Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Nem na Rússia czarista petista seria proibido de ler

por Felipe Carvalho Olegário de Souza, especial para o Viomundo

Iniciei, nesta semana do Natal, a leitura do terceiro volume da biografia/estudo crítico da obra de Fiódor Dostoiévski, escrita por Joseph Frank, intitulado Os efeitos da libertação.
Cuida esse livro da fase “pós-Sibéria” (onde cumprira pena por crime político) da vida/obra daquele que considero, sem maiores pretensões, o maior escritor de todos os tempos.
Historicamente (1860 a 1865), é momento de grande agitação política, cultural e social na Rússia czarista, no qual vários setores da intelligentsia disputavam que modelo de governo seria o ideal para garantir direitos aos mujiques, cujo desprezo fazia parte da educação das classes mais abastadas.
A expressão “Rússia czarista”, ainda hoje, faz estremecer o mais corajoso oposicionista, em qualquer parte do mundo, por conta da força extrema utilizada pelo governo para reprimir a mínima discordância que fosse ao poder estabelecido.
Pois bem.
Narra Joseph Frank (Os efeitos da libertação, p. 203 e seguintes) que, por volta de 1861, o governo czarista determinou a prisão de vários estudantes que haviam distribuído panfleto denominado “O Grande Russo”, considerado subversivo pelas autoridades.
Diz o biógrafo que os estudantes confinados na temida Fortaleza de Pedro e Paulo recebiam visitas diárias de intelectuais e apoiadores da causa, que, entre outros presentes, entregavam-lhes livros para suavizar a dor da ausência de liberdade.
Imediatamente, veio-me à mente as restrições impostas pela Administração do Presídio da Papuda à leitura por aqueles que ali estão presos. Para completar a medida “moralizadora”, os livros entregues por amigos a José Dirceu e Delúbio Soares foram “obrigatoriamente doados” (a expressão que ofende à língua de Camões está contida no texto d’O Estado de S. Paulo) à Biblioteca do referido estabelecimento prisional.
Ao ler o teor das notícias veiculadas sobre tal fato, mormente pelos sites, jornais impressos e telejornais da “grande mídia”, mesmo descrente de alguma imparcialidade por parte desses, esperava haver ali um mínimo de indignação.
Se é inadmissível a “frieza” do profissional das letras (para mim, jornalista ainda é profissional das letras) sobre os fatos acima, como qualificar a reação midiática de considerar “privilégio” a leitura por tempo indeterminado pelos detidos na Papuda?
Não bastasse terem sido mutilados os direitos constitucionais de José Dirceu e Delúbio Soares ao duplo grau de jurisdição e ao cumprimento da pena somente após o trânsito em julgado da condenação, aos dois réus, pelo menos essa é a impressão que se tem a partir dos escritos difundidos por VejaEstadãoFolha de S. PauloO Globo etc., não é suficiente o cárcere, deveriam os petistas sair “piores” do que entraram.
Lógico que o regime prisional impõe obrigações inafastáveis ao preso, conforme previsão da Lei de Execuções Penais, art. 39. Pelo que se sabe, Dirceu e Delúbio não se escusaram de cumprir tais deveres (limpeza e conservação da cela, obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; urbanidade e respeito no trato com os demais condenados etc.).

Diversão garantida esses penas de aluguel da oposição midiasmática

Nós evitaremos chuvas, evitaremos vendavais, evitaremos tsunamis.
Nós controlamos tudo.

É o que está nas entre e foralinhas do que publica os jorna-listas da GAFE.

Esse tempo acima é minha tradução para a Frase do Dia publicada no Blog do Noblat.

Ah, por que não coloco o link para lá?

Eles não colocam links meus nos sites deles.

Faço o mesmo.

Comigo é assim, dou o mesmo tratamento que recebo. 

Os quinze sutras de Balzac

1) Na cama está todo o casamento.
2) No amor, é certo que se dermos demasiado não receberemos bastante. A mulher que ama mais do que é amada há de necessariamente ser tiranizada. O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio.
3) O homem vai da aversão ao amor. Mas, quando começou por amar e chega à aversão, nunca mais volta ao amor.
4) Ainda não foi possível decidir se a mulher é levada a tornar-se infiel mais por não conseguir se refrear do que pela liberdade que encontra para a traição.
5) Você não avalia como é perigoso para uma imaginação vívida e um coração incompreendido vislumbrar a forma etérea de uma jovem e bela mulher.
6) Numa história de amor, é preciso trair para não ser traído.
7) Numa relação amorosa, o momento em que dois corações podem entender-se é tão rápido como um relâmpago, e não volta mais, depois de ter se dissipado.
8) Quanto mais se julga, menos se ama.
9) A sorte de uma relação amorosa depende da primeira noite.
10) É uma prova de inferioridade, num homem, não saber fazer de sua mulher sua amante. Só os homens tolos julgam que se deve ter ambas separadas — a mulher e a amante. A amante e a mulher devem estar unidas num único ser sublime.
11) Por que, de cada dez mulheres bonitas, há pelo menos sete que são perversas?
12) Nada é mais santo, nem mais sagrado do que o ciúme. O ciúme é a sentinela que nunca dorme: ele é para o amor o que o mal é para o homem, um verídico aviso. Quanto mais uma mulher castigar com ciúme um homem, mais ele lamberá, submisso e humilde, o bastão que ao bater-lhe lhe diz quanto ela se interessa por ele.
13) A virgindade, com todas as monstruosidades, tem riquezas especiais, grandezas absorventes. A vida, cujas forças são economizadas, toma no indivíduo virgem uma qualidade de resistência e durabilidade incalculável. O cérebro enriqueceu-se no conjunto de suas qualidades reservadas. Quando os castos precisam de seu corpo ou de sua alma, quer recorram à ação ou ao pensamento, encontram então aço em seus músculos ou ciência poderosa em sua inteligência, uma força diabólica ou a magia negra da vontade.
14) Receber olhares cheios de admiração, desejo e curiosidade é como uma flor que todas as mulheres aspiram deliciadas. Algumas mulheres cumpridoras de seus deveres, lindas e virtuosas, voltam para a casa de mau-humor quando não colhem um ramalhete de galanteios durante um passeio.
15) O homem dominado pela mulher é, com justiça, coberto pelo ridículo. A influência da mulher deve ser absolutamente secreta. Em tudo, a graça nas mulheres está no mistério.

O capitão-do-mato é um cagão

Caga antes, durante e depois.
Será necessário muito tempo para limpar e desodorizar o STF que Joaquim Benedito Barbosa Gomes presidiu.

Esse verme com a ajuda dos cúmplices Ayres Brito, Gilmar Mendes, Luis Fux, Rosa Weber imundiçaram a instituição.

Corja!

Vários condenados no Mentirão receberam autorização para cumprir pena nos seus estados de origem. Que eu saiba só foi negado o pedido do petista José Genoino. Apenas mais uma prova que o judiciário brasileiro evoluiu. Agora foi acrescido mais um p - minúsculo como os demais - aos outros três ( preto, pobre e puta) petista entrou no rol dos discriminados.
E...
Fica por isso mesmo, fazendo parte dos ps minúsculos, tudo bem...

Tudo bem, o escambau.

Onde estão os homens desse país, onde estão os juízes desse país que se calam diante dos desmandos de um FHC - farsante, hipócrita, cínico - como esse capitão-do-mato Joaquim Benedito Barbosa Gomes?...

Joaquim Barbosa é um canalha.

E parafraseando outro fuxlero do STF:

  • ele que prove não ter recebido sem trabalhar da UERJ 
  • ele que prove não ter levado por fora na reforma de um banheiro (90 mil reais)
  • ele que prove que não é ilegal comprar apartamento em Miami por preço simbólico 
  • ele que prove não ser ilegal abrir empresa com endereço de apartamento funcional
  • ele que provou que não fraudou a União usando o STF-Med
  • ele que prove para onde foi o dinheiro a mais que recebeu da União para o STF-Med 
Parafraseando outra fuxlera do STF:
  • Não tenho prova cabal para afirmar que ele seja um ladrão. Mas a literatura me permite chama-lo de ladrão.
Rouba a ideia, o ideal de Justiça!

Eu maior

Usamos fartamente nossas férias pra nos divertir. Porém, poucas vezes para tornar nossas vidas melhores após o término do descanso.
Há algumas semanas estive no cinema para assistir à pré-estréia do documentário Eu Maior, um filme sobre autoconhecimento e busca da felicidade.
Eu Maior
O projeto é uma iniciativa da ONG DoBem, produzido pela Catalisadora Audiovisual. Seu financiamento foi alcançado por meio de crowdfunding, apoio de marcas e da Ancine. Ele tem sido exibido por cidades em todo o país, encorajando as próprias pessoas a organizarem exibições e debates em suas cidades, similar a como fizemos com o Happy.

Eu Maior, o filme completo

Em meio à turbulência das festas de final do ano, deixo essa sugestão para gastarem uma hora e meia de seu tempo.
Assistam ao filme em conjunto com a família e amigos, fazendo um bate-papo em seguida. Uma conversa aberta, descompromissada, cuja intenção seja explorar tópicos pouco usuais em nosso dia-a-dia.
Como são muitos entrevistados, surge um mosaico bem vasto de opiniões. Pessoalmente, gostei muito de algumas falas e desgostei de outras. Creio que a ideia do projeto é essa, abrir o debate. Estamos carentes de produções de fôlego nesse sentido. E por tal esforço, por nos oferecerem belas fagulhas, aplaudo e agradeço aos idealizadores – Fernando, Paulo e Marco Schultz e André Melman.
Por fim, recomendo dois trechos especialmente interessantes. A fala do físico e escritor Marcelo Gleiser (é bem boa):
E, minha favorita, Monja Coen:
“Não é o mestre que faz por você. A pessoa tem que fazer essa caminhada por si só.”
“Quanto mais você quiser empurrar alguém pela porta, mais essa pessoa se afasta.”
Aos ousados que colocarem seu precioso tempo assistindo ao filme ou parte dele, compartilhem as impressões conosco nos comentários?
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.