Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Mostrando postagens com marcador CPMI do Cachoeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CPMI do Cachoeira. Mostrar todas as postagens

Quem muito abaixa mostra a bunda

Mais uma vez a sabedoria se confirma.
O deputado federal Odair Cunha (PT), reltor da CPMI do Cachoeira/Policarpo e o presidente do PT, Rui Falcão, se rebaixaram tanto que, mesmo retirando o indiciamento dos cúmplices do Cachoeira, Policarpo Jr. e Roberto Gurgel - PGR -, o relatório dele foi rejeitado. 

Bem feito. 

Covarde e adulador tem de ser tratado é assim mesmo...com chute na bunda.

Babacas!

Policarpo e Civita são criminosos


“Este é o retrato sem retoques de como se faz um jornalismo sem ética, um jornalismo que, para destruir determinado alvo ou determinado projeto político, não hesita em violar as leis, a Constituição e a própria dignidade dos cidadãos.”

É dessa forma que o incisivo texto do relatório final da CPI do Cachoeira define a relação de Policarpo Jr., diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha com tentáculos no poder público e na mídia.
O jornalista da CBN, Kennedy Alencar, em comentário sobre a CPI, disse que o relatório final não apresenta provas contra Policarpo. Para Alencar, Policarpo não cometeu nada além de “mau jornalismo”. “E mau jornalismo não é crime”, afirma.

De fato, não é, embora isso também seja bastante questionável. Mas o que emerge do relatório final é muito mais do que “mau jornalismo”. Só um corporativismo ancestral pode explicar a declaração de Kennedy Alencar. No relatório, Policarpo Jr. aparece encomendando grampos clandestinos e pedindo ajuda para devassar, sem autorização legal, a intimidade de um cidadão brasileiro (no caso, Zé Dirceu, quando hospedado em um hotel de Brasília). Em troca desses “pequenos favores”, Policarpo fazia o papel de assessor de imprensa da organização chefiada por Cachoeira: publicava o que lhes era conveniente e omitia o resto. Assassinava reputações e promovia jagunços de colarinho branco, como o ex-senador Demóstenes Torres, também integrante da organização, a exemplos éticos a serem seguidos pelas próximas gerações.
Quando a Delta não foi beneficiada por uma licitação para a pavimentação de uma rodovia federal, Cachoeira acionou Policarpo para, através de uma reportagem da Veja, “melar” a licitação. Posteriormente, como os interesses da Delta continuaram a ser negligenciados, Cachoeira e Policarpo montaram uma ofensiva para derrubar o ministro dos Transportes – o que acabaram por conseguir.

Em troca, quando lhe interessava, Policarpo solicitava à organização criminosa que, por exemplo, “levantasse” as ligações de um deputado. Tudo isso está no relatório final, provado através das ligações interceptadas pela PF com autorização judicial. Não é “mau jornalismo” apenas. É crime.

“Não se pode confundir a exigência do exercício da responsabilidade ética com cerceamento à liberdade de informar. Os diálogos revelam uma profícua, antiga e bem azeitada parceria entre Carlos Cachoeira e Policarpo Júnior”, diz o relatório.

Policarpo não é o único jornalista envolvido com a organização de Cachoeira, mas é sem dúvida o que mais fundo foi neste lodaçal. Durante a CPI, não foi possível convocá-lo para depor, porque não havia condições políticas para tanto. Agora, porém, as provas falavam alto.

Porém as questões políticas (necessidade de aprovar o relatório) mais uma vez se interpuseram. Assim como feito em relação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi necessário retirar as menções a Policarpo do documento. O relator entendeu, e eu o compreendo e defendo, que Policarpo, perto do governador Marconi Perillo, do PSDB de Goiás, é secundário. Mas, ser secundário não afasta a necessidade de a Polícia Federal continuar a investigá-lo, e espero que o faça, mesmo com seu nome não constando no relatório. Afinal, todo suspeito deve ser investigado.

Comentário sobre intenção de relator da CPMI retirar nomes de Gurgel e Policarpo

Meu Deus, o Brasil é controlado por bandidos. O PMDB se aliou ao crime organizado para proteger os bandoleiros da mídia e o PT se acovarda, se encolhe e mostra a bunda. Estou indignado. Sempre votei no PT, mas hoje o que eu mais gostaria era de ter a oportunidade de votar em Collor. Os demais políticos parecem não perceber que a cada acobertamento de jornalistas criminosos a democracia vai morrendo e o país segue andando para aquele Brasil anterior a era Lula. Que desesperador!!!!
Manuel Marques

Comentários sobre a intenção do relator da CPMI do Cachoeira retirar nomes de Gurgel e Policarpo

JB Costa

Quem não pode com o pote, não pega na rodilha. Eis o que ilustra melhor o arroubo de parte(será todo?) do PT nessa estória. Fizeram pose de leão para, ao final, miarem como uns gatinhos.
Agora ficou mais que provado que borram nas calças na chamada "hora da onça beber água". 
Fortaleceram com isso ainda mais a auto-confiança e a soberba da mídia. DE UMA VEZ POR TODAS PROVARAM QUE NÃO TEM ESTOFO PARA ENFRENTAR O CHAMADO "QUARTO PODER".
Agora aguentem as consequências. 
MarFig
Esses parlamentares do PT estão jogando com a falta de memória dos eleitores. Eles acham que em 2014 todo mundo já se esqueceu disso. Pode até ser, mas nāo será o meu caso. 
Gersier
Covardão, é essa a definição para esse senhor. É por essas e outras que o tal PIG deita e rola. E nós,feito bobalhões,defendendo essa troupe. 
Renato Arthur
Com Uma base de políticos e partidos conservadores na Câmara ligados a direita e devendo favores ao PIG, qualquer relatório que denuncie a Mídia e falcatruas  jamais será aprovado. Dessa forma os "Mervais"  deitam e rolam.
Roberto Weber
É verdade...os quadros do meu PT velho de guerra já não são mais os mesmos. O Odair que me perdoe, mas é como dizemos aqui no Sul: ou borrou as bombachas ou ganhou algumas prendas...
Desse jeito sua carreira vai ficar também "borrada".

Pizza enfurece famílias midiáticas


Os capangas entraram em ação.
relatório da CPI do Cachoeira, apresentado esta semana por seu relator, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), enfureceu os barões da mídia, que não perderam tempo. Seus leões de chácara travestidos de colunistas vociferaram pesadamente contra a audácia do parlamentar petista de tocar nos intocáveis.
Todos, todos, todos os capangas gritaram em uníssono. Noblat, Merval, Dora Kramer, Cantanhede, editoriais, manchetes.
Não vou me estender muito sobre o assunto, nem linkar ninguém. Todos dizem a mesma coisa, fazem as mesmas distorções. Vamos elencar as mentiras mais gritantes:
  1. Que a CPI indiciou o tucano Perillo e “poupou” Agnelo. Ora, os próprios jornais onde estes colunistas escrevem publicaram dezenas de denúncias gravíssimas contra o governador de Goiás. Contra Agnelo, não apareceu nada consistente. O Cachoeira foi preso na casa do Perillo, ora bolas!
  2. Que um policial disse que não encontrara nada de ilegal nas conversas entre Policarpo e Cachoeira. Ora, a função da CPI é justamente investigar aspectos políticos, o que não compete a um policial comum. O relatório diz, com abundâncias de provas (não há nenhum domínio de fato aqui), que a organização criminosa utilizava a mídia para chantagear políticos e autoridades, visando facilitar seus negócios escusos.
  3. Que a CPI fracassou ou acabará em pizza. Uai. A CPI indicia um montão de gente, governador, prefeitos, jornalistas importantes, policiais, altos servidores públicos, e um dos homens mais ricos do país, o proprietário da Delta, Fernando Cavendish. Que pizza é essa?
  4. Que a CPI não acrescentou nada ao trabalho da Polícia Federal. Mentira. A CPI vai entregar à PF e ao Ministério Públicos centenas ou milhares de sigilos bancários, telefônicos, fiscais, eletrônicos. A começar do próprio Marconi Perillo. Como assim não acrescentou nada?
  5. Que o relatório da CPI representou uma vingança política contra o julgamento do mensalão. Ué, cadê a curiosidade, a sede por justiça, o espírito ético? A mídia e seus colunistas não estão indignados com o esquema montado por Cachoeira, mafioso goiano, e Demóstenes Torres, senador do DEM, o mosqueteiro da ética?
  6. Condenaram Dirceu porque uma de suas ex-mulheres conseguiu um empréstimo para comprar o apartamento onde mora. Um empréstimo! Enquanto isso Perillo ofereceu sua própria casa ao maior bandido de seu estado, e ninguém fica indignado?
  7. Quanto a Roberto Gurgel, o Jornal Nacional o entrevistou nesta quinta-feira. Vimos um homem debochado, a responder com um sorriso cínico, sem demonstrar nenhum respeito pelo Congresso Nacional e pelo trabalho dos parlamentares que dirigem a CPI.
  8. Disseram que a CPI é instrumento de minoria. Balela. CPI é para investigar corruptos, e a CPI interrogou e investigou Perillo, Cachoeira e Cavendish.
  9. Que a CPI blindou a Delta. Caramba! A Delta foi declarada inidônea pela CPI, perdeu bilhões em contratos, está sendo processada por diversas instâncias do governo, e não pode mais participar de nenhuma licitação pública. Logo nos primeiros dias da CPI, a presidente Dilma mandou a Casa Civil publicar na internet todos os contratos da Delta com o Executivo. A notícia de que ela ainda é uma das companhias que mais recebe recursos do governo falseia a realidade. Ela recebe por obras já contratadas, em andamento ou já realizadas. Leia mais>>>

Pig tenta inverter a verdade sobre cpmi do Cachoeira


É lamentável a abordagem que a grande imprensa faz do relatório final da CPI do Cachoeira. Sem pudor, a mídia avalia que pode inverter a verdade e desconhecer os fatos.
 
Há um claro esforço coordenado nos jornais para tentar desqualificar o relatório de Odair Cunha. O Estadão, por exemplo, dedica-se a massacrar o relatório. O esforço começa no editorial, que chama a Comissão de “CPI do talião”.
 
Dora Kramer é escalada para falar da “farsa da comissão”, classificando o pedido de indiciamento de jornalistas como “espetáculo burlesco”, embora esse ponto esteja fartamente documentado. O jornal também dá destaque para o governador de Goiás, Marconi Perillo, um dos indiciados, dizer que o relatório é político.
 
Ora, a CPI teve a possibilidade de investigar a associação do crime organizado com um governo constituído - no caso o governo tucano de Goiás - apurando as ramificações e infiltrações dos  negócios do empresário Carlos Cachoeira com a máquina pública comandada pelo governador Perillo.
 
Em Goiás, como desvendaram em grande parte as investigações da CPI (mista, de deputados e senadores), o crime organizado tomou conta do Estado governado pelos tucanos com anuência, inclusive, de um dos líderes da oposição à época, o ex-senador Demóstenes Torres e a omissão, para dizer o mínimo, da administração estadual.
 
O indiciamento de Perillo possibilitará investigar com maior profundidade tudo isso. Portanto, não faz sentido chamar o relatório de político.
 
A Folha de S.Paulo também usa o editorial para tentar desclassificar o relatório. O editorial chama de “arremate insensato” o pedido de indiciamento de alguns dos incluídos. E Eliane Cantanhêde chama o fim da CPI de “triste pastelão”, ignorando todo o vasto conteúdo que justifica os indiciamentos.

Os jornais não escondem também a decisão de defender o jornalista Policarpo Junior e a Veja. E, no Globo, Merval Pereira tenta manter a fantasia de que a CPI foi criada a partir da minha vontade e da vontade de Lula.

Quando na verdade é a imprensa, junto com a oposição, que faz uso político da CPI. Perto do fim do julgamento da AP 470, tentam enterrar a CPI que tem mais do que elementos comprobatórios para indiciar todos os investigados que estão no relatório final.

O Pig é/e o crime organizado


O papel moderno da imprensa, no mundo, tem dois divisores de água.
O primeiro, legítimo, o episódio Watergate, no qual um jornal (The Washington Post), com um jornalismo rigoroso e corajoso, logrou derrubar o presidente da República da
maior Nação democrática do planeta.
O segundo, tenebroso, o processo ao qual foi submetido o magnata da mídia, Rupert Murdoch, depois de revelados os métodos criminosos do seu tabloide, "The Sun", para obter reportagens sensacionalistas.
O crime do The Sun foi ter se envolvido com baixos e médios escalões da polícia para atentar contra o direito à privacidade de cidadãos ingleses.
***
O relatório da CPMI de Cachoeira, traz dados muito mais graves do que os crimes do "The Sun". Mostra ligações diretas entre jornalistas e o crime organizado.
A acusação maior é contra a revista Veja e seu diretor em Brasília, Policarpo Jr. O relatório mostra, com abundância de detalhes, como Policarpo era acionado para derrubar autoridades e servidores públicos que incomodassem Carlinhos Cachoeira, atacar concorrentes do marginal e como encomendava dossiês a ele, muitos obtidos por métodos criminosos.Leia mais »

Política: Dia quente em Brasília

Enquanto Cezar Peluso (STF), pode dar o 1º voto a favor da absolvição do petista José Dirceu, no julgamento da Ação Penal 470 - mensalão -, o ex-diretor da Dersa, Paulo Preto, pode afundar de vez a candidatura do tucano José Serra à prefeitura de São Paulo, com seu depoimento na cpmi do Cachoeira no Congresso Nacional. Leia mais>>>
Quarta-feira de tensão máxima em Brasília

Collor enfrenta o Pig


O Collor é uma grata surpresa. Apesar de junto com a globo fazer aquela sacanagem com o Lula em 89 e praticar aquela loucura do confisco, ele se redimiu da melhor forma possível: através de atos concretos.
Nunca vi outro Senador enfrentar o PIG de forma tão aberta e corajosa. Cadê o Suplicy, o Cristovão o Simom, a Marta. Onde estão os santinhos nesta hora. Vão deixar o Collor enfrentar o PIG e banda podre da PGR sozinho?

Por que os outros 80 senadores não seguem o exemplo de Collor?
A) Tem medo do PIG
B) Tem o rabo preso
C) É mais fácil se esconder atrás do Collor e ver no que vai dar.
D) Encarar peixe grande dá muito trabalho

Rodrigo Graziani

Senador Fernando Collor e a revista Veja

Quando ouvir, ver e ler uma denúncia, não preste atenção quem é o autor, seja fulano, sicrano ou beltrano o que importa é o conteúdo. Atenha-se aos fatos, não se prenda a boatos. Leia mais>>>

CPMI votará convocação de Civita e Policarpo


O presidente da Comissão Parlamentar Inquérito (CPMI) mista do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), garantiu ao colega Fernando Collor (PTB-AL) que colocará em votação os pedidos de convocações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, do dono da Editora Abril, Roberto Civita, e do jornalista Policarpo Júnior, diretor da Veja em Brasília, na próxima reunião administrativa da comissão.
Collor acusou Gurgel de ter chantageado durante dois anos o então senador Demóstenes Torres (GO), um dos principais acusados de envolvimento no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, cassado pelo Senado. Segundo ele, Gurgel "segurou" o inquérito da Operação Vegas para poder influenciar Demóstenes. Collor também afirmou que o procurador e a revista Veja davam cobertura ao esquema de Cachoeira.Leia mais »

CPI vai identificar envolvidos no executivo, legislativo, judiciário e imprensa

Image
Ao fazer o balanço do andamento da CPMI que investiga as atividades da organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em artigo publicado na Folha em 3 de agosto, o relator deputado Odair Cunha (PT-MG) disse que estão sendo investigadas 516 contas bancárias distribuídas por 21 bancos. E que a base de dados envolve um “volume financeiro que passa de R$ 18 bilhões”. Leia mais>>>

Esquema Cachoeira se cruza com o "mensalão"

O escândalo eleitoral mais ruidoso das últimas décadas, apelidado de ‘mensalão’, e a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, têm mais pontos em comum do que presumiam os magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o julgamento da Ação Penal (AP) 470 se reinicia, nesta segunda-feira, com o pronunciamento dos advogados de defesa de 38 réus. Juntos, eles teriam formado uma organização criminosa destinada a comprar votos de parlamentares, segundo a longa tese do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, oficializada na sustentação oral de mais de cinco horas, na sexta-feira. Os fatos apurados por parlamentares, agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), porém, começam a desenhar um contorno da realidade bem diferente daquele que sugere a peça de acusação.

Negociadores experientes conversam com Cachoeira, encarcerado no Presídio da Papuda, em Brasília, segundo fonte confidenciou ao Correio do Brasil, “para acertar os pontos finais de uma delação premiada”, benefício legal que poderá ser concedida ao contraventor, caso ele resolva falar o que sabe sobre a rede de crimes que comandava no país. Cachoeira, privado da liberdade há quase seis meses e das visitas íntimas da mulher dele, Andressa Mendonça, desde que ela foi detida pela acusação de tentativa de suborno a um juiz federal, há uma semana, “está vivendo um inferno”, afirmou um advogado a colegas do escritório do jurista Márcio Thomaz Bastos, que renunciou à defesa do bicheiro.

– O Cachoeira está perto do seu momento de quebra. Ele começou a compreender agora, com clareza, que apesar dos recursos financeiros de que ainda dispõe, foi abandonado por todos os seus contatos no mundo político, jurídico e nos veículos de comunicação que, no início, ainda tentavam enquadrá-lo como um ‘empresário na área de jogos’, em uma cartada para evitar que o processo chegasse às conclusões que, dia após dia, ficam mais robustas para as autoridades no Judiciário e do Congresso, onde a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) liga todas as pontas do esquema criminoso. A delação de Cachoeira seria o elo final na cadeia de eventos que teve início com a denúncia do chamado de ‘mensalão’ – disse a fonte.

Uma das linhas de investigação mais consistentes, segundo promotor do MPF que também prefere manter o anonimato para evitar qualquer dano ao processo contra o esquema criminoso de Cachoeira, é aquela que liga a quadrilha do contraventor a um processo de financiamento de campanhas eleitorais e de enriquecimento ilícito de seus cúmplices similar ao outro, controlado pelo publicitário Marcos Valério, principal réu na AP 470. Enquanto Cachoeira “abastecia os cofres de seus aliados políticos à direita”, em legendas como o PSDB, o DEM e o PPS, “Marcos Valério trabalhava para setores da base aliada na montagem de um possante caixa 2, pronto a irrigar candidaturas ligadas ao conjunto de siglas de apoio ao governo”, constata o promotor público em conversa com o CdB, neste domingo.

– A teoria de uma conspiração no Palácio do Planalto, à época do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, montada para comprar parlamentares e perpetuar o governo petista no poder, mostra-se cada vez mais frágil diante dos fatos ocorridos. Não há nenhuma novidade. O que ocorreu em 1994, em escala anabolizada, vinha desde 1998 com o sistema de caixa 2 montado por Marcos Valério em Minas Gerais, destinado a pagar as contas de campanha do então candidato Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele desviava quantias vultosas do Erário por meio de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro – argumenta o promotor.

Esse esquema, batizado de ‘mensalão mineiro’, também chamado de ‘mensalão tucano’ ou ‘valerioduto tucano’, teve início na campanha para a eleição de Azeredo – um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional – ao governo de Minas Gerais. O caso está detalhado em denúncia formulada pela Procuradoria Geral da República ao STF contra Azeredo que, segundo os autos, seria “um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado”. Azeredo é acusado de “peculato e lavagem de dinheiro”. Uma solução idêntica, mas de dimensões nacionais, administrada também por Valério, teria servido como fonte financiadora para uma série de operações destinadas ao pagamento de dívidas de campanha dos partidos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Até onde conseguiram chegar as buscas por provas no processo da AP 470, Valério e Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, trabalhavam em conjunto para quitar os gastos realizados nas disputas a cargos públicos e formar um estoque financeiro suficiente para as próximas campanhas. Tão logo o candidato petista venceu as eleições, em 2004, com a proximidade entre Valério e o tesoureiro do PT, ter-se-ia iniciado o processo de captação de recursos, por meio de contratos fraudulentos em publicidade junto às estatais e aos ministérios. Na oposição – após décadas na condução dos destinos do país e próspero na formulação das políticas criminosas que deram origem ao Best seller do jornalista Amaury Ribeiro Jr, Privataria Tucana – o PSDB, que conheceria por dentro o funcionamento da trama criminosa, teria em Cachoeira o seu principal agente para denunciar a corrupção de funcionário dos Correios, Maurício Marinho, e detonar a mais consistente tentativa de derrubar um governante eleito no país, desde a queda do então presidente Fernando Collor, em 1990.

– Era a oportunidade exata para bater pesado no governo, com o apoio da revista (semanal de ultradireita) Veja e demais meios conservadores de comunicação que o apoiam, entre eles os diários conservadores paulistano Folha de S. Paulo e carioca O Globo – relembra a fonte.

A tentativa falhou. Tanto a popularidade de Lula quanto a renúncia do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, reduziram a pressão pela abertura de um processo de impedimento do presidente da República, como se chegou a ventilar na época. Dirceu, no entanto, apontado como líder da suposta quadrilha que comprava votos, sempre negou a existência do pagamento de um ‘mensalão’ aos parlamentares da base aliada. Tratava-se, sim, da formação de um caixa 2 para a sustentação das campanhas eleitorais do PT e de seus aliados, como reconheceram os principais acusados à CPMI que produziu o relatório usado pela Procuradoria Geral da República para acusar os 38 réus na AP 470.

A proximidade entre os esquemas de Cachoeira e de Marcos Valério foi citada até em Londres, na edição deste domingo do diário britânico The Guardian, um dos mais vetustos jornais da Inglaterra:

“O escândalo do mensalão não é o único grande caso de corrupção a aparecer nas manchetes nas últimas semanas, com outras questões levantando a probidade das próprias organizações que deveriam estar investigando crimes. O investigador da polícia de Wilton Tapajós Macedo foi morto no mês passado, enquanto regava as flores no túmulo de seus pais. De perto, dois tiros foram o suficiente. Um passou pela têmpora, o outro através da garganta.”

Peça de ficção

A retórica de Gurgel, no entanto, enfrenta agora as críticas, ainda que reservadas, de ministros do STF e de autoridades que acompanharam a sustentação oral da semana passada. Ficou evidente, na peça de acusação, a falta de provas consistentes contra Dirceu, apontado como “mentor intelectual” do que o procurador classifica de o “mais atrevido caso de corrupção e desvio de recursos no Brasil com o objetivo de comprar parlamentares”. Diante dos fatos, a Corte Suprema se divide. Os vários pontos frágeis do relatório de Gurgel, que o deixam próximo a “uma peça de ficção”, segundo comentou um dos ministros do Supremo, reservadamente, deixam dúvidas suficientes para que os magistrados votem pela absolvição dos principais réus no processo.

Segundo uma das autoridades presentes ao Plenário do STF, na sexta-feira, após ouvir a longa exposição de Gurgel, aquela era “uma denúncia ‘pra galera”. Segundo afirmou a jornalistas, não há elementos no processo capazes de imputar a Dirceu a acusação por crime de lavagem de dinheiro. O ex-ministro responde por corrupção ativa e formação de quadrilha.

– Aqueles que tinham o domínio financeiro sobre o esquema ficaram de fora da lavagem de dinheiro. Formação de quadrilha, embora renda boas manchetes para os jornais, não leva a nada – afirmou. Foram enquadrados por lavagem de dinheiro os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

A dificuldade do STF para julgar a AP 470 sem esbarrar no envolvimento dos tucanos em ação semelhante, nas Minas Gerais, também foi citada em matéria do conservador El Clarín, de Buenos Aires: “Embora seja uma sentença muito aguardada por alguns setores do governo e da oposição, não parece simples. Um dos 11 juízes do Tribunal tem denúncias contra ele. Trata-se de Gilmar Mendes, de quem se diz ter sido beneficiado por um esquema semelhante de corrupção montado em 1998 em Minas Gerais pelo ex-governador daquele Estado, o social-democrata Eduardo Azeredo. Coincidentemente, os circuitos de dinheiro que impulsionaram esse governador também foram comandados pelo publicitário Marcos Valério.”

Para a rede norte-americana de TV CNN, os partidos de direita falharam completamente na tentativa de desgaste aos governos progressistas liderados pelo PT, que assumiram os destinos do país a partir da metade da última década. “A atual presidente Dilma Rousseff, também do Partido dos Trabalhadores, nunca foi conectada ao escândalo. Na verdade, Dilma Rousseff goza de uma forte taxa de aprovação de 77%. A visão de muitos brasileiros é que ela tomou uma posição firme contra a corrupção, despedindo seis ministros suspeitos de desvios”, afirma a emissora.

Valério presoUm dos 38 réus no processo do ‘mensalão’, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tem os seus dias de liberdade contados, segundo um dos analistas do julgamento em curso. Acusado de ser o operador do esquema de caixa 2 tanto do PSDB quanto da base aliada do governo, no Congresso, Valério pode ser sentenciado a mais de 140 anos de prisão em razão das dez ações criminais a que responde na Justiça Federal em Minas, além de outros cinco processos criminais na Justiça estadual mineira, entre eles por envolvimento no ‘valerioduto tucano’, e outro no Judiciário do Estado da Bahia.

A maior parte destas ações resulta das próprias investigações que deram origem à denúncia do ‘mensalão’ e que foram desmembradas. Com isso, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas já conseguiu duas condenações para o empresário que, juntas, somam 15 anos de prisão. A primeira sentença, dada pela Justiça no ano passado, rendeu seis anos e dois meses de condenação por crime contra o sistema financeiro, mas o MPF recorreu, pedindo o aumento da pena.

A segunda condenação, de fevereiro, é fruto de investigações originadas em torno do ‘mensalão’ e rendeu mais nove anos e oito meses de prisão ao empresário por sonegação fiscal e falsificação de documento público. Além de Marcos Valério, foi condenado seu ex-sócio nas agências SMP&B e DNA Cristiano de Mello Paz, que também é réu na AP 470, mas a defesa recorreu e o caso ainda vai ser analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. Nas duas condenações, o Judiciário concedeu aos acusados o direito de recorrer em liberdade.

Valério ainda enfrenta na Justiça Federal em Minas acusações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, fraude processual, formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Na Justiça mineira, responde ainda a processos por crimes contra a ordem tributária, contra a fé pública e lavagem de dinheiro. Já na Bahia o empresário responde a ação por grilagem de terras e falsificação de documentos e chegou a ficar 12 dias preso no fim do ano passado, em razão das acusações. A legislação brasileira, no entanto, impede que qualquer condenado passe mais de 30 anos na prisão, mas ele poderá ser preso logo após a decisão do STF.

do Correio do Brasil

CPMI: De 76 quebras de sigilos aprovados bancos só entregam dados de 11


Instalada em 19 de abril, a CPI do Cachoeira já quebrou os sigilos bancários de 57 empresas e 19 pessoas. Decorridos três meses e sete dias do início dos trabalhos, a comissão só obteve dos bancos informações integrais de 11 correntistas (nove empresas e duas pessoas).
Dito de outra maneira: das 76 ordens de abertura de sigilo expedidas pela CPI, apenas 14,5% foram completamente atendidas. Na grossa maioria dos casos, 85,5%, os dados requisitados ou não foram entregues ou chegaram à comissão incompletos.
Os dois personagens cujos extratos bancários já foram repassados à CPI em sua totalidade são o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador cassado Demóstenes Torres. Faltam informações de 17 pessoas –dos governadores Marconi Perillo (PSDB) e Agnelo Queiroz (PT) aos membros da quadrilha desbaratada pela Operação Monte Carlo.
Entre as empresas, a movimentação mais aguardada pelos congressistas é a da construtora Delta. Miram especialmente no lote de contas abertas sob o CNPJ da matriz da empreiteira, sediada no Rio. Muita coisa já chegou. Novos extratos aportaram na CPI nesta semana. Porém…
Uma das principais casas bancárias do país, o Bradesco, demora-se em entregar os extratos da Delta. Por ora, noves fora o que falta chegar, o movimento bancário da empreiteira de Fernando Cavendish já disponível nos computadores da sala-cofre da CPI soma notáveis R$ 23,7 bilhões. Coisa referente aos últimos dez anos.
Enquanto aguardam pela boa vontade do Bradesco, os técnicos da comissão suam a camisa para concluir a análise das informações até 1o de agosto, quando o Congresso volta das férias. Tenta-se refazer o caminho do dinheiro, detalhando de onde veio e, sobretudo, para onde foi.
A renitência dos bancos não é um flagelo exclusivo da CPI. Conforme noticiado aqui, o próprio Ministério Público Federal pediu providências ao STJ contra as instituições financeiras que resistem em cumprir ordens judiciais de quebra de sigilo, emperrando os inquéritos tocados por procuradores.
Em petição protocolada no STJ no final do mês passado, o sub-procurador-geral da República Carlos Eduardo Vasconcelos acusou os bancos de “acobertarem a prática de crimes”, passando “a impressão de que o sistema financeiro nacional não se submete ao ordenamento jurídico nem ao Poder Judiciário.” Algo que, no dizer do sub-procurador, “converte o Brasil num paraíso fiscal.”
No caso da CPI, que tem poderes análogos aos dos juízes, a demora na obtenção de informações bancárias retarda o pedaço mais importante da apuração: a busca de provas que confirmem a materialidade dos crimes insinuados nos grampos da Polícia Federal.
Sem essas provas, os congressistas rodam como parafusos espanados em torno de investigações que lhes chegaram prontas da PF e de depoimentos de réus que recorrem ao silêncio para não se auto-incriminar. Daí para a pizza é um pulinho.
Josias de Souza

Vejonline: Carlinhos Cachoeira chantageia Civita e Policarpo

Da série, o pau que dá em nordestino também dá em argentino

Veja desta semana não mostra que bicheiro ameaça revelar conversar suas com Chefão da Abril e Editor-Chefe da revista.

Um dos amigos mais próximos de Roberto Civita e Policarpo Jr, Reinaldo Azevedo, está há dois meses às voltas com uma missão: o jornalista foi encarregado de manter sob controle – e em silêncio – o empresário Carlos Augusto Ramos - o Carlinhos Cachoeira -. Reportagem não publicada em VEJA desta semana revela que, às vésperas da reconvocação a cpmi do pig, o contraventor está chantageando mais uma vez Civita e Policarpo.

Denunciado pelo procurador-geral da República como o operador do maior esquema de corrupção da história, Carlinhos Cachoeira responde por crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 100 anos de prisão. Em maio, ele fez chegar à cúpula da Abril uma ameaça: estava decidido a procurar o Ministério Público para revelar detalhes de suas conversas com Roberto Civita e Policarpo Jr. O Chefão da Veja nega a existência de qualquer vínculo entre ele e o operador do esquema Pig.

Reinaldo Azevedo, hoje cão de guarda da Editora Abril, entrou em ação para evitar turbulências. Ele admite ter participado de reuniões com Carlinhos Cachoeira, mas diz que isso nada tem a ver com ameaças ou chantagens. Indagado se as conversas envolviam assuntos financeiros, ele explicou: “Ele tem uma pendência lá com a editora, de empréstimo, coisa de bandidos”. Referia-se a solidariedade dos comparsas, como pagamento pelas armações contra o PT que abasteceram o pig.
Azevedo concluiu, em tom enigmático: “ o Carlinhos Cachoeira tinha relação com a editora, ele fez coisas com a Veja. Eu nunca acompanhei isso. Então, quem pariu Mateus que o embale, né, meu querido?”
O fato é que o Pig está assombrado com com bicheiro, teme que ele decida se beneficiar da delação premiada e entregue todos da imprensa que comeram na sua mão.

Pig manda recado-ameça por deputado

Ontem o deputado Miro Teixeira [PDT-RJ], entregou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, documentos que afirma, comprovam quebra de sigilo fiscal da candidata durante a eleição. Também mostrou que é facílimo saber ligações e chamadas recebidas de qualquer número de telefone. Sabendo da estreita ligação entre o parlamentar e as organizações Globo, pig e Cia, uma pergunta ele deve responder:

  • Por que apenas agora, passado dois anos da eleição ele trouxe este fato a baila?
Depois de ver a entrevista-intimidação com Rosane Collor no Fantástico, tenho certeza que esta suposta quebra de sigilo fiscal da presidente é mais um recado-ameaça que a quadrilha Cachoeira-Pig está mandando.

Eu torço é para que o bicheiro solte o verbo, entregue tudo e todos os envolvidos no esquema.

Deságua Cachoeira!!!


Cerco sobre Serra e Paulo Preto se fecha

do Correio Brasil

O cerco à ligação entre o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apoiado por um grupo de empresários de vários Estados brasileiros, começa a se fechar sobre o candidato tucano à administração municipal de São Paulo, José Serra. Ele e assessores próximos têm sido pressionados a explicar a série de ligações com integrantes do grupo acusado de fraude, contravenção e formação de quadrilha, liderado pelo contraventor goiano. Em 2010, durante a campanha derrotada ao Palácio do Planalto, o grupo de Serra recebeu uma doação de R$ 8,2 milhões, feita pela esposa do empreiteiro José Celso Gontijo, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo. O valor foi um ponto fora da curva para uma pessoa física, uma vez que a lei eleitoral permite apenas que se doe 10% do valor ganho num determinado ano. A situação se agrava devido ao fato de Gontijo aparecer em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, no qual ele paga propina para manter seus contratos de tecnologia no Distrito Federal. Arruda e Serra eram da mesma facção dentro do PSDB e foi cogitado para ser companheiro de chapa do tucano na corrida presidencial, descartado após o escândalo.
A doação milionária de Ana Gontijo para a campanha tucana de 2010, como pessoa física, é comparável somente às doações dos grandes bancos e grandes empreiteiras e, naquele ano, bateu todos os recordes. Ana Gontijo precisaria ter ganhado cerca de R$ 7 milhões por mês de salário bruto ou renda ao longo de 2009 (cerca de R$ 82,5 milhões de renda anual). Um processo em curso na Receita Federal verifica a autenticidade da fortuna doada pela Srª Gontijo, cujo marido foi filmado entregando maços de dinheiro para o esquema conhecido como Mensalão do DEM, desvendado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). No relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo, produzido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, vale destacar o tópico inteiro dedicado a Celso Gontijo:
“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO figura ainda como proprietário da empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA, de CNPJ no 05003257/0001-10, empresa citada no Inquérito n° 650/STJ como financiadora do esquema de corrupção, e que possui contratos com a CODEPLAN e o DEFRAN, totalizando repasses no valor de R$ 109.347.709,17 (cento e nove milhões, trezentos e quarenta e sete mil, setecentos e nove reais e dezessete centavos) entre os anos de 2000 a 2010.
“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO aparece em gravação feita pelo Sr. DURVAL BARBOSA, entregando-lhe dois pacotes contendo diversas notas de R$ 100,00 (cem reais). Esse vídeo compõe o inquérito nº 650/STJ e foi gravado na gestão do governador José Roberto Arruda, conforme foto do ex-governador disposta na parede oposta da gravação. Segundo o Sr. DURVAL BARBOSA, esse encontro ocorreu no dia 21 de outubro de 2009 na Secretaria de Assuntos Institucionais (v. 4, p. 528). Ainda segundo o declarante esse encontro tinha como objetivo fazer um “acerto” do recurso arrecadado como propina de um contrato com a empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA (v. 4, p. 529). A propina era entregue diretamente pelo Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO, por seus funcionários, e em uma ocasião pelo Sr. LUIS PAULO DA COSTA SAMPAIO. Ressalta ainda o delator que essa propina era paga desde o governo passado, equivalendo a um percentual entre 7% (sete por cento) e 8% (oito por cento) do total pago à empresa, já descontado o valor dos impostos. Esse dinheiro era inclusive arrecadado à época da campanha do Sr. JOSÉ ROBERTO ARRUDA ao governo do DF”.
Gontijo e Paulo Preto
A CPMI do Cachoeira visa os depoimentos de José Gontijo e Paulo Vieira de Souza, ou Paulo Preto, como é conhecido o ex-captador de recursos para as campanhas eleitorais de Serra, em São Paulo, agendados para o mês que vem. Coincidência ou não, assim que soube da convocação de Paulo Preto, o senador tucano paulista Aloysio Nunes, responsável pelo caixa de campanha em 2010, pediu para se afastar da Comissão, sendo substituído por Cyro Miranda (PSDB-GO). Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções; e Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) do Ministério dos Transportes; além de Adir Assad, empresário de São Paulo que atua nos segmentos de construção civil e eventos também falarão aos senadores.
Call Center
Ao todo, o Estado de São Paulo fez contratos de quase R$ 1 bilhão com a Delta; R$ 178, 5 milhões, celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010). Paulo Preto assinou o maior parte deles. A Dersa contratou a Delta, em 2009, para executar a ampliação da marginal do Tietê por R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos). Pela Delta, assinou Heraldo Puccini Neto, que teve a prisão preventiva decretada em abril e continua foragido.
– A CPMI está complementando esse trabalho que, aliás, foi muito bem feito. Está dissecando todo o fluxo de recursos da organização criminosa: quais empresas alimentavam-na e quais ela alimentava. Ou seja, origens, destinos, valores… A CPMI tem agora uma equipe grande de técnicos do Banco Central, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União, Polícia Federal, Senado, que está analisando os dados. São técnicos fazendo uma análise financeiro-contábil da circulação do dinheiro. Nós queremos ter um diagnóstico rápido da organização e provas consistentes para levar a julgamento célere as pessoas envolvidas – disse o vice-presidente da CPMI do Cachoeira, Paulo Teixeira (SP), ao site Viomundo.
A presença de José Celso Gontijo na administração tucana de São Paulo também foi identificada desde 2006, quando a empresa Call Tecnologia, também conhecida como Call Contact Center, passou a administrar as chamadas para os serviços dispostos pela prefeitura de SP, durante a gestão de José Serra. À época, os pagamentos mensais para a empresa chegavam a R$ 1,2 milhão, algo próximo dos R$ 30 milhões por dois anos de serviço. Na atual gestão do prefeito Gilberto Kassab, o contrato foi prorrogado.
Em abril de 2009, a Call Tecnologia fechou outro contrato, desta vez com o governo estadual de São Paulo, com Serra no Palácio dos Bandeirantes, um ano antes dele se candidatar à Presidência da República, pelo partido que recebeu os R$ 8,25 milhões da mulher de Gontijo.

Veja: 73 ligações sobre e com Policarpo

Sem cortes, sem edição , sem acréscimos
Reproduções Aqui

Globo atira em Collor e acerta Perillo


Rogério Tomaz Jr.
Boa parte do Brasil parou na noite deste domingo, 15 de julho, para ver a supostamente bombástica entrevista de Rosane Brandão Malta (ex-Rosane Collor) ao Fantástico, a “revista eletrônica” da Rede Globo.
Todos esperavam revelações “fortes” – prometidas nas chamadas do programa – da ex-primeira dama da República. Para usar uma metáfora gasta, a Globo prometeu a lua, mas entregou a seus telespectadores uma paisagem lunar: só crateras vazias e nenhuma substância consistente.
Os rituais de magia negra, a relação com PC Farias, as memórias sobre o processo de impeachment… tudo que Rosane falou e o Fantástico exibiu hoje já era de conhecimento até do reino mineral – expressão de Nelson Rodrigues, não de Mino Carta, como pensam alguns.
Nada, absolutamente nada se salva da entrevista, em termos de novidade. Em termos jornalísticos, a “reportagem” foi um fracasso total. É de se perguntar, aliás, qual o critério jornalístico que levou a Globo a produzir tal entrevista. Não há qualquer fato novo – poderia ser o livro de Rosane, mas não se sabe nada dele, tanto que foi citado apenas superficialmente* – que justifique toda a mobilização da maior emissora do Brasil para tal empreitada com tanto destaque.
Coube à simpática Renata Ceribelli fazer a “matéria” com Rosane Collor
O que justifica a reportagem, na verdade, não é nada mais do que a necessidade de atacar o agora inimigo Fernando Collor de Mello.
A eleição de Collor foi uma fraude. Não pelos votos em si, mas pelo candidato, que não passava de um produto midiático preparado e apoiado com todo o poder dos grandes meios de comunicação para ser o anti-Lula de 1989.
Agora, passados vinte anos, Collor deixou de ser aliado e passou a ser inimigo, por compor a base de apoio do governo petista. Para a Globo e para a Veja, a primeira que ungiu Collor como um verdadeiro Messias em 89, é o que basta para ele ser colocado na alça de mira.
Lamentável é ver que profissionais – vou poupá-los de citação nominal – tão respeitados na TV brasileira se prestem a cumprir um papel vexatório como o dessa “matéria”. Aliás, para fingir que o assunto se tratava mesmo de jornalismo, os apresentadores do Fantástico fizeram questão de informar que tentaram ouvir Collor durante toda a semana, mas o senador, que de besta não tem nada, se recusou a falar.
Ótimo seria se Collor publicasse um livro contando como atuavam os donos, diretores e lobbistas da Rede Globo durante o seu governo.
Para ver a entrevista completa, clique no link abaixo:
Marconi Perillo
O governador tucano de Goiás, que não tem nada a ver com a briga Globo x Collor, deve ter sentido muito incômodo com as referências tão detalhadas do processo que levou à deposição do então presidente.
O Fantástico mirou Collor, mas poderá acabar acertando Perillo, pois colocou em evidência denúncias que derrubaram o presidente e hoje acossam o tucano.
Perillo provavelmente se viu na “reportagem” quando esta falou da CPI que investigou Collor e descobriu cheques-fantasmas, esquemas de caixa 2, um tesoureiro de campanha influenciando no governo (no caso do tucano, este atende por Lúcio Fiúza Gouthier, que foi convocado à CPMI do Cachoeira, mas ficou calado).
A CPMI do Cachoeira está sendo tratada pelos grandes meios de comunicação como se fosse uma novela. Heróis, vilões, figuras exóticas, tramas urdidas nas sombras e outros ingredientes são utilizados para cobrir o cotidiano do órgão.
Para o azar de Perillo, a matéria do Fantástico faz a CPMI do Cachoeira parecer uma “Vale a pena ver de novo”, com o tucano no centro do trama.

Pig x Collor e CPMI do Cachoeira

Depois que começou a pressionar a Veja e o Gurgel para serem convidados a depor na cpmi do Cachoeira,  o senador Fernando Collor renasceu para o pig. Intimidação pura. Mas, pode ser que o tiro sai pela culatra e o ex-presidente tenha bala na agulha para revidar o ataque dos filhos do Roberto Marinho. Como presidente ele tratou diretamente com o cabeça e o nível é bem diferente. 

A Globo hoje não tem mais o poder de outrora, exatamente por ser comandada por pessoas que jamais deixaram e deixaram de ser "filhos" de um todo poderoso.

Bom para o país se o caçador de marajás soltasse a língua, quem sabe ele não faça este favorzinho lá no Fantástico, ou será que a Globo não vai convida-lo para uma entrevista como fez com a sua ex?...

Vamos aguardar os próximos capítulos.