por Alon Feuerwerke

As vitórias de cada um

Dilma Rousseff e o PMDB saíram ambos muito bem da votação do salário mínimo na Câmara dos Deputados. A presidente recolheu a fama de ter enquadrado o partido, e este levou a promessa de ter as reivindicações atendidas. Ou seja, cada um emergiu da pendenga com o que julga essencial.

O PMDB (agora que ele votou por unanimidade, não soará estranho dizer "o" PMDB) não quer protagonismo, quer espaço político e orçamentário, para manter a máquina funcionando. Já Dilma não pode se dar ao luxo de ser vista como fraca. Seria mortal. Eis por que a convergência da quarta-feira foi boa para os dois.

Alías, não só Dilma e o PMDB colheram boas notícias na votação do mínimo. O resto do país também, exceto quem depende do dito cujo para pagar as contas.

O país verificou que há um governo com metodologia clara. E viu que há uma oposição disposta a fazer o debate chamado de programático. O primeiro ponto não é tão novo assim. Já o segundo é uma novidade e tanto.

O governo estabeleceu a regra do jogo. Entre a disciplina e a negociação, prevalece a primeira. As bancadas parlamentares são correia de transmissão do governo. Eventualmente podem ser ouvidas sobre um ou outro assunto, mas os espaços de poder do Executivo e do Legislativo estão bem delimitados.

Assim como o espaço dos movimentos sociais. O apoio deles ao governo é bem recebido, mas não implica contrapartida na repartição de poder.

Nos assuntos que o governo considerar estratégicos, cabe à base marchar unida conforme a orientação. Neste ponto, o estilo de Dilma não deixa espaço para outras interpretações.

Agora, espera-se da administração a repetição da valentia, da exibição de músculos, da firmeza e da determinação também em outros temas. Especialmente quando, ao contrário das vítimas da quarta-feira, os atingidos forem indivíduos e grupos com recursos para buscar diuturnamente proteção no poder.

Não passou batido, por exemplo, que no mesmo ambiente conturbado pelo debate em torno do mínimo o mercado tenha tomado conhecimento de que a Caixa Econômica Federal vai colocar alguns bilhões a mais no Banco Panamericano. Mais precisamente R$ 10 bilhões. Impressiona o esforço do governo no salvamento da instituição.

Além de conhecer na inteireza o governo que elegeu, o Brasil também pôde notar um ajuste na atitude da oposição. Que deixou de lado a tentação de se apresentar como a responsável última por tudo que eventualmente o PT faça de certo e passou a executar sua atividade-fim: fazer oposição.

Mais ainda: PSDB, DEM e PPS escaparam da velha tentação de escorregar para o regimentalismo, para os expedientes, para a histeria inconsequente. Sabendo que iriam perder no voto, concentraram-se no debate do mérito. O resultado foi ajudarem a criar uma tensão inédita entre o PT e a base social do partido.

Quarta-feira na Câmara dos Deputados o governo mostrou que está muito forte e a oposição mostrou que está viva. Assim começa o jogo. Agora é acompanhar e, para alguns, torcer.

Me dê motivo

A maioria do Democratas concluiu a operação para evitar o "efeito Tim Maia" na luta interna do partido. Para fugir do "me dê motivo", recompôs a Executiva Nacional da sigla e contemplou os talvez futuros dissidentes.

O que não resolve o problema, pois há uma turma do DEM que luta com todas as forças para não ficar na oposição. Só não poderão dizer que o motivo da saída é a falta de espaço na direção partidária. Precisarão achar outro argumento.

A vida do pessoal que promete sair não será tão fácil. Para contornar a fidelidade partidária vão criar uma nova legenda. Mas se o novo partido fundir-se com algum dos atuais antes mesmo de disputar uma eleição há o risco real de a Justiça enxergar nisso só uma gambiarra.

Na teoria, segundo alguns conhecedores da lei, a nova sigla deveria disputar pelo menos uma eleição para ficar comprovada a boa fé da iniciativa.

Tem boa chance de virar um baita imbroglio.



Poesia

Eco depois de um mês em 68

Nós cansamos do velho
da intrépida múmia
com mofo aromático
E desespero tétrico.
Mas nunca do clássico
Pois esse não envelhece
Ganha a voz com o vento
E no tempo permanece.

Nós cansamos do que se basta
O que se rende à casta
Temem o que vem e se temem
Nunca se olham nem se desentendem
Nunca se afirmam e nem surpreendem.

Nós inventamos o futuro
E engolimos o modernismo
Nós devoramos a vanguarda
E transcendemos o partidarismo
mas isso,
é só
porque nascemos depois
que nasceu o pluralismo.

Eunice Boreal – Cronópios



Não me deixes mais (Ne me quitte pas) - Fagner

Artigo semanal de Delúbio Soares

EDUCAÇÃO, O MELHOR INVESTIMENTO

"Educai as crianças e não será preciso punir os homens"

Pitágoras, 570 a.c.

 Aeroportos, trem-bala e ferrovias, portos, rodovias, usinas hidrelétricas e grandes obras de infra-estrutura. Há muito sendo feito e muito por fazer. São os investimentos que o país reclama permanentemente e se fazem indispensáveis para a continuidade de nosso processo desenvolvimentista. Quanto mais são feitos, mais se fazem necessários, em maior número, ao longo dos anos. Consomem bilhões, anos de trabalho, largo planejamento e decisão política. Mas, certamente, pouco ou nada são se comparados ao grande investimento que um país deve, diuturna e obrigatoriamente, fazer: a educação.

 É difícil mensurar. Talvez seja impossível chegar à conta certa. Mas para cada real gasto com educação, o Brasil ganha, ao longo dos anos, milhões de retorno. Cada estudante bem formado no ensino elementar, cada aluno que recebeu uma educação básica adequada, é um excelente investimento realizado no futuro da Nação, tornando-se um cidadão de altíssima qualificação no mercado de trabalho e na própria vida profissional.

 Sou, antes de tudo, um professor. Minha devoção ao magistério é integral, assim como meu compromisso para com a educação. Vivenciei nas escolas públicas de Goiás, primeiro como aluno e depois como professor, a dura luta dos que buscam o saber e dos que o ministram, enfrentando a escassez de recursos, os baixos salários, toda sorte de dificuldades surgidas na longa caminhada. Nada disso jamais inibiu meu espírito de luta ou esmoreceu a vontade de meus alunos, milhares ao longo de décadas de trabalho duro e fé inquebrantável em nossa missão.

 Não acredito em países que não investirem até o último centavo em educação. Não vislumbro futuro nos povos que não priorizarem a educação. Não creio na viabilidade das Nações que não elevarem a educação à condição de um compromisso irrevogável e absoluto. Sem educação, nada feito.

 Os organismos internacionais estão aí, cheios de números eloqüentes, lotados de mapas e gráficos, comprovando que os países que lá atrás, na virada do século XIX, jogaram pesado em favor do ensino básico e, também, iniciaram a construção de sólidas universidades, hoje colhem os frutos de tamanhos acertos. São o Canadá, os Estados Unidos e alguns países europeus. Mas também são vizinhos como o Uruguai e Argentina, além do Chile, que apresentam altíssimo índice de alfabetização e uma grande população universitária. O IDH desses países é maior que o nosso, suas classes médias são fortíssimas e a escola pública apresenta uma qualidade surpreendente. Nem a turbulência política eventual de décadas passadas conseguiu empanar o brilho das vitórias alcançadas na educação pública de boa qualidade.

 O número dos que se iniciam no ensino primário e chegam à universidade nesses países é bastante maior do que no Brasil. Já conseguimos diminuir a distância nos últimos anos, com o Pro-Uni e uma acentuada melhora na rede de ensino público, mas ainda há muito por fazer.

 Não acredito que exista uma conspiração elitista contra a presença dos filhos do povo nos bancos universitários. De forma alguma. Acredito, sim, que exista uma consciência que cresce entre nossa população mais humilde, em meio à massa trabalhadora, de que ter um filho seu freqüentando a faculdade de medicina, ou de engenharia, ou de direito, não é mais um sonho generoso de pai e mãe, mas possibilidade concreta numa sociedade que se democratiza e onde a justiça social se faz mais presente a cada dia. A universidade hoje é um desafio, não é mais um sonho. Ela é possível, ela é viável, ela pode ser alcançada, sim!

 Temos uma larga tradição de educadores geniais. São Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, são Paulo Freire e Milton Santos, são os mestres perdidos nos sertões desse país continente. Mas há o outro lado da moeda, aquele Brasil onde 11,8% da população ainda não receberam a benção do alfabeto. São 18 milhões de irmãos brasileiros, com mais de 10 anos de idade e sem saber ler ou escrever. Algo como toda a população da região metropolitana de São Paulo sem as luzes do saber, imersos nas trevas do analfabetismo. Há progresso que compense tamanha chaga?

 Há indicadores que nos inquietam: menos de 1/3 da população, em idade apropriada, cursou integralmente o ensino médio. No ensino fundamental público, a reprovação é de 12,5%; o abandono é de 9,5%. Menos de 5% da população adulta cursa ou cursou o ensino superior. Tal situação já foi pior. Nos últimos oito anos os índices negativos experimentaram uma curva decrescente acentuadíssima. O governo Lula primou por investir em todas as frentes da educação. No governo Dilma, com certeza, não será diferente.

 Eu vos garanto como aluno das escolas rurais do interior goiano, eu vos asseguro como professor das escolas públicas anos a fio, educando milhares de jovens: não há maior e melhor investimento que um país possa fazer do que na educação de seu povo. Ali, nas salas de aula, com professores bem pagos, alunos bem assistidos, bem alimentados e com material didático e pedagógico adequados, em escolas e faculdades modernas e informatizadas, está a semente da grande potência do século XXI.

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A herança bendita

 Com o título acima refiro-me, obviamente, à deixada à presidenta Dilma Rousseff pelos últimos oito anos do governo do presidente Lula, uma verdadeira revolução social, e sem precedentes, neste país. Os números, da redução da pobreza durante sua gestão, foram apresentados nesta 4ª feira (ontem) ao próprio Lula pelo presidente do IBGE, Eduardo Nunes, e pelo economista Marcelo Nery da FGV-RJ.

O ex-presidente Lula começou, assim, a coletar os dados (no caso de ontem, com base no Censo 2010 do IBGE) sobre seu governo que levará para o Instituto, que está em fase de reforma, e para o Memorial a ser criado. Segundo o economista Marcelo Nery, a apresentação, números e informações mostram a dimensão da "herança bendita" que o governo Lula deixou para o da presidenta Dilma e para milhões de brasileiros beneficiados pelas decisões acertadas de sua administração.

Durante a reunião, o ex-presidente Lula reconheceu que o ajuste fiscal que sua sucessora terá de fazer neste 1º ano de mandato será "tão forte" quanto o que ele realizou em 2003. Lembrou, também, o drama que viveu em 2004, diante da decisão - que provou-se acertada depois - de não aumentar o salário mínimo.

Como vocês podem ver, o ex-presidente Lula continua o mesmo com os amigos e com o Brasil. Atento e preocupado com as saídas que sejam melhor para todos, e também, com a memória, para deixar registrada a revolução social de seu governo. Uma revolução reconhecida pelos brasileiros que nele votaram três vezes - a terceira, ao eleger sua sucessora, nossa presidenta Dilma Rousseff.

Minas é a Calábria do Brasil

José Serra não aprende. Não bastasse o isolamento numa fatia grande do PSDB, operação armada pelo senador Aécio Neves, seu colega-adversário, Serra caiu numa armadilha montada por Itamar Franco (PPS-MG), senador redivivo na última eleição justamente pelas mãos de Aécio.

Nos últimos dias, Itamar, o imprevisível, saiu pelos corredores e pelo plenário do Senado a defender a convocação de Serra à Casa. Itamar advogava que Serra deveria ser chamado para defender publicamente a proposta que apresentara na campanha presidencial de elevar o salário mínimo a R$ 600 ainda neste ano. O objetivo de Itamar, segundo o próprio, seria ampliar o debate sobre o tema, até então dominado pela proposta do governo, de R$ 545. Muito bom, muito bem, não fosse o fato de que, até a eleição de 2010, quando ao menos tecnicamente estiveram no mesmo lado, Itamar alimentou por Serra um desprezo colossal. (Nesse caso, não valia a máxima de que mineiro não briga, mas também não perdoa, já que um dos esportes preferidos de Itamar sempre foi falar mal de Serra.) Noves fora os desentendimentos do passado, o certo é que, do Senado, Itamar lançava um tapete vermelho na direção de Serra – e o gestou encontrou ressonância. Dando gás ao plano, o jornal Estado de Minas, porta-voz dos interesses de Aécio, replicou o convite: "Itamar quer convocar Serra para explicar mínimo de R$ 600".

Parecia armadilha – e era. Mas Serra pagou para ver.

Ontem, Serra foi a Brasília. Não falou no Senado, mas em reunião com deputados e senadores tucanos, o candidato derrotado à Presidência defendeu o salário mínimo de R$ 600. "É factível", disse ele. No mesmo dia, o governador de São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin, anunciou que o valor do salário mínimo no Estado será de R$ 600. Por algumas horas, alguns jornalistas, eu inclusive, enxergamos na fala sincronizada de Serra e Alckmin uma inusitada harmonia no ninho tucano. Cheguei a postar no twitter (@_lucasfigueired) que Itamar tinha servido de escada para Serra. Qual o quê. Em Minas, nada é o que parece.

Leio hoje na coluna Painel da Folha de S.Paulo, usada por Aécio para mandar recados, a seguinte nota:

"Água e óleo – Até o salário mínimo divide José Serra e Aécio Neves. Enquanto o primeiro foi a Brasília tentar convencer a bancada tucana a abraçar os R$ 600 defendidos por ele na campanha, aecistas argumentaram que a oposição soará oportunista se bater o pé por esse valor, especialmente se as centrais sindicais aceitarem algo mais modesto, como tudo indica que irá acontecer."

Não foi a única lambada que Serra levou. Ontem, o Estado de Minas – o mesmo que noticiara com destaque o inusitado interesse de Itamar em convocar Serra ao Senado – noticiou na capa: "Serra defende R$ 600, mas prefeitos tucanos refutam".

Buscando a luz, fugindo do fracasso da eleição e da perseguição de seus pares tucanos, Serra acreditou que ia se dar bem com o aceno de Itamar. Não sabia ele que Minas é a Calábria do Brasil.



Arapuca

Agora foi a do salário mínimo de 600 reais. Mas, que ninguem se iluda muitas outras serão armadas pela tucademopiganalhada.
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Esse texto é um clássico da troca de autoria

Há milênios circula na Internet como sendo de Arnaldo Jabor. O jornalista está cansado de ter textos que não são dele circulando com seu nome, no que tem toda a razão, mas também não precisava ser grosseiro. Luis Fernando Verissimo foi bem mais polido ao divulgar que não era autor do Quase e negar a autoria de coisas como "Um dia de merda". São dois lados de uma terrível moeda: o escritor que vê seu texto, seu legítimo texto (não importa se curto ou longo, feio ou bonito, é seu) circulando com o nome de um outro autor, que não moveu uma palha para merecer os créditos, e o escritor que vê seu nome, seu legítimo nome (não importa se curto ou longo, feio ou bonito, é seu) adornando o texto de outra pessoa, que nada tem a ver consigo.

Deve-se evitar a ignorância de achar que quem escreve o texto é a mesma pessoa que altera o autor. Em minha experiência com autoria trocada, só vi isso acontecer uma única vez. Geralmente o autor do texto é tão ou mais vítima do que o cara a quem o texto foi atribuído. Refletir e respeitar nunca fez mal a ninguém.

Aí vai o texto e o comentário da verdadeira autora, Ailin Aleixo, publicado na revista Vip.
Vanessa Lampert

EU NÃO SOU O JABOR, NÃO!
Andam confundindo minha bunda com a do colunista do Estadão
Ailin Aleixo

Há meses um texto meu circula na internet como se fosse do Arnaldo Jabor. Ele já ficou tão puto com essa história de ser elogiado por algo que não é dele que escreveu duas crônicas no jornal O Estado de S. Paulo detonando o autor real do texto, que, na opinião dele, é uma baranga que tenta imitar seu estilo. Eu tentei contatá-lo de todas as formas para esclarecer a situação, mas o moço prefere xingar a se dignar a falar comigo... Então, só para desencargo de consciência, deixo aqui a prova de que "Ode à bunda dura" é meu e ninguém tasca.

"Ode à Bunda dura

Tenho horror a mulher perfeitinha. Odeio qualquer uma que fique maravilhosa num biquíni. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, está sempre na moda e é tão sorridente que parece garotapropaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura feito pão francês com mais de uma semana? Pois então, mulheres assim são um porre. E digo mais: são brochantes.

Você, homem, dirá que estou louca, sou despeitada e, provavelmente, baranga. Na boa, pense o que quiser, mas posso provar minha tese com grande tranqüilidade, ponto a ponto. Quer ver?

> A dondoca faz escova toda manhã: fulaninha acorda às 6 da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit, liso feito pau de sebo e à prova de furacão e Katrinas. Nisso, ela perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão "Alisabel é que é legal". Burra.
> A fofucha anda impecavelmente na moda, o que significa igual a todas as amigas: estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da revista da Daslu. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.

Não é esquisito que...

Quando o outro não faz é preguiçoso.
Quando você não faz... está muito ocupado.


Quando o outro fala é intrigante.
Quando você fala... é crítica construtiva.

Quando o outro se decide a favor de um ponto, é "cabeça dura".
Quando você o faz... está sendo firme.

Quando o outro não cumprimenta, é mascarado.
Quando você passa sem cumprimentar... é apenas distração.

Quando o outro fala sobre si mesmo, é egoísta.
Quando você fala... é porque precisa desabafar.

Quando o outro se esforça para ser agradável,
tem uma segunda intenção.
Quando você age assim... é gentil.

Quando o outro encara os dois lados do problema, está sendo fraco.
Quando você o faz... está sendo compreensivo.

Quando o outro faz alguma coisa sem ordem, está se excedendo.
Quando você faz... é iniciativa.

Quando o outro progride, teve oportunidade.
Quando você progride... é fruto de muito trabalho.

Quando o outro luta por seus direitos, é teimoso.
Quando você o faz... é prova de caráter.

Dilma desmonta circo do mínimo

9k= 361 X 120: mais do que uma importante vitória sobre a oposição, ao mostrar a unidade dos aliados para aprovar na Câmara o novo salário mínimo de R$ 545, por larga margem de votos, na noite de quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff conseguiu desmontar até o final do seu mandato o circo armado com data marcada em todos os governos.

Assim como o Natal, o Ano Novo, as enchentes de verão e o Carnaval, em todo começo de ano entra no ar a novela do "novo salário mínimo", mobilizando os partidos de oposição e as centrais sindicais para arrancar o maior valor possível de quem está no poder para agradar às suas bases, mesmo conhecendo as limitações orçamentárias do governo de plantão.

É sempre o mesmo roteiro, não importa quem esteja no governo ou na oposição: partidos e centrais sindicais mobilizam seus militantes para ocupar a praça do Congresso, os corredores e as galerias, com militantes uniformizados armados de placas e bandeiras em que reivindicam muito mais do que é proposto.

Claro que todo governante quer oferecer o máximo possível, mas em campanhas eleitorais ou assembléias salariais, quem não tem a responsabilidade de pagar pode oferecer quanto quiser.

Todo mundo conhece este teatro que se repete a cada ano. Desta vez, porém, a indignação popular foi maior exatamente pelo contraste entre os aumentos dos próprios parlamentares _ 62% aprovados em apenas dez minutos, elevando os salários para mais de R$ 24 mil _ e os R$ 35 de reajuste dados ao salário mínimo depois de semanas de discussão.

O abismo entre uma realidade e outra dentro do mesmo país é chocante. Junto com o mínimo, Dilma conseguiu aprovar uma nova lei estabelecendo que até 2015 os reajustes serão automáticos, sem passar pela votação no Congresso, com base na inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB de dois anos atrás.

Por que então não aproveitam e aprovam outra lei estabelecendo o mesmo critério do mínimo para reajustar daqui para frente os salários de todas as excelências, da Presidência da República às Câmaras de Vereadores?

O que dói mais na alma de quem trabalha é saber que o país só tem condições de pagar R$ 545 por mês de salário mínimo e, ao mesmo tempo, paga alguns dos maiores salários do mundo para os seus políticos, incluindo os aposentados.

Claro que os líderes sindicais e os dos partidos de oposição que se uniram para defender um mínimo maior, armando o circo em Brasília, não vão aprovar esta sugestão, nem estão preocupados com isso.

O próprio governo de Dilma Rousseff e seus aliados, no entanto, poderiam aproveitar a vitória de terça-feira para tomar a iniciativa de propor esta equiparação de critérios para os aumentos salariais de quem vota e de quem é votado.

Seria uma verdadeira revolução nos costumes políticos brasileiros.

por Ricardo Kotscho

Triste espetáculo ontem no Congresso Nacional

por Laguardia

A votação do novo salário mínimo tornou-se mais uma disputa de qual partido era mais leal ao governo do que propriamente uma discussão do que poderia ser feito em benefício do trabalhador.

O que vimos foi uma disputa entre egos, uma disputa de poder. Hoje o PMDB se gaba de que 100% de seus parlamentares apoiaram a proposta do governo.

Não vimos no parlamento uma discussão séria do que poderia ser feito em favor do trabalhador.

Afinal de contas os parlamentares já tinham garantido os seus 62% de aumento. A presidente da república já tem garantido quase 150% de aumento, e seus ministros por volta de 130% de aumento em seus salários.

Ninguém pensou nos cortes que poderiam ser feitos para melhorar o salário do trabalhador.

Aqui não estou entrando no mérito de se R$ 545,00 é um bom aumento ou não, todos sabemos que é pouco, considerando-se que a inflação está aumentando. Não estou discutindo se o certo seria R$ 560,00 ou R$ 600,00.

O que me causa indignação é que a disputa não foi em torno do que seria o melhor para o trabalhador, e sim uma disputa de quem tinha mais força, o governo ou a oposição. Tudo foi encarado como um teste de poder do governo.

Estavam se lixando para o trabalhador.

Google - Android Market

Nos últimos dois anos, desenvolvedores de todo o mundo ajudaram a transformar o Android Market no melhor lugar para encontrar mais de 100 mil aplicativos, jogos e widgets. Antes, só era possível acessar o Android Market diretamente do seu aparelho celular. Mas hoje apresentamos o website do Android Market para que você possa olhar e pesquisar aplicativos incríveis no seu navegador da web.




Com o website e a interface maior, fica mais fácil descobrir aplicativos úteis. Você também pode enviar os aplicativos diretamente para o seu dispositivo com apenas alguns cliques: não há necessidade de fios. E ainda integramos novos recursos sociais. Você pode compartilhar aplicativos com seus amigos por meio do Twitter. E pode ler e postar análises de aplicativos diretamente ao Android Market a partir da web ou do seu aparelho celular.

E todos os aplicativos que você já comprou e instalou? Faça o login no website com a sua conta do Google e clique em "Minha conta do Market" para ver todos os aplicativos que já foram comprados ou instalados. Fica muito mais fácil gerenciar seus aplicativos.

O website do Android Market foi lançado oficialmente em um evento na sede do Google, no qual demonstramos o Honeycomb (Android 3.0) (site em inglês), a nossa mais recente versão do Android, projetada especialmente para tablets. O Honeycomb possui uma interface de usuário totalmente redesenhada, com widgets e notificações mais interativas, recurso multitarefa aprimorado e os melhores e mais recentes serviços do Google Celular otimizados para tablets. Também demonstramos aplicativos em fase pré-lançamento otimizados para o Honeycomb, de mais de 17 desenvolvedores, incluindo:
  • AccuWeather
  • CNN
  • Disney Mobile
  • The Economist
  • Fuze box
  • Glu Mobile
  • Google Body
  • Grocery iQ
  • Intuit
  • Ngmoco
  • Pulse News
  • Quickoffice
  • Time Magazine
  • TouchType
  • Trendy Entertainment
  • War Drum Studios
  • Weatherbug
  • Zynga
Prepare-se para mais novidades no Congresso Mundial de Telefonia Móvel (14 de fevereiro) em Barcelona, ocasião em que você poderá conferir mais de 50 desenvolvedores demonstrando os aplicativos mais recentes para celulares e tablets no estande do Android, no corredor 8.

por: Eric Chu, Gerente de Programas de Plataformas de Celulares



Crescimento do PIB

Durante o desgoverno FHC [tucademo] média de 2%.

Durante o governo Lula [PT] 5%.

Clique aqui para ver as tabelas.

Também tem essa outra tabelinha.

Veja que as tabelas não refletem o crescimento de 8% de 2010, o último ano do Governo Nunca Dantes.
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por Carlos Chagas

DE VOLTA  PARA O FUTURO

Nunca é demais repetir o provérbio árabe de que bebe água limpa quem chega primeiro na fonte. No PSDB a briga é de foice em quarto escuro por conta da sucessão de 2014. José Serra reivindica o direito de disputar não apenas mais uma, mas duas vezes. Ou o Lula só venceu na quarta vez, enquanto ele só perdeu duas? Aécio Neves, mantendo o estilo do avô, sustenta que a vez é de Minas, depois de três fracassos paulistas. Só que Geraldo Alckmin, montado na máquina do governo mais rico do país, não fará por menos: quer ver Serra e Aécio afastados, um porque o tempo dele já passou, outro porque ainda não chegou.

Enquanto isso, no reverso da medalha,  a palavra de ordem é de que Dilma Rousseff terá direito a mais um mandato, se estiver indo bem  no primeiro. Caso contrário, o Lula estará a postos. Algumas indagações ficam inconclusas.  O que fará o PMDB para evitar sua transformação em partido de segunda classe? Ficar atrás de nomeações para o segundo escalão não basta. Precisará lançar candidato próprio, mas quem?



PSDB

Partido do Sindicalismo Dialético Brasileiro

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