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Dilma: Produção de grãos vai ser a maior da história do país


No programa Café com a Presidenta desta semana, a presidenta Dilma Rousseff detalhou os investimentos do governo federal para a modernização da produção e a melhoria das condições do trabalho no campo. Dilma ainda destacou a produção de grãos deste ano, que deverá ser a maior da história do país, com 185 milhões de toneladas.
“O governo federal deu apoio à produção de alimentos, ampliando o crédito, reduzindo o custo dos financiamentos e, ao mesmo tempo, Luciano, através da Embrapa, nossa Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias. Nessa safra, o governo brasileiro colocou R$ 115 bilhões para financiar o agronegócio e também colocou R$ 18 bilhões só para a agricultura familiar”, destacou.
Segundo Dilma, os agricultores já tomaram R$ 72 bilhões para financiar o custeio da produção e os investimentos na lavoura. Para a presidenta, os produtores têm procurado mais crédito para modernizar a produção, com a compra de colheitadeiras, tratores, carretas, pivôs de irrigação e etc, o que significa mais tecnologia no campo, levando a agricultura brasileira a ser uma das mais eficientes e modernas do mundo.
“O Plano Safra da Agricultura Familiar, o Pronaf, já liberou, somente nesta safra, R$ 6 bilhões para a compra de máquinas e para projetos de infraestrutura nas propriedades. (…) Os agricultores familiares contam também com ações do governo federal, que são estratégicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos, o chamado PAA, para garantir a compra de sua produção. Além disso, 30% dos recursos são usados para garantir a merenda escolar no Brasil inteiro podem ser usados pelas prefeituras para comprar, diretamente da agricultura familiar, os produtos para a merenda escolar”, completou.
Confira a íntegra

Feijão transgênico 100% brasileiro

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado, praga transmitida por inseto cujo nome popular é “mosca branca”.

O feijão geneticamente modificado é totalmente nacional.

Não há multinacionais envolvidas no desenvolvimento. É 100% nosso.

A coisa passa pelos processos da CTNBio, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão do governo encarregado de atestar a qualidade do produto. Bem como a segurança do consumo dele.

Assim como seu impacto ambiental.

A comercialização depende de aval do conselho de ministros competente, segundo a legislação.

Mas, como de hábito nesses casos, pressões desencadeiam-se. Para tentar encurralar o governo e conseguir que a presidente da República bloqueie o andamento, vete a comercialização.

Argumentos? Os de sempre. A interpretação estrita do princípio da precaução, por um viés capaz de bloquear todo e qualquer avanço científico.

Aliás, se adotássemos o tal princípio nos moldes apregoados pelo fundamentalismo qualquer alimento estaria proibido para o consumo.

Pois tudo que comemos hoje é produto de algum tipo de engenharia genética.

Alguma feita pelo homem. A imensa maior parte, pela própria natureza.

A polêmica sobre os transgênicos no Brasil vem de longe, mas não consta que os núcleos de resistência ao desenvolvimento científico tenham apreendido algo útil da discussão, ou pelo menos aceitem confrontar suas teses com a realidade.

Basta recordar o radicalismo que marcou a disputa sobre a soja transgênica. Foi uma guerra civil ao longo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Muito calor e pouca luz. Nenhuma das ameaças potenciais apontadas pelo precaucionismo radical se comprovou. Nenhumazinha. Índice zero de acerto.

A soja transgênica e seus derivados são hoje consumidos em larguíssima escala. Não há um relato, uma suspeita, um mísero caso de alguém cuja saúde tenha sofrido por causa do consumo.

E o anunciado desastre para os ecossistemas? Ninguém sabe, ninguem viu.

Estatisticamente, a esta altura talvez seja um dos experimentos mais confiáveis da história. Nem que só pelo tamanho do universo observado.

Mas isso é irrelevante para o fanatismo, imbuído da missão de bloquear a todo custo o desenvolvimento na área.

Por falar em feijão, tempos atrás soube-se que um broto do dito cujo foi substrato para o aparecimento de nova e mortal modalidade da bactéria Escherichia coli no centro-norte da Europa.

Teve gente que morreu.

E não é que o tal broto de feijão era cultivado em ambiente classificado de orgânico? Natural da Silva. Como Deus criou.

Imagine por um instante, caro leitor ou leitora, a tempestade que seria desencadeada caso o micróbio mortífero viesse ao mundo num meio de vegetais geneticamente modificados.

Mas não se viu nenhum movimento, nenhuma iniciativa, nenhum pio em defesa da suspeição das culturas orgânicas.

Não se invocou o princípio da precaução. A polícia política não foi chamada e intervir.

Não se convocaram audiências públicas no nosso Congresso Nacional para exigir a introdução de novas normas destinadas a prover segurança ao consumidor de orgânicos, coitado, desprotegido.

Não se anunciou o fim do mundo. Não houve alertas para informar do apocalipse.

Ninguém deu a mínima.

É um detalhe que fala por si. 
Alon Feurwerker

Dilma Rousseff, o Brasil precisará diversificar suas formas de financiamento em infraestrutura.
 "Não se pode deixar só o BNDES fazer os investimentos", afirmou ela no Fórum Exame, na manhã desta segunda-feira (31). De acordo com a petista, serão necessários também os fundos de pensão e fundos de investimento privados de longo prazo. "Sem eles não suportaremos a demanda", completou.
A petista acredita que a grande vantagem brasileira em relação às outras nações em desenvolvimento é a democracia. 
"Entre os países emergentes somos um País democrático." 
Com isso, para a pré-candidata, é possível garantir que as características democráticas se aprofundem; tais como liberdade de opinião, de imprensa e de organização. 
"Hoje, as pessoas sabem que a vida pode mudar e essa mudança pode elevar o seu padrão de consumo da sociedade."
Sobre o panorama econômico brasileiro, Dilma Rousseff afirmou que o País tem pela frente um horizonte de oportunidades, apesar de ter sido uma das nações mais desiguais do mundo. 
"Para erradicar a miséria no Brasil, temos que desenvolver uma forte política social, precisamos intensificar o processo de mobilidade social". 
Dilma lembrou ainda que essa mobilidade foi interrompida depois do milagre econômico, na década de 1970, e só voltou a ocorrer durante o governo Lula.Rousseff voltou a falar sobre a importância do pré-sal para o País. 
"É o nosso passaporte para o futuro... ele ainda tem o poder imenso de construir uma cadeia específica para o crescimento industrial do Brasil". 
De acordo com ela, administrando o crescimento sustentado é possível prever uma meta de crescimento do PIB de 5,5% até 2014 e teremos um salto no parque industrial porque o brasileiro é diversificado.
A inovação tecnológica, segundo Dilma, é um dos maiores desafios. 
"Nós conseguimos uma política de inovação muito clara... só existe o agronegócio e a agricultura familiar que temos hoje porque temos um centro de excelência como a Embrapa". 
Em sequência, ela também usou o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) como exemplo. 
"Não há inovação sem os centros de excelência, sem a transferência de tecnologia para a criação de uma rede de centros de pesquisa."
Dilma ressaltou também que o Brasil precisa se preocupar em oferecer uma educação de qualidade. 
"Não podemos falar em educação, sem colocar a figura do professor no centro desse debate; sabemos que muitos professores do ensino fundamental não possuem curso superior." 
Nesse sentido, a pré-candidata enfatizou a necessidade de ampliar os meios de capacitação profissional voltada ao mercado de trabalho. 
"Acredito que se o Brasil não contar com ensino fundamental, médio, profissionalizante e superior não daremos o salto".