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Pedro Malasartes é podre de rico


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Fez fortuna, como a maioria dos brasileiros multimilionários, utilizando com liberalidade os costumeiros instrumentos de enriquecimento rápido de nossa elite: chantagem, fraude, corrupção, grilagem, intimidação, estelionato, sonegação, notas frias, troca e venda de favores, extorsão, agiotagem, formação de quadrilha e, quando não havia recurso mais barato, encomendando assassinatos e queimas de arquivo.
Em pesquisas recentes (2016), realizadas por órgãos internacionais, Malasartes foi eleito um dos 100 maiores canalhas brasileiros de todos os tempos.
Desde criancinha revelou inúmeros talentos para o exercício do poder, talentos que o transformaram em um de nossos mais brilhantes homens públicos.
Dentre eles destacam-se os seguintes:
01) Furar os olhos de passarinhos que pegava em arapucas, para que cantassem melhor;
02) Arrancar as asas de abelhas e moscas, que jogava vivas em teias de aranha, deliciando-se com os esforços inúteis dos prisioneiros para fugir;
03) Pregar tachinhas nas cadeiras das professoras, divertindo-se quando elas saltavam gritando de dor e espumando de ódio;
04) Transformar notas de 10 reais em notas de 100, usando tesoura, cola e canetas de cor, de modo a engabelar os simples e os humildes, que nunca percebiam o golpe e sempre levavam tinta;
05) Amarrar latas vazias no rabo de vira-latas, batendo neles em seguida para vê-los disparar ganindo aterrorizados;
06) Cortar o rabo de lagartixas, rabos que adorava ver se contorcendo como se vivos, e rir das lagartixas fugindo assustadas e cotós;
07) Derramar gasolina em gatos de rua e jogar fósforos acesos nos bichos: os miados de dor e medo eram como música para seus ouvidos ultrassensíveis;
08) Imitar cobras corais com pedaços de corda colorida e, nos lusco-fuscos das tardes domingueiras, arrastá-los na calçada, assustando velhinhas a caminho da igreja;
E muitas outras invenções alegres, engraçadas e torturantes, pois sua imaginação desconhecia limites.
Mas como tudo teve início logo após sair do útero materno, será pela mais tenra infância que começaremos esta longa biografia de nosso herói, pedindo paciência (e estômago forte) ao eventual leitor para este primeiro capítulo e os que virão a seguir.
POSSÍVEL ENQUETE POPULAR

Artigo semanal de Marcos Coimbra


O ano mal começou e a nova batalha das oposições, partidárias e extraparlamentares, já está em pleno andamento. Se a primeira quinzena de janeiro transcorreu assim, imagine-se o restante do ano. É fácil perceber o que as move e aonde pretendem chegar.

A espetacularização do julgamento do “mensalão” foi feita com o único objetivo de desconstruir a imagem do PT no plano moral. O que buscavam era marcar o partido e suas principais lideranças com o estigma da corrupção, a fim de erodir suas bases na sociedade.

Só quem acredita em histórias da carochinha levou a sério a versão de que a imprensa oposicionista tinha o desejo sincero de renovar nossos costumes políticos e promover a “limpeza das instituições”. Seus bons propósitos são tão verdadeiros quanto os de Pedro Malasartes, personagem de nosso folclore famoso pelo cinismo e pela falta de escrúpulos.

Por maiores que tenham sido seus esforços, obtiveram, no entanto, sucesso apenas parcial na empreitada, como vimos quando as urnas da eleição municipal foram abertas. Os resultados nacionais e algumas vitórias, como a de Fernando Haddad, em São Paulo, mostraram que os prejuízos sofridos pelo PT em decorrência do julgamento ficaram aquém do que calculavam.

Essa frustração as levou ao ponto em que estão hoje. De um lado, a insistir no moralismo e na tentativa de transformar o “mensalão” em assunto permanente da agenda nacional. Querem forçar o País a continuar a debatê-lo indefinidamente, como se tivesse a importância de temas como a democracia, o desenvolvimento econômico, o meio ambiente e a educação.

De outro, a diversificar os ataques, assestando as baterias em direção a novos alvos, procurando atingir a imagem administrativa da presidenta e do governo Dilma. Por extensão, de todo o PT. Não chega a ser um projeto original.

Pedro Malasartes

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O herói preferido da gente simples, que adora suas artes, quase sempre cotra os mais ricos e poderosos. Tradicionalmente esperto, escorregadio, pai de todas as artimanhas, enganos, seduções e astúcias, é de se ver como o homem do povo, simples, crédulo e humilde, adora ouvir suas histórias.
Vinga-se o popular da sua posição subalterna vendo o personagem sair sempre ganhando, por sua astúcia e por suas artes, dos que lhe são superiores. Uma espécie de Robin Hood sem armas.
Não é criação brasileira, apesar de estar espalhada por todo o Brasil. É personagem universal, praticamente de todos os países, em toda as épocas.
Há até versões ambiciosas, literárias e intelectuais, como, por exemplo, o Pedro de Urdemalas, de Cervantes.
É interessante a origem do primeiro nome do personagem: segunbdo Câmara Cascudo, o nome "de Pedro se associa ao apóstolo São Pedro com anedotário de habilidade, impertubável, nem sempre própria do seu estado e título. Na Itália, França, Espanha e Portugal, São Pedro aparece como simplório, bonachão, mas cheio de manhas e cálculo, vencendo infalivelmente".
Um estudioso reuniu 318 histórias e variantes com o personagem, mas este número pode ser infindo, pois sempre que se conta uma história de algum esperto levando vantagem contra alguém, logo esta história aparece mais adiante como "mais uma do Pedro Malasartes".