Mostrando postagens com marcador idh. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador idh. Mostrar todas as postagens

Ai que saudade que tenho, dos velhos tempos de outrora

- Em especial os tempos bicudos -

IDH do Brasil vira o Índice De Hipocrisia

goodtimes
O Índice de Desenvolvimento Humano, no Brasil, bem que poderia mudar para o nome aí de cima.
Porque ele serve, nas mãos da nossa mídia para mostrar a vergonha que somos como se ela fosse algo diferente da vergonha que foram e são os que fizeram, ao longo de sua história, o Brasil ser aquilo que, contra elas, tenta não ser.
Qual é o programa desta gente diante dos três componentes –  educação, saúde e renda?
Comece-se pela educação. O que desejam  para ela? Acabar com a vinculação constitucional de seus recursos, como sugeriu o vice-presidente Michel Temer, para adoçar a boca dos deputados? Extinguir o Fundo do Pré-Sal, com o projeto de José Serra que abole o regime de partilha? Fechar escolas, como quer Geraldo Alckmin? Por fim às cotas, como rosnam, entre dentes, os adeptos da “meritocracia” em estado “puro”, vulgarmente conhecida por “lei da selva”?
E a Saúde? Expulsar os médicos cubanos do Mais Médicos? Deixar que dela tomem conta os “planos” de saúde lucrativos e eficientes – desde que você tenha a modalidade platinumgoldensilver? Terminar  de desumanizar a profissão médica, transformando-a quase me num mecanismo de “mercado”onde se cobra de acordo com uma subjetivíssima competência  e de acordo com a capacidade do paciente pagar? Ah, sim, para ela também vale a proposta temerária que agradou tanto, dizem os jornais, os senhores do golpismo?
Na renda, algum mistério?  Seguir os conselhos de Armínio Fraga, que disse que “o salário mínimo subiu demais“? Sanear o “rombo da previdência” só pela via das despesas com benefícios ?  Ou ficar feliz com o aumento do desemprego, como sugeriu aquele infeliz “professor de neoliberalismo”?
Ontem, mostrou-se aqui  o que ocorreu com a renda dos mais pobres, neste país que “está um caos” e, há pouco mais de uma década, era o paraíso, com direito às crianças da seca comerem calango.
Senhores, menos, por favor, menos.
As lágrimas de crocodilo que choram por termos sido ultrapassados pelo Sri Lanka, poder-se-ia  responder apenas com o nome daquele país, que conhecemos nas fábulas como Ceilão: República Democrática Socialista do Sri Lanka, aliás um país em pleno estado de agitação em razão de acusações de corrupção e lá em baixo nos índices de liberdade de imprensa.
Comparar o Brasil a um país onde a maior cidade, Colombo, é do tamanho da minha Niterói, francamente, é de fazer jus à inteligência estratégica primária de quem o faz.
Ainda assim, “apesar da crise”, o Brasil subiu, e não  subiu mais porque passou a seguir a política econômica que nos receitam, onde se troca desenvolvimento por equilíbrio fiscal sem mexer no que, de fato, nos desequilibra: os juros que o “mercado” exige.
O Brasil é líder neste triste IDH, Índice de Hipocrisia. E ninguém disso pode duvidar.

Atlas do IDH

O Brasil é um exemplo
A desigualdade entre as metrópoles diminuiu. Isto por causa dos programas sociais dos governos Lula/Dilma/PT

As regiões metropolitanas de posição mais baixa no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal foram as que mais cresceram entre os anos 2000 e 2010.

Com isso, o Brasil reduziu, em dez anos, pela metade, a desigualdade entre as regioes metropolitanas.

Entre São Paulo (SP) e Manaus (AM), respectivamente melhor e pior colocadas no IDHM, a porcentagem da desigualade caiu de 22,1% para 10,3%.

É o que aponta o relatório “Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras”, que foi lançado nesta terça-feira (25) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.

“O Atlas das Regiões Metropolitanas mostra como o Brasil está avançando. A ênfase da pesquisa é local e pode ajudar no desenvolvimento de políticas públicas”, afirmou Marcelo Neri, Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Segundo a analise, as disparidades entre as 16 regiões metropolitanas estudadas diminuíram e todas estão na faixa de alto desenvolvimento humano.

São Paulo (0,794), Distrito Federal e Entorno (0,792), Curitiba (0,783), Belo Horizonte (0,774) e Vitória (0,772) são as regiões que apresentaram os melhores resultados para o IDHM em 2010.

Embora a distância tenha diminuido e todas tenham melhorado, as regiões metropolitanas de mais baixo índice em 2000 são as mesmas dez anos depois: Manaus (0,720), Belém (0,729), Fortaleza (0,732), Natal (0,732) e Recife (0,734).

A diferença é que, em 2000, somente São Paulo tinha índice de desenvolvimento humano alto. Manaus tinha baixo e as outras regiões, médio. Agora, todas passaram a ter IDHM alto.

De acordo com o documento divulgado hoje (25), as políticas públicas do Governo brasileiro foi a principal causa dessa redução.

“Foram adotadas políticas anticíclicas eficientes, políticas públicas ativas de diminuição da desigualdade, de transferência de renda condicionada e de superação da pobreza e da pobreza extrema. O fato é que o Brasil de hoje ainda luta para superar um passivo histórico que é resultado de décadas de descaso com o desenvolvimento humano. Mas já é possível perceber melhoras significativas no cotidiano”, observa o texto.

O IDMH é composto de três variáveis: longevidade, renda e educação, que foi a que mais avançou.

O indicador é um número que varia entre 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um estado, município ou região metropolitana.

As regiões avaliadas foram Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Distrito Federal, Fortaleza (CE), Goiânia GO), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

O avanço na Educação

Os dez melhores lugares para se viver

...Segundo a ONU - Organização das Nações Unidas -

Isto de acordo com o IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, que tem como pilar saúde, educação e economia. A lista foi publicada na revista Exame:
ONU avalia a expectativa de vida no nascimento, o tempo que uma pessoa passa na escola e o padrão de vida a partir do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Com estes resultados, O IDH é calculado. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país.
A própria ONU explica que um dos objetivos é apontar o crescimento econômico, e que isso apenas não reflete a realidade local, como o exemplo do Qatar, que possui o PIB per capita maior que o da Noruega (119 mil dólares contra 64 mil do país europeu), mas tem uma média escolar inferior (crianças passam uma média de 9 anos na escola contra 12,6 das crianças norueguesas).
Da lista, faltaria aprofundar informações e questionamentos.
Sua liberdade em lugares como Qatar não são lá muito bem vistos, já que é tido como atitude obscena abraçar sua mulher ou usar uma simples bermuda ou regata. Na Arábia Saudita, o governo proíbe o casamento com mulheres de alguns países e permite a poligamia. Para homens, claro.
Ser mulher e latina nos Estados Unidos também não é das maiores vantagens, já que elas ganham quase metade do que uma mulher branca (que ainda recebem menos que as orientais). Ser gay em Cingapura dá cadeia. “[...] sexo entre dois homens é ilegal e pode ser punido com até dois anos de prisão. A lei, baseada em textos ingleses do período colonial da ilha, não faz menção ao sexo entre mulheres”.
Londres é a cidade mais cara do mundo para se viver, depois de ter superado Hong Kong (que também está na lista), que estava no topo nos últimos cinco anos. Ser estrangeiro na Espanha — mesmo em crise — nunca foi lá uma ótima ideia e a Grécia, berço da democracia, ainda se encontra afundada na crise econômica.




Abaixo, a lista:

Artigo semanal de Delúbio Soares

IDHM: RETRATO DO BRASIL QUE AVANÇA
  
Não há discurso ou propaganda política que substitua a realidade dos fatos: na última década o Brasil apresentou um avanço impressionante em seus indicadores sociais e econômicos. Nossa entrada no século 21 se deu de forma arrojada, apresentando-se ao mundo como moderna e promissora Nação, aquela fadada a figurar entre os protagonistas ricos e poderosos da nova era.  

Vínhamos, em verdade, de uma sucessão de desencontros e fracassos, colecionando derrotas e decepções, que se agudizaram nos anos infames do neoliberalismo do governo de Fernando Henrique Cardoso, com a obsessiva entrega a preço de liquidação de grandes empresas públicas, verdadeiras riquezas nacionais. Na década de 90, sob a égide do governo do PSDB, conhecemos com contumácia e regularidade os balcões humilhantes do FMI e sua política draconiana, além do arrocho salarial levado às últimas consequências, o descaso para com as políticas sociais, sendo os servidores públicos transformados em inimigos da administração federal e, incrivelmente, os aposentados chamados de “vagabundos” pelo próprio presidente da República! Naquele país que quebrara três vezes, tudo parecia perdido. Ainda assim, a sociedade civil por seus méritos próprios se organizou e reagiu.

Em 2002, a grande virada. Com a eleição do presidente Lula o Brasil se reencontrou consigo mesmo. Não houve mágica ou se surfou em alguma miraculosa onda internacional favorável. Nada disso. Estabeleceu-se - isso sim - uma co-equação de responsabilidades, onde cada cidadã e cada cidadão brasileiros fizeram a sua parte, enquanto o governo do PT e dos partidos da base aliada fazia o que era necessário ser feito em benefício do país e em socorro de uma sociedade combalida.

Como que coroando uma década dos governos democráticos e populares dos presidentes Lula e Dilma, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou estudo demonstrando o impressionante avanço de nossas cidades, especialmente após 2002. Nas últimas duas décadas o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano nos Municípios) brasileiro cresceu 47,5%, saindo de uma avaliação de “muito baixo” para “alto”. Enquanto isso, o percentual de cidades que apresentavam a avaliação de “muito baixo” em 1991 era de avassaladores 85,8% contra ínfimos 0,6 em 2010. Tais conclusões fazem parte do criterioso “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013”, produzido conjuntamente pela ONU, pelo IPEA (conceituado instituto ligado à Presidência da República) e a Fundação João Pinheiro, do Governo de Minas Gerais.

O IDHM mede o desempenho das cidades em importantes quesitos: expectativa de vida, escolaridade e renda. A educação, mesmo sendo o que apresenta a evolução mais considerável, ainda é um entrave para o pleno desenvolvimento dos Municípios, já que seu nível é considerado apenas “médio” na grande maioria deles todos. Ainda há muito a ser feito, já que em quase 30% das cidades a nota dada pela pesquisa é insatisfatória. Nos anos anteriores aos governos de Lula e Dilma esse percentual era praticamente o dobro, tendo sido na gestão do presidente Lula que o Brasil alcançou recordes e quebrou barreiras (crescendo 18,7%), atingindo patamares que levaram a educação à classificação “alta” na tabela do IDHM da ONU: 0,727 em 1,000.

A longevidade apresenta indicadores de primeiro mundo. A expectativa de vida dos brasileiros conseguiu chegar perto da nota máxima: 0,816 em 1,000. Estamos vivendo mais e melhor. Isso é fruto de uma qualidade de vida invejável se comparada a que tínhamos antes e é, também, uma das faces mais dignas do Brasil mais justo e fraterno que estamos construindo. Já a terrível mortalidade infantil apresentou a impressionante queda de 47% entre 2000 e 2010. Esse percentual, elevadíssimo, é autoexplicativo, nos enchendo de orgulho e alegria.

A renda (mensal per capita) apresentou sensível elevação, chegando aos 0,739. A educação chegou aos 0,637 e precisa e deve crescer ainda mais. Os programas sociais de distribuição de renda implementados a partir de 2003 pelo governo Lula contribuíram sobremaneira para esse salto na vida das cidades, base maior onde se assenta nossa Federação. Não fossem tais programas, que diminuíram drasticamente as desigualdades, reduziram fortemente a fome e promoveram a inclusão de 40 milhões de brasileiras e brasileiros à classe média, não estaríamos hoje comemorando o desenvolvimento social e humano que a ONU nos atribui e reconhece.

Dos indicadores encontrados pelo estudo conjunto ONU/IPEA/Fundação João Pinheiro, algumas constatações saltam aos olhos: é preciso investir mais e melhor no Norte e Nordeste; a educação exige agora, mais que antes, todo o esforço e todo o incentivo possível para potencializar sua ação transformadora. Fora dela, não há salvação; os pequenos Municípios do Nordeste e da Amazônia, onde os indicadores ainda claudicam, dever ser prioridade na ação governamental no atendimento às suas populações.

Do IDHM ficaram, além dos gráficos, mapas, índices e importantíssimas informações de ordem técnica, uma certeza: o Brasil ajustou seu GPS no rumo certo, o do futuro grandioso de potência rica, democrática e socialmente justa.

Mosca na sopa dos conservadores

No início de junho, quando o MPL foi às ruas pedir a anulação do aumento da passagem de ônibus, eu não poderia deixar de aplaudir. Era mais do que razoável.
Uma semana depois, quando a PM paulistana transformou o protesto num banho de sangue, as famílias se juntaram a seus filhos e netos para defender a democracia. Palmas para todos.
O que veio um depois é um processo contrário e confuso, cuja origem e consistência aguardam explicações.
As grandes cidades brasileiras foram ocupadas por multidões que criaram um novo ambiente político. Prefeitos, governadores e a presidência da República foram colocados contra a parede. O mesmo aconteceu com o Congresso. A violência e o vandalismo incluíram ataques ao Itamaraty, à prefeitura de São Paulo. Semanas mais tarde, o governador Sérgio Cabral enfrentou situação semelhante – e mais dura.
Protesta-se contra o que e contra quem?
Aplicando uma sociologia automática, a maioria de nossos analistas justifica os protestos a partir de uma analise apocalíptica.
Como se o Brasil fosse a Espanha em desmanche social, ou os Estados Unidos no pior momento da crise do pós-2008, explicou-se a mobilização, o “monstro”, “a rua”, como o movimento necessário num país em atraso insuportável, num momento histórico de tragédia. Só restava ajoelhar e rezar.
O problema é que a divulgação de dados sociais e econômicos mais recentes mostra que em 20 anos país progrediu de forma notável.
Num país que protesta, os dados merecem uma festa.
Falando de fatos objetivos: o Índice de Desenvolvimento Humano avançou 47,5% e saiu do nível “muito baixo” para se acomodar em patamar considerado “alto”. A desigualdade caiu, a expectativa de vida aumentou. A qualidade de vida tinha nível muito baixo em 85% das cidades. Esse número é de 0,6% em 2010. Pergunte a um estatístico qual a redução ocorrida. Prefiro uma imagem. Se antes ocupava 86 andares de um edifício de 100 pavimentos, o “muito baixo” agora não ocupa um único patamar inteiro. Deu para notar. Então repito: o que era 86 agora é menos do que 1.

Um dia na vida do IDH brasileiro

IDH. Chamemos de IDH. O Idiota Da Hora.

Vamos descrever o dia do PIB. Vinte e quatro horas na vida de um PIB para que os pósteros, a posteridade, tenham uma ideia do Brasil.
Ele acorda às sete horas da manhã. Tem que preparar o próprio café da manhã. Já faz alguns anos que sua mulher parou de fazer isso para ele, e ficou caro demais para ele pagar uma empregada doméstica.
Ele lamenta isso.  Era bom quando havia uma multidão de nordestinas sem instrução nenhuma que saíam de suas cidades por falta de perspectiva e iam dar no Sul, onde acabavam virando domésticas.
IDH dá um suspiro de saudade. Chegou a ter uma faxineira e uma cozinheira nos velhos e bons tempos. Num certo momento, IDH percebeu que as coisas começaram a ficar mais difíceis. Havia menos mulheres dispostas a trabalhar como domésticas, e os salários foram ficando absurdos.
Para piorar ainda mais as coisas, ao contrário do que sempre acontecera, a última empregada de IDH recusou votar no candidato que ele indicou.
Mulherzinha metida.
Foi por coisas assim que PIB aderiu ao movimento  Cansei, ao lado de ativistas notáveis como Boris Casoy, Hebe Camargo, Agnaldo Rayol e João Dória Júnior. Empolgante o Cansei. IDH quase fora a uma manifestação. Só desistiu porque era sábado e sábado a feijoada era sagrada. O protesto com certeza fora um sucesso.
O povo unido jamais será vencido.
IDH tomou o café na cozinha, com o Globo nas mãos. Assinava o jornal fazia muitos anos. Se todos os brasileiros fossem como o Doutor Roberto Marinho, IDH pensou, hoje seríamos os Estados Unidos. Bonito o choro do Bonner ao anunciar no Jornal Nacional a morte de Roberto Marinho.
Por que ainda não ergueram estátuas para ele?

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal avança 47,8%

Nas últimas duas décadas, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM.
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.

O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.

“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.

Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.

“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante PNUD no Brasil Jorge Chediek.

Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maio IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.

O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento neste índice.

Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de 20 vezes.

O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.

Desempenho por estados

O Distrito Federal é a Unidade da Federação (UF) com o IDHM mais elevado (0,824) e se destaca também como o único do grupo a figurar na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano. Além disso, o DF tem o maior IDHM Renda (0,863), o maior IDHM Educação (0,742) e o maior IDHM Longevidade (0,873) entre as UFs.

Na outra ponta, Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639) são os estados com menor IDHM do país. Na comparação feita entre as UFs, constata-se que a diferença entre o maior e o menor IDHM do grupo recuou 25,5% entre 1991 (0,259) e 2010 (0,193). A maior redução nas disparidades foi encontrada no IDHM Longevidade, onde a diferença caiu 41,6% (de 0,202 em 1991 para 0,118 em 2010). A queda na diferença entre o maior e o menor IDHM Educação foi a segunda maior: 15,9%, de 0,264 (1991) para 0,222 (2010).

No IDHM Renda, a queda foi de 11,6% pela mesma comparação, passando de 0,284 (1991) para 0,251 (2010).

A redução na diferença entre os maiores e menores IDHMs dos estados e DF mostra que as Unidades da Federação conseguiram reduzir as desigualdades entre si em termos de desenvolvimento humano. Apesar disso, os estados do Sul e Sudeste continuam com IDHM e subíndices superiores aos do Brasil – com exceção de Minas Gerais (0,730) que, na dimensão Renda, encontra-se abaixo do IDHM Renda do país (0,739). Todos os estados do Norte e Nordeste têm IDHM e subíndices menores que os do Brasil.

Capitais brasileiras
Das capitais brasileiras, apenas cinco delas aparecem entre os 20 municípios de maior IDHM: Florianópolis (3º), Vitória (4º), Brasilia (9º) e Belo Horizonte (20º).

O Atlas Brasil 2013 mostra que nenhuma capital brasileira aparece entre os 20 municípios de mais alto IDHM Longevidade. No ranking do IDHM Educação, apenas três delas estão entre as 20 de melhor desempenho: Vitória (4º), com 0,805; seguida de Florianópolis (5º), com 0,800; e mais abaixo por Curitiba (17º), com 0,768.

Já no ranking do IDHM Renda para municípios, sete capitais aparecem entre as 20 de maior subíndice: Vitória (3º), com 0,876; Porto Alegre (6º), com 0,867; Brasília (8º), com 0,863; Curitiba (11º), com 0,850; São Paulo (15º), com 0,843; Belo Horizonte (17º), com 0,841; e Rio de Janeiro (18º), com 0,840.

Fonte: Agência Brasil e Jornal do Brasil
Alterado às 17h20 para acréscimo de informações.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=219793&id_secao=1

Lula e Dilma são os culpados

Um novo cálculo apresentado neste domingo (17) pelas Nações Unidas tenta integrar aspectos sociais e ambientais ao crescimento econômico para medir o grau de desenvolvimento sustentável de um país. No primeiro relatório do Índice de Riqueza Inclusiva da ONU, que analisou dados de 20 países, o Brasil ficou em quarto lugar – empatado com a Índia, o Japão e o Reino Unido e na frente de países como Noruega e Estados Unidos.
  
Pontuar melhor no índice de Riqueza Inclusiva significa ter um padrão de crescimento econômico mais sustentável, na visão da ONU. A China foi a primeira colocada, seguida pela Alemanha.
 
 “É importante saber o quanto a economia de um país cresceu, mas também como ela cresceu”, disse Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012. “Este índice alia as variações de estoque no capital econômico, no capital humano e no capital natural que sustentam o crescimento do país”, afirma Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012.
 
O índice foi criado em parceria pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Universidade das Nações Unidas sobre Mudança Ambiental Global (UNU-IHDP) e apresentado durante a Rio+20. A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai até o dia 22 de junho, no Rio. Continua>>>

Quem tem medo da Petrobras?


Por Mauro Santayana

Os mesmos jornais que atacam a Petrobras revelaram, ontem, que a empresa foi, entre as não financeiras, a mais lucrativa das Américas, no segundo trimestre deste ano. Isso comprova que está sendo bem administrada. No passado se dizia que o melhor negócio do mundo era uma empresa de petróleo, e que o segundo melhor negócio do mundo continuava sendo uma empresa de petróleo, mesmo mal administrada. Se a Petrobras foi a empresa mais lucrativa da América – e na mesma lista não se encontram outras empresas petrolíferas – reforça-se o êxito da empresa criada por Vargas. Não há por que apelar para o concurso das petrolíferas estrangeiras na exploração do pré-sal. O contrário é que é o certo, e a Petrobras tem participado, com êxito, da exploração de petróleo no exterior, principalmente em associação com empresas também estatais.

Defensor da iniciativa privada, o ex-ministro Delfim Netto prefere não distinguir as empresas estatais das empresas privadas, senão pelo fato de serem bem ou mal dirigidas. A Petrobras, mesmo em seus anos piores, tem sido bem administrada porque, se os diretores nomeados falham, o corpo histórico de técnicos e administradores sabe cumprir seu dever e resistir – como resistiu ao golpe de 1997, perpetrado com a legislação conseguida pelo presidente Fernando Henrique, ao desfigurar a grande empresa.

Se os mais jovens soubessem que a Petrobras tem sido, desde suas primeiras horas, vitória da pertinácia nacional, estariam nas ruas, como estiveram seus pais e avós, repetindo o slogan poderoso de há mais de 50 anos: o petróleo é nosso. Ao reservar para o povo brasileiro o óleo fora das áreas de concessão, infelizmente já outorgadas aos estrangeiros, o atual governo volta sim, ao passado, como é da conveniência de nosso povo. Os que promoveram a amputação da Petrobras, durante o governo dos tucanos de São Paulo, voltam a se mobilizar contra o projeto do governo federal. O governo Lula está agindo constitucionalmente. Apesar de todos seus esforços, o senhor Fernando Henrique não chegou a quebrar o monopólio da União sobre o petróleo. Falam hoje da necessidade de que haja discussão, como se a sociedade, que se manifestou como pôde em defesa da estatal, tivesse sido ouvida em 1997, quando o governo repetia, com entusiasmo, o pensamento único neoliberal, e contava com a grande mídia para impô-lo ao Congresso e aos “formadores de opinião”. Convém que as normas do processo se definam imediatamente. Não há melhor momento para começar a construção do futuro do que agora.

Mesmo que haja excesso de otimismo com relação às jazidas do pré-sal, será imperdoável erro histórico não viabilizar a exploração das novas reservas. Todos os argumentos dos oposicionistas não dissimulam os interesses que se encontram por detrás de seus atos. Tal como no passado, começam a surgir institutos, associações e movimentos, com seus “consultores”, para contestar o controle da exploração do petróleo pelo Estado. Há quem diga que o petróleo não tem futuro. Se não tem futuro, tem presente. É pelo petróleo que os norte-americanos estão matando e morrendo no Iraque e no Afeganistão.

A matança dos inocentes

Duas notícias, destas horas, deviam mover a consternação e a indignação da sociedade brasileira. O assassinato de uma adolescente, em favela de São Paulo, por um agente da polícia municipal de São Caetano do Sul, provocou a reação irada da população. O Estado, há muito tempo, não tem conseguido preparar suas forças para manter a ordem. A jovem Ana Cristina foi baleada quando os guardas municipais perseguiam um homem, suspeito de roubar um carro. Para recuperar um veículo, mataram uma pessoa.

Ao retirar grupo do MST de uma fazenda que ocupava, em São Gabriel, a polícia militar gaúcha, além de assassinar pelas costas um lavrador, e de usar armas que provocam choque elétrico, cães, cavalos e bombas, aterrorizou e torturou, física e psicologicamente várias crianças. Um bebê foi ferido por estilhaços no rosto. O fato será denunciado ao Ministério Público pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O ex-presidente da ANP, senhor David Zylberstein, genro do ex-presidente Fernando Henrique, disse que estatizar o petróleo é coisa de país com baixo IDH. É o que devemos então fazer, com o índice de desenvolvimento humano que temos, e que os fatos de Heliópolis e de São Gabriel confirmam.