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Folha e a piada pronta

E ainda tem quem leve um jornaleco desse a sério

Copa 2014

FIFA exige royalties de protestos contra a Copa

Itaquerão (SP) - O departamento jurídico da FIFA® exigiu direitos autorais da expressão "Não vai ter Copa®". "Os manifestantes também não podem usar as expressões 'Não vai ter Brasil 2014®' e 'Não vai ter Fuleco®'", explicou Jérome Valcke®. "Quem quiser protestar, pode usar, por exemplo, 'Não vai ter o torneio mundial de seleções de futebol'", concluiu. Fica proibida também o uso de bolas Cafuza® e a queima de álbuns oficiais da Copa® durante os protestos.

Valcke® anunciou que a FIFA® cobrará US$ 28 mil por manifestação durante a Copa®. "Além disso, serão multados os cidadãos exaltados que consumirem uma Pepsi, usarem Nike e portarem MasterCard em suas carteiras", legislou.
No final da tarde, a entidade máxima do football anunciou um acordo com o governo brasileiro. 
"Ficaremos com a posse de Rondônia® e mais umas glebas de terra no Tocantins como garantia até que todos os royalties sejam pagos", explicou Valcke®.
The i-piauí Herald

Lula e a mídia malabarista

As reações da mídia à fala de Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira (16), no 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, não poderiam ter sido mais emblemáticas. No evento organizado, em São Paulo, pelo Centro de Estudos de Mídias Alternativas Barão de Itararé, o ex-presidente defendeu a aprovação do marco regulatório contra o monopólio dos meios de comunicação no Brasil. Além disso, criticou duramente os ataques da imprensa contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Falou, com um tipo de franqueza pouco comum na política brasileira, sobre sua relação com a blogosfera progressista: 

“Eu me dou o direito de dar entrevista para quem eu quero, na hora que eu quero”.

A frase foi um recado direto ao moralismo de ocasião do jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, que em abril mobilizou-se para desqualificar uma entrevista de três horas de duração concedida por Lula a blogueiros e ativistas digitais, na sede do Instituto Lula, na capital paulista. Para interditar a comunicação de Lula com a blogosfera, o jornalão carioca partiu, sem sucesso, para a desqualificação rasa dos blogueiros e da disposição do ex-presidente em falar com eles – um misto de inveja e despeito com origens no absoluto descolamento da realidade em que vivem, na área de comunicação em rede, os jornalões brasileiros.

Reeleição de Alckmin tá fazendo água

Pesquisas qualitativas do PSDB em São Paulo dão conta que a Cantareira - racionamento d'água -, está "escorrendo" intenções de votos em Geraldo Alckmim com uma velocidade e quantidade preocupante. 

Os números apontam para o governador - candidato a reeleição - chegar em segundo lugar na disputa do primeiro turno. 

Em privado especialistas já veem o candidato do PT, Alexandre Padilha - ex-ministro da saúde -, como franco favorito.

A ordem no tucanato é "ressuscitar" o Caso Celso Daniel, desde ontem.

Crônica dominical de Luis Fernando Veríssimo

Othelo
Para quem gosta de cinema, Paris é um banquete. Duvido que outro lugar do mundo tenha tantas salas de exibição, entre cinemões e cineminhas. Além dos últimos lançamentos, estão sempre em cartaz reprises de filmes clássicos e festivais de diretores cultuados.
Um favorito reincidente nestes festivais é Ernst Lubitsch, o judeu alemão que representou como ninguém a efervescência cultural de Berlim entre as duas guerras, e, depois, levou para Hollywood seu humor sofisticado.
Gostos rarefeitos como o por comédias americanas dos anos 30 e 40 com o chamado “toque de Lubitsch” são servidos permanentemente em Paris, em pequenas salas onde as instalações precárias não prejudicam nem o conforto dos fanáticos nem a qualidade da projeção.
Foi num desses cinebutiques que vimos recentemente a colaboração de Shakespeare e Orson Welles em “Othelo”, numa versão restaurada. Eu me lembrava de ter visto o filme no seu lançamento nos Estados Unidos, quase 60 anos atrás. Revi agora com, literalmente, outros olhos, pois, infelizmente, não sou uma versão restaurada de mim mesmo.

Orson Welles em Othelo

Orson Welles é, de certa maneira, um anti-Lubitsch. Enquanto o alemão só teve prestígio e sucesso por toda a vida, Welles precisou brigar para fazer seus filmes, sem contar os que não conseguiu fazer.
O fato de ser o autor do que é universalmente reconhecido como um dos melhores filmes de todos os tempos, “Cidadão Kane”, não o ajudou. “Othelo” levou três anos para ser filmado. Sem produtores dispostos a patrociná-lo, Welles usou o próprio dinheiro, ganho com seu trabalho como ator, para financiá-lo.
O maior problema, quando as filmagens eram retomadas depois de cada interrupção por falta de dinheiro, era conseguir reunir de novo o elenco. O resultado dessa irregularidade só aparece no filme na variação da maquiagem do mouro, que, em certas cenas, está mais escuro do que em outras.
Fora isso, o filme é impressionante. Nunca, com exceção, talvez, do cinema expressionista alemão, ângulos de câmera e enquadramentos insólitos foram usados tão poderosamente para criar um clima de presságio e drama.
Hoje, um estilo de filmagem parecido seria considerado preciosismo, mas a idade deu uma certa respeitabilidade ao exibicionismo de Welles. Você o degusta com prazer.
“Othelo” tem algumas das expressões mais citáveis de Shakespeare. “Pompa e circunstância’’, por exemplo. E a autodefinição de Othelo como “alguém que amou não sabiamente mas demais’’. E sua gratidão à doce Desdêmona por ter recompensado o seu relato de batalhas e sofrimentos com “a world of sighs”, um mundo de suspiros.
Como em todas as versões de Shakespeare no cinema, você sente não poder assisti-la com um glossário do lado, para não perder nada da linguagem. A solução é resignar-se a não entender a metade e gostar de tudo. Ainda mais na voz “tim-maiesca” de Orson Welles.

Turismo

Deixei o Rio de Janeiro para trás e descobri que os latinos americanos são sensacionais

Há mais de quatro meses atrás me dei o presente que eu sempre quis: uma longa viagem pela América Latina.
Estava sem muito dinheiro e sabia que financiar uma aventura como esta envolveria gastos consideráveis. Com minhas economias, decidi, então, comprar o equipamento básico: mochila, barraca e saco de dormir.
Abandonei o apartamento onde eu morava e troquei a poeira das estantes da biblioteca onde eu trabalhava pela poeira das estradas. No dia seguinte, estava no bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, pedindo carona. A Cidade Maravilhosa iria ficar para trás.

Número confidencial

No dia do aniversário "Bem", ela ganhou o telefone com que tanto sonhava: um iPhone! "Leãozinho" deu o aparelho, mas esqueceu de anotar o número que estava já instalado nele. Tinha nada, não, assim que "Bem" voltasse da viagem de urgência que faria a Buenos Aires, acompanhando uma tia doente, se falariam. Um mês passaria depressa. Acostumara-se a chamar a amante de "Bem" porque era assim que tratava a esposa e não haveria risco de trocar os nomes. A mulher tinha um nome comum, mas o de "Bem", era meio estranho: Jopsla! Ninguém sabia a origem do nome, mas não vinha ao caso. "Bem" estava de bom tamanho. Novo telefone, chip novo, pré-pago, e o número não importava, pois sempre que "Bem" ligava, o que aparecia na tela de "Leãozinho" era "número confidencial" que era para disfarçar no caso da patroa atender. Por uma questão cultural, toda patroa se acha no direito de atender o celular do seu esposo e se o telefone dele tocasse assim, no meio de qualquer hora do dia, ela perguntava em tom de exigindo uma resposta: 
- Quem é, meu filho! 
Se o "Leãozinho" ficasse dizendo "alô! alô!", no terceiro "alô", já estava combinado, "Bem" desligaria imediatamente sem falar". E aí, ele respondia sem alterar, o batimento cardíaco ou inventar uma desculpa mais complicada: 
- Sei lá, Bem, é número confidencial. 
E a "Bem" da paixão ligaria meia hora depois. Tudo certo, tudo combinado, e nunca falhou. Ele, por sua vez, nunca ligava para ela, para evitar de deixar gravado um número que podia ser questionado por sua patroa há mais de trinta e cinco anos. "Bem", a bem da verdade, nasceu quinze anos após o casamento de Leãozinho com sua patroa. Ela, virgem donzela, casara-se com ele de véu e grinalda e levava muito a sério esse negócio de "até que a morte os separe", senão...! Tolerância zero! Marcação cerrada. Os encontros dos dois sempre eram pela manhã, três, quatro vezes por mês, quando Leãozinho tinha, digamos, permissão para uma caminhada na Beira-Mar. Aliás, por falar em Beira-Mar, certa vez Bem se engraçou de um cordão de ouro que recebera da esposa e ele, muito afoito, tirou do pescoço e colocou no pescoço dela. Em casa, juntou o útil ao agradável dizendo que um marginal conhecido na área havia arrancado com alguma brutalidade. "Olha aqui, olha aqui..." - apontando para a marca roxa do beijo dado só para infernizar, Bem era assim mesmo, bem moleca. Pois bem, "Bem" ganhou o telefone chique e viajou com a tia doente a Buenos Aires. A tia doente era um senhor também já entrado na idade, como Leãozinho. Bem foi, mas não gostou de Buenos Aires, reclamou que não entendia a língua e mais ainda detestou o frio. Melhor para "a tia doente" que ficou a maior parte do tempo no quarto do hotel barato perto da Calle Florida! Na outra ponta, Leãozinho contava os dias. "Assim que você chegar, quero que vá me encontrar com aquele vestido curtinho, mas vá só de vestido..." "Combinado, Leãozinho, pode deixar...". Quando Bem chegou, ligou. Mas quem atendeu? A patroa. Bem estava no banheiro... Lá de dentro, quase dá a maior bandeira ao gritar entre o ansioso e o desesperado: 
- Quem é? Quem é? É confidencial?" - deixou escapar. "É, por quê?" respondeu a patroa emendando "por acaso está esperando alguma ligação confidencial?" Bem não ligou depois de meia hora, mas se ligou ele não soube. A patroa não só desligou o telefone como fez pior: tirou a bateria.
by A. Capibaribe Neto no Diário do Nordeste

Eleição presidencial - pesquisas qualitativas

Oposição em pânico

Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), tem em mãos resultados de pesquisas qualitativas preocupantes. Números e tendência apontada pelos institutos apontam para vitória da Dilma (PT) no primeiro turno.

Os dois estão numa situação complicada:

Se - um tirar muito mais votos que o outro - correr - Dilma vence no 1º turno -.
Se - um tirar muito menos votos que o outro - ficar - Dilma vence no 1º turno -.

Eita sinuca de bico.

Charge

Incontinência 

Mensagem da manhã

A essência da liberdade

A reflexão é de Viktor E. Frankl:
"Quando eu vivia num dos campos de concentração da Alemanha nazista, pude observar que alguns dos prisioneiros andavam de barraca em barraca, consolando outros, distribuindo suas últimas fatias de pão. Podem ter sido poucos, mas me ensinaram uma lição que jamais esqueci: tudo pode ser tirado de um homem, menos a última de suas liberdades - escolher de que maneira vai agir diante das circunstâncias do seu destino".

Mensagem dominical

O velho que estragava tudo
G.I. Gurdjieff foi uma das mais intrigantes personalidades deste século.
Bastante conhecido nos círculos que estudam ocultismo, é ainda ignorado como um importante estudioso da psicologia humana.
A história a seguir passa-se quando ele, já morando em Paris, França, criou seu famoso Instituto para o desenvolvimento do homem.
As aulas eram sempre bem concorridas. Mas entre os alunos, havia um velho - sempre de mau humor - que não parava de criticar o que ali era ensinado. Dizia que Gurdjieff era um charlatão, seus métodos não tinham qualquer base científica, e o fato de considerar-se um "mago" nada tinha a ver com sua verdadeira condição. Os alunos sentiam-se importunados pela presença daquele velho, mas Gurdjieff parecia não se importar.
Um belo dia, ele abandonou o grupo. Todos se sentiram aliviados, achando que dali por diante as aulas seriam mais tranquilas e produtivas. Para surpresa dos alunos, porém, Gurdjieff foi até a casa do homem, e pediu para que voltasse a frequentar o Instituto.
O velho recusou-se no início, e só aceitou quando lhe foi oferecido um salário para assistir as aulas.
A história logo se espalhou. Os estudantes, revoltados, queriam saber como um mestre podia recompensar alguém que não tinha aprendido coisa alguma.
- Na verdade, eu o estou pagando para que continue a dar suas aulas - foi a resposta.
- Como? - insistiram os alunos. - Tudo que ele faz vai totalmente contra aquilo que o senhor nos está ensinando!
- Exatamente - comentou Gurdjeff. - Sem ele por perto, vocês custariam muito a aprender o que é raiva, intolerância, impaciência, falta de compaixão.
"Entretanto, com este velho servindo de exemplo vivo, mostrando que tais sentimentos tornam a vida de qualquer comunidade um inferno, o aprendizado é muito mais rápido".
"Vocês me pagam para aprender a viver em harmonia, e eu contratei este homem para ajudar a ensiná-los - pelo caminho oposto".
by Paulo Coelho