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Esquema Financeiro Fraudulento e Sistema da Dívida, por Maria Lucia Fattorelli




Criação de "Estatais não dependentes" para securitizar a dívida ativa e lesar a sociedade
O modelo de securitização de créditos em expansão no Brasil constitui a materialização da financeirização em sua forma mais violenta, ilegal e inescrupulosa, atingindo diversos entes federados – União, Estados e Municípios -  com risco de aniquilamento das finanças públicas e comprometimento das futuras gerações.
Enquanto empresas como Eletrobrás, Casa da Moeda e joias como CEMIG, CEDAE, entre outras centenas de empresas estatais são privatizadas, novas “empresas estatais não dependentes” estão sendo criadas para operar esquema financeiro fraudulento, a exemplo da PBH Ativos S/A em Belo Horizonte e a CPSEC S/A em São Paulo.
Tais empresas servem de fachada para que o ente federado faça uma operação de crédito disfarçada, ilegal e extremamente onerosa, obtendo recursos no mercado financeiro graças à venda de derivativos financeiros com garantia pública - disfarçados de debêntures sênior – oferecidos ao mercado com esforços restritos, de tal forma que somente privilegiados que têm acesso a esse negócio, sem o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e remuneração exorbitante.
A elevada remuneração oferecida pela empresa está sendo paga com recursos arrecadados de contribuintes, e que sequer chegarão ao orçamento público, pois ainda na rede bancária estão sendo desviados para uma “conta vinculada” à empresa estatal criada para operar o esquema e, desta, sequestrados em favor dos privilegiados que adquiriram os derivativos.   
No caso de Belo Horizonte, onde a Câmara Municipal realiza uma CPI sobre a PBH Ativos S/A, foi constatado que a garantia pública concedida a essa empresa foi superior a 440% do valor recebido: o município recebeu R$200 milhões e se comprometeu com garantias no valor de R$ 880 milhões, acrescido de atualização monetária (IPCA), e ainda paga remuneração adicional mensal sobre esse montante.
Em pouco mais de 3 (três) anos de funcionamento, essa perversa “engenharia financeira” possibilitou, inicialmente, a realização de uma operação de crédito disfarçada que ingressou R$ 200 milhões nos cofres do Município, porém, já provocou (1) uma perda efetiva ao Município de Belo Horizonte de cerca de R$ 70 milhões¹; (2) o desvio dos recursos correspondentes aos créditos cedidos arrecadados na rede bancária², e (3) o sequestro de cerca de 50% desses recursos [3] em favor do banco BTG Pactual S/A[4] , conforme quadro comparativo das entradas e as saídas de recursos na PBH ATIVOS S/A no período de abril/2014 a junho/2017, elaborado com base em dados recebidos pela CPI.
Tanto a operação de crédito como o seu pagamento são feitos de forma disfarçada pela emissão de debêntures sênior e subordinadas, que configuram uma forma de endividamento não autorizado, mascarados por esses derivativos financeiros.
O dano ao Estado é imenso, com impactos atuais e futuros, conforme alertado inclusive por órgãos de controle (Ministério Público de Contas, Tribunal de Contas da União), que têm se manifestado contrários a esse tipo de negócio. Ainda assim ele se alastra e o ministro Henrique Meirelles está buscando implementa-lo também em âmbito federal [5] .
Essa “engenharia financeira” fere toda a legislação de finanças públicas do país, portanto é ilegal. Porém, projetos em andamento no Congresso Nacional visam dar segurança jurídica a esse crime (PLS 204/2016, que tramita no Senado e os projetos PLP 181/2015 e PL 3337/2015 da Câmara dos Deputados).
Esse tipo de securitização é semelhante ao que provocou a crise de 2007 nos EUA e também na Europa a partir de 2010. Porém, o modelo que está sendo implantado no Brasil é ainda mais grave, pulverizado pelos entes federados de todas as esferas.
Ainda há tempo de reverter esse esquema no Brasil, mas para isso a sociedade precisa conhecer e divulgar esse novo mecanismo perverso. A Auditoria Cidadã da Dívida tem produzido materiais, a exemplo do folheto disponível em https://goo.gl/NScngN e Vídeo/animação disponível em https://goo.gl/vo9Bys .
Seminário internacional sobre o tema ocorrerá em Brasília, de 7 a 9 de novembro de 2017, com a presença de especialistas nacionais e internacionais. O objetivo é reunir especialistas, acadêmicos, juristas, políticos e militantes  para analisar a atuação do Sistema da Dívida no Brasil e em outros países da Europa e América Latina, com foco na atuação dos recentes mecanismos financeiros perversos que aprofundam a financeirização e provocam simultaneamente a geração de dívida, o desvio de arrecadação e o seu sequestro em favor do setor financeiro, a fim de lançar luz sobre o tema e articular ações concretas em âmbito nacional e internacional nos diversos campos – jurídico, legislativo, acadêmico, social e político - visando popularizar o conhecimento desses mecanismos e combatê-los.
Maria Lucia Fattorelli - Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida www.auditoriacidada.org.br
1 Diferença entre o valor dos créditos arrecadados R$ 531,45 milhões) e o valor repassado pela PBH ATIVOS S/A ao Município (R$ 462,16 milhões).
2 Caso não tivesse sido implementada essa “engenharia financeira”, todo o valor arrecadado (R$531,45 milhões) teria ingressado diretamente aos cofres públicos, mas foi desviado para Contas Vinculadas à PBH Ativos S/A.
3 Considerando que no valor de R$ 462,16 milhões repassados pela PBH ATIVOS S/A ao Município está embutido o valor de R$ 200 milhões referentes à operação de crédito correspondente à captação de recursos por meio da venda de debêntures sênior, constata-se que do total de créditos tributários arrecadados no período (R$ 531,45 milhões), apenas R$ 262,16 milhões ingressaram nos cofres do Município de Belo Horizonte. A outra parte, no valor de R$ 269,28 milhões, a maior parte (R$ 259,96) é transferida para o Banco BTG Pactual, e o restante fica para a PBH Ativos S/A. Tais operações serão detalhadas em capítulos seguintes.
4 O BTG Pactual S/A, embora tenha sido o líder da operação de emissão de debêntures da PBH Ativos S/A, foi também o único comprador das mesmas.
***
Sem meias palavras: mais um assalto praticado pela corja financeira, rentistas e agiotas nacionais e internacionais.


A mídia, o mercado e a blindagem do Banco Central


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As portas giratórias e a "blindagem" do Banco Central, por Bruno Lima Rocha, Luizi Ravel e Ricardo Camera
Diariamente somos bombardeados de informações supostamente “econômicas” prevendo o desastre, defendendo o congelamento das contas públicas e redução de “gastos” do governo central. Especialmente no Brasil pós-golpe (abril de 2016), a impressão levada para as grandes audiências é de um país à beira da falência. Os “especialistas” que veiculam suas versões nos conglomerados de mídia, abusam do uso do fontismo. Esta técnica jornalística trabalha com “fontes” onde, de forma oculta, e dando vez e voz ao leva e traz dos deformadores de opinião pública através da manipulação da opinião publicada, nos fazem crer em absurdos. Toda vez que um tema de governo é afirmado como pertencente ao universo da “técnica”, creiam, é porque existe uma razão indefensável e um sujeito oculto.
Os enunciados repetem como verdade “científica” e razão universal algo que pertence ao mais vulgar dos receituários do neoliberalismo: a “independência” do Banco Central, ou a ingerência “política” nas metas de gastos da União. Também faz parte do manancial de argumentos, a “necessidade de blindar” a equipe econômica. Blindar do que e de quem? Das vicissitudes e demandas paroquianas, clientelísticas e fisiológicas das elites políticas, quase todas também representantes ou intermediários profissionais dos capitais operando no país?

Esse escândalo ninguém verá o Jornal Nacional denunciar

Orçamento federal para 2015 define R$ 266 bilhões para pagamento de juros aos rentistas; É quase a soma total dos gastos com saúde (R$ 109 bi), educação (R$ 101 bi) obras do PAC e do Minha Casa (R$ 65 bi)...Leia mais>>>

O maior escândalo da República não dá manchete nos jornais




Orçamento federal para 2015 define R$ 266 bilhões para pagamento de juros aos rentistas;
É quase a soma total dos gastos com saúde (R$ 109 bi), educação (R$ 101 bi) obras do PAC e do Minha Casa (R$ 65 bi);
Equivale ainda a oito vezes o valor destinado aos programas sociais (R$ 33 bi)
Por que será que a oposição midiasmática não denuncia esse escândalo, conivência, conveniência ou porque são beneficiados, são eles que receberão essa fortuna?



O Psdb faz oposição ao País

E trabalha para a banca.
Está indignado porque acha pouco os 5% que o Estado gasta com pagamento dos agiotas - nacionais e internacionais -.
Um bando de ratos carregando o queijo para os Ratões.
Corja!

Paul Singer, o Abutre

"Cobrar dinheiro pode ser um negócio lucrativo: compra-se, barato, um título de dívida, depois obriga-se o devedor a pagar o valor de mercado. Mesmo ao custo da aplicação de violência. A diferença entre o preço de aquisição do título e o de sua recompra é o lucro. No cinema, é desta forma que os mafiosos ganham seu dinheiro. Na vida real, são os fundos multimercado (hedge) do executivo Paul Singer. Os mafiosos têm seus espancadores, que sabem como arrebentar a rótula de um devedor. Paul Singer tem juízes americanos, que sabem fazer muito mais: por exemplo,  jogar Economias inteiras ao precipício da bancarrota"...
Jacob Augstein - proprietário majoritário do Grupo Der Spiegel 

Charge do dia

Abutre
Sinônimo:
Banqueiros, Agiotas, Rentistas
Tradução:
"Mercado"




Luis Nassif - Política econômica

A arte de não entrar em bola dividida e a confraria dos agiotas

No Brasil, historicamente, a arte de governar é não entrar em dividida.
A falta de centros de pensamento consolidados, de um modelo claro de crescimento, as próprias vulnerabilidades do Executivo com o modelo político, criaram governos de contemporização.
De um lado é bom: impede aventuras que poderiam ser desastrosas. De outro lado, porém, posterga por anos, décadas, questões cruciais que amarram o desenvolvimento.
***
É o caso da subordinação persistente das políticas econômicas aos ditames do mercado.
O mercado é parceiro ideal para o desenvolvimento, quando enquadrado em objetivos claros de política econômica. Cabe aos governantes desenhar o modelo e definir o papel do mercado, na capitalização das empresas, no realocamento da poupança para setores prioritários.
De que forma faz isso?
Qualquer manual de finanças define as três principais características dos investimentos: segurança, liquidez (maior ou menor demora para o resgate) e rentabilidade.
Quem quiser segurança ou liquidez tem que abrir mão da rentabilidade. Quem quiser rentabilidade, terá que arriscar em investimentos sem retorno assegurado, de renda variável, e de prazos maiores.
***
A taxa básica de juros da economia define a rentabilidade dos investimentos teoricamente mais seguros e menos líquidos.  Para investir em renda variável, em novos projetos, em infraestrutura, os investidores exigirão uma perspectiva de retorno muito acima da taxa básica de juros da economia.
Dois anos atrás, quando a Selic baixou ao nível dos 7,5% ao ano, houve um início de revolução nas estratégias dos gestores de fundos de pensão e fundos de investimento em geral. Precisaram deixar a comodidade da renda fixa e buscar alternativas, inclusive para manter o equilíbrio atuarial dos seus planos.
Teve início um movimento promissor de mudança dos fluxos de poupança, que acabou interrompido por altas pontuais da inflação – provocadas pelo aumento dos preços internacionais de alimentos. O BC piscou e acabou cedendo às pressões do mercado, provocando um novo movimento de alta na Selic.
***
E aí se entra na busílis da questão.
Os anos 90, especialmente os anos 2000 deixaram claro os malefícios advindos do controle da política econômica pelo mercado. O único objetivo do mercado é a rentabilidade dos seus investimentos. É um potro bravo que, quando bem guiado, traz desenvolvimento à economia; quando toma o freio aos dentes, derruba o cavaleiro.
É evidente que prefere a comodidade da renda fixa ao desconforto das operações de renda variável.
***
O Banco Central continuou a enaltecer a Selic como única ferramenta de controle da inflação – uma hipótese tão falsa quanto uma nota de três. E nenhum dos pré-candidatos de oposição ousa apontar a maior vulnerabilidade da atual política econômica, porque também temem confrontar o mercado.
Por trás desse ritual de imobilismo, uma enorme concentração de mídia no Rio e em São Paulo, repetindo diariamente o discurso do mercado – não do mercado pujante, sofisticado dos gestores que apostam em empresas e setores, mas o mercado viciado da confraria da Selic.

Já era de se esperar, diante da força do capital financeiro/rentista, a nova alta da taxa de juros (Selic) de 0,5%. Ela chegou, desta forma, a 10,5%. Foi a sétima alta consecutiva deste indicador. O Brasil perde, mais uma vez, alimentando o círculo vicioso que nos acomete desde 1994, sintetizado na perversa combinação de juros altos e câmbio valorizado. A combinação, para consumo externo, seria o remédio ideal – e à brasileira – ao combate à inflação.

Entre a aparência e a essência, muitas vezes, existe uma imensa distância. A ação coordenada dos agentes dominantes do capital financeiro, iniciada como reação à tentativa da presidenta Dilma em mudar os parâmetros da política macroeconômica, surte efeitos retardados e com descomunal força.


Baseado em uma campanha orquestrada (abandono do “tripé macroeconômico”, descontrole dos gastos públicos e da inflação, etc.), os instrumentos desta ação todos nós conhecemos e se resume a um terrorismo, capaz tanto de mobilizar força política na disputa pelo poder de fato em nosso país quanto inviabilizar qualquer ambiente propício ao investimento e ao crescimento econômico, calcados na produção, e capaz de superar a predominância das finanças sobre a geração de riquezas.

Já não se fazem mais socialistas como antigamente

Pois não é que o deputado Beto Albuquerque, líder do PSB - Partido Socialista Brasileiro - na Câmara Federal, está a defender os , agiotas, parasitas - rentistas - nacionais e internacionais?...

Vejam:

 "O Mantega versão 2014 evoluiu da contabilidade criativa para a contabilidade do calote. Não paga as contas e diz que fez superávit."

Beto Albuquerque, Deputado (RS)

O sistema financeiro tem candidata


Marina só embroma com seu vocabulário peculiar quando fala para o povo. Aos que mandam na economia suas declarações são, agora, cristalinas.

O linguajar da pré-candidata Marina Silva não usa xale. 


O chega prá lá que deu em Ronaldo Caiado surgiu meio extemporâneo e truculento, mas foi esperto. Quem se abalaria a defender o conhecido ícone do reacionarismo? Ocorre que o senador expulso do noivado Rede-PSB é também um dos representantes parlamentares do agronegócio e foi a este que Marina enviou claro e duro recado. Contribuinte importante do PIB brasileiro por intermédio da produção de alimentos para o mercado interno, o agronegócio responde ainda por enorme fatia das exportações do País.

Banqueiros agiotas e sonegadores intensifica campanha por mais juros

Apesar da decisão do FED (Federal Reserve, o banco central dos EUA) clara e direta – embora cautelosa – de não retirar os estímulos e não subir os juros, aqui no Brasil continua a campanha alarmista sobre uma fuga de capitais para os mercados norte-americanos, mesmo com a subida da Selic e as medidas adotadas para atrair investidores.


A ata da última reunião do FED, divulgada ontem, mostra que quase todos os integrantes do banco ainda dizem que retirar os estímulos monetários não é apropriado, Apenas alguns poucos integrantes avaliaram que em breve será o momento de reduzir um pouco a compra de títulos.



Portanto, não faz sentido essa campanha alarmista por aqui. O objetivo é aumentar o pessimismo e obrigar o Banco Central a uma nova rodada de aumento nos juros. Na prática, promove uma campanha para um locaute de investimentos. 

Fora a escandalosa gritaria contra a desvalorização do real pelos mesmo que clamavam contra a sua valorização. Quando o erro, na verdade, foi não termos desvalorizado o real antes, perdendo a oportunidade de evitarmos o quadro atual nas contas externas.
Os nosso comentaristas e a mídia continuam usando esses falsos argumentos sem nenhum pudor. E ainda se espantam ou fingem espanto com a queda da criação de emprego nas regiões metropolitanas e o baixo crescimento em todo o país.
Texto de José Dirceu Título do Briguilino

Manchetagem sob encomenda

Como os parasitas do mercado financeiro não tem mais a inflação "fora de controle" como argumento para exigir mais juros, daqui para frente até o peido da Anita será motivo de alarme. 

O Estado de S. Paulo

Manchete: Confiança na economia cai ao nível da crise de 2009

Governo tenta reagir ao aumento do pessimismo, que provoca recuo no consumo e nos investimentos

Os índices que medem a confiança de consumidores e empresários na economia caíram aos níveis registrados em 2009, auge da crise global. Segundo especialistas, o resultado preocupa porque o pessimismo provoca retração do consumo e no investimento e freia a economia. "O ano começou com uma expectativa de crescimento mais forte, mas o mercado de trabalho está menos favorável e os juros estão subindo", disse Aloisio Campelo, economista da FGV, responsável pelas sondagens. A queda da confiança acendeu o sinal de alerta no governo. Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm batido na tecla de que o pessimismo é exagerado. 

Quando a máfia midiática e os agiotas nacionais e internacionais se unem para roubar ainda mais o Brasil

O capital parasita – leia-se, rentistas, especuladores e a república dos acionistas sem pátria – acha que chegou a hora de tirar uma lasca do Brasil.
Um pedaço do pré-sal, talvez.
Ou um naco das reservas em dólar.
Quem sabe um escalpo extra da população para atingir ‘a meta cheia’ do superávit fiscal.
Os preparativos para o assalto começaram há algumas semanas; deixaram os rastros de sempre nas manchetes nada sutis do jornalismo ‘especializado’.
A interpretação que a mídia e consultorias oferecem para o salto do dólar nesta 6ª feira, quando a moeda norte-americana avançou 2% e beirou R$ 2,40, inclui-se nesse esforço de achacar a nação por asfixia.

Para especulador fundamento econômico é lucro imediato

Vejam que edificante para nossos analistas que dizem que são os “fundamentos econômicos” que definem o valor da moeda e que “a saúde da empresa” é aquilo que determina seu valor em bolsa.
O BC deu ao mercado os juros que ele queria. Aí a cotação do dólar “colou” na sua oscilação mundial – em queda, depois do balde de água fria que Ben Bernanke, boss do Federal Reserve deu nos que esperavam uma alta de juros nos EUA.
A Petrobras, que havia virado “patinho feio” no mercado acionário, anunciou uma mudança na contabilidade, fazendo hedge – proteção em dólar de suas dívidas –  e garantindo que a variação cambial só afetará mais adiante seus resultados operacionais e, com isso, que o  pagamento de dividendos de curto prazo cresça, deu um salto de mais de 7% na bolsa.
O “fundamento” mais importante da economia brasileira segue sendo o da especulação.
O Brasil é o país do dinheiro rápido.
Ou “de curto prazo” como preferem os operadores do mercado.
O Brasil, para esta gente, não tem um futuro. Tem, no máximo, um mercado futuro.
De curto prazo, naturalmente.
O capital não tem filhos, apenas dá filhotes. Devidamente devorados.
Por: Fernando Brito

*Empregados de agiotas nacionais e internacionais exigem mais juros

Nesta semana, o COPOM (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir para definir o que fazer com a taxa básica de juros. E, como sempre, a grande mídia traz de volta e dá destaque para os economistas da oposição.  Eles estão presentes também no noticiário político, sobre as eleições de 2014.

Esses economistas retornam com suas lições e receitas, aconselhando candidatos e dando aulas ao país. Alguns insistem no óbvio: investir e aumentar o crédito, priorizar a educação, a inovação e a infraestrutura. Mas foi exatamente isso que o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff fizeram.

Querem o BNDES fora do financiamento à indústria e à inovação, como um banco auxiliar de um Estado que prioriza os serviços públicos e a justiça, um Estado mínimo, sem ação econômica, a não ser para garantir as regras ditadas pelo mercado.

Para eles, o governo só deve garantir a estabilidade que se consegue com metas de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal, como se o mundo fosse neutro e o mercado, um Deus.

Querem cortar gastos e derrubar a demanda, falam de desindustrialização e baixos investimento e crescimento, câmbio valorizado, heranças da época que dirigiam a economia com Fernando Henrique Cardoso, esquecendo que a inflação era o dobro, o crescimento médio era a metade e o desemprego era uma realidade.

Querem a volta ao passado e não apresentam nenhuma nova estratégia. Mas a realidade se impõe, o câmbio já se desvalorizou, a demanda esfriou e qualquer corte de gasto com aumento de juros vai levar à recessão e ao desemprego, à queda do consumo e do investimento, à queda de renda média e dos salários.

Mas garantiria grandes ganhos financeiros aos rentistas, únicos beneficiados com essas políticas conservadoras e cujo objetivo é a chamada austeridade. 
by José Dirceu
* O título é Meu

Financistas: vendedores de vento


Não há nenhuma razão para imaginar que a elevação do juro real, hoje, vá produzir alguma modificação importante na taxa de inflação ou na sua expectativa. O que existe é um estado de excitação provocado pelos “vendedores de vento”, intermediários da pura especulação financeira, ora espremidos pela baixa do juro e desesperadamente necessitados de uma alta da Selic.
Não são agentes de financiamento da produção, pois vivem de comprar e vender papéis da riqueza imaginária representada pelos famosos derivativos cáusticos, em transações cada vez mais complicadas, com a baixa dos juros.
Alguns desses “investidores financeiros” estão à beira do pânico. Eles precisam “vender” para a sociedade a ideia de que somente a elevação dos juros poderá evitar o crescimento da inflação. Pretendem, na realidade, receber antecipadamente as comissões relativas às aplicações dos incautos que pensam estar construindo uma poupança para reforçar a aposentadoria, mas em lugar disso estão empobrecendo.
Ninguém sabe se agora é o momento apropriado para mexer nos juros nem quando será. A ata da mais recente reunião do Copom fala de incertezas “remanescentes” e recomenda explicitamente a administração “com cautela” da política monetária. Acredito que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tenha razões muito seguras para também pedir cautela no trato da questão dos juros. Na verdade, usa-se mais uma vez o axioma do também famoso economista Brainard, que diz o seguinte: “Quando você não sabe muito bem o que está fazendo, por favor, faça devagar”!

O mentiroso abismo fiscal do EUA

[...] a história é escrita pelos vencedores. E as últimas gerações viram os bancos e o setor financeiro vencendo. Mantendo os 99% de baixo endividados, o 1% de cima atualmente subsidia uma teoria econômica enganadora que persuade eleitores a preferirem políticos que beneficiam o setor financeiro em detrimento do setor produtivo e da democracia.

Os lobistas de Wall Street culpam o desemprego e a perda de competividade industrial decorrentes dos gastos públicos e do déficit orçamentário – principalmente os que envolvem programas sociais. O mito (talvez nós devamos chamá-lo de junk economics) diz que:
  •  (1) governos não deveriam executar déficits (não por imprimir a própria moeda, pelo menos) porque 
  • (2) a criação de dinheiro público e impostos altos aumentam preços. 
A cura para o mal-estar econômico (que a própria junk economics causou) é diminuir gastos públicos e impostos sobre ricos, que se autoproclamam “criadores de empregos”. Ao requisitarem o excedente orçamentário, os lobistas dos bancos prometem que a economia terá poder de consumo suficiente para crescer. E, se isso resulta em mais crise, eles insistem que um pouco mais do dinheiro público deve ser usado para pagar as dívidas do setor privado.

A verdade é que quando os bancos enchem a economia de dívidas, faz-se com que menos seja gasto em bens domésticos e serviços. Enquanto isso, sobe o preço da moradia (e do custo de vida) com crédito excessivo e termos de empréstimo mais folgados. E os lobistas dos bancos pedem deflação fiscal. O efeito é a ainda maior redução da demanda ao setor privado, o afundamento do mercado de trabalho e o crescimento do desemprego. Os governos caem em desespero e são advertidos a vender recursos naturais, empresas públicas e outros bens. Isso torna o mercado lucrativo para que empréstimos bancários financiem a privatização a crédito. Assim se explica o apoio dos lobistas do mercado financeiro ao direito de aumentar preços de necessidades básicas, direito que acaba por criar uma frente pela extração de renda. O efeito é o enriquecimento do 1% dono do setor financeiro às custas do endividamento de indivíduos, negócios e do próprio governo. Leia mais>>>

Roberto Toledo: viés, cada um tem o seu


O dinheiro está trocando de mãos como raramente ocorreu. No Brasil e no exterior, o rentismo deixou de ser uma opção para multiplicar o patrimônio. Ao contrário, nos países desenvolvidos a remuneração do capital financeiro é negativa. Quem vive de renda fica mais pobre. O jeito de fazer o dinheiro dar cria é investir em novos e velhos negócios, ou seja, arriscar.
O risco é a justificativa moral do capitalismo quando acelera a redistribuição do patrimônio. Alguns novos negócios vão dar certo, mas muitos vão dar errado. E o dinheiro vai trocar de mãos ainda mais rapidamente. Tudo isso provoca desconforto. Rompe estruturas seculares, desconstrói estilos de vida, revoluciona a sedimentação social.
Com juro baixo ou negativo, é mais fácil ter dívida do que patrimônio. No Brasil, esse rearranjo provoca dores de parto e reações proporcionais às perdas. O impacto varia de setor a setor. Empresas voltadas para o mercado de consumo interno estão geralmente melhor do que as dependentes da economia chinesa, que por sua vez estão melhor do que concessionárias de serviços públicos ou aquelas reguladas diretamente pelo governo.
O intervencionismo pontual do estado faz aumentar desigualdades. Beneficiários e prejudicados não são produzidos apenas pela aleatoriedade do mercado, mas pela caneta da burocracia. A grita aumenta não só por reação às injustiças, mas por ficar claro aos atores econômicos que quem não chora não mama.

FHC vira "operador" de Aécio Neves

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso atualmente guru da campanha a presidente em 2014 do senador também é o "operador" oficial do mineiro junto a rentistas.

FHC e Aécio cumprem agenda juntos.

Semanalmente visitam agiotas e pedem "apoio", garantem em troco que com Aécio na presidência eles terão seus rendimentos "prestigiados".

O ex-presidente faz questão de lembrar que durante o seu governo a selic era bem mais robusta.

Os dois estão satisfeitos com a receptividade da banca. E acreditam não ser preciso pedirem colaboração do setor produtivo.