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sou minoria pra valer, triplamente minoria – negro, homossexual e trostskista

Vestígios dos anos 80


Depois de uma bem-sucedida cirurgia dentária, recebo a recomendação de repouso. Nada de movimentos bruscos, nada de esforço, nada de reportagem na rua.

OK. Escolho o escritório aqui de casa para o descanso forçado. E acabo de achar, esquecida na gaveta, uma daquelas velhas pastas – com folhetos e anotações da época de Faculdade. Nada relacionado ao estudo. 1987, 1988, 1989… Foram anos intensos, por causa da militância política. Além de Jornalismo, cursei História, na USP. E logo mergulhei naquele emaranhado de tendências e pequenos grupos que pareciam acreditar na iminência da revolução socialista.

A Convergência Socialista-CS (que depois viraria PSTU) era uma tendência do PT: grupo trotskista, com uma dúzia de militantes (barulhentos) na USP. Entre eles o Wilson, que costumava brincar com sua condição: “sou minoria pra valer, triplamente minoria – negro, homossexual e trostskista”.

Também havia a turma de “O Trabalho” (antiga Libelu, outra facção trostkista), a DS (trotskista também), os “igrejeiros” (esquerda católica), o PPS (tendência “basista” do PT, não confundir  com o atual partido de Roberto Freire), a Articulação (setor majoritário do PT),  o PCdoB (que no movimento estudantil atuava sob o nome de “Viração”). Fora os independentes e “anarquistas”.

Era um cipoal de siglas que confundia e afastava os estudantes “comuns” dos debates. Confusão geral. Divertido. Mas era preciso ter paciência. O que me incomodava era a distância entre discurso e realidade. Nas assembléias, gastava-se mais tempo com debates sobre a solidariedade aos “guerreiros tamis” (facção que lutava pela independência do Sri-Lanka), do que para tratar das questões da Universidade. Por isso, eu não me identificava muito com nenhuma das tendências. Tinha simpatia pelo  Brizola, mas o PDT inexistia em São Paulo. Acabei -me aproximando ( por afinidades pessoais e pela moderação no discurso, o que me agradava) da turma do velho PCB! Sim, na época ainda havia o velho PCB – alinhado com a União Soviética.

A “base comunista” na USP devia contar com uns doze ou 15 militantes – incluindo gente de quem sou muito amigo até hoje, como o jornalista Rogério Pacheco Jordão e o economista Demian Fiocca. Mas também havia o Pedro Puntoni (hoje professor de História na USP), a Silvia Lins (também professora), o Andre Goldmann ( filho do ex-governador tucano Alberto Goldmann, que na época estava no PCB), a Marcela, a Claudia, a Valéria.  A Monica Zarattini (que eu encontraria muito tempo depois como fotógrafa do “Estadão” – onde continua até hoje) era a coordenadora da “base”.

Lembro bem que, em 1987, eu era diretor do Centro Acadêmico na História, e organizamos um seminário sobre os “70 Anos da Revolução de Outubro”. Pau puro. Os trotskistas dominaram os debates – com críticas (merecidas) ao burocratismo do Estado soviético. Na mesa, um dos debatedores era o velho Zarattini (pai da Mônica), militante histórico, a quem tínhamos convidado porque ele era do PCB (anos depois, entraria no PT).
Diante de tantas críticas à URSS, Zarattini respondeu com uma frase dura e típica: “a pior forma de anticomunismo é o anti-sovietismo”. Fez-se silêncio no auditório.  Parecia um argumento fora do tempo. E era. Cinco anos depois o bloco socialista ruiria.
Por essas e outras, o PCB não era lá muito popular entre os estudantes. Rogério e Demian, certa vez, foram procurar um veterano “dirigente” do partido para decidir a linha política a ser adotada nos embates do movimento estudantil. A resposta do “dirigente”, típica do velho partidão:  “olha, na USP nossa linha é muito clara, o nosso aliado principal é… o reitor”. Balde de água fria na cabeça dos jovens militantes. Como dizer isso aos estudantes que queriam reivindicar, cobrar, brigar, mudar tudo?

He, He. Um partido assim não podia durar muito tempo.

Contra fatos não há argumentos

Nada é mais seguro do que se pautar pelos fatos concretos e pela verdade! O velho ditado e sempre atual diz: "contra fatos não há argumentos". O PT tem uma média histórica de 30% do eleitorado, fiel e de carteirinha, certo?(se fosse o contrário o PSOL, o PSTU, principalmente estes dois partidos, teriam crescido e não foi assim, como opções da esquerda e eles nem pontuam nas pesquisas.) O eleitor do PT continuou votando no PT, na sua grande maioria, e hoje,  creio eu, ampliou-se o número de simpatizantes do partido, certamente. Ninguém supõe que o eleitorado petista, por causa do suposto mensalão de 2005 mudaria seu voto para o DEM, PSDB ou PMDB e nem para o PCO, PCB, PSOL ou PSTU, certo?
     Será possível, que um grupo de pessoas que durante mais de 20 anos defendeu ideias de esquerda iria chegar ao poder e mudar de posição? Só mesmo a ingenuidade da esquerda mais radical para pensar assim. Fez o Governo LULA o que se pôde dentro da realidade do mundo atual. Um passo em falso quase derrubaram o LULA, imagina radicalizar para a esquerda, como pretende o PSOL de Plínio, sem sequer combinar com a população? LULA já estaria deposto do poder faz tempo. A extrema-esquerda quer fazer revolução, prega o Socialismo, porém, não se preocupa em dar um passo decisivo nesta direção, que seria, estar diretamente ligada com a Educação do povo, ai se o povo soubesse o que é Socialismo, teriamos a chance de implemetá-lo. Porém, sem conversar e ouvir o povo, tanto a extrema-esquerda, toda a direita, bem como a mídia ficaram para trás e sem credibilidade. O PlLÍNIO foi nos debates e não pontuou nas pesquisas, como isto foi possível? O SERRA com toda ajuda da mídia não sai dos 30% dos votos, por quê? A grande mídia achincalhando com o PT, a DILMA, o LULA e as esquerdas e seus partidários não conseguiu diminuir a popularidade do Governo LULA, que só tem 4% de notas vermelhas, como isto é possível?
     O Governo LULA com quase 80% de aprovação e a grande mídia querendo dizer que estava sob controle a vitória do SERRA? Ele só tinha uma vantagem sobre  a DILMA, era bem mais conhecido. A partir do momento que colou a imagem de DILMA no eleitorado como sendo a candidata do PT e de LULA de fato, inverteu-se o quadro, tudo dentro daquilo que a realidade mostra e que os honestos intelectualmente e lúcidos, sem partidarismo ou vontade própria de que seja outra a realidade (verdade) sabem.
     Primeiro ela ganhou os votos da esquerda moderada, do PT, PCdoB, PDT e PSB, o eleitorado LULISTA e chegou no eleitorado apartidário mas que quer continuar no caminho que o Brasil traça para seu futuro, com distribuição de renda, empregos em alta, obras de infraestrutura e consumo.
Alexandre Tambelli

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TSE informa tempo da propaganda de candidatos à Presidência

O TSE - Tribunal Superior Eleitoral - divulgou hoje quinta-feira (12/08) a divisão do tempo da propaganda eleitoral gratuita, que terão os candidatos à Presidência da República. 

A  coligação “Para o Brasil seguir mudando” [Dilma Rousseff], terá direito a 10 minutos, 38 segundos e 54 centésimos em cada um dos dois blocos de 25 minutos que serão veiculados em cadeia de rádio e televisão. 

A coligação "O Brasil pode mais" [José Serra], terá direito a 7 minutos, 18 segundos e 54 centésimos.

Marina Silva (PV) terá 1 minuto, 23 segundos e 22 centésimos. 

Plínio Arruda Sampaio (PSOL) terá a duração de 1 minuto, 1 segundo e 94 centésimos. 

Os outros cinco candidatos ao cargo, Rui Costa Pimenta (PCO), José Maria de Almeida (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) contarão com 55 segundos e 56 centésimos cada um. 

A propaganda será veiculada a partir do próximo dia 17.
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