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Prova oral


\o/ 

- Joãozinho, qual é o menor país do mundo, pergunta a professora.

Ele responde de bate e pronto:

- Professora, acho que é o Ducado de Liechtenstein. Cabe na gaveta do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que disse que o pau que dá em Chico, dá em Francisco. Pode até ser, desde que Francisco não seja tucano.

- É, faz sentido.

PGR tem todos os dados sobre conta de Aécio em paraíso fiscal



\o/ - No governo FHC tinha o "Engavetador Geral da República". Nos governos Lula/Dilma temos Engavetador Geral da Oposiçãp. Quanta diferença -

***
Não é novidade para o Procurador Geral da República Rodrigo Janot a informação que consta da delação do senador Delcídio do Amaral, de que o também senador Aécio Neves mantém uma conta em Liechenstein em nome da própria mãe. O Blog deu todos os dados, em um post de 2 de janeiro de 2015 (http://migre.me/teLlF). Nele se conta a história da Operação Norbert deflagrada em 8 de fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro.

Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores - Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino - foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro. No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.

A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim. Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria. Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.

O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor - que abriu uma offshore no Ducado de Liechtenstein. Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.

Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres. O caso parou na gaveta de Gurgel, onde permanece até hoje.

Com a delação de Delcídio, o PGR Rodrigo Janot tem tudo à mão. Não haverá sequer necessidade de abrir um inquérito suplementar porque todas as informações necessárias constam da Operação Norbert. É apenas o tempo de abrir sua gaveta e retirar de lá o inquérito.