Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Picolé de café


O negão chega pra esposa e fala:

- Mulher, faz uma fantasia pra mim, que sexta tem baile no trabalho e eu quero surpreender todo mundo. 

No dia seguinte o cara chega do trabalho, e em cima da sua cama tem uma fantasia do Super-Homem, com capa e tudo, que sua esposa fez na medida. Ele reclama :

- Tá doida, mulher ? Eu sô negro ! Como é que eu vou de Super-Homem? Já viu Super-Homem negro, idiota? Trata de fazer outra fantasia amanhã. No dia seguinte, ele chega e tem uma fantasia do Batman, que a mulher fez com a maior dificuldade, mas no capricho. E ele mais uma vez explode :

- Vai ser burra assim no inferno! Sua pôrra, or acaso você já viu Batman negro? Se eu vestir esta merda, todo mundo vai me gozar !!! Faz outra fantasia, que a festa já é amanhã e eu quero tá nos trinques! Dia seguinte quando chega em casa, ele vê sobre a cama: três botões brancos bem grandes, um cinto branco e um pedaço de pau.
Sem entender nada, ele pergunta à mulher :

- Que pôrra de fantasia é essa mulher????? Ela responde:

- São três opções de fantasia querido:

1ª) Pode colocar os botões no peito e ir de dominó;
2ª) Pode colocar o cinto branco e ir de biscoito negresco;
3ª) E, se não gostou de nenhuma das duas, enfia o pau no cu e vai de picolé de café

Mensagem da noite

Aprenda:
Por mais consistentes que sejam seus argumentos
Por mais que você mostre
Por mais que você prove
Para algumas pessoas não adianta, é perda de tempo
Esse tipo de pessoas só enxergam o que desejam enxergar.

Dilma Invocada: Combate a corrupção

Doa a quem doer!
Que a Lava jato, a Satiagraha e a Castelo de areias reúna provas suficientes para que o judiciário puna corruptos e corruptores.

Zé Dirceu: Ato na Paulista prova que devemos ir para as ruas defender nossas propostas

Bonita festa, pá – como disse o Chico Buarque em relação á Revolução dos Cravos, em Portugal – a manifestação promovida na avenida Paulista nesta 5ª feira, pelo MTST e pela CUT. O ato foi para rebater as manifestações da direita que pediram o impeachment da presidenta Dilma e para cobrar maior comprometimento do próximo governo com as reformas populares.

Nada menos que 10 mil pessoas, segundo os organizadores, se reuniram num fim de tarde/começo da noite (ontem) para participar do ato iniciado no vão livre do MASP e que depois desceu as ruas Augusta e Consolação até chegar ao centro da capital paulista. Além de bela demonstração de disposição e solidariedade e apoio à presidenta, a manifestação é uma prova, também, de que podemos e devemos ir para as ruas defender o governo e nossas propostas.

Defendê-las e disputar as ruas com a direita. E mais do que isso, devemos legítima e democraticamente pressionar o Congresso Nacional pelas reformas democráticas e populares, começando pelas três prioritárias, a política, a tributária e a urbana. Temos cacife e mostramos força, agora é ir com as ruas e viabilizar as mudanças.




Manifestação foi, também, protesto antecipado contra atos da direita

A manifestação de ontem foi, também, um protesto antecipado contra os atos que a direita e os golpistas programaram para amanhã em 23 grandes cidades do país, convocadas pelas redes sociais. “Estamos aqui para mostrar que enquanto eles reúnem mil pessoas para defender causas como a volta da ditadura e o ódio a nordestinos, nós reunimos 15 mil por causas como reformas política e tributária”, disse o coordenador nacional do MTST Guilherme Boulos.

“Os golpistas já vieram aqui, pararam a Paulista e a PM do (governador Geraldo) Alckmin não jogou uma bomba”, completou Boulos referindo-se às manifestações anteriores da direita no dia 1º deste mês.

Nas páginas dos novos eventos nas redes sociais os textos pedem aos manifestantes para, dessa vez, não levarem cartazes em favor do regime militar nem pedindo a volta da ditadura. Os grupos que convocam querem aproveitar a data da celebração da Proclamação da República neste sábado para, via Facebook, organizar os atos em ao menos 23 cidades do país

Operação Lava jato pega oposição

Documentos apreendidos hoje durante sétima fase da Operação Lava jato envolve nomes graúdos da oposição em corrupção patrocinada por grandes empreiteiras do país. A pergunta que rola nos meios políticos e midiáticos é:

Agora haverá vazamentos ou "vazamentos" são exclusivos para nomes ligados ao governo federal?

No meio jurídico o burburinho é que essa jogada ousada do juiz (não Deus) Sérgio Moro tenha sido ousada demais. Prender empreiteiro, grandes executivos de empreiteiras e políticos ou lobistas ligados ao Psdb?...

No Brasil isso é o mote para enterrar as investigações, garantir a impunidade apelando para o mais corrupto dos poderes, o Judiciário.

Aguardem, dentro de instantes os fuxleros do STF indicados por Fhc e outros tucanos de bico comprido entram em cena e paralisam o processo. Anotem!


Combate a corrupção - Operação Lava-jato

A PF - Polícia Federal - realizou hoje (14/11) pela manha 45 mandados judiciais durante a sétima fase da Operação Lava Jato, ocasionando a prisão, preventiva ou temporária, de 25 investigados, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e executivos de empreiteiras. Também foi decretado o bloqueio de bens de 16 investigados. Veja a lista desses nomes, divulgados:



Prisão preventiva: 
1) Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa;
2) José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS;
3) Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS;
4) Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior;
5) Gerson de Mello Almada, da Engevix;
6) Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.
 
Prisão temporária:
1) Dalton dos Santos Avancini, da Construtora Camargo Correa;
2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa;
3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS;
4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS;
5) José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS
6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC;
7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix;
8) Newton Prado Júnior, da Engevix;
9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA;
10)Valdir Lima Carreiro, da IESA;
11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC;
12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC;
13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão;
14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão;
15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef;
16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef;
17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras;
18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobrás;
19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista
 
Investigados que tiveram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque

Frase do dia




[...] Se o Congresso não der autorização de superávit, nós cumpriremos o superávit. É simples. Suspende as desonerações, corta os investimentos, para as obras e para uma parte da economia. Nós vamos ter mais desemprego e ficará na responsabilidade de quem tiver essa atitude.  
Aloizio Mercadante

Quem são os autistas?

por Fernando Brito - Tijolaço

Os sites reproduzem um vídeo – que não coloco aqui porque nem é coisa que deva circular, de tão brutal – de uma mulher que agride uma criança autista num elevador, em São Paulo.
Também noticiam que uma estilista – segundo dizem madrinha da moda punk - diz que os pobres comem demais.
E, igualmente, sai na imprensa que o secretário de  Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, dizer que a “culpa” dos paulistanos pobres é o de não terem caixas d”água ou não as terem capazes de armazenar água suficiente para atravessar os cortes no fornecimento.
Li as três matérias e fiquei pensando.
O menino agredido, de todos eles, é o menos autista, no sentido em que se entende, primariamente, o autismo: o do isolamento.
Porque, talvez – e nem é assim, se houver amor e carinho – certamente não é o menos capaz de se relacionar e entender as outras pessoas.
Porque só gente muito má é capaz de bater num indefeso, recomendar dieta a um faminto ou tripudiar com quem fica sem água para suas necessidades básicas.
Gente incapaz de entender o outro e que, aos problemas e vontades do outro, reage com agressividade e prepotência.
Impossível deixar de pensar, também, nos que vão fazer este protesto dos inconformados com o voto popular amanhã, em São Paulo.
Enxergam o povo brasileiro como o menino do elevador, como um traste, um inútil.  Mesmo que ele esteja quieto, levando apenas sua mochilinha para a escola, em  santa paz.
Odeiam porque não o entendem e não o amam como seu semelhante e o acham uma inutilidade.
Não importa que seja diferente, desde que reconheça no outro o mesmo que ele é, tão importante quanto ele é.
O garoto do elevador é tão importante quanto eu, até mais, porque o futuro depende mais dele do que de mim, agora.
Porque tudo o que eu possuo de recursos intelectuais e capacidade de pensar e agir só tem sentido se eu puder ser especial para ele.
Dar a ele o amor, o carinho, a proximidade, o entendimento que ele, por tantas razões, tem dificuldade em dar.
A elite brasileira, muito mais do que as crianças que nascem com este transtorno, é que se encaixa nas definições primárias de autismo, as de viver isolada em seu pequeno mundinho, insensível ao que se passa em torno dela.
As crianças, ah, elas são muito melhores: aprendem a conviver, a respeitar, a trocar, a aceitar.
Não só aprendem, mas ensinam a gente também.
Pessoalmente, posso garantir: eu aprendi muito.
PS: A fita da ilustração é símbolo mundial da conscientização em relação ao autismo, pelas peças diversas do quebra-cabeças, com cores e formas diferentes, mas que se encaixam

Combate a corrupção

Operação Lava-jato realiza buscas em sede de empreiteiras; executivos são presos

Na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro, a Polícia Federal realiza hoje sexta-feira (14) buscas em grandes empreiteiras e cumpre 27 mandados de prisão contra executivos e outros investigados.

A operação realizou mandados de busca e apreensão e prisões de executivos e empresários nas sedes das empresas Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão,Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso no Rio.
Ao todo, 300 policiais participam da ação, que acontece em São Paulo, Paraná, Rio, Pernambuco, Minas e no Distrito Federal.
Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas num montante que supera os R$ 10 bilhões. Durante a investigação, o doleiro Alberto Youssef –que está preso e colabora com a Justiça por meio da delação premiada– apontou que o esquema envolvia desvio de dinheiro Petrobras.
A Justiça decretou o bloqueio de R$ 720 milhões que pertencem a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas suspeitas de participar do esquema.
Em São Paulo, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca, 17 de prisão e mais 9 de condução coercitiva –quando a pessoa é levada para prestar depoimento obrigatoriamente.
Outros 11 mandados de busca e 6 de prisão são cumpridos no Rio. No Paraná, são 2 de busca e 1 de prisão. No DF, mais 1 de busca e 1 de prisão. Em Minas e Pernambuco, são cumpridos 2 mandados de busca em cada Estado.
Segundo a PF, os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
As prisões atingiram a cúpula das empreiteiras. Foram presos o presidente da empreiteira Engevix, Cristiano Kok, e um de seus vice-presidentes, Gerson Almada. Um terceiro executivo da empresa que teve a prisão decretada está no exterior.
O vice-presidente da empreiteira Mendes Junior, Sérgio Mendes Junior, foi preso no Lago Sul, área nobre de Brasília.
A PF também realiza buscas na casa do presidente da UTC/Constran, Ricardo Pessoa, investigada por ter pago propina para obter obras da Petrobras no Rio e em Pernambuco. Pessoa também é sócio do doleiro Alberto Youssef em um hotel e um empreendimento imobiliário.
Ao menos doze pessoas, entre policiais e membros da Receita Federal, chegaram, por volta das 6h20, no edifício da Camargo Corrêa, na avenida Faria Lima, em São Paulo. Cinco carros entraram pela garagem e três agentes da PF permanecem na porta do prédio, controlando a entrada.
A Camargo Corrêa é uma das empresas investigadas sob suspeita de pagar suborno a ex-diretores da Petrobras para obter contratos da estatal.
A empreiteira lidera o consócio CNCC, contratado para construir a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. A obra, que envolve outras empreiteiras, é a mais cara em curso no Brasil e deve ultrapassar os R$ 40 bilhões quando ficar pronta, nos próximos meses.
Além de estourar o orçamento inicial, a obra foi superfaturada, segundo apurações do Tribunal de Contas da União.
O consórcio CNCC diz que não faz sentido a acusação de sobrepreço na obra, porque ela foi conquistada por meio de licitação.



Crônica de A. Capibaribe Neto

Coisas imutáveis
O mundo gira sem se importar com os passageiros circunstantes. E tudo no mundo muda a cada instante dentro do universo particular que existe em cada um de nós. Chega uma hora em que precisamos olhar para dentro de nós mesmos e procurar dentro do coração para ver aquelas coisas que se mantiveram imutáveis com o passar do tempo. Quando li certa vez, sobre um escritor que apregoava a arte de esquecer parei para pensar se ele não teria confundido os verbos; talvez estivesse usando o verbo esquecer como sinônimo de perdoar. Ser seletivo nas lembranças; boas ou ruins, não faz meu gênero. Lembro e pronto. Se forem lembranças de coisas ruins elas podem servir de lição, de luz de advertência que pisca avisando sobre a iminência do perigo de insistir pelo caminho que acaba em um abismo intransponível, da existência de pedras que machucam ou de areias escaldantes que esfolam os pés do viajor. As lembranças boas são os privilégios ou as merecidas pagas pela colheita das boas semeaduras. Dei-me conta depois que ele se referia à necessidade de esquecer as dores de amores vividos, de saudades sem jeito impostas por decisões sobre as quais não somos consultados. Quando alguém decide ir embora, por mais motivos que justifiquem a partida, quem fica geralmente quer ir junto ou mergulha em tristeza profunda que cola na alma fito pele colada no corpo. Tenho cá as minhas lembranças, as minhas saudades, as cicatrizes que não me largam e as feridas teimosas que não saram mesmo com os remédios modernos cuja bula garante que o tempo cura tudo. Mentira! É só desculpa para mostrar orgulho besta, machismo ou feminismo que só deixa de doer abraçado ao travesseiro que abafa os gritos roucos da dor que dói sem dar trégua ou das lembranças e saudades vingativas, insistentes e fiéis que ficam ali, sentadas, vigiando a nossa alma, incomodando a paz de espírito que se ausentou depois do primeiro minuto da primeira hora, do primeiro dia e se agigantou à proporção que o tempo foi passando e ficando mais difícil fazer o caminho de volta. Existem experiências assumidamente irresponsáveis, inconsequentes e ruins que se pudéssemos as arrancaríamos do nosso corpo mesmo à custa de um braço, um olho, mas por outro lado deixaram o bálsamo de um sorriso ingenuamente infantil, que ameniza o ódio profundo e a ira santa, mas deixa pra lá, faz parte, também são coisas imitáveis. De que adianta sentir ódio de um tolo quando sua melhor qualidade é ser inseguro? O mundo segue girando em torno do Sol e a Lua em volta da Terra. As estrelas, bem, as estrelas estão bem acima de todas as vaidades. Minhas melhores lembranças, as saudades mais profundas estão guardadas debaixo de sete chaves, do lado esquerdo do peito, são imutáveis, e mesmo que percamos a consciência por um erro de percurso, continuarão eternas porque nada no mundo se perde, tudo se transforma pois quando retornarmos ao pó voltaremos as origens de todas as origens...

Briguilinas do dia


  • Deus para um juiz numa blitz e?...O juiz manda prende-lo. Está pensando que é Juiz, sujeitinho?
  • Perder eleição é igual não ir ao evento da hora e ficar twittando e postando críticas no Facebook.
  • Dilma não deveria dar 3,5 bi para Alckmin, deveria ensina-lo a fazer chover.

Luis Nassif: a segunda chance para Dilma

Só se saberá sobre o segundo governo Dilma quando a presidente retornar da reunião do G20 e anunciar novo ministério e novas medidas.

A campanha eleitoral lhe ensinou duas lições: a necessidade de escolher um Ministério de alto nível; e a importância de ouvir mais. Só.

A rigor, nenhum dos auxiliares, mesmo os mais próximos, sabe o que decidirá na volta da reunião do G20. Dilma continua presa às decisões solitárias em um cargo que, pela complexidade, exigiria equipes de assessoramento em várias frentes.

O exercício da presidência é tarefa tão complexa que é humanamente impossível um presidente tratar de todos os temas sem conselheiros de alto nível.

Um presidente precisa dar conta não apenas das tarefas administrativas e econômicas, mas de um emaranhado político complexo, em que entram as relações de poder entre as instituições, os acordos políticos, interesses de grupos, setoriais ou regionais.

Quando entra em jogo o próprio poder, a situação é muito mais delicada. Como definir estratégias políticas que resguardem o governo sem alimentar as teses conspiratórias da mídia? É desafio que demanda compreensão sofisticada do quadro político, interlocutores de nível com cada poder, operadores capazes de trazer informações confiáveis.

A falta de blindagem

Hoje em dia há consenso, entre assessores próximos a Dilma, de que ela ficou muito exposta no primeiro governo.  

A demora na definição das concessões teria sido culpa da ex-Ministra Gleise Hoffmann e da equipe da Casa Civil. Sobrou para Dilma. O Ministério dos Transportes estava desestruturado. Os erros no setor de energia foram de responsabilidade da EPE (Empresa de Planejamento Energético) e do Secretário do Tesouro Arno Agustin. A conta foi para Dilma.

Na verdade, a responsabilidade final é toda do estilo Dilma, ao escolher seus assessores e definir um modelo de decisão fechado.

Na política, existe o fenômeno da segunda chance, a oportunidade que se confere a um político reconhecidamente honesto e bem intencionado – como é o caso de Dilma. Mas o grau de exigência de todos – de aliados a adversários – será exponencialmente maior.

Daí porque as próximas semanas serão decisivas para definir o futuro do governo Dilma. Os sinais que dará precisarão estar à altura do enorme desafio que terá pela frente.  E serão desafios para gente grande nenhuma botar defeito.

E não bastará apenas a indicação de Ministros. Tem que dar sinais efetivos de melhoria no estilo de gestão.

Os desafios

Desafio macroeconômico – definir Ministros e políticas macroeconômicas sólidas, concatenadas entre Fazenda, Banco Central e Planejamento. E há a necessidade de definir uma estratégia sólida de redução da Selic e de mudanças no sistema de títulos públicos.

Desafio gerencial – amarrar investimentos em infraestrutura, logística, energia, telecomunicações, tudo isso demanda uma capacidade gerencial excepcional. O modelo atual não deu conta. Terá que redesenhar os processos e entregar a gestão a pessoas com fôlego administrativo.

Desafio político – a AP 470 foi um aperitivo perto do potencial explosivo da Operação Lava Jato. O governo Dilma – assim como o PT – não possui um interlocutor de peso com o poder judiciário, Ministério Público, Polícia Federal. Mal e mal conseguiu retomar um pouco a interlocução com o Congresso. Apenas dois Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) são considerados imunes às pressões da mídia: Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso. Dos demais espera-se pouco; de Antônio Dias Tofolli, a facada. Toffolli indispôs-se com Dilma depois que algumas indicações suas não foram acatadas e hoje em dia é considerado o Ministro mais próximo de Gilmar Mendes.

Sociedade civil – é tema tão relevante que exigiria uma estrutura só para cuidar desses relacionamentos. Existe o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), criado por Lula e praticamente desativado por Dilma. Poderia ser o caminho, além da revitalização do sistema de participação da sociedade civil.

O que existe de concreto

No centro do poder, ainda há muitas dúvidas sobre como serão os próximos meses.

Espera-se que a blindagem de Dilma seja feito por um triunvirato: o próximo Ministro da Fazenda, o Ministro-Chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante e o futuro ex-governador baiano Jacques Wagner. Deposita-se tanta fé na habilidade política de Wagner que passou a ser considerado figura chave mesmo sem saber qual será o seu cargo.

Ainda não há indicações sobre os novos Ministros. No Palácio, acredita-se que os cargos-chave serão dois: a Fazenda e o Ministério da Justiça.

Há consenso sobre a necessidade de um Ministro da Justiça de peso, capaz de uma interlocução de alto nível com o Judiciário e o Ministério Público.

Não há ilusões sobre o comportamento da oposição. Bill Clinton dizia que a presidência era a campanha permanente pela reeleição. Para o PSDB, será a campanha permanente de oposição, algo que Lula e o PT faziam bem quando oposição.

Não se tem dúvida de que a Operação Lava Jato será o palco da próxima grande batalha, o grande nó político dos próximos dois anos.

O papel da mídia, embora mais ostensivo, é o de menor dano. O problema maior são os vazamentos planejados ou permitidos pelo juiz, por delegados da Polícia Federal e pelos procuradores.

Pelas conversas com os palacianos, constata-se que não existe uma estrutura sequer dentro do governo pensando estrategicamente a questão. Não há operadores capazes de levantar informações sobre a Operação e os vazamentos, para se pensar em estratégias defensivas.

Agora

Eu não posso te prometer que viverei para sempre
Agora, eu só posso prometer que te amarei para sempre.

Eu não posso prometer que te farei feliz
Agora, eu posso prometer que você me faz feliz.

Eu não posso garantir que você me ama
Agora, eu posso prometer te amar apena,s até a eternidade.
...



do Grupo Acorda Laurinha

Anoiteço em oração:
Senhor, cura as feridas abertas, transforma minhas fraquezas em força, ilumina onde meu coração está escuro, revive toda e qualquer pontinha de esperança que morrer em mim.