condenado?

    O processo que condenou Lula foi político; o ex-presidente foi condenado por um crime que não existiu (ter comprado por preço abaixo do mercado um apartamento que efetivamente não comprou) e ter dado em troca à empresa proprietária do apartamento vantagens que ninguém sabe quais foram. O juiz Moro e sua força-tarefa de procuradores federais cometeu esse erro jurídica porque sua estratégia inicial de legitimar politicamente a operação Lava Jato foi a de inculpar o PT, que já estava envolvido na corrupção desde o Mensalão, e Lula. Afinal a operação atingiu também os demais partidos, principalmente o PMDB e o PSDB, mas a justiça de Curitiba se sentiu obrigada a levar adiante sua estratégia inicial e condenaram Lula.
    É compreensível, portanto, que o PT e, mais amplamente, os democratas protestem contra a condenação, que assinem manifesto de protesto (eu assinei), e que organizem grande manifestação em Porto Alegre para deixar claro o caráter político da condenação.
    Entretanto, há um pressuposto em todo esse processo que não é aceitável: o pressuposto que Lula será condenado pelo tribunal de segunda instância. Esse pressuposto supõe que não apenas a justiça de Curitiba, mas todo o Poder Judiciário está também agindo politicamente contra o PT e Lula. Isto não faz sentido. Nesta grande crise política em que o Brasil está mergulhado, o Judiciário nem sempre acerta, mas continua a ser, de longe, o melhor dos três poderes. E merece respeito. É sabido que o tribunal de Porto Alegre tem confirmado todas as sentenças do juiz Moro, mas não houve nenhuma condenação de caráter tão obviamente político quanto a que Lula sofreu.
    Vamos afirmar em alto e bom som nosso protesto contra a condenação de Lula; vamos dizer que eleições presidenciais sem Lula é fraude; mas não devemos apostar na condenação. Ao invés, nossa aposta deve ser na justiça como valor e na Justiça como poder.
    Luiz Carlos Bresser-Perreira - economista, cientista político, cientista social, administrador de empresas e formado em Direito. Ex-tucano.
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    Dallagnol ataca toda classe política e leva troco

    Em meio a especulações de que concorrerá ao Senado, o procurador Dentan Dallagnol foi às redes sociais e decidiu atacar toda a classe política, afirmando que todos só pensam em benefícios pessoais; em seguida, levou um troco do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que afirmou que Dentan sonha com a ditadura togada; detalhe: ação de Dallagol na Lava Jato contribuiu para a derrubada de uma presidente honesta, substituída por uma quadrilha corrupta que afundou o Brasil.


    Zé Dirceu denuncia a picaretagem das agências de risco

    Meus amigos e minhas amigas do Nocaute.


    Hoje vamos falar de um tema importantíssimo para o nosso país que são essas agências de risco, e de classificação, que acabaram de rebaixar a nota do Brasil.

    Vocês se lembram do FMI, que ditava com uma cartilha o que cada país deveria fazer ou não fazer?

    Agora são as agências de risco.

    Desmoralizadas, foram elas que deram notas AAA para aquele grande golpe dado nos Estados Unidos com os derivativos. Vocês se lembram?

    Eram todas dívidas podres mas foram transformadas em grandes investimentos, com grandes e seguros retornos. Essas agências recebiam de quem? Dos próprios bancos, das próprias instituições financeiras.

    Mas no Brasil, não. No Brasil elas ditam regras.

    Esse é o principal problema do nosso país, a dependência ao capital financeiro internacional e, aqui dentro do Brasil, ao duopólio de bancos. Os juros.

    O que as agências querem do Brasil? A reforma da Previdência e as privatizações.

    Qual é o déficit da Previdência? Déficit que eles dizem existir. Porque se nós levarmos em consideração o que eles retiram da Previdência, veremos que o déficit é bem menor que 159 bilhões de reais, mas pagamos 437 bilhões de reais em juros, 6,5% do nosso Produto Interno Bruto.

    Daria para cobrir o chamado déficit da Previdência e fazer superávit se os juros fossem o que são pagos no mundo, juros negativos. Mas vamos supor que pagássemos 2%, e não 10% como pagamos, o país teria superávit e não déficit.

    É uma mentira, e essas agências são uma chantagem para nos obrigar a privatizar a Previdência. Porque este é o objetivo, desnacionalizar e desindustrializar o Brasil.

    É isso o que estamos assistindo, a venda vergonhosa do patrimônio nacional para pagar juros que nenhum país do mundo paga. Nem os Estados Unidos. A Europa paga juros negativos.

    Mentira, mentira e mentira!

    O déficit que o país tem hoje é porque pagamos 6,5% do nosso Produto Interno Bruto em juros para uma minoria de 1% da população, 5% no máximo, aos rentistas. São esses que sustentam essas agências de risco.

    Por isso é hora de mudar, e mudar radicalmente, começando pelos juros.

    Vamos eleger um governo que reduza os juros no Brasil. Que enfrente o duopólio dos bancos.

    Cortes e mais cortes, é só isso o que o país escuta. Mas não dos ricos.

    Estão cortando o seu salário. O dinheiro da Saúde, da Educação, do Minha Casa Minha Vida, do Saneamento. E para os ricos, estão dando benesses.

    Porrete para o povo, benesses para os ricos.

    Acabaram de perdoar dívidas da Previdência, dívidas dos ruralistas, dívidas com impostos, centenas de bilhões de reais deram para as petroleiras em isenções fiscais. Mas, enquanto isso, para você trabalhador o que eles dizem? Que tudo é culpa da Previdência.

    Mentira. Você já sabe. É mentira!



    Folha, Veja e o Globo dividem o Prêmio BoiMate 2017

    TV Globo vence a última seletiva para o King of the Kings

    Os jornalistas da Folha de São Paulo, da Veja e do Globo dividiram o Troféu Boimate de redação mais cascateira de 2017, após a definição das últimas três finalistas do King of the Kings, premiação que reconhece os coleguinhas que mais ajudaram a avacalhar o jornalismo no Brasil.

    TROFÉU BOIMATE 2017Os resultados foram os seguintes:

    1. Folha de São Paulo, Veja e O Globo: 3
    2. IstoÉ: 2
    3. Estado de São Paulo, Record, Exame, History Channel, Globonews e TV Globo: 1 

    4ª SELETIVA PARA O KING OF THE KINGS – 2017

    1. Jornal Nacional torna glamourosa a necessidade de pobres terem de usar lenha para cozinhar. (31 votos, 30%)

    2. Mídia esconde depoimento de advogado que expõe tráfico de influência na Lava-Jato (30 votos, 29%).

    3. Veja já tem matéria pronta para condenação de Lula (20 votos, 19%)
    Mídia apoia reforma da Previdência em troca de anúncios (20 votos, 19%)


    Briguilinas

    Brasil vive um dos mais graves período da sua história

    Enquanto a ministra Carmen Lucia visita presídios, para ver o que todo mundo já conhece, alguns homens de preto abusam do poder.  Ela não  vê os acontecimentos à sua volta,  onde a ditadura da toga  vai se desenvolvendo mediante um comportamento visivelmente politico, parcial  e dissociado de qualquer senso de justiça. A escandalosa perseguição a Lula pela Operação Lava-Jato, a vergonhosa sentença do juiz Sergio Moro que o condenou e o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região do recurso da sua defesa, entre outros, são alguns dos principais sinais da transformação do Judiciário em perigoso poder político, que suprimiu a presunção de inocência, a exigência de prova e as garantias  constitucionais do cidadão. E os órgãos superiores da Justiça, o STF e o CNJ, de quem se esperava providências para recolocar o Judiciário em seus trilhos jurídicos, simplesmente  fingem que não estão vendo nada, numa aprovação tácita dos atos que mereceram condenação dos maiores juristas do Brasil e do exterior.  
    A mobilização de brasileiros de todo o país para o julgamento do recurso de Lula no próximo dia 24, em Porto Alegre, não tem apenas o objetivo de defendê-lo e ao seu direito de concorrer às eleições presidenciais deste ano mas, também, de impedir que se cometa uma inominável injustiça, que abrirá um perigoso precedente para outras escandalosas injustiças, já que a partir daí qualquer pessoa estará sujeita a ser condenada por conta apenas da sua cor partidária e da convicção de um juiz. Porque a grande questão no caso da condenação do líder petista não é exatamente a falta de provas, mas a falta de crime. Sem crime não pode existir prova. Todo mundo tem consciência disso, inclusive os membros do Supremo Tribunal Federal, mas nenhum  ministro tem coragem de contrariar o todo poderoso juiz de primeira instância Sergio Moro que, numa inversão hierárquica, costuma fazer críticas à Suprema Corte. Diante dessa situação, alguns magistrados se sentem estimulados e encorajados a imitar o comportamento do juiz de Curitiba. E transformaram Lula no réu número um deste país.
    Juristas de renome, inclusive o ex-juiz federal e atual governador Flavio Dino, condenaram a sentença de Moro que condenou Lula, por absoluta falta de justificativa legal, mas o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, desembargador Thompson Flores, que julgará o recurso no dia 24, a considerou “irretocável”. De onde se conclui que ou o desembargador Flores não leu a sentença ou não entende nada de leis, porque é impossível que tanta gente especialista em Direito divirja do texto que ele considerou perfeito.  Ou então ele nem se preocupou em  ler a sentença porque sabe que a decisão é política e, portanto, não precisa de embasamento jurídico. Acontece que o poder que tem autoridade legal para tomar decisões políticas é o Congresso Nacional e não o Judiciário. Nesse caso, a quem recorrer? Ao Supremo, que tem se passado por cego, surdo e mudo diante da perseguição a Lula? Ou ao Conselho Nacional de Justiça, que há tempos se tornou mera figura decorativa, não apreciando sequer as reclamações contra o juiz Moro, cuja suspeição já foi negada diversas vezes? 
    Além de Thompson Flores, também o desembargador Gebran Neto, relator do processo no TRF-4, insinuou o seu voto favorável à confirmação da condenação de Lula ao afirmar, durante recente evento em Buenos Aires, que nos julgamentos de casos de corrupção não se deve mais esperar uma “prova insofismável” para condenar o acusado, bastando uma “prova acima de dúvida razoável”, desde que haja “convergência” dos elementos probatórios. Alguma dúvida sobre o seu voto? Como a legislação ainda não mudou, é claro que  um juiz precisa de prova para condenar um réu, o que inexiste no caso do ex-presidente. Espera-se que os outros dois desembargadores que integram aquela Corte, pouco conhecidos porque não perseguem a fama e se comportam com discrição, julguem o caso dentro dos padrões jurídicos, fazendo efetivamente justiça. Se tal acontecer, a sentença de Moro será fatalmente derrubada  e saberemos que nem tudo está perdido na Justiça brasileira. Até porque sabe-se que a maioria dos magistrados não aprova  o comportamento adotado pelo juiz de Curitiba e outros dos seus colegas, mas por serem discretos, sem ambição ao estrelato, preferem manter-se quietos, no anonimato.
    A simples expectativa do  julgamento de Lula pelo TRF-4, no entanto, além das inevitáveis repercussões no processo eleitoral deste ano, serviu também para revelar o tamanho do ódio disseminado no país pela mídia golpista e pelas redes sociais, como se pode perceber por algumas atitudes esdrúxulas. O prefeito tucano de Porto Alegre, Nelson Marchezan, por exemplo, numa atitude fascista infantil, própria de quem tem medo da democracia, chegou a pedir a presença do Exército para expulsar os manifestantes pro-Lula que pretendem ocupar aquela cidade no dia 24. Por burrice ou ingenuidade confundiu as Forças Armadas com a policia e foi ironizado. O juiz Osório Ávila Neto proibiu manifestações numa área de 500 mil metros quadrados em torno da sede do tribunal.  A chefe de gabinete do desembargador Flores, Daniela Tagliari Kreling Lau, fez campanha nas redes sociais pedindo a prisão de Lula e a sargento Flavia Abreu, da Brigada Militar Gaúcha, também foi às redes sociais para ameaçar os manifestantes. Até onde se sabe, ninguém sofreu sequer uma advertência, de onde se conclui que os seus superiores aprovaram a atitude deles. O ódio dessa gente, como é fácil perceber,  já atinge as raias da loucura. 
    O fato é que não é mais segredo para ninguém que todo esse teatro montado pela Lava-Jato, com a cumplicidade da mídia,  tem o objetivo de eliminar Lula da vida pública, impedindo-o de concorrer às eleições presidenciais deste ano, conforme programado pelos que planejaram nos Estados Unidos o golpe que derrubou Dilma. A Lava-Jato está cumprindo a sua parte, como confirmou um alto funcionário do governo norte-americano. Resta saber o que acontecerá no dia 24 e nos dias seguintes. De uma coisa ninguém tem dúvidas: tudo dependerá do resultado do julgamento. Diante da gravidade do momento, porém, em que é praticamente impossível um prognóstico sobre os prováveis acontecimentos, os homens que detém uma parcela de poder neste país e, sobretudo, os que concorreram para essa grave situação de risco, devem meditar bastante sobre seus atos, porque serão responsáveis  pelos danos causados à Nação e ao seu povo e cobrados, no futuro,   pelos seus próprios filhos. E, também,  pela sua própria consciência. Por isso, nunca é demais lembrar as palavras do Cristo: “A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória”. 
    por Ribamar Fonseca - jornalista, escritor e colunista de Brasil 247
    ***
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    A carta da Vargas que elegeu Dutra

    Lula não pode [não tem o que] perder mais no dia 24 de Janeiro. O golpe e os golpistas, sim
    Ao contrário do que dizem os jornais, a única decisão passível de ocorrer, daqui a nove dias, quando dois  desembargadores proferirem seus votos sobre a confirmação ou não da sentença de Sérgio Moro contra Lula – só dois, porque o voto do relator João Gebran Neto é um voto viciado por seu alinhamento automático e compadrio com o juiz de Curitiba – é a quase definição de Lula como vencedor do pleito de outubro deste ano.
    Porque depois destes anos a fio de campanha midiática e de transformação da Justiça em ferramenta política, se os dois ou mesmo um só deles divergir, ainda que em parte, do golpe de mão eleitoral perpetrado por Moro, as chances de que a montagem venha a ruir são enormes.
    E estará aberta a porta para que o Judiciário retome a sua tradição de não-intervenção em assuntos político-eleitorais.
    Lula fez a sua parte e, ao reunir perto de 40% das intenções de voto a Presidente, mostrou que é o personagem central do julgamento que o povo brasileiro fará em pouco mais de nove meses.
    O golpismo, sim, é que precisa do resultado de 3 a 0 para seguir vivo na disputa eleitoral embora isto esteja longe de significar que Lula, neste caso, estaria “morto”.
    Há pelo menos três anos Lula já foi condenado pelo tribunal da mídia e  tão execrado quanto alguém poderia ser diante da opinião pública. Nada de pior podem lhe fazer, nem mesmo com o “3 a 0”
    Mesmo se conseguirem este “placar”, Lula seguirá tendo a liderança do processo eleitoral, seja como candidato, seja como “grande eleitor”  de outro candidato.
    Getúlio Vargas, apeado do poder e maldito em todos os círculos da mídia, escreveu uma pequena carta, poucos dias antes da eleição de 1946, e elegeu Eurico Gaspar Dutra contra o favorito Eduardo Gomes, herói da classe média e vitorioso da campanha da Itália.
    A elite política e econômica do Brasil, no seu desespero por não ser – como poderia ser, não fosse tão medíocre – a reitora dos rumos do Brasil, algo a que renunciou quando resolveu ser apenas a “gerente” do estabelecimento colonial anacrônico imposto a este país não percebe que não conseguirá construir a legitimidade para seu poder, como teve com JK, no pós-Vargas.
    Mesmo excluindo Lula por uma manobra abjeta, comandada por Moro, que está para o Judiciário como Eduardo Cunha esteve para o Legislativo, não tem ninguém que lhe garanta o voto do povo.
    Nem mesmo com o 3 a 0 que pretende impor, daqui a nove dias. E pior ainda, se não os alcançar.
    E, se alcançar, leva, definitivamente, o Judiciário para para a sua aventura suicida.
    por Fernando Brito - Tijolaço
    ***
    dutra

    A previdência e a manipulação midiática

    Manipulação da Standard & Poor's para privatizar a previdência social, por J. Carlos de Assis
    Se alguém tinha dúvidas sobre o que é jornalismo objetivo e o que é manipulação da opinião pública pela mídia teve uma excelente oportunidade de fazer essa distinção tomando como referência a “cobertura” do rebaixamento pela Standard & Poor´s da sua nota de crédito para o Brasil. O fato, em si,da atribuição da nota é irrelevante. É que a Standard não tem crédito para dar crédito a empresas e países. Deu notas máximas aos bancos norte-americanos  antes do colapso financeiro de 2008,  que custou trilhões à sociedade e ao mundo.
    O que aconteceu agora foi uma manobra de manipulação explícita. A agência está integrada à quadrilha do grande capital financeiro mundial que quer forçar por todos os meios a reforma previdenciária infame no Brasil. Se ela desse uma nota alta ao país teria reconhecido que a política econômica de Henrique Meirelles vai bem. Era preciso piorar a nota para dizer que, além da liquidação da CLT e do congelamento por vinte anos do orçamento, falta fazer a grande reforma da Previdência para que o Brasil volte a crescer.
    Não é preciso um acordo às claras para imaginar que a Standard combinou com as duas outras agências, Moodys e Fitch, uma escala de rebaixamento que preservasse o moral de Henrique Meirelles mas que assim mesmo possibilitasse a pressão política sobre a Previdência. Por isso atacou primeiro enquanto as outras duas esperam melhor oportunidade. É claro que nada disso tem a ver com a real credibilidade de um país que tem quase 400 bilhões de dólares em reservas. O problema é expandir a todo o custo a privatização.
    Juntando o noticiário de quinta-feira com o de sexta, a Globo deve ter dedicado uns bons 20 minutos do Jornal Nacional para bombardear seus telespectadores com a “notícia” do rebaixamento. Não foi tanto no Jornal da Globo,que é mais elitista. Foi no jornal destinado às massas. É claro que esse público não está muito interessado em agência de risco e classificação de crédito. A Globo insiste nesse noticiário porque sabe do efeito subliminar de uma cobertura de massa sobre as consciências. Fez isso muito bem com o mensalão e a Lava Jato.
    O propósito, obviamente, é massificar junto à opinião pública o conceito de que, sem reforma previdenciária, o Brasil não sairá da crise. O que normalmente seria recebido como um fato negativo, o rebaixamento da nota, passa a ser um instrumento para mobilizar a opinião pública a fim de pressionar o Congresso ainda relutante a apoiar a reforma. E o que tem isso a ver com a retomada do crescimento? Absolutamente nada. O problema do crescimento, se tivesse de ser resolvido, teria de ser resolvido por outros caminhos.
    Quanto à reforma previdenciária, seu objetivo é abrir espaço para a generalização da previdência privada, chamada de capitalização - que permitiria a manipulação pelo setor privado de bilhões de reais em fundos -, e não em bases correntes, onde a geração atual paga pela passada fora das negociatas privatistas. Para isso, é preciso piorar a Previdência pública pois poucos sairiam dela se,  como acontece hoje, tivesse um nível de atendimento razoável. Não importa para o capital que tenha sido retumbante o fracasso da privatização da previdência feita pelo governo do ditador Pinochet no Chile. Ele atende à alta finança, e isso basta.
    Suponhamos, porém,  para efeito de raciocínio, que a Standard seja uma agência de risco de boa fé. Nesse caso ela rebaixaria, sim, o Brasil. Porém não por causa da Previdência. Mas por causa da depressão econômica por três anos seguidos (que o Governo nega mas só convence os trouxas), por causa do alto desemprego, da reprimarização da economia, da desindustrialização, do retalhamento da Petrobrás, da intenção estúpida de privatização do setor elétrico – tudo conspirando, sob a batuta de Meirelles, para um prolongado ciclo de contração da economia. Até que, pela  graça de Deus e força dos homens, seja derrubado. 
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