Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Balanço da eleição presidencial

Erros e acertos: E os dis terriveis de Outubro para Dilma

por Rodrigo Vianna

Nessa semana, o marqueteiro de Dilma, João Santana, deu uma longa entrevista a Fernando Rodrigues na "Folha". Santana foi brilhante em vários momentos: por exemplo, quando mostrou o erro brutal da oposição ao subestimar Dilma.

Em outra passagem, o marqueteiro lembrou até a sofisticação de conceitos do antropólogo pernambucano Gilberto Freyre: foi quando disse que Dilma pode ocupar um lugar vazio na cultura política brasileira – a "cadeira da rainha". Definição sutil e precisa. De fato, o Brasil não teve figuras femininas marcantes no poder. Isso desde Princesa Isabel… A cadeira da rainha está vaga.

Falei primeiro dos méritos da entrevista. Agora, faço a crítica. Santana disse que o fator determinante pra levar a eleição pro segundo turno foi o caso Erenice. E minimizou a boataria religiosa. Nesse caso, parece-me que o marqueteiro procurou encobrir um erro estratégico da campanha que ele dirigiu. Ao apontar o caso Erenice como decisivo, ele joga a responsabilidade no governo Lula (ou no PT). E tira o corpo fora.

A realidade não foi essa. Quem acompanhou de perto a eleição sabe: o caso Erenice freou o crescimento de Dilma. Sim. Mas – apesar do escândalo - Dilma seguia na liderança, com folga pra liquidar a fatura em primeiro turno, até que os adversários passaram a usar a estratégia do terror.

Aqui nesse blog, vocês são testemunhas, escrevi 2 semanas antes do primeiro turno que a boataria religiosa corria solta nos subterrâneos. E a campanha não reagiu. Foi reagir tardiamente, a 3 ou 4 dias da eleição, quando o estrago já estava feito.

O PT e (pelo visto) também o marqueteiro estavam preparados para balas de prata convencionais. E o que veio foi uma ação sombria. Contra ela não havia estratégia. A campanha ficou tonta. Demorou a se recompor. E eu nem acho isso absurdo. Não era fácil mesmo reagir à baixaria religiosa. Mas minimizar esse episódio parece-me uma forma de nublar a realidade.

A fala de Santana sobre esse episódio lembra-me a de um técnico de futebol que ganhava o jogo, e mandou o time recuar pra segurar o resultado. O adversário fez um gol! Mas a equipe dirigida pelo técnico era tão forte que, mesmo assim, foi pra frente e na raça garantiu a vitória. Terminada a partida, o técnico saiu assobiando como se nada tivesse acontecido.

A verdade é que o pouco caso da campanha do PT diante da boataria religiosa, na reta final do primeiro turno, quase custou a vitória de Dilma. Além disso, Santana parecia despreparado para o segundo turno. A campanha bateu cabeça durante uma semana. O marqueteiro e os coordenadores fingiram que tudo devia seguir "como planejado". 

Leia a matéria completa »

Felicidade constitucional

Com todo respeito mas, é patrocinar inutilidade demais senador Cristovam e companheiros...afff


O que é preciso para alcançar a felicidade? Todos procuram a resposta. Por ora, ninguém encontrou.

 

Livros? Não, não. O conhecimento leva à reflexão sobre as mazelas humanas. Infelicidade certa.

 

Esperança? Também não. Quem espera demais flerta com a frustração do irrealizável. E se desespera, em irremediável infelicidade.

 

Amor? Tampouco. Vinicuis ensinou: só é eterno enquanto dura. E dura cada vez menos. Acaba em vazio e separação. Infelicidade.

 

Dinheiro? Hummm... Não. Compra os livros, provê falsas esperanças e atrai o amor "verdadeiro". Mas não traz a felicidade.

 

Calma, não se desespere. Seus problemas acabaram. A Comissão de Justiça do Senado aprovou o projeto de emenda constitucional da felicidade.

 

Assinada por Cristovam Buarque (PDT-DF), a proposta injeta na Constituição o direito do brasileiro à "busca da felicidade".

 

A coisa vai ao plenário. Aprovada a emenda, você talvez não encontre a felicidade. Mas vai dispor de cobertura constitucional para continuar procurando.

 

Boa sorte! Se encontrar, não seja egoísta. Avise ao repórter, alerte os amigos, grite ao mundo.

 

  por Josias de Souza

Judiciário - parasitas e sanguessugas

O mais corrupto dos poderes [judiciário] julga-se acima de nós pobres mortais e explorados contribuintes.

Enquanto se discute no congresso um aumento real de um digito para o miserável salário mínimo, eles os mais bem pagos pelo Estado reenvidicam um reajustezinho de apenas uns 56%...

Não merecem sequer o salário que recebem.

O serviço que nos prestam é lento demais e de péssima qualidade.
   
Vão trabalhar parasitas, sanguessugas.

Corja!!! 
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

O presidente do PT conversará com o PTB sobre participação no governo Dilma

José Eduardo Dutra, disse hoje que pretende conversar com lideranças do PTB, partido que formalmente participou da aliança em torno da candidatura do tucano José Serra, para saber das intenções da legenda de participar do governo Dilma Rousseff.
Dutra ressaltou que a conversa não se dará com o presidente nacional do partido, o deputado cassado Roberto Jefferson, delator do esquema que ficou conhecido como “mensalão”. Segundo o presidente, o diálogo se dará com líderes do partido na Câmara dos Deputados e no Senado.

“O PTB faz parte da base de apoio do governo Lula e, pelas informações que tenho, pretende adotar o mesmo comportamento em relação ao governo Dilma”, disse o presidente do PT após concluir as conversas com os dez partidos que fizeram parte da coligação de Dilma, e com o PP, partido que não participou da coligação, mas declarou apoio informal à candidatura petista na esfera nacional.

Desde o início da semana, Dutra conversou com a direção do PMDB, PSB, PCdoB, PP, PDT, PR, PPC, PRB, PSC e PTN. Líderes do PTB na Câmara têm dito que o partido quer um ministério de Dilma, especificamente a pasta do Turismo, que deverá ter sua importância ampliada com a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil.

O senador Gim Argello, um dos principais interlocutores do partido com o governo de transição, confirmou que a legenda quer a participação no governo Dilma e lembrou que o partido foi importante no governo do presidente Lula, na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, ocupada primeiro por Walfrido Mares Guia e depois por José Múcio Monteiro Filho.
 P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

7 eixos explicam divisões da política econômica global


GIDEON RACHMAN DO "FINANCIAL TIMES

Enquanto os líderes das maiores potências se reúnem para a conferência do Grupo dos 20, seus anfitriões sul-coreanos demonstram esperança ao definir a organização como "um comitê mundial de orientação". Mas tantas mãos disputam o volante que o G20 terá sorte se sobreviver sem um acidente grave.
A tensão central quanto à maioria das questões existe entre Estados Unidos e China. Mas o mundo não está se dividindo em ala chinesa e ala norte-americana. Em lugar disso, a divisão acontece em sete eixos principais.

SUPERAVIT OU DEFICIT
Os países que mantêm grandes deficit em conta-corrente e no comércio desejam que o G20 discuta os desequilíbrios mundiais. Mas têm a oposição de um "eixo do superavit", cético quanto à necessidade de ação.
EUA e China ocupam posições centrais na disputa. Mas a Alemanha, também grande exportadora, assumiu posição ainda mais dura que a chinesa na crítica à política econômica dos EUA.

MANIPULAÇÃO
Os EUA acusam a China de manipular sua moeda ao manter o yuan subvalorizado. A China retruca que são os norte-americanos que manipulam os mercados ao imprimir dólares.
Os demais países do G20 se preocupam com a possibilidade de virem a ser apanhados no fogo cruzado de uma guerra cambial mundial.

GASTO OU CONTROLE
Dois anos atrás, era esta a grande discussão no G20: EUA e Reino Unido defendiam gastos públicos maiores mesmo que causassem deficit, e a Alemanha resistia. Agora o Reino Unido aderiu aos controles de gastos e a situação política dos EUA restringirá novas medidas de estímulo por meio de gastos. Isso pode fazer do Fundo Monetário Internacional a única voz internacional a apelar por um novo pacote mundial de gastos de estímulo.

DEMOCRACIA
Das 20 potências que participarão da reunião, China e Arábia Saudita são os únicos países com regimes abertamente não democráticos e a Rússia ocupa posição limítrofe entre democracia e autoritarismo. Mas, felizmente para os chineses, as posições do G20 raramente se dividem em função desse fator.
A agenda do G20 continua a ser primordialmente econômica. Mas, mesmo quando os participantes desviam a conversa para questões políticas, outras divisões importam mais.

O OCIDENTE E OS OUTROS
A existência do G20 já é reconhecimento de que o equilíbrio mundial de poder mudou. O velho G7 representava essencialmente o mundo branco e ocidental, mais o Japão. O G20 inclui potências ascendentes que no passado foram colonizadas ou derrotadas por países do Ocidente: África do Sul, Brasil, China, Índia, Indonésia.

INTERVENCIONISMO
Os países do G20 precisam decidir uma questão filosófica fundamental: deveriam operar por meio de acordos de aplicação compulsória ou contar com adesão voluntária? Neste caso, EUA e China, ambos grandes países que se importam muito com a soberania nacional, tendem a estar do mesmo lado.

GRANDES E PEQUENOS
Há uma divisão mundial que não pode ser expressa no G20 e é aquela que separa os 20 grandes países que garantiram convites dos cerca de 170 outros. A presença de organizações como a ONU e o Banco Mundial serve em parte para compensar as nações sub-representadas.
A conclusão é desanimadora. Longe de ser a solução para os mais urgentes problemas mundiais, o G20 parece cada vez mais dividido, ineficaz e ilegítimo.


Tradução de PAULO MIGLIACCI

Ministério não é propriedade

Após ouvir reivindicações de 11 partidos que apoiam Dilma Rousseff, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, declarou hoje, quarta [10], que "ministério não é propriedade de ninguém". Segundo ele,  "vai ser formado um novo governo e a presidenta eleita é que vai "decidir se vai optar por continuar a ocupação do espaço nos moldes do governo ou se vai propor modificações".

O recado, é direcionado aos aliados em geral, porém se choca mais especificamente com as pretensões do PSB,  que solicita maior espaço, argumentando que saiu fortalecido das eleições, e do PMDB, que defende a manutenção, no governo Dilma, de todas as pastas que ocupa, mais o Banco Central.

Ele vai conceder tudo o que você pedir

Quer ver?
Faça suas preces e inclua o nome de seus familiares na Missa do Sagrado Coração de Jesus. Basta ligar 0800 774 7557 (ou 5083 3003 caso esteja em São Paulo)
Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

"Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário".

Joel,

Toda vez que medito sobre esta mensagem de São Jerônimo, parece que meu ânimo se renova junto com minha fé.

Esta é uma das razões pelas quais eu rezo todos os dias e inscrevo minhas intenções nas Missas que celebramos.

E esta é a razão pela qual lhe faço um convite:

Inscreva seu nome e suas intenções na Missa em louvor ao Sagrado Coração de Jesus.

Ligue 0800 774 7557 (ou 5083 3003 para São Paulo) e um voluntário vai lhe atender com a maior atenção e carinho.

Joel, pare um segundinho, que seja...

Reflita um pouco sobre o que disse São Jerônimo e não feche este e-mail sem ao menos pensar no que você mais precisa em sua vida.

E saiba que Nosso Senhor sempre lhe socorrerá, até nos momentos que parecem não ter solução.

Olha... De coração, nós vamos lhe aguardar e registrar suas preces, fique à vontade para ligar em nosso apostolado.

0800 774 7557 (ou 5083 3003 caso esteja em São Paulo).

Se preferir, responda este e-mail com seu número de telefone e o horário de sua preferência, para lhe retornarmos.

Que o Sagrado Coração lhe proteja sempre.

Elza Maria Franco Soares
Vice-presidente da Associação
Apostolado do Sagrado Coração de Jesus
www.aascj.org.br

Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus
Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

Só nos dois

Detonautas

JÓIA RARA

Atravessando o deserto, um viajante viu um árabe montado ao pé de uma palmeira. A pouca distância repousavam os seus cavalos, pesadamente carregados com valiosos objetos.
Aproximou-se dele, e disse:
- Pareceis muito preocupado. Posso ajudar-vos em alguma coisa?
- Ah! respondeu o árabe com tristeza, estou muito aflito, porque acabo de perder a mais preciosa de todas as jóias.
- Que jóia era essa? - perguntou o viajante.
- Era uma jóia como jamais haverá outra! - respondeu o seu interlocutor. Estava talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo. Adornavam-na vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais agrupavam-se sessenta menores. Já vereis que tenho razão em dizer que jóia igual jamais poderá reproduzir-se.
- Por minha fé, - disse o viajante -, a vossa jóia devia ser preciosa. Mas não será possível que, com muito dinheiro, se possa fazer outra igual?
Voltando a ficar pensativo, o árabe respondeu:
- A jóia perdida era um dia, e um dia que se perde jamais se torna a encontrar.

Homem ou Macaco?

Três macacos sentados num coqueiro
discutindo sobre coisas de que ouviram dizer...

Disse um deles para os outros dois:

" Há um rumor de que pode ser verdade
que os seres humanos descendem
da nossa nobre raça.


Bem, essa idéia; é horrivel!

Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea
ou deixou seus bebês famintos
ou arruinou a vida deles.

E nunca ouviu-se dizer que alguma mãe macaca
tivesse dado seus filhos para outra
ou que alguma delas tivesse passado
os filhos de uma para outra mãe,
até que eles ignorassem
de quem realmente eram filhos.

Há também uma outra coisa que nunca foi vista:
Macacos cercando um coqueiro
e deixando os côcos apodrecerem,
proibindo outros macacos de alimentar-se,
já que se a árvore fosse cercada
a fome faria outros macacos nos roubarem.

Há ainda uma outra coisa
que macacos jamais fizeram:
Sair à noite para roubar,
usando arma de fogo,
porretes ou facas
para tirar a vida de outros macacos.

Sim, os humanos descendem
de uma espécie rude.

Mas, manos ...
Com certeza eles não descendem de nós"

O que há de bom no segundo turno?

 

Do ponto de vista institucional, o segundo turno nas eleições para o Executivo é um mecanismo com uma única finalidade: evitar que o detentor de um mandato seja eleito com uma proporção de votos insuficiente para governar com legitimidade. Se ela não for alcançada, ou seja, se a maioria tiver sufragado outros nomes, o mandato poderia ser questionado e correria o risco de ficar fragilizado. Daí que os dois mais votados são forçados a se enfrentar de novo, para obter essa proporção.

A instituição não existe em todos os países presidencialistas democráticos e não é igual naqueles que a têm. Nesses, a votação exigida para assegurar a eleição pode ser inferior à metade ou estar condicionada à distancia entre os dois primeiros. E pode ser reservada para a escolha dos ocupantes de determinados cargos e não de outros.

No Brasil, temos o segundo turno desde a Constituição de 1988, e o adotamos com exigências maiores que a média internacional. O mínimo estabelecido para a eleição foi fixado em 50% dos votos válidos (isto é, dos votos nominais) e passou a ser requerido nas eleições para presidente, governador e prefeito de capitais e outras cidades com mais de 200 mil eleitores.

Já fizemos mais de cem eleições em que houve a necessidade dos dois turnos e em apenas umas poucas sua utilidade foi inquestionável. Na vasta maioria, ele apenas referendou o resultado do primeiro, pois o mais votado prevaleceu no turno seguinte. Em todas, no entanto, cumpriu seu papel de assegurar ao eleito o endosso da maioria. Com isso, desde então não há governantes eleitos com menos de 50% dos votos dos eleitores que comparecem e escolhem alguém.

Haveria outra razão para dizer que o segundo turno "é bom" para a democracia brasileira? O que mais se poderia querer?

A julgar pelo discurso político, muito. Pois, embora seja uma instituição de alcance circunscrito (ainda que relevante), nossa cultura política insiste em ver nele mais do que é.

Sempre que uma eleição se encaminha para o segundo turno, surgem discursos para valorizá-lo. No final do primeiro turno, de quem percebe que pode perder e o advoga para postergar a derrota. Depois do segundo, de quem, assim fazendo, disfarça a decepção de não ter vencido da primeira vez.

É o que vimos nas eleições presidenciais que acabamos de fazer. Em setembro, quando a vitória de Dilma parecia provável, Serra e Marina se puseram a defender que houvesse o segundo turno, justificando-o como algo "bom" para o processo eleitoral, como se sua ocorrência fosse, em si, desejável.

Agora, depois do resultado, surge uma segunda versão que o valoriza. Nela, se diz que foi "bom" que tivéssemos feito um turno adicional, pois teria permitido ao eleitorado uma reflexão "mais profunda" a respeito dos candidatos e uma avaliação "mais madura" das opções colocadas à sua frente.

Essas argumentações confundem intenções e consequências das escolhas eleitorais. Em outras palavras: os eleitores não votam "para provocar o segundo turno", ele apenas decorre das decisões que tomam, movidos por uma lógica que nada tem a ver com isso.

Dilma queria ganhar no primeiro turno e não foi nada "bom" (para ela) não ter conseguido o objetivo. Serra e Marina queriam que a eleição fosse para o segundo, mas por motivos opostos. Ela para eliminar Serra do páreo e se defrontar com Dilma (fazendo a eleição "entre duas mulheres" que desejava). Ele para capitalizar o voto da candidata do PV e assim se tornar competitivo face a Dilma.

Quem votou Marina não buscava que "houvesse segundo turno", mas que ela ganhasse as eleições. Assim como quem votou Serra.

Quanto ao resultado, por mais que, dentro da campanha Dilma, alguns digam que "foi bom" o segundo turno, a verdade é que foi bom (para eles) somente por que ela ganhou.

Pensando bem, quem gosta mesmo de segundo turno é só quem consegue "virar", vencer depois de ter terminado o primeiro turno atrás. Como isso, no entanto, acontece apenas esporadicamente, é raro que suas "vantagens" sejam defendidas com sinceridade.

Basta perguntar a Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Sérgio Cabral, os governadores dos três maiores estados da federação, se achariam "bom" que tivesse havido segundo turno nas eleições que venceram.

Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Banalização

Um trecho da entrevista autobiográfica de Felipe Gonzalez a El País.

1. O que se está fazendo é seguidismo da opinião pública;  se está banalizando o debate político a tal ponto que não se pode desenvolver projetos políticos que em certo momento podem ir na contramão da opinião pública. Como dizia Azaña, não há nada mais variável do que a chamada opinião pública.

2. Há cerca de quatro ou cinco anos, encontrei-me por acaso no aeroporto de Washington com Henry Kissinger, e ele me disse: "Olha, Felipe, a política está nas mãos de pessoas que fazem discursos pseudo-religiosos e simplistas e que são na verdade ofertas de venda de eletrodomésticos". Concordei. E ele acrescentou: "Desapareceu de tal maneira o debate de ideias, a contraposição de ideias; estamos em uma simplificação tão grande da política, que deixou de me interessar. Aborrece-me profundamente este mundo da política em que estamos vivendo."