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Paulo Moreira Leite: Graça Foster deve sair da Petrobras, por que?

Para muitos observadores, a saída de Graça Foster da presidência da Petrobrás é caso resolvido. Pessoas bem informadas e analistas competentes têm certeza disso. Tenho dúvidas.
O argumento mais conhecido para defender a decisão é uma dessas profecias que se auto-realizam. Graça não teria “credibilidade” para permanecer no cargo. Não teria “condições” de permanecer a frente da maior empresa brasileira.
É subjetivo demais.
O tempo me permitiu assistir a muitos escândalos políticos para reconhecer palavras vazias, que todos repetem como se fossem sinônimos de verdades profundas e indiscutíveis. Sua origem está em dicionarios de marketing.  “Credibilidade” e “condições” são apenas as mais conhecidas de uma longa lista.
Servem para justificar mudanças políticas de aparência bem intencionada mas que frequentemente se mostram contraproducentes e temerárias.
Na maioria das sociedades, quem confere — ou retira — a credibilidade de uma pessoa são os meios de comunicação. São eles que dizem que a palavra de uma autoridade merece — ou não — a confiança do cidadão. Podem levar a sério ou desprezar seus argumentos. Podem lhe dar espaço ou podem promover um massacre. Tudo depende de sua visão sobre a personagem. Num país onde os meios de comunicação retratam um lado só, raciocinam por um pensamento único, nós sabemos o que acontece.
Não vamos nos iludir. Para além das disputas de natureza jurídica-policial, a disputa mais importante no escândalo da Petrobras não está à vista da maioria dos cidadãos e envolve o futuro da empresa.
A pergunta é saber se haverá uma reversão  nas mudanças de envergadura ocorridas após a posse de Lula, ou se, após a guerra de nossos dias, será possível manter conquistas que permitirão  ao país dispor de uma das maiores empresas do mundo, com capital, quadros e conhecimentos para ser um instrumento para um desenvolvimento relativamente autônomo da nação. Estamos falando do pré-sal, da reserva para a industria local, de compromissos que vão além das lucros na contabilidade e dos pregões da Bolsa. O ponto central em debate sobre a permanência de Graça reside aí.
Num país onde se fala um idioma de significados trocados, uma novilíngua no melhor estilo da obra de George Orwell,  credibilidade tornou-se sinônimo de ” aprovação  do mercado”,  ” condições” podem ser traduzida por ” apoio da mídia.”  São essas forças que querem mudar a presidência da Petrobras. Para fazer o que?
Em nome de quais compromissos?
Alguém tem duvida sobre o figurino e o perfil de executivos “críveis” na atual situação? O que deverão dizer? O que irão prometer? Em quais armários irão revirar, em busca de quais esqueletos? Sob quais ” condições”?
Este é o ponto central da discussão.
Mais do que uma mudança de dirigentes, o que a população espera, da Petrobras, são explicações, amplas, completas. Não vejo reparos de natureza ética a fazer contra  Graça Foster. Minha restrição é política. O silêncio estratégico, defensivo, tem sido um grande erro.
Até o momento, as historias e os personagens a Operação Lava Jato tem sido narradas, explicadas e interpretadas pelos adversários do governo e inimigos históricos da Petrobras, o que inclui os principais meios de comunicação do país, não  custa lembrar. As respostas e investigações alternativas, que ajudarim a formular uma visão mais completa do que ocorre, são raras.
Se você passar numa banca de jornais e comprar a revista Caros Amigos — sim, a velha e boa Caros Amigos — poderá ler uma boa reportagem de Raimundo Pereira sobre o caso. Não resolve todas as dúvidas. Não desmente tudo o que se disse. Mas tem fatos e argumentos, ao longo de seis páginas,  para lembrar que é preciso ter muito cuidado quando as fortalezas da ordem se unem para criar um inimigo comum.
Motivo de justo orgulho da maioria dos brasileiros, a Petrobras transformou-se, na Operação Lava Jato, no alvo do maior ataque já disparado contra uma empresa  brasileira em qualquer época e um dos maiores na história do capitalismo mundial.
Nem traficantes de escravos apanharam tanto, no seculo XIX. Nem grandes financiadores da tortura levaram tanta porrada, no século XX. Mas a Petrobras, que transformou o país num dos líderes na produção de petróleo no mundo, desmoralizando supostos sábios que teimavam em dizer que nossa geologia jamais permitiria tal coisa, pode ser colocada numa situação de risco.
O projeto é não deixar pedra sobre pedra — e por isso o espetáculo do escândalo não pode parar.
No início das investigações sobre a Petrobrás, o alvo nobre era Sergio Gabrielli, o ex-presidente. Era uma tentativa para chegar até Lula. O alvo nobre hoje é Graça. A meta  é Dilma.
Estou errado?
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Duff
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Posted: 22 Dec 2014 10:23 AM PST

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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ao comentar o caso do juiz João Carlos de Souza Corrêa, pego na blitz da lei Seca e que acabou ganhando uma indenização da agente que ousou dizer que ele não “era Deus”, disse que “juiz é um homem comum, um cidadão como outro qualquer”.
Mas não é o que parece, quando se lê o artigo publicado pelo professor de Direito Constitucional Leonardo Sarmento, no Jusbrasil.
Ele elenca os “benefícios” extra-vencimentos previstos na minuta do Estatuto da Magistratura, que rege direitos e deveres dos magistrados.
–  prêmio por produtividade, uma única vez por semestre,ao juiz que, nos seis meses anteriores, proferir mais sentenças do que o número de processos recebidos mensalmente. Um salário, que anda na faixa de R$ 25 mil brutos (antes do reajuste)  a mais por semestre;
– 5% mensais de auxílio-transporte, quando não houver carro oficial. Hoje, R$ 1,250, o suficiente para pagar a prestação de um ótimo automóvel;
– mais 5% por dependente, como  auxílio-creche ou auxílio-educação,, quando houver filho até 24 anos;
– outros 5% de auxílio-alimentação, inclusive nas férias de 60 dias;
– mais 10% para ajudar a pagar plano de saúde próprio, com a mulher incluída, e mais  5% para cada filho ou dependente;
– se fizer cursos de especialização, de mestrado ou doutorado, mais 10% do subsídio ou 20%, caso este seja no exterior;
– e se tiver tempo para aposentar-se e quiser continuar, recebe “5% do total da remuneração, por ano de serviço excedente, até o limite de 25%”.
– pra terminar, ainda tem direito a um   adicional por prestação de serviços de natureza especial se participar de mutirões de conciliação, treinamentos, projetos sociais, fiscalização de concursos públicos.
Tudo isso, é claro, além das indenizações funcionais por deslocamento, transferências e “difícil acesso”.
E de todas as outras, dadas a todos os servidores, muito justas.
Com todo o respeito ao professor Sarmento, não acreditei e fui conferir.
E é isso mesmo o que está escrito na minuta do  projeto, segundo o jornalista Felipe Recondo, aquele que trabalhava no Estadão quando foi mandado “chafurdar no lixo” pelo ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.
Parece, pelo teor do que revelou, que Recondo foi mesmo.
Ainda bem que a moralidade do país está em mão de gente tão desinteressada, republicana, que acredita que todos são iguais perante a lei.
Exceto aqueles que são 5% mais iguais, mais 5% iguais, mais 10% iguais.
E que sofrem, solidários aos sofrimentos do povo brasileiro, sem poder comprar ternos em Miami a toda hora, como é indispensável para a boa administração da Justiça.
 PS. A imagem da foto é da Supremo Tribunal do Canadá e nada tem a ver com o “bom velhinho”. Mas é irresistível…
por Fernando Brito - Tijolaço

Paulo Nogueira - edição envenenada da Globo

O veneno da edição da entrevista de Venina

600 milhões de reais por ano para a Globo fazer um jornalismo como aquele que se viu na entrevista com Venina no Fantástico. Um mensalão eterno de 50 milhões.
Foi minha primeira reflexão depois de ler a transcrição da entrevista.
A edição é venenosa à sua maneira. A Globo, para se preservar, não grita como a Veja. Só que cuida de despejar sobre sua audiência o mesmo tipo de veneno, apenas mais sutilmente, mas com o mesmo resultado e com a mesma finalidade.
O veneno não estava em Venina. Ela está contando sua história, e cabe averiguar.
A maldade estava na maneira como Venina foi usada.
Dilma, no final, é citada – pela Globo. 
Numa tentativa de desmoralizá-la, a Globo diz que Dilma afirmou que não existe uma “crise de corrupção”.
No meio de uma entrevista que trata exatamente de corrupção, a frase de Dilma parece o triunfo do cinismo.
Mas o cinismo é da Globo. É mais uma tentativa, como Roberto Marinho fez tantas vezes primeiro contra Getúlio e depois contra Jango, de rotular como corruptos regimes que não garantem a manutenção de mamatas e privilégios a um pequeno grupo.
A Globo faz assim, tradicionalmente: cala quando a corrupção é amiga. Na ditadura, quando a empresa virou um gigante, corrupção não existia, numa troca macabra de favores.
Sob Sarney e FHC, amigos e aliados, também não. Para a Globo, sequer a compra de votos da reeleição de FHC foi notícia.
Agora, o amigo Aécio também goza de imunidade. Que cobertura a Globo deu ao aeroporto de Cláudio? E ao helicóptero com meia tonelada de pó dos Perrelas, amigos fraternais de Aécio? A Globo é assim: também os amigos dos amigos recebem tratamento especial.
A este tipo de comportamento delinquente jornalístico se junta o descaro com que a Globo sonega – uma forma de corrupção que, se não combatida, destrói a economia de qualquer país.
Claro que Lula não poderia também escapar da edição da entrevista.
Venina repete uma frase segundo a qual seu chefe, em certo momento, teria olhado para um retrato de Lula e dito que ela estava colocando em risco muita coisa.
Este alegado olhar numa alegada conversa é o bastante para a Globo, na edição, incluir Lula na trama.
Lula, o espectador do Fantástico, não quis conceder entrevista sobre o assunto.
Que a Globo esperava? Que ele dissesse que aquele não era seu retrato? Que se o presidente fosse FHC jamais seria citado? Que a Globo devia mostrar o Darf?
Fora isso, o que se viu foi o jornalismo preguiçoso e declaratória. Venina diz que contratou os serviços da empresa do então namorado e depois marido porque ela era realmente “boa”. Foram mais de 7 milhões de reais para a empresa do namorado, sem licitação. Por que a Globo não foi investigar a suposta excelência da empresa favorecida?
De novo: 600 milhões por ano em dinheiro público, via propaganda federal, para a Globo fazer este tipo de jornalismo.
Você certamente conhece a tese da “servidão voluntária”, de um grande amigo de Montaigne, La Boetie.
Ele dizia que povo nenhum estava obrigado a aturar tirania nenhuma. Bastava se insurgir.
O governo do PT, ao financiar por iniciativa própria a Globo et caterva, pratica exatamente a servidão voluntária de que La Boetia falava.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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[...] mas era apenas fogo debaixo da saia

Casal hétero não pode ser apenas "bons amigos"

Um estudo científico analisou a amizade entre um homem e uma mulher heterossexuais e descobriu, surpreendentemente, que esta relação é vivida de forma muito diferente por cada um deles: enquanto que para os homens a atração sexual é sempre uma constante, as mulheres vivem com a ideia tranquila de que essa relação não tem nada de sexual.
A amizade inocente entre um homem e uma mulher heterossexuais – e dizemos inocente porque não pressupõe qualquer intenção sexual – é um comportamento que é comum ser considerado irrealista, impossível, platónico e quando acontece, há quem diga que esconderá sempre um intenso desejo sexual, normalmente partilhado entre ambos.
Este dilema foi recentemente revisto por um grupo de cientistas da Universidade de Wisconsin-Eau Claire, Estados Unidos, para saber quanto de verdade existiria nesse pressuposto empírico.
O estudo consistiu em reunir 88 casais de estudantes universitários, individualmente e em par, e fazer-lhes uma série de perguntas sobre os sentimentos românticos que podem ou não ter tido com o respectivo amigo(a).
As respostas foram classificadas em três categorias: nenhuma atração, moderadamente atraídos e extremamente atraídos, distinguindo também entre estima, atração e desejo. Tentaram fazer um registo o mais completo quanto possível: da interação diária que cada participante tinha com o outro sexo, as circunstâncias em que tinham conhecido os(as) amigos(as) (trabalho, escola, crianças, etc.), a duração da amizade, as emoções envolvidas na ligação e outras variáveis, tais como a partilha de aventuras ou outros tipos de relacionamentos de apoio.
De acordo com os resultados obtidos, o mais interessante desta relação é que sua percepção muda muito consoante o género do participante ou seja, homens e mulheres diferem muito quanto aos parametros que suportam a relação com o seu par.
Assim, algo que não é de todo surpreendente, são os homens que se sentem muito mais atraídos pelas suas amigas. São também os homens mais propensos a pensar que as suas amigas também são atraídos por eles, um mal-entendido que, aparentemente, se alimenta apenas no sexo masculino, ao ponto de o “cegar” à verdade de que o seu interesse não está ao mesmo nível que o da sua amiga. Paradoxalmente, as mulheres em geral são o ponto exatamente oposto: sentem pouca ou nenhuma atração pelos amigos homens e assumem que essa falta de atração é mútua. Por outro lado, parece que os homens sofrem muito mais do que as mulheres o estatuto de “só amigos”.
“Os homens consistentemente superestimam o nível de atracção sentida por suas amigas e por sua vez as mulheres subestimam o nível de atração sentida pelos seus amigos do sexo masculino”, diz Adrian F. Ward no site da Scientific American, resumindo nesta nesta fórmula o desacordo a que parecem condenadas as relações de amizade entre homens e mulheres.
Mas, para além de fortalecer ou enfraquecer o estereótipo ou clichêt, este estudo mostrou também as diferenças entre homens e mulheres no que diz respeito aos seus relacionamentos pessoais: ambos vivem num platonismo – o homem pensa que eventualmente “tudo pode acontecer” e por sua vez a mulher tranquilamente não vê qualquer possibilidade de algum envolvimento íntimo.


Em suma, será que homens e mulheres podem ser “só amigos”? Ora, se todos pensássemos como as mulheres, claro que sim, mas se pensássemos como os homens decerto que o planeta terra estaria num caso crítico de superpopulação.
Estudo completo pode ser acessado aqui.
 

Zé Dirceu: os desafios do segundo mandato do PT e de Dilma

No Brasil para o lançamento de seu best-seller “O Capital no Século XXI” – sobre riqueza, desigualdade e distribuição de renda – o economista e escritor francês Thomas Piketty, ao afirmar que crescimento e combate à desigualdade não são excludentes, poderia estar se referindo ou não ao Brasil. Mas a indicação da nova equipe econômica e as reações à esquerda e à direita aos indicados trouxeram os dois temas para o centro do debate político nacional. Na verdade as duas questões colocadas pelo especialista expressam uma demanda e uma necessidade no Brasil de hoje.

O combate à desigualdade é uma demanda da sociedade que se expressou e confirmou sua exigência de distribuição de renda e combate à pobreza no Brasil por quatro vezes nas urnas – nas eleições nacionais de 2002, 2006, 2010 e neste ano.
Já o crescimento é uma necessidade dentro de nosso projeto de desenvolvimento nacional. Ao mesmo tempo o binômio colocado por Piketty está intrinsecamente ligado: não há como sustentar o crescimento de uma economia como a brasileira (uma das maiores do mundo, madura e desenvolvida, apesar de desigual) sem um mercado interno forte e sem distribuir renda.
Os limites do nosso modelo
O mercado interno é um elemento básico na nossa estratégia de desenvolvimento, bem como a distribuição de renda em todos sentidos (ainda que difícil, mas não impossível), começando pela renda propriamente dita e avançando pela distribuição da riqueza e da propriedade. E social e politicamente falando, todo modelo de crescimento sem distribuição de renda é inviável e está fadado ao insucesso numa democracia.
Na discussão dos limites do nosso modelo de desenvolvimento apoiado na distribuição de renda, mercado interno e no Estado, sempre virão à tona as questões do excesso de demanda e custo trabalhista; da política de aumento dos salários e benefícios previdenciários; da expansão do crédito e estímulos ao consumo; e dos gastos públicos, com a redução dos superávit e endividamento do Estado para sustentar o crescimento e enfrentar crises cíclicas e mundiais.
O verdadeiro custo de nossa economia – o financeiro, o da dívida interna (5% do PIB) – nunca é colocado na agenda sempre dominada pelos custos trabalhistas, tributários e da logística.
Acrescida, agora, dos custos da energia, uma evidente distorção ideológica favorável ao capital financeiro e rentista que se sustenta a partir de uma política de juros que mantém um spread bancário entre 28% a 32%. Um escândalo em qualquer país do mundo hoje, onde os juros em geral são negativos.
Solução conservadora a la europeia é inviável para o Brasil
No Brasil é inviável a solução conservadora a la europeia: corte de gastos, aumento de juros e superávit, recessão, desemprego e desvalorização dos salários. Rejeitada nas urnas, fracassada na Europa sempre e apresentada pelos opositores ao nosso modelo como uma saída inevitável, de curta duração e virtuosa ao garantir a retomada do crescimento a curto prazo, a teoria é desmentida na prática pela própria experiência europeia rejeitada mundialmente hoje.
Resta, portanto, à nova equipe econômica, sem abandonar nosso projeto de desenvolvimento, viabilizar as contas públicas de forma gradual, sem abandonar a política de emprego e renda e buscando um crescimento que ao mesmo tempo preserve o social (a distribuição de renda, virtuosa para o crescimento) e retome superávits paulatinamente, começando com 1,2%, como o anunciado pelo novo ministro da Fazenda para 2015. Mas é preciso reduzir os juros e por um fim aos elevados custos da nossa dívida interna, do consumo e do investimento, únicos no mundo.
E fazê-lo evitando uma recessão, mantendo os investimentos públicos e a atuação dos bancos oficiais no patamar atual, ainda que sem novos aportes do Tesouro para capitalizar, por exemplo, o BNDES. Também não haverá salvação para nossa indústria com juros altos e dólar barato. Nenhum esforço de aumento da produtividade e redução de custos, por mais rápido que aconteça, pode enfrentar a concorrência chinesa e americana-europeia com a atual taxa de câmbio.
Não é impossível vencer o desafio
O país tem tudo para retomar o crescimento com base em seu mercado interno, nas concessões no setor de infraestrutura e nos investimentos na área de energia e gás, particularmente no pré-sal. Dispõe de todas as condições para sustentar um longo período de crescimento com investimentos na infraestrutura social, mobilidade urbana e geral, saneamento, habitação, resíduos sólidos, meio ambiente, lazer, cultura e esportes.
O Brasil pode e deve expandir as exportações com base na integração regional, começando pela criação de um verdadeiro banco de exportação e importação que financie nossas exportações principalmente de capital, tecnologia e serviços.
Manter a dívida pública bruta no atual patamar e trazer a inflação para o centro da meta não é uma tarefa incompatível com a distribuição de renda e o combate a pobreza.
Pelo contrário, pode ser uma condição, desde que avancemos nas reformas política e do Estado. E na reforma tributária, que taxe os ricos, as grandes fortunas e heranças, os lucros extraordinários, que realmente cobre impostos progressivos sobre a renda e o patrimônio (uma demanda e agenda que vêm do século XIX), e não impostos indiretos sobre o consumo que fazem com que quem ganha menos pague mais impostos.
Vencer esse desafio não e impossível como já demonstrou o agora ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, com sua proposta de ajuste lento, seguro e gradual, que preserva nosso modelo e estratégia de desenvolvimento nacional. Quem viver verá.
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Fim de ano chegando, tempo de refletir, sobre a caminhada... 
Os amigos com os quais cruzamos... 
Aqueles que estiveram ao nosso lado; os presentes em nosso pensamento; os distantes porém presentes no lado esquerdo do coração! Pensar em como agimos, quantas vezes demos o nosso melhor, seja para si, ou para os que nos cercam...

Refletir sobretudo acerca de nossas atitudes, nossa relação com o mundo...
Fizemos a diferença é vamos deixar nossa marca, ou seremos apenas mais um na multidão? Rimos, sonhamos e lutamos pelo que desejávamos? Ou somente nos acomodamos em um papel de vítima, sem tomar atitude e só reclamando da vida?
De qualquer forma, é chegada a hora do término de mais uma etapa da caminhada, e de planejar qual roteiro será escrito na folha em branco da próxima! E de tomar a mais importante das decisões, seremos mero espectador do palco da vida, ou atores e diretores compondo uma peça? Quais promessas - tantas delas - listaremos como prioridade cumprir e quantos sonhos deixaremos pelo caminho? O quanto disporemos de nós, visando transformar sonhos em ações? 

Até que ponto estaremos dispostos a lutar pelo que se acredita? Que a magia do "espírito de Natal" nos permita, além de paz e boa vontade, a fé e a determinação de tomar as rédeas de nossas vidas! Fazer promessas - não as vazias, ou as de sempre - mas com o compromisso de traçar metas e alcançar objetivos. Que seja infinita a "caneta" ou o "lápis" para escrever belas histórias na folha em branco. 

E que os pequenos deslizes, ou sofrimentos que porventura vierem a surgir, não se tornem obstáculos a sobrecarregar o caminho! Assim como não sejam motivo de desânimo e desistência! Cabe destacar que só a cada um compete traçar os rumos de sua caminhada... E que rumo à 2015, caminhemos com perseverança, comprometimento e muita fé. Doando o melhor de si, rumo às vitórias e sem vínculo com promessas vãs! Boas Festas, Feliz Ano Novo!!!!

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Asilia

- O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, participou de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, onde falou sobre atuação do órgão na fiscalização de programas do governo. Depois de ter exposto sobre como atua a CGU, Hage foi questionado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), se poderia informar em que ano foi criada a CGU. Hage respondeu que foi em 2003, mas que o órgão substituiu a Corregedoria Geral da União, criada em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

- Ministro, o senhor sabe quando foi criada a CGU? - perguntou Macris.

Hage respondeu que foi em 2003, mas que antes já existia a Corregedoria, ainda que sem as funções da CGU. Macris então falou:

- Ou seja, no governo Fernando Henrique. Então, o combate à corrupção não começou no governo Lula (em 2003) como parece ser na fala do senhor. Só para deixar claro.

Quando voltou a ter a palavra, Hage afirmou.

- Gostaria que o senhor me enviasse quais medidas de transparência foram adotadas no governo Fernando Henrique. Porque não encontrei nenhuma - disse Hage.