Envelheci




Cresci ouvindo:

Sou pobre mais sou honesto

E era a mais pura verdade.

Hoje, com apenas 51 anos o que mais escuto é:

Todo político é ladrão. Blá, blá, blá...

Aí pergunto (quando o revoltado, o indignado é empresário):
- Tu paga teus impostos?
- Pago! 
- Tu não sonega.
- Sonego sim! Só pago o mínimo possível. Se pudesse não pagava era nada praquele bando de ladrão.
- Pois é, tu é um ladrão. 
Todos eles ficam em ponto de briga. Latem, latem e latem, quando cansam, arremato:

- Quem paga impostos somos nós consumidores, cidadãos. Quando compro tenho consciência de quanto estou pagando de imposto ao fisco municipal, estadual e federal. A empresa (empresário) tem o dever de transferir o que eu (nós) pagamos. Se ele sonega, está roubando de mim e do Estado. Para resumir: tá roubando a mim e ao Estado é um 
Ladrão

Recordar é viver


Por sugestão da amiga navegante Maria Ismereria, o  Blog publica carta  ao então Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Diz Maria:

"A carta foi publicada no jornal A TRIBUNA DA IMPRENSA pelo coronel-reformado Alcio de Alencar Nunes no dia 11 de agosto de 1998, dois dias após FHC chamar de vagabundos os aposentados com menos de 60 anos de idade.

Ele se esqueceu de que ele mesmo, FHC, se aposentou aos 37 anos  com apenas seis anos de serviço como professor assistente de Sociologia na USP, em janeiro de 1969.

Nesse 7 de setembro, o dia da palhaçada, nada melhor que reproduzir a indignação de um Coronel do Exército:

Senhor Fernando Henrique:

Dirijo-me a você na condição de contribuinte-eleitor-cidadão, (...) eleitor por devoção (tenho mais de 75 anos de idade) e cidadão por teimosia.

Devo-lhe dizer que o que faço com indignação, revolta e com certa dose de nojo pela figura de homem que você é e por tudo que você tem representado de mau para este grande país, que serve de berço a um povo pacífico e generoso e que, entre suas poucas ambições o povo aspira poder ter o direito de trabalhar para o seu sustento e o de suas famílias. (Hoje temos um exército de 20 milhões de desempregados e 35 milhões no subemprego)

Não obstante, mesmo possuído de muita ira, fico a pensar no destino ingrato e cruel que Deus reservou para você - que vai passar para a história - como o grande traidor da Pátria, em todos esses 500 anos desde o nosso descobrimento e logo me vem a lembrança o sentimento da caridade, que nos foi ensinado por Cristo, há quase dois mil anos.

É, pois, com esse sentimento que gostaria de começar, dizendo que você não passa de um (…) ; mesmo possuindo títulos e se autoproclamando intelectual e possuidor de considerável patrimônio material (…) , você não é um homem espiritual e está moralmente destruído.

Você já parou para pensar que, em sua campanha eleitoral de 1994, você exibia os cinco dedos na mão, cada um representando uma ação de seu governo e que você até então não cumpriu nenhuma daquelas promessas?

Você parou para pensar que tem negado verbas para setores fundamentais, tais como a saúde - mesmo com a CPMF, cujos recursos tem sido desviados para outras finalidades - as classes menos favorecidas (os excluídos) continuam morrendo, dentro dos hospitais por falta de condições mínimas de atendimento, enquanto isso, os homens que pertencem à sua cúpula dessa elite podre, ao menor sinal de mal-estar, são prontamente atendidos, tanto no Brasil quanto no Exterior?

Você já parou para pensar que - cumprindo, rigorosamente as ordens do FMI e do Banco Mundial - você mantém todo o funcionalismo público há três anos e meio sem qualquer reajuste salarial, enquanto determina o repasse de mais de R$ 30 bilhões de reais no maldito PROER para o "socorro" a banqueiros corruptos e desonestos - exatamente - aqueles financiadores de suas campanhas políticas? Um deles é o sogro do seu filho Paulo Henrique, o corrupto banqueiro sr Magalhães Pinto.

Você se sensibilizou e meditou sobre aquela cena dantesca, há poucos dias atrás, quando uma vendedora ambulante, mais uma vítima do seu plano, desempregada, ateou fogo nas próprias vestes, em protesto e na defesa heroica de seu direito de trabalhar, enquanto todos os seus familiares ocupam cargos de destaque, nos altos cargos da sua administração pública e até mesmo em empresas estatais entregues a cúpulas privadas, que você doou aos seus (…) ? (veja o caso de seu filho - Paulo Henrique - como empregado do (...) empresário Benjamim Steinbruch, o (...) que ganhou a CSN e ações da VALE em doação).

Você já pensou como repercutiu mal aquela fotografia, publicada na primeira página dos grandes jornais, onde aparece a sua ex-nora Ana Luisa e o Sr Rafael de Almeida Magalhães, encarregado de formular todo o processo de entrega do complexo portuário de Sepetiba?

Você já pensou - quando está na intimidade com seus netos - naqueles meninos famintos do Nordeste, que passam dias inteiros catando preás e calangos para aplacar a fome de seus irmãos menores, causada pela estiagem cíclica que castiga aquela região, que se transformou numa "indústria" rendosa, pelos políticos da região?

Você já pensou nos 20 milhões de desempregados, nos subempregados, nesses 35 milhões de nossos irmãos que morrem de fome, quando autoriza vultuosas verbas para fazer a propaganda de seu governo, que penetra em nossos lares iludindo todo um povo, com realizações falsas e mentirosas e na "aprovação automática" para enganar os indicadores do BIRD, propagandas de realizações falsas em sua maioria inexistentes, tal como ocorre com a da escola? - "A escola pública mudou e para muito melhor, agora o professor tem um canal exclusivo de televisão; merenda não vai faltar e já existe até uma verba para reajustar o salário dos professores".

Acorda Brasil!".

Você já pensou na farsa que foi o seu "falso exílio", quando, por livre e espontânea vontade, você resolveu  ir para o Chile, inclusive, recebendo o salário integral de professor da USP com apenas quatro anos de trabalho? Posteriormente, em janeiro de 1969, você foi compulsoriamente aposentado, com base no AI-5. Ocorre, no entanto, que em 1979, com a Lei da Anistia, você adquiriu o direito de voltar à sua cátedra e, marotamente, preferiu ficar percebendo o salário sem trabalhar.

Diante desse raciocínio, você, sr Fernando Henrique Cardoso, é um dos maiores (…)  - senão o maior - desta infeliz república, porquanto se aposentou com poucos anos e, agora, quer que o pobre trabalhador morra trabalhando!!!

Nunca vi tanta falta de caráter na sua figura e de um cinismo sem similar.

Aliás você nunca foi chegado ao "batente", para usar um termo muito do gosto popular.

Você está a pouco mais de 6 meses do término de seu mandato; até agora que lhe foi conferido - como você gosta de dizer - por 35 milhões de brasileiros desempregados ou vivendo no subemprego?

Além da excrescência diabólica da emenda da reeleição, que foi conquistada (?), com a vergonhosa compra/venda de votos, numa demonstração explícita de corrupção (embora já até o momento se tenha detectado dois deputados, envolvidos na falcatrua) nada foi feito, principalmente, em benefício do povo?

Além de todas essas indagações, eu gostaria de dizer que, em quase três anos e meio de governo, você conseguiu uma extraordinária façanha: - descaracterizar o Brasil como Estado - nacional soberano; você está "negociando" a entrega de todo um patrimônio público, conseguido à custa do sacrifício do povo, no cumprimento fiel às ordens do FMI e do Banco Mundial e, também, da voracidade do capital especulativo espoliador que, nesses tempos de globalização, vai destruindo as economias mais frágeis do mundo.

Até hoje, você não explicou a "venda" da Companhia do Vale do Rio Doce, nem o povo brasileiro sabe de onde surgiu a "figura" de Benjamim Steinbruch (…) (que) de repente tornou-se um mega-empresário, com influência decisiva em setores estratégicos da economia nacional (Vale do Rio Doce, Light, CSN, petroquímicas, siderúrgicas, empresas de energia elétrica, ações e subsidiárias da Petrobrás e ramais ferroviários no Nordeste).

Antes de terminar, gostaria de fazer duas colocações: a primeira, dirigida ao Sr Pedro Malan (o homem que mora nos Estados Unidos da América, (…), para dizer-lhe que o aposentado que volta a trabalhar não é imoral, como você declarou. Imoral é o que você faz com a política econômica, atrelada a interesses escusos e contribuições imorais com desemprego àqueles que realmente constituem as aspirações do povo brasileiro; em segundo lugar, gostaria de fazer a última indagação ao (…) - o que você irá fazer, depois de entregar todo o patrimônio público que, por todos os motivos, tem o povo com seu verdadeiro dono e a nossa dívida (interna e externa), atualmente até o presente já foram doados do patrimônio público ao setor privado em torno de R$ 600 bilhões e ainda este ano deverá atingir a cifra de R$ 1 trilhão?

O país caminha - aceleradamente - rumo ao abismo; a atual situação, já insustentável, caminha para o último estágio de tolerância, tornando-se imperiosa a mobilização de todas as forças vivas, a fim de que se evite que aconteça o pior, a perda total da soberania nacional e de todo patrimônio público.

A fome atingiu um patamar tal que já são constantes os roubos e assaltos nas ruas e os saques no Nordeste, enquanto o governo - insensível, insensato e insano - ameaça prender os líderes do MST (Movimento dos Sem Terra), no momento, a única organização com capacidade de mobilização e que, efetivamente, traz algum desconforto à quadrilha de aventureiros que se apossou deste Brasil grande e do qual haveremos de fazer o Grande Brasil.

Que Deus tenha pena e piedade de você, (…) , de tal sorte que o remorso destrua a sua consciência e que possa sofrer, com resignação os últimos dias de sua vida!.

Álcio de Alencar Nunes - tenente-coronel reformado do Exército Brasileiro.

PUBLICADO NO JORNAL A TRIBUNA DA IMPRENSA

Luís Nassif: A visão seletiva da Lava Jato sobre o "estorvo do processo"

Em direito existe o que se chama de "estorvo do processo". Todo cidadão está sujeito a ser processado, do mais humilde ao presidente da República.

Mas existe também o conceito da repercussão política do processo, princípio que rege muitas decisões judiciais.

Por exemplo, por mais justo que seja determinado pleito, nenhum ministro do STF vai votar a favor de uma ação que implique na quebra do país.

O mesmo princípio vale para processos com repercussão política. Um juiz deverá tomar duas vezes mais cuidado para expor o presidente da República ao "estorvo do processo". Não significa que deva poupá-lo, mas que tomará cuidado redobrado antes de expô-lo e com a própria exposição em si. Porque expor a presidência da República significa expor o país.

O Procurador Geral da República tomou a decisão de expor ao "estorvo do processo" campanhas de Lula e Dilma. Dilma é a presidente da República.

Lula é um ativo nacional, o político que representa a esperança de milhões de brasileiros e – queiram ou não os opositores – o brasileiro que melhor representa a face legítima do país perante o mundo. Ele está para o Brasil como Mandela para a África do Sul, Ghandi para a Índia, Luther King para os Estados Unidos.

Já Aécio Neves é um senador, candidato derrotado a presidente da República. Geraldo Alckmin é o governador de um estado importante, assim como José Serra, um ex-governador, os três sem um centésimo da representatividade de uma presidente da República ou de uma personalidade internacional como Lula.

Todas as empreiteiras citadas na Lava Jato colaboraram com a campanha de Aécio, seja por dívidas passadas, seja por promessas futuras. A não ser que se acredite que empreiteiro pague dízimo para ir para o céu.

Contra Aécio pesa uma delação premiada com todas as peças de esquemas de financiamento eleitoral ou de enriquecimento pessoal: os valores recebidos (US$ 150 mil mensais), a ponta pagadora (Furnas), a empresa que lavava o dinheiro (a Bauruense) e a destinatária (a irmã de Aécio).

Mesmo assim, Janot não julgou adequado expor Aécio ao "estorvo do processo".

As empreiteiras implicadas na Lava Jato têm obras em Minas Gerais e São Paulo. Algumas delas têm mais obras com os respectivos governos estaduais do que com a própria Petrobras. No caso paulista, há em curso uma denúncia de suborno do cartel dos trens abafada pela cúpula do Ministério Público Estadual.

No entanto, Janot teve cuidado para não submeter ao "estorvo do processo" os ex-governadores Aécio Neves, José Serra e o governador Geraldo Alckmin.

No caso mineiro, Janot aceitou a denúncia contra o mais insuspeito dos políticos: o ex-governador Antonio Anastasia. Aparentou uma neutralidade discutível, porque quem conhece Minas, Aécio e Anastasia sabe onde o calo pega – e não é em Anastasia.

Que a lava Jato faça o PT purgar seus erros, sim. Arreglos políticos que permitiram descontroles de tal ordem, a ponto de um mero gerente acumular mais de US$ 100 milhões em dinheiro desviado, merece toda punição do mundo. E se o partido não tem a mínima capacidade de se defender de manobras políticas, problema dele.

Quando investe contra o instituto da presidência e contra o brasileiro mais reputado do planeta e, ao mesmo tempo, poupa todos os próceres do PSDB do "estorvo do processo", Janot patina.

Não adianta alegar que o inquérito será isento, dando todas as oportunidades para as partes se defenderem. O efeito político é imediato. O "estorvo do processo" é combustível para campanhas de impeachment, para desestabilizações políticas mesmo que, ao final, absolva o investigado. Ao poupar Aécio, a Lava Jato abre espaço para que a oposição amplie a campanha do impeachment, com Aécio posando de grande cruzado da ética.

A opinião pública que conta – aquela realmente bem informada – sabe que o rei está nu. O que se pretende com essa blindagem?

Não adianta os bravos Intocáveis da Lava Jato sustentarem que seu foco são apenas os malfeitos na Petrobras. Não faz lógica que, tendo à mão a possibilidade de interrogar os maiores financiadores de campanha do país, aceitem ouvir apenas as denúncias contra um lado. Se podem passar o país inteiro à limpo, porque não aproveitam a possibilidade? De posse da denúncia, que se abram novos inquéritos para outros procuradores tocarem, permitindo à Lava Jato manter o foco.

O pato e a galinha

Europa de hoje não está colhendo mais do que plantou

por Mauro Santayana

Embora não o admita - principalmente os países que participaram diretamente da sangrenta imbecilidade - a Europa de hoje, nunca antes sitiada, por tantos estrangeiros, desde pelo menos os tempos da queda de Roma e das invasões bárbaras - não está colhendo mais do que plantou, ao secundar a política norte-americana de intervenção, no Oriente Médio e no Norte da África.

Não tivesse ajudado a invadir, destruir, vilipendiar, países como o Iraque, a Líbia, e a Síria; não tivesse equipado, com armas e veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem Kadafi e Bashar Al Assad, não tivesse ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe, prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte, nas areias do deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo e escuro túmulo das águas do Mediterrâneo, a Europa não estaria, agora, às voltas com a maior crise humanitária deste século, só comparável, na história recente, aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram no fim da Segunda Guerra Mundial.

Lépidos e fagueiros, os Estados Unidos, os maiores responsáveis pela situação, sequer cogitam receber - e nisso deveriam estar sendo cobrados pelos europeus - parte das centenas de milhares de refugiados que criaram, com sua desastrada e estúpida doutrina de "guerra ao terror", de substituir, paradoxalmente, governos estáveis por terroristas, inaugurada pelo "pequeno" Bush, depois do controvertido atentado às Torres Gêmeas.

Depois que os imigrantes forem distribuídos, e se incrustarem, em guetos, ou forem - ao menos parte deles - integrados, em longo e doloroso processo, que deverá durar décadas, aos países que os acolherem, a Europa nunca mais será a mesma.

Por enquanto, continuarão chegando à suas fronteiras, desembarcando em suas praias, invadindo seus trens, escalando suas montanhas, todas as semanas, milhares de pessoas, que, cavando buracos, e enfrentando jatos de água, cassetetes e gás lacrimogêneo, não tendo mais bagagem que o seu sangue e o seu futuro, reunidos nos corpos de seus de seus filhos, irão cobrar seu quinhão de esperança e de destino, e a sua parte da primavera, de um continente privilegiado, que para chegar aonde chegou, fartou-se de explorar as mais variadas regiões do mundo.

É cedo para dizer quais serão as consequências do Grande Êxodo. Pessoalmente, vemos toda miscigenação como bem-vinda, uma injeção de sangue novo em um continente conservador, demograficamente moribundo, e envelhecido.

Mas é difícil acreditar que uma nova Europa homogênea, solidária, universal e próspera, emergirá no futuro de tudo isso, quando os novos imigrantes chegam em momento de grande ascensão da extrema-direita e do fascismo, e neonazistas cercam e incendeiam, latindo urros hitleristas, abrigos com mulheres e crianças.

Se, no lugar de seguir os EUA, em sua política imperial em países agora devastados, como a Líbia e a Síria, ou sob disfarçadas ditaduras, como o Egito, a Europa tivesse aplicado o que gastou em armas no Norte da África e em lugares como o Afeganistão, investindo em fábricas nesses mesmos países ou em linhas de crédito que pudessem gerar empregos para os africanos antes que eles precisassem se lançar, desesperadamente, à travessia do Mediterrâneo, apostando na paz e não na guerra, o velho continente não estaria enfrentando os problemas que enfrenta agora, o mar que o banha ao sul não estaria coalhado de cadáveres, e não existiria o Estado Islâmico.

Que isso sirva de lição a uma União Europeia que insiste, por meio da OTAN, em continuar sendo tropa auxiliar dos EUA na guerra e na diplomacia, para que os mesmos erros que se cometeram ao sul, não se repitam ao Leste, com o estímulo a um conflito com a Rússia pela Ucrânia, que pode provocar um novo êxodo maciço em uma segunda frente migratória, que irá multiplicar os problemas, o caos e os desafios que está enfrentando agora.

As desventuras das autoridades europeias, e o caos humanitário que se instala em suas cidades, em lugares como a Estação Keleti Pu, em Budapeste, e a entrada do Eurotúnel, na França, mostram que a História não tolera equívocos, principalmente quando estes se baseiam no preconceito e na arrogância, cobrando rapidamente a fatura daqueles que os cometeram.

Galinha que acompanha pato acaba morrendo afogada.

É isso que Bruxelas e a UE precisam aprender com relação a Washington e aos EUA.