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Palocci livre: com supremo com tudo


Até derrubarem a presidenta Dilma Rousseff e prenderem sem provas o ex-presidente Lula, o stf agiu ilegalmente. Agora, volta a ser o que sempre foi com os corruptos e corruptores que sempre estiveram no poder de 1.500 a 2002, cego, surdo e mudo. Corja!
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Joaquim de Carvalho: Palocci embolsará 30 milhões quando a delação (sem provas) for homologada

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Dois aspectos chamam a atenção na notícia vazada pela Polícia Federal de que o ex-ministro Antônio Palocci fechou acordo de delação premiada.
Uma delas é a data em que a informação foi vazada, imediatamente após a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal de tirar de Moro a delação da Odebrecht referente a Lula.
Cheira à contra-ataque, retaliação à decisão da corte em Brasília.
Outro aspecto que chama a atenção é que o acordo de delação premida está sendo costurado pela Polícia Federal, não pelo Ministério Público Federal.
Até então, a força-tarefa coordenada por Deltan Dallagnol era a responsável por todos os acordos de delação premiada homologados pelo juiz Sergio Moro em Curitiba.
“Coincidência ou não… não me lembro de nenhum delator fechando acordo em Curitiba depois da minha entrevista ao jornal El Pais  em julho do ano passado”, anotou Rodrigo Tacla Durán através do Twitter.
Tacla Durán é o advogado que denunciou à imprensa e à CPI da JBS um amigo de Sergio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, também advogado, como intermediário numa negociação para vender facilidades em um acordo de delação premiada.
Pagando 5 milhões de dólares por fora, Tacla teria expressiva redução da pena e ficaria com 5 milhões de dólares de uma conta dele em Cingapura, bloqueada por Moro.
Tacla Durán não aceitou e, refugiado na Espanha, onde tem cidadania, resistiu ao pedido de prisão de Moro, e a justiça do reino espanhol negou a extradição.
Tacla Durán vive livremente na Espanha, onde tem empresa e de onde costuma publicar tuítes que minam a credibilidade da outrora chamada República de Curitiba.

Eleição 2018: Palocci a "boca-de-urna" da direita

Depois de ter a delação recusada pela quadrilha de Curitiba (farsa jato), Palocci consegue delação combinada com a Polícia Federal, e coincidentemente apresentará as "provas" justamente a véspera da eleição presidencial.
Com certeza as acusações contra os bancos e a Globo serão o destaque, além das contra o candidato do PT, seja ele quem for.
Alguém duvida? Ninguem!
Pior para a corja é que o Povo não cai mais nessas maracutais do ministério público, da polícia federal e dos mafiosos de toga.
Podem estrebuchar, é Lula que decidirá esta eleição, queira os bandidos da direita ou não.

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Veja mais uma estória de carochinha


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O panfletinho da Editora Abril publica que Antonio Palocci disse que alguém lhe disse que Kadafi deu 1 milhão de dólares para campanha eleitoral de Lula em 2002. E por causa desta acusação pede a cassação do PT.
Perguntas:

  • Tem número de conta bancária?
  • Tem áudio, vídeo, foto?
  • Alguma prova ou é apenas a palavra do delator?
- Nenhuma prova. Somente a palavra de um delator que está preso e tenta de todas maneira fechar um acordo de delação combinada e premiada.

- Ah, então tá.
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Ciro em quais das versões do Palocci tu assina embaixo?



No depoimento de Antonio Palocci deu a Sérgio Moro, dia (06/09), ele afirmou que jamais mexeu pessoalmente com dinheiro, recebeu ou fez pagamentos.
Agora conta outra estória, qual a que valerá para a quadrilha de Curitiba?
A que mais prejudicar o ex-presidente Lula.
Bingo!
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Moro e Palocci atuam para entregar o pré-sal


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- Não esquecendo dos tucanos, demos, Temer e golpistas do stf e ministério público -

Ligando os pontos - artigo do jornalista Florestan Fernandes publicado originalmente no facebook
Em 2007 a Petrobras descobre campos enormes de petróleo em águas ultra-profundas do nosso litoral. Uma reserva de mais de 80 bilhões de barris de petróleo. 
Um ano depois, em janeiro de 2008 foram roubados 4 laptops e 2 HDS com informações sigilosas da bacia de Santos. Dados de 30 anos de pesquisas da Petrobras no valor estimado de 2 bilhões de dólares. 
Em 30 de outubro de 2009, o WikiLeaks uma organização transnacional com sede na Suécia publica em sua página informações “vazadas” de governos e empresas assuntos estratégicos de interesse público. No documento, o nome do juiz Sérgio Moro é citado como participante de uma conferência promovida pelo programa Bridges Project (“Projeto Pontes”), vinculado ao Departamento de Estado Norte-Americano, cujo objetivo era “consolidar o treinamento bilateral [entre Estados Unidos e Brasil] para aplicação da lei”.

A diferença entre homens e repteis



Dirceu diz que prefere morrer a rastejar como Palocci

Ex-presidente do PT, ex-ministro da Casa-Civil do governo Lula, estrategista e militante petista, José Dirceu fez um contraponto situação dele e a de Antonio Palocci. Disse ele:
"É melhor morrer do que se tornar um cachorro (leia-se delator).
Dirceu também afirmou que Palocci sempre defendeu os próprios interesses - nunca por uma causa coletiva. E encerrou o assunto com uma frase histórica e lapidar:

"Só luta por uma causa quem tem valor. Os que brigam por interesse têm preço. Não que não me custe dor, sofrimento, medo e às vezes pânico. Mas prefiro morrer que rastejar e perder a dignidade"   
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Breno Altman e o fim melancólico de Palocci

O papel a que se presta o ex-ministro da Fazenda, que há muito vinha progressivamente se transformando em um quadro a serviço do capital, faz lembrar os "arrependidos" dos anos 70.

Refiro-me aos presos políticos que, torturados, aceitaram colaborar com a ditadura e foram à televisão acusar suas próprias organizações dos crimes mais bárbaros, imputados pelo regime militar, proclamando-se arrependidos de seus vínculos com o "terrorismo".

Quem assim age, renuncia à própria dignidade e se atira na sarjeta da história.

Esse foi o caminho de Palocci. Subserviente ao juiz Moro e ao MPF, com a coluna vertebral quebrada após um ano de cadeia e derrotado pela perspectiva de permanecer muito tempo encarcerado, ofereceu-se como instrumento da campanha contra o ex-presidente Lula e o PT.

Tal como os renegados da resistência, sucumbe à função de porta-voz de mentiras e invenções que interessam às forças mais reacionárias, rastejando por um acordo de delação premiada.

Os "arrependidos" do passado ao menos podiam alegar, para explicar seus atos, as brutais sevícias que sofreram.

Palocci nem isso.

A traição é sempre um fim melancólico.

Dilma sobre o depoimento de Palocci

A respeito das declarações prestadas pelo ex-ministro Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, 6 de setembro, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece:
1. O senhor Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de Dilma Rousseff em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à empresa Odebrecht, seja durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou no primeiro governo dela. Tais encontros ou tratativas relatadas pelo ex-ministro jamais ocorreram. Relatos de repasses de propinas também são uma mentira.
2. Todo o conteúdo das supostas conversas descritas pelo senhor Antonio Palocci com a participação da então ministra Dilma Rousseff – e mesmo quando ela assumiu a Presidência – é uma ficção. Esta é uma estratégia adotada pelo delator em busca de benefícios da delação premiada.
3. O episódio em que cita um inacreditável benefício à Odebrecht pelo governo Dilma Rousseff, durante o processo de concessões de aeroportos, mostra que o senhor Antonio Palocci mente.
4. O ex-ministro declarou perante a Justiça Federal que a decisão do governo Dilma de não permitir que um consórcio ou empresa ganhasse mais de um aeroporto foi criada pela presidenta eleita para beneficiar diretamente a Odebrecht. Isso é uma mentira!
5. Tal decisão foi tomada pelo governo para gerar concorrência entre as empresas concessionárias de aeroportos. Buscou-se evitar que, caso uma empresa tivesse a concessão de dois aeroportos, priorizasse um em detrimento do outro. O governo Dilma buscava atrair mais empresas para participar do sistema aeroportuário, garantindo que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como órgão regulador, tivesse mais parâmetros para atuar. Mais concorrência, menos concentração.
6. Eis um fato que desmascara as mentiras do senhor Antonio Palocci. A empresa Odebrecht, que ganhou a disputa junto com o grupo Changi, pagou R$ 19,018 bilhões pela outorga do Galeão. Sem dúvida, é a maior outorga paga por aeroportos no Brasil, o que afasta a acusação de beneficiamento indevido declarada por Palocci.
7. O quadro abaixo demonstra que a Odebrecht foi responsável pela maior outorga paga ao Governo para o direito de explorar apenas um dos seis aeroportos cujas concessões foram feitas pelo governo Dilma:
CONCESSÕES DE AEROPORTOS NO GOVERNO DILMA
São Gonçalo do Amarante, Natal (RN)
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America (50%)
Estimativa de investimentos: R$ 650 milhões
Outorga: R$ 170 milhões
Guarulhos
Grupo vencedor: Invepar (90%) + ACSA (10%)
Estimativa de investimentos: R$ 4,6 bilhões
Outorga: R$ 16,213 bilhões
Viracopos
Grupo vencedor: Consórcio Aeroportos Brasil – Triunfo (45%) + UTC (45%) + Egis (10%)
Estimativa de investimentos: R$ 8,7 bilhões
Outorga: R$ 3,821 bilhões
Brasília
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America (50%)
Estimativa de Investimentos: R$ 2,8 bilhões
Outorga: R$ 4,501 bilhões
Galeão
Grupo vencedor: Odebrecht (60%) + CHANGI (40%)
Estimativa de investimentos: R$ 5,65 bilhões
Outorga: R$ 19,018 bilhões
Confins
Grupo vencedor: CCR (75%) + Munich/Zurich (25%)
Estimativa de investimentos: R$ 3,5 bilhões
Outorga: R$ 1,1 bilhão
8. Eis os fatos. A ficção criada pelo senhor Antonio Palocci não se sustenta. A Odebrecht pagou 300% a mais pelo direito de explorar o aeroporto do Galeão. Nenhuma empresa desembolsou tanto. Que benefício ela obteria do governo Dilma Rousseff pagando a mais? Qual a lógica que sustenta o relato absurdo do ex-ministro?
9. A lógica que move o senhor Antonio Palocci é a mesma que acomete outros delatores presos por longos períodos. A colaboração implorada é o esforço de sobrevivência e a busca por liberdade. Isso não significa que se amparem em fatos e na verdade. É um recurso desesperado para se livrar da prisão. Em outros períodos da história do Brasil, os métodos de confissão eram mais cruéis, mas não menos invasivos e implacáveis.
DILMA ROUSSEFF

A quadrilha de Curitiba não quer aceitar a delação de Palocci, por que?


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Porque ela atinge os realmente poderosos do Brasil. Que são eles: os Bandiqueiros - banqueiros, agiotas nacionais e internacionais e rentistas - e os meios de comunicação, em especial a Rede Globo - famiglia Marinho -
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Delação de Palocci: Record põe no ar os "rabos presos" da Globo

por Fernando Brito: O Domingo Espetacular, da Record, colocou hoje no ar uma longa e detalhada reportagem de Luiz Carlos Azenha  que costura o fio que une a ameaça – sempre refugada – de delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e os benefícios – legais e ilegais – dados no início do Governo Lula à Rede Globo de Televisão, envolvida num caso de sonegação fiscal bilionário e, sobretudo, arriscada a falir por conta de seus negócios desastrosos na Europa.
A história é longa, mas tem o mérito de revelar o contexto, que a mídia tradicional sempre se recusou a retratar e cujo enredo, quase que de forma solitária, só foi contada pelos blogs de esquerda.
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Palocci delatou a Globo, O Itaú e Bradesco. A lava jato acabou que coincidência, nada vazou

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Palocci delatou a Globo


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(...) Janot, Deltan e Moro querem excluir este anexo da delação, não vem ao caso. 
Brasil 247 - O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, contou aos procuradores da Lava Jato como concedeu benefícios fiscais à Globo, segundo informa o jornalista Maurício Lima, na coluna Radar; não se sabe, no entanto, se este anexo de sua colaboração será aceito, uma vez que a Globo mantém parceria informal com a equipe da operação; em abril deste ano, Palocci afirmou que poderia revelar como instituições financeiras e empresas de comunicação pressionavam o governo para obter vantagens tributárias.
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Giustizia a la pusttanesca

Sérgio Fernando Moro: "Lo e capita e solo accanto al punto quello che vedo in forma".

Tradução: Eu faço e aconteço e só vem ao caso o que eu achar melhor.
O jornalista Fernando Molica, em seu blog, mostra como o juiz Sergio Moro desprezou uma evidência fortíssima  – apontada por Antonio Palocci em seu depoimento  – de que não poderia ser ele o tal “Italiano” apontado nos arquivos da Obedrecht como, entre outras coisas, autor de lobby para a aprovação da  Medida Provisória 460/2009, na qual a então tucana Lúcia Vânia (hoje no PSB) estabelecia compensações de crédito em impostos que beneficiariam a empreiteira.
A rasão é absolutamente simples e fácil de entende: Palocci, à época deputado federal votou contra a medida, assim como 59 dos 65 deputados do PT.
Moro disse, no item 146 do despacho que manteve Palocci preso sem data para sair que “MPV Nº 460/2009 que essa afirmação “ ainda (é) carente de prova”.
Molica, então, mostra a página oficial da Câmara dos Deputados que comprova o que diz Palocci, como qualquer um pode ver que é verdade.
E pode ver também que, a favor dela, votaram 50 dos 69 deputados do PMDB, 32 dos 44 do PSDB e 31 dos 36 do DEM. Onde, claro, não há “italianos”.
Moro diz, entretanto, que a atuação de Palocci teria sido para não haver o veto presidencial à medida. Isso mesmo, procure entender esta lógica: vota, como quase todos os petistas, contra e depois vai pedir ao Presidente que fique a favor?
E não é que o presidente ficou contra e mandou uma mensagem de veto cortando a tal compensação?
Aliás, veto pedido por outro “italiano” que se posicionou contra o que interessava à Odebrecht, Guido Mantega, então ministro da Fazenda.
Até o pessoal da “cognição sumária” pode ver que a alegação não se sustenta diante dos fatos: um lobista que vota contra o lobby?
O problema é que nada disso “vem ao caso”.
 Fernando Brito - Tijolaço

"JD" da planilha da Odebrecht não é José Dirceu diz PF

PF investigou, MPF-PR avalizou e Moro condenou José Dirceu por ser o "JD" que aparecia numa planilha da Odebrecht como beneficiário de 48 milhões em propina. 

Agora na 35ª fase da operação farsa jato a PF afirma que aquele "JD" que foi usado pelo MPF para sustentar a acusação que levou ao tucano Moro condenar José Dirceu...tchan. tchan, tchan...Juscelino Antonio Dourado, ex-chefe de gabinete de Antonio Palocci.

A quadrilha de Curitiba vai reconhecer o erro e anular a condenação de José Dirceu, ou fica assim mesmo?

Pergunto porque já ficou claro para todo mundo que: Para força tarefa da lava jato isso não vem ao caso e fazem sempre o que acham melhor.

O judiciário vai aceitar mais essa aberração gerada na mente dos doentes de Morice Dallagnol?

Uma sigla "JD" serve para acusar e condenar dois réus, mesmo os investigadores reconhecendo o "erro"?

Gente, pessoal do STF já passou da hora de vocês darem um basta nesses abusos e crimes que a Quadrilha de Curitiba vem aplicando seletivamente a tempos.



por Rodrigo Viana

Brasil: Economia forte
Quando Obama veio ao Brasil, em março, fui a Brasília para cobrir a visita para a TV. E entrevistei o ministro da Fazenda Guido Mantega, pra falar sobre as relações Brasil-EUA. Mantega, naqueles dias, era vítima de uma dura campanha na velha imprensa: espalhara-se a “notícia” de que Mantega era um ministro “fraco”, e que a “fraqueza” da equipe econômica era a responsável pela volta “galopante” da inflação. Ao fim da entrevista, que era sobre Obama, perguntei ao ministro se ele sabia de onde vinha a campanha contra ele. Discreto, e educadíssimo, Mantega apenas sorriu.
Em Brasília, ninguém tinha dúvidas: a campanha contra Mantega vinha da Casa Civil, de Palocci.
Mantega e o BC seguraram a pressão dos “mercadistas” que pediam uma “paulada nos juros” no início de 2011. Preferiram subir os juros de forma mais moderada, e adotaram outras medidas pra segurar um pouco a economia. Fora da cartilha tradicional.
Palocci estava ao lado dos mercadistas. Juros altos interessam a bancos e a quem tem títulos da dívida pública: ou seja, interessam à turma a quem Palocci dá consultoria (formal ou informalmente). Derrubar Mantega permitiria, ainda, ter na Fazenda alguém mais próximo do paloccismo – seria uma vitória econômica e política. Um triunfo  do ministro consultor.
Três meses depois, Palocci caiu. E a inflação está em queda, contrariando as previsões mais pessimistas.
E Mantega? Coube a ele noticiar um fato surpreendente: o risco de se investir no Brasil é hoje menor do que nos Estados Unidos!
O risco não caiu porque o Brasil “fez a lição de casa”, como pediam os Mailsons, Mirians e seus amigos consultores! O Brasil é hoje uma economia mais confiável do que a dos Estados Unidos porque, na crise em 2008, Mantega e Lula tiveram coragem de contrariar os mercadistas e – em vez de “cortar na prórpia carne, como pediam os “consultores” e “colunistas” – botaram o pé no acelerador.
Ninguém inventou a roda. Foi uma opção política. Adotada desde Roosevelt, nos anos 30.
A gestão da economia, no governo Dilma, é uma área em que o conservadorismo não avançou.

José Dirceu critica divisão na Câmara Federal



“Posso falar porque não sou mais deputado. A bem da verdade, a nossa bancada não é nenhum exemplo de união”

Raphael Di Cunto | VALOR

O ex-presidente nacional do PT José Dirceu criticou ontem os desentendimentos entre os parlamentares petistas na Câmara dos Deputados, que podem, segundo ele, levar a mais derrotas no Congresso. 
“Posso falar porque não sou mais deputado. A bem da verdade, a nossa bancada não é nenhum exemplo de união”, afirmou o ex-chefe da Casa Civil, em debate no Sindicato dos Químicos de São Paulo.
Antes mesmo do ex-ministro das Relações Institucionais Luiz Sérgio perder o cargo e ir para o Ministério da Pesca, os grupos do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), já disputavam o posto, que ficou com a ex-senadora Ideli Salvatti (PT).
A divisão da bancada, de acordo com Dirceu, ameaça projetos importantes para o partido. É o caso da reforma política, que, na avaliação do ex-presidente do partido, tem pontos defendidos pelo PT que correm risco de ser derrotados. 
“Entramos falando grosso, exigindo voto em lista. Agora, já estamos preocupados em manter o voto proporcional [para o Legislativo], o financiamento público [de campanha] e a fidelidade partidária”, disse o ex-deputado no debate. Ele não quis falar com a imprensa.
Outro ex-presidente da legenda, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP) defendeu o diálogo com a oposição para aprovar projetos de interesse do partido.
 “Se não houver nenhuma negociação política, a reforma pode acabar novamente perdendo a oportunidade de vir a acontecer”, afirmou.
Berzoini também apoiou a posição do PT durante a crise envolvendo o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que pediu demissão após reportagem da “Folha de S. Paulo” mostrar que seu patrimônio cresceu mais de 20 vezes em quatro anos, na época em que ele era deputado federal e que trabalhou na campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo Berzoini, o partido prestou toda ajuda possível para ele por conta de sua história na sigla: 
“O partido foi politicamente solidário a Palocci, mas obviamente não vamos ser solidários a questões que não conhecemos.” 
Palocci deu explicações sobre a evolução de seu patrimônio, mas negou-se a divulgar a lista de empresas para as quais teria prestado consultoria, com o argumento de que havia cláusula de confidencialidade.
Já o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), que assistia o debate, argumentou que o partido ficou do lado do ex-ministro por ele ser parte importante da administração da presidente Dilma Rousseff (PT):
 “Nós acompanhamos o governo, não acompanhamos o Palocci.”

Não há dicotomia no PT

Recomendo a leitura da entrevista que Rui Falcão, presidente do PT, deu neste domingo ao jornal O Globo.

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Rui Falcão
Em sua análise sobre a conjuntura, após a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ele pontuou que, no partido, não há essa dicotomia de “dilmista” ou “lulista”. Rui avalia que, com a nomeação da ministra Gleisi Hoffmann para suceder Palocci, uma nova fase se inicia na pasta, mesmo porque ela assumirá tarefas diferentes das que teve Palocci.

O presidente do PT disse ao jornal, com todas as letras, que o partido não foi o responsável pela saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “O PT tem muitos líderes, figuras públicas que se manifestaram (a respeito). Mas não houve manifestação do PT, como partido, pedindo a saída do ministro”.

E, aproveito para acrescentar: nem a crise na bancada na Câmara dos Deputados é de responsabilidade do partido. Ainda assim, tudo indica que o PT precisa - respeitada a sua autonomia - unificar a bancada e superar as divergências que vêm paralisando sua atuação e impedindo que seja a bancada do governo.

Busca do entendimento

Esse passo é importante para que a bancada possa coordenar, com o líder do governo, a ação, os acordos e os consensos com a base governista. A situação atual de desentendimentos na bancada é grave e precisa ser superada, cabendo à direção nacional do PT, no caso de impasse, buscar o entendimento entre os deputados e consolidar uma direção que trabalhe de comum acordo com o líder do governo. A propósito, recomendo a leitura da entrevista de Ideli Salvatti, também em O Globo, na edição de hoje. Segundo ela, seu trabalho imediato é tentar concretizar os acordos resultantes das conversas do governo com os vários partidos.
Mas, voltando ao tema da entrevista de Rui Falcão, no domingo, ele também frisou o papel de Lula em relação à saída do ministro e outras questões de sustentação do governo Dilma Rousseff. “O presidente Lula tem reiterado que só participará das decisões de Dilma quando chamado. Ele já afirmou que, quando houver divergência entre ela e ele a presidenta Dilma terá sempre razão”.

Rui advertiu que o presidente Lula, com relação aos governadores ou ao PT, sempre teve um tratamento muito respeitoso, procurando ouvir, dialogando, nunca impôs nada. Por que agiria diferente com a presidenta?

Importância de Lula

Já disse aqui neste blog e volto a afirmar. A importância política do ex-presidente Lula não vai, nem deverá constranger a administração de Dilma Rousseff. Ele não vai participar do governo ou do dia a dia do Congresso, como fazem os ex-presidentes senadores José Sarney (PMDB/AP), Itamar Franco (PPS/MG) e Fernando Collor de Mello (PTB/AL).

O ex-presidente Lula, ao contrário, vai continuar a atuar na vida política do país e continuar exercendo sua liderança e autoridade política. Mas ele, mais do que ninguém, tem consciência de que o país tem uma presidenta que dirige, comanda e decide, lidera e tem apoio popular e na sociedade, como a pesquisa do Datafolha comprova. Ou seja, a presidenta Dilma Roussef, para tanto, tem apoio de seu partido e da base aliada.
por Zé Dirceu

Dilma obedeceu Bonifácio e não Lula

Febeapá

Sergio Porto, notável cronista da cena brasileira, usava o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta para ridicularizar o ridículo, enfrentar arbitrariedades, registrar o cotidiano. Entenda-se bem: Sergio não se escondia atrás de Stanislaw. Todos sabiam que eram a mesma corajosa e bonita pessoa.

Sergio morreu cedo. Stanislaw se imortalizou na beleza do que ambos escreviam, na coragem com que denunciavam a ditadura, na aguda percepção que tinham da vida.
Sergio criou Stanislaw, que tinha um primo imbecil chamado Bonifácio, o Patriota. Perfilava-se até para mata-mosquito uniformizado, entoando o Hino Nacional. Outro personagem é tia Zulmira, sábia como ela só.
Sujeito de bom gosto, Stanislaw escolhia as “10 mulheres mais certinhas” de cada ano, muitas delas amigas de Sergio, inveterado namorador. Quando morreu, não pode mais namorar e seu Stanislaw, que não morrerá jamais, parou de escrever, entrando ambos para a glória da crônica brasileira.
Em pleno alvorecer do golpe de 1964, Stanislaw, invenção de Sérgio, lançou o Febeapá - Festival de Besteira que Assola o País, para estigmatizar fatos bizarros que vinham junto com o autoritarismo. Caso do sargento da Vila Militar que denunciou um vizinho como “comunista”. Este, preso e espancado, não abriu o “bico”, não entregou ninguém.
Passou aos olhos dos torturadores como figura perigosa e resistente. Berrava feito bezerro desmamado e não delatava companheiros, simplesmente porque não os tinha. Jamais pertencera a organizações clandestinas.
Era apenas o “Ricardão” da mulher do sargento, que viu, na caça às bruxas, momento ótimo para tentar serrar os incômodos chifres, não de todo desconhecidos da vizinhança.
O Febeapá volta. Com o ministro Haddad e a cartilha que ensina as crianças a dizerem “nós pega os peixe”. Volta, sobretudo, com o ex-presidente Lula, para quem “o caso Palocci é problema pessoal do governo”. Que eloquente síntese da mistura que esse homem faz entre o público e o privado.
Bonifácio, o Patriota, imbecil porem sério, se perguntaria: “se é pessoal, qual o nome do tal de governo? Quero recomendar-lhe que cante 100 vezes por dia o Hino da República e demita Antônio Palocci”. Dilma obedeceu Bonifácio e não Lula. Palocci caiu.
Tia Zulmira morreria de rir: “se governo virou pessoa, espero que não se desentenda com dona Argentina, saindo no braço com ela no boteco”.
Stanislaw não perdoaria: “Lula consagrou o Febeapá indo a Brasília e se reunindo com Sarney para ‘salvar Palocci’”. A sociedade não deixou.

Refeições para falar mal de Dilma

Na noite de terça-feira, depois da surpresa que foi o anúncio de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil, caciques e índios do PMDB refugiaram-se no palácio do Jaburu, para jantar a convite de Michel Temer. Todos com pintura de guerra, para falar mal de Dilma Rousseff.  Não faltou sequer José Sarney. Como admitir que tivessem passado a tarde tentando salvar Antônio Palocci, imaginando agradar a presidente, quando desde a véspera ela  já havia convidado a senadora pelo Paraná para substituí-lo? Tratava-se de uma desconsideração com o vice-presidente, avisado  meia hora antes do anúncio formal, mas, pior ainda, da evidência de que o PMDB continuava à margem de qualquer participação nas decisões de  governo. Como ficaram até às quatro da madrugada, imagina-se que não tenham usado o tempo apenas para lamentos e más referências a Dilma. Traçaram uma estratégia de reação que poderá começar na próxima semana, no Congresso, com a votação do projeto  que limita as medidas provisórias e a aprovação integral, no Senado, do novo Código Florestal, inclusive o perdão aos desmatadores. O PMDB está em pé-de-guerra com o palácio do Planalto, abrindo-se a hipótese de fumarem o cachimbo da paz apenas se o partido for aquinhoado com nomeações aos montes, para o segundo escalão da administração federal. Não  basta ter nomeado o ex-governador do Paraná, Orlando Pessutti, para o conselho de administração de  uma estatal qualquer.

As refeições continuaram na ordem do dia como palco para choro e ranger de dentes  na base parlamentar aliada. Porque horas depois, na quarta-feira, foi o PT que se reuniu em  almoço na casa do presidente da Câmara, Marco Maia. A posse de Gleisi aconteceria pouco    depois e Marco Maia nem compareceu. Não apenas os filés com fritas foram estraçalhados pelos companheiros. O comportamento da presidente Dilma Rousseff, também. Da mesma forma que o PMDB, o PT  não foi consultado e muito menos participou da  escolha da nova inquilina da Casa Civil. Haviam os petistas se negado a expedir nota de solidariedade a Palocci, sendo preciso sangue frio  para não terem produzido um texto de desagrado diante da nomeação da senadora para a Casa Civil. Ignora-se qual o troco a ser engendrado pelo PT, mas boa coisa não será, ao menos no relacionamento com a presidente. Talvez manter distância de Gleisi, quem sabe entregarem às piranhas Luis Sérgio, da Coordenação Política.

Em suma, os dois maiores partidos de apoio ao governo frustraram-se ao perceber que a presidente os ignorou, rejeitando a submissão e demonstrando que quem governa é ela. Até o ex-presidente Lula encolheu-se, elogiando sem entusiasmo a nomeação de Gleisi mas disposto a dar um tempo para ver onde as coisas irão parar.
por Carlos Chagas

por Luis Nassif


O modelo político-gerencial



O caso Palocci permite uma boa discussão sobre modelos de governabilidade.
Vendeu-se a imagem para a opinião pública de que governo bom é aquele eminentemente técnico, que não faça concessões políticas.
A história registra dois casos eloquentes sobre esse modelo político: Jânio Quadros e Fernando Collor. Governaram sozinhos e caíram sozinhos. Os argumentos pró-impeachment foram apenas álibis para formalizar uma situação de fato.
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Fernando Henrique Cardoso demonstrou a importância de manter a governabilidade. No início, não precisou se preocupar muito, devido à popularidade granjeada com o plano Real. No segundo mandato, o jogo de cintura político foi fundamental.
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A partir das experiências históricas, o perfil do grande governante precisa conter visão de futuro, gestão mas, igualmente, habilidade política para compor maiorias e mesmo fazer concessões que não comprometam os objetivos finais de governo.
Essa é a lição maior desses cinco primeiros meses de governo Dilma.
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Mesmo antes da denuncia, Palocci não vinha se saindo bem em suas funções de Ministro da Casa Civil.
Segundo um privilegiado observador do governo Dilma, o problema maior foi o acúmulo de funções. Ficou incumbido não apenas da articulação política como também da supervisão gerencial do governo - função um pouco estranha à sua formação.
No âmbito do governo, há duas formas de articulação política. Uma, a formulação das grandes alianças e da estratégia macro. Outra, a do atendimento do varejo, receber políticos, dar-lhes atenção, atender pequenos pleitos.
Em tese, esse varejo desfia ser feito pelo Secretario de Relações Institucionais Luiz Sergio Nobrega de Oliveira. Mas o embaraço de Palocci, sua falta de prática gerencial, acumulando muitas funções, sem dar conta, acabou comprometendo também o varejo.
Por outro lado, a presidente Dilma Rousseff também se isolou do mundo político, envolvida como estava na definição de sua estratégia de governo.
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Não de pode dizer que havia uma desarticulação política. Embora no início, o governo conseguiu aprovar sem minuta dificuldade os principais projetos apresentados, como o trem-bala, o tratado com o Paraguai, o salário mínimo. O Código Florestal acabou emperrando em apenas um ponto.
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Mesmo assim, a saída de Palocci permitirá um rearranjo e um aprimoramento do modelo.
Dilma trará para si as grandes formulações políticas. Aliás, desde a semana passada passou a abrir a agenda para bancadas aliadas.
A substituta de Palocci, senadora Gleise Hoffmann, cuidará exclusivamente das questões administrativas. O varejo político por enquanto ficará com Luiz Sérgio, mas por pouco tempo. Dilma pretende mante-lo em solidariedade aos ataques que sofreu nos últimos dias. Mas a tendência será substitui-lo.
O desafio derradeiro será pacificar a bancada do PT, que andou se engalfinhando nas últimas semanas. Há um conjunto de nomes experientes, dos quais poderá sair o novo líder da bancada. O importante será definir o quanto antes e pacificar as guerras internas.
Depois, tocar o barco para o que interessa: a construção de políticas públicas consistentes.