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Irmãos Batista especularam e lucraram com a própria delação

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PHA, As notícias são de que a JBS comprou dólares nos últimos 20 dias antecipando a divulgação da delação.

Pra piorar, os Irmãos Metralha-Batista venderam ações da JBS e quem comprou foi a Tesouraria da empresa, para dar liquidez.

Ou seja, é a Delação Premiada Privilegiada!!!

Pode isso????

O cara vai ficar "preso" na Quinta Avenida em Manhattan com uns 500 milhões de dolares que ganhou no crime do crime???

O que tem a dizer o Meirelles, que fundou o banco (sic) Original dos irmãos Metralha?

Vai botar o Banco Central para apurar a safadeza?

E aquela informação "privilegiada" do Temer: fica manso, sócio, porque vou cortar um ponto na Selic!

Quanto vale isso?

Não é possível!!!!

Do Investidor Indignado, amigo de Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada*

A máfia que mais lucra no mundo

Máquina de fazer dinheiro em favor de especuladores
Não há nenhuma máfia no mundo, nenhuma quadrilha que opera no lucrativo mercado de drogas que gera mais dinheiro do que o transferido diariamente pelo Banco Central a seus capi do mercado financeiro especulativo. Isso acontece por uma razão muito simples. O BC conta com a ignorância geral a propósito de política monetária para mascarar suas operações secretas, protegidas por sigilo bancário e por uma norma aprovada no governo FHC que os torna virtualmente imunes à fiscalização pelo Congresso.

Uma fórmula matemática hermética para o comum dos mortais, denominada modelo de metas de inflação, se presta à manipulação destinada a justificar aumentos sucessivos e indecentes da taxa básica de juros, ou sua manutenção em patamares extremamente elevados.




Economia

S&P, Levy e os desafios da política econômica
Na quarta-feira (9), a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota do Brasil de BBB- para BB+. Para a S&P, o Brasil deixou de ter o grau de investimento, passando a ter uma nota que corresponde ao nível especulativo. Contudo, é óbvio que o governo não deixará de honrar seus compromissos com os credores. A S&P é a agência que avaliou com Triplo A, grau máximo de segurança, os títulos subprime que provocaram a grande crise financeira americana de 2008. Não podemos nos esquecer ainda que essa mesma agência atribuiu classificação máxima ao Lehman Brothers no mesmo mês em que o banco americano quebrou. Pois bem, qual nota essas agências merecem? Paul Krugman, em 2011, ao comentar a decisão da S&P de rebaixar a nota dos EUA, disse: "essa agência é a pior instituição a qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país".

Paul Singer, o Abutre

"Cobrar dinheiro pode ser um negócio lucrativo: compra-se, barato, um título de dívida, depois obriga-se o devedor a pagar o valor de mercado. Mesmo ao custo da aplicação de violência. A diferença entre o preço de aquisição do título e o de sua recompra é o lucro. No cinema, é desta forma que os mafiosos ganham seu dinheiro. Na vida real, são os fundos multimercado (hedge) do executivo Paul Singer. Os mafiosos têm seus espancadores, que sabem como arrebentar a rótula de um devedor. Paul Singer tem juízes americanos, que sabem fazer muito mais: por exemplo,  jogar Economias inteiras ao precipício da bancarrota"...
Jacob Augstein - proprietário majoritário do Grupo Der Spiegel 

Dilma Invocada

O mercado vai comprar Armínio Fraga? Que faça bom proveito. Só um lembrete, depois não venham bater às portas da casa da "Viúva" - Governo Federal - pensando que ela vai pagar a conta. Nossa lema com especuladores é:
Vire-se!

Rodrigo Vianna

Dilma x mercado - A especulação casada

O IBOPE envolveu-se num episódio ate hoje nebuloso, durante as últimas eleições presidenciais: no fim de 2009, o presidente do instituto, Carlos Augusto Montenegro, disse que a então pré-candidata petista não conseguiria ultrapassar o teto de 15% dos votos.

Montenegro jamais mostrou quais eram os dados objetivos que o levaram a fazer tal afirmação. Àquela altura, a “previsão” parecia destinada a criar um fogo de barragem, impedindo que Dilma aparecesse como uma candidata viável: isso traria dificuldades para fechar alianças e também para obter doaçõe$ para a campanha.

Dilma, na época, passou como um trator pelas suposições de Montenegro. Mas a estranha previsão levantou (mais) uma nuvem de suspeitas sobre o instituto.
Agora, estamos a pouco mais de 6 meses de mais uma eleição. Dilma é favorita. A oposição – com seu braço midiático – parece desesperada para enfraquecer Dilma, e fazer com que ela (mesmo que vença) seja obrigada a assumir compromissos que impeçam um segundo mandato fora das regras do chamado “mercado”.

E é assim que, esta semana, o país assiste a mais uma onda de especulaçõe$. Mais uma vez o IBOPE aparece associado à boataria. Desde ontem, agências de notícias, rádios, jornais, sites e TVs martelam - em uníssono, como se fosse um discurso combinado - a seguinte série de informações: 1) uma pesquisa IBOPE (ainda em tabulação) apontaria redução nas intenções de voto de Dilma; 2) o “mercado” estaria satisfeito com isso (porque Dilma é vista como “intervencionista”, e o “mercado” gostaria que ela perdesse as eleições, ou ao menos ficasse mais fraca); 3) por isso, as ações de Petrobras e outras estatais estariam em alta na Bovespa. 

A especulação com papéis começou na quarta-feira e avançou para esta quinta (20/março). Desde quando iniciei a carreira como repórter, na TV Cultura lá no começo dos anos 90, aprendi que a quinta-feira é o dia dos boatos na Bolsa, dia de especular, de usar a mídia e embolsar algum.

Esta seria apenas mais uma quinta-feira de especulaçãoes e boatos. Só que dessa vez especula-se com papéis e índices do IBOPE. E$peculação casada, isso está claro. Mas e$peculação causada por quem?

Para especulador fundamento econômico é lucro imediato

Vejam que edificante para nossos analistas que dizem que são os “fundamentos econômicos” que definem o valor da moeda e que “a saúde da empresa” é aquilo que determina seu valor em bolsa.
O BC deu ao mercado os juros que ele queria. Aí a cotação do dólar “colou” na sua oscilação mundial – em queda, depois do balde de água fria que Ben Bernanke, boss do Federal Reserve deu nos que esperavam uma alta de juros nos EUA.
A Petrobras, que havia virado “patinho feio” no mercado acionário, anunciou uma mudança na contabilidade, fazendo hedge – proteção em dólar de suas dívidas –  e garantindo que a variação cambial só afetará mais adiante seus resultados operacionais e, com isso, que o  pagamento de dividendos de curto prazo cresça, deu um salto de mais de 7% na bolsa.
O “fundamento” mais importante da economia brasileira segue sendo o da especulação.
O Brasil é o país do dinheiro rápido.
Ou “de curto prazo” como preferem os operadores do mercado.
O Brasil, para esta gente, não tem um futuro. Tem, no máximo, um mercado futuro.
De curto prazo, naturalmente.
O capital não tem filhos, apenas dá filhotes. Devidamente devorados.
Por: Fernando Brito

Economia em destaque


A volta dos "nerds" excêntricos


A nova bolha da Internet norte-americana está atingindo níveis de especulação à altura da primeira grande bolha, no início da década.


Uma empresa de aluguel de quartos - isso: aluguel de quartos! - a Airbnb levantou US$ 100 milhões no mercado, para uma avaliação inicial de US$ 1 bilhão. E está montando uma esbórnia com dinheiro dos investidores.


Acaba de um pedaço de avião da Pan Am para fazer uma outra ala. A nova sede tem uma sala de estar em uma casa em cima da árvore, chamada de Domo Mushroom, com uma área de cochilo no andar de cima. Ou seja, um duplex sobre uma árvore.


Para estimular os funcionários e iludir investidores, inventou vários happenings – da mesmíssima maneira da bolha anterior, em que se montava uma start-up (empresa nova), contratava um “nerd” excêntrico, indisciplinado e com cara de gênio e ia-se atrás dos investidores.
***
Na versão segunda rodada de bolha, as excentricidades voltaram como parte integrante do modelo.


Na segunda-feira, na Airbnb todos usam bigode de mentira; na terça, aulas de Yoga; na quinta, jogos com bola e degustação gourmet.
***
Ontem, o The Wall Street Journal trouxe matéria sobre essa incrível Airbnb e a nova geração de “nerds.


Segundo o jornal, há algumas star-ups festejando o lançamento como se estivessem em pleno 1999.


Há uma farra ampla com dinheiro do investidor. No mês passado, as start-ups Peanut Labs Inc. e AdParlor Inc. patrocinaram o lançamento de um filme pagando US$ 600 por pessoa. Desenvolvedores estão sendo contratados a peso de ouro e cobertos de regalias.
Muitas dessas empresas se transformaram em verdadeiros acampamentos juvenis, onde a rapaziada para o trabalho para tocar guitarra ou competir em jogos eletrônicos.
***
É possível que excentricidades como essa levem ao descrédito toda cadeia de valor das novas empresas tecnológicas.


Segundo Marcelo Ballona, analista brasileiro residente nos Estados Unidos, alguns analistas já apostam no fracasso do IPO do Zynga como o deflagrador do estouro da nova bolha tecnológica.


É uma empresa especializada em jogos online que tem no “FarmVille” seu campeão de vendas.
A empresa pretende levantar US$ 2 bilhões em um IPO em que se valor está fixado em US$ 20 bilhões – mais que o valor de mercado do Yahoo.
***
Tudo isso reflete os problemas da política econômica norte-americana pós-crise de 2008. Havia duas maneiras de se combater a crise. A primeira, resolvendo a questão do endividamento das famílias e atuando sobre a produção. A segunda – vitoriosa -, injetando uma dinheirama no sistema bancário, para impedir sua quebradeira.


Com a economia fraquejando, o dinheiro não circulou na produção. Ficou empoçado, no início. Depois, passou a buscar mercados especulativos – commodities, moedas e, agora, a nova bolha tecnológica.
***
Quando a bolha estourar, os estragos não serão tão amplos quando no início da década, quando somou-se à bolha da Internet outras bolhas até maiores, como das telecomunicações. De qualquer modo, comprova que não há crise que deixe lições definitivas. Quando há excesso de dinheiro circulando, repetem-se todos os pecados da especulação.

Especulação

Segunda-feira, na primeira sessão desta semana,  que por ser santa   também é morta, três senadores ocupavam  o  plenário. Um presidia, outro discursava e o terceiro ouvia. Foi pena para os 78 ausentes, porque o pronunciamento do senador Roberto Requião insere-se  como um dos mais importantes do corrente ano. Sem fazer questão da presença dos gazeteiros, o ex-governador do Paraná começou analisando  a crise econômica mundial para depois chegar ao Brasil e aos perigos que nos cercam.

Lembrou ser a especulação financeira a essência do mal que  de novo assola a Europa e os Estados Unidos,  lançando  olhares para a América do Sul. Em suas palavras, há uma impiedosa transferência de trilhões de dólares pelo mundo, sem compromisso com a vida do ser humano e atrás apenas do lucro fácil, favorecido e estimulando a inflação. A quebra das indústrias, o desemprego, a compressão dos salários, o aumento de impostos  e o atraso tecnológico são consequências inevitáveis da especulação hoje acentuada em Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha e outras  nações. Trata-se da receita obrigatória imposta pelos governos e entidades  internacionais, os mesmos responsáveis pela crise e agora empenhados em resolvê-la através de métodos que só fazem piorar as agruras de suas populações.

Requião referiu-se aos privilégios exorbitantes concedidos aos Estados Unidos, centro do mercado financeiro de curto prazo, que elimina as economias nacionais e  nem por isso poupa a própria sociedade americana.  Em nome do lucro, cortam direitos sociais  e empregos, ao mesmo tempo gerando crises de representação e inflando o populismo de direita.

Para o senador, Brasil, China, Índia e Rússia devem levantar-se em contraposição ao domínio do dólar, levando a Europa a adotar  políticas de proteção ao trabalho e de prevalência da produção sobre a especulação. Investimentos precisam ser feitos em habitação, alimentação e educação. Cabe aos países em desenvolvimento pressionar os Estados Unidos e sacudir o jugo do capitalismo financeiro, sob pena de mergulharmos no abismo que já domina boa parte do mundo.

Lamentável foi o palco onde transcorreu a denúncia de Roberto Requião, carente de atores e de platéia, mas não se dirá que ele deixou de cumprir seu dever, também ignorado pela mídia. Sequer um registro de suas palavras mereceu espaço nos jornais de ontem. Fica  o protesto.
Carlos Chagas

Brasil não combaterá especulação

Alexandre Tombini [presidente do Banco Central] passou recado curto e grosso [da presidente Dilma] ao especuladores: 

" O governo não vai permitir especulação contra o real nem guerra comercial e cambial." 

E disse mais:

" Se necessário vamos de novo defender nossa moeda de ataques especulativos e não vamos depois salvar os perdedores."

Que assim seja, Amém!

Câmbio

A conversa do pensamento mais ortodoxo de que a tendência à abertura de déficits nas contas externas não era problema, de uns tempos para cá, mudou de tom. Aqueles déficits que seriam facilmente cobertos pelo ingresso de investimentos diretos, agora preocupam. Mas, é uma estranha preocupação, que não vê saídas para mudar o rumo do que preocupa.
Não há, para os que pensam assim, o que fazer para impedir a valorização do real – a questão no centro do problema. Por quê? Vou tomar a resposta do economista Gustavo Franco, ex-BC, ao colega Silvio Crespo, aqui no vizinho blog “Radar econômico”, para sintetizar: câmbio valorizado é característica de país que se desenvolve. Isso sem falar numa série de grandes projetos consumidores de pesados investimentos – pré-sal, infra-estrutura, Copa do Mundo, Olimpíadas etc. etc. – que atraem capital externo. “Devemos pensar em como conviver com essa realidade, e não achar que tem uma engrenagem em que se possa mexer para reverter esse problema, porque não tem”, afirmou Gustavo Franco.
Essa é outra estranheza nesse estranho modo de encarar o problema cambial. A explicação para o fatalismo da valorização da moeda é o reconhecimento de um sucesso econômico que os defensores do argumento são os primeiros a não reconhecer.
Perguntar não ofende: por que acham tão natural, a ponto de não enxergarem o que fazer para evitar, que investidores externos disputem a tapa a possibilidade de aplicar recursos aqui, se o crescimento, por conta de uma taxa de investimento insuficiente, não é sustentável, os déficits públicos, diante de uma irrefreável gastança, explodem e o ambiente para fazer negócios, poluído por burocracias kafkianas e tributos em excesso, seja uma desgraceira?
A única resposta que faz sentido tem duas variáveis. A primeira é que, mesmo com todos os problemas e possíveis riscos, a economia brasileira e seus megaprojetos de infraestrutura valem a pena. A outra é que, embora não carimbado, o dinheiro que entra, em grande medida, está de olho no ganho de arbitragem.
Neste segundo lance, para simplificar, digamos que os investidores façam o inverso do que o Banco Central brasileiro faz com a reservas internacionais. O BC toma os dólares à taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano e os aplica, no mercado internacional, a 2% ao ano. Os investidores externos tomam dinheiro a 2% para aplicar a, no mínimo, à taxa Selic mais a variação cambial.
O argumento de que não é a arbitragem de taxas que está atraindo recursos, visto que, ao longo do tempo, os juros têm recuado, mas a valorização do real continua, é típico do esquecimento parcial de certos argumentos. Sim, a taxa Selic vem caindo ao longo do tempo, mas os juros internacionais vêm caindo muito mais, mantendo, se não ampliando, a margem de arbitragem.
A taxa de câmbio, na verdade, tem se mantido relativamente estável, dentro de uma faixa valorizada. Quando o governo impôs um IOF de 2% no ingresso de capitais externos, em outubro do ano passado, o câmbio havia batido na mínima de R$ 1,69 por dólar. Com as turbulências na Europa, com epicentro na Grécia, no início de 2010, a taxa bateu no seu pico, registrando R$ 1,89 por dólar.
Mas essa relativa estabilidade se deu às custas de um crescente acúmulo de reservas pelo BC. O enxugamento dos excessos de dólares via operações compromissadas de compra de reservas, no entanto, tem custos fiscais crescentes e não desprezíveis e, se não afeta a dívida pública líquida, engorda direto a dívida bruta.
Não foi só a percepção de que a ampliação do volume de reservas tem limites que alimentou o traço de preocupação com o andar da taxa de câmbio e seu impacto negativo nas contas externas. Também pesou o reconhecimento de que a única saída geralmente aceita pela cartilha – a do enxugamento, via inchaço de reservas, do excesso de dólares na economia – é daqueles remédios que podem virar veneno. Quanto mais crescem as reservas, é verdade, mais os investidores externos se sentem seguros para trazer recursos.
Argumenta-se que, se o País necessita de enormes volumes de recursos externos para sustentar seus megaprojetos, não faria sentido impor restrições administrativas e fiscais ao ingresso de dinheiro externo. Mas, os mesmos que se valem desse argumento são os primeiros a levantar dúvidas sobre a política de acumular sem limites reservas internacionais. De fato, se a economia agüentou o tranco do período aguda da crise com um volume de reservas de US$ 200 bilhões, qual a validade de acumular US$ 300 bilhões ou US$ 400 bilhões, já que este almoço não é nada gratuito em termos fiscais?
Parece intuitivo, diante dessa conjuntura favorável de atração de recursos externos, que há um leque de ações possíveis para aliviar a pressão pela valorização do real, além da acumulação de reservas. Simplesmente falar mais grosso já seria um bom começo.
Há muito mais a fazer. Por exemplo: o BC já anunciou a possibilidade e seria o caso de passar a intervir no mercado com leilões de compra de moeda sem data e taxa previsíveis. Com isso, introduziria um pouco de risco num mercado café com leite, propício para a marcação de posições especulativas.
Neste momento, os bancos acumulam cerca de US$ 14 bilhões em posições vendidas em dólar. Estão, provavelmente, na expectativa de que fique por aí o volume líquido de recursos a entrar com a operação-monstro de subscrição de ações da Petrobras. Já sabem que o governo enxugará todo o excesso e, portanto, só esperam a hora de zerar as posições, estourar as champanhes e abocanhar os bônus da operação e estourar champanhes.
Algum tipo soft de controle de capitais também poderia ser experimentado – por que não? Há, nesse sentido, um leque de possibilidades, todas visando ampliar o risco inerente às operações. Uma política de fixação de prazos mínimos de permanência dos recursos ingressados – como, aliás, é feito em todo o mundo –, se cuidadosa e bem estudada, certamente promoveria uma seleção de investimentos, tornando a vida um pouco mais dura para os capitais especulativos.
Muitos, em situação pior do que a Brasil, estão mexendo no câmbio. Só nós não devemos? Aliás, se todos estão mexendo no câmbio, esta é mais uma razão para não ficarmos parado.
José Paulo Kupfer

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Uma bomba relógio no sistema financeiro internacional




Segundo Michael R. Kratke, Professor de Economia Política e Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido, a BP é uma bomba de relógio no sistema financeiro mundial. A empresa refinancia-se com derivados creditícios e fundos de pensões que agora, e para infelicidade dos seus clientes, têm grandes perdas. Dois elementos tão centrais como obsoletos do atual capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira à escala planetária – levam-nos diretamente à próxima catástrofe. Continua>>>

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BP, uma bomba relógio no sistema financeiro internacional

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Segundo Michael R. Kratke, Professor de Economia Política e Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido, a BP é uma bomba de relógio no sistema financeiro mundial. A empresa refinancia-se com derivados creditícios e fundos de pensões que agora, e para infelicidade dos seus clientes, têm grandes perdas. Dois elementos tão centrais como obsoletos do atual capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira à escala planetária – levam-nos diretamente à próxima catástrofe.


O que começou como uma crise financeira em setembro de 2008, com a irrevogável falência do banco Lehman-Brothers, pode agora entrar na próxima ronda com a previsível queda da BP. A transnacional britânica é uma bomba relógio financeira, não só para a Grã-Bretanha mas para todo o Reino Unido. Os custos do desastre petrolífero no Golfo do México estimam-se em 70 bilhões de dólares.


Para os britânicos, a BP é como instituição nacional, a maior sociedade anônima do país, a 
blue chip mais brilhante do mercado de valores londrino. Muitas pessoas julgam que a BP é uma empresa petrolífera. E é verdade. A BP fornece petróleo, tem oleodutos e refinarias um pouco espalhados por todo o mundo. Mas a BP é, simultaneamente, um banco com um raio de ação internacional que, tal como a Enron ou a General Motors, actua nos mercados financeiros internacionais.
De AA a BBB

Como, oficialmente, não é uma entidade financeira, a British Petroleum esta a meio caminho de ser um negócio OTC ou fora do mercado organizado de valores, isto é, que atua fora das bolsas, num negócio sem regulação nem controle. O refinanciamento é através da titularização de derivados creditícios de alto risco, CSOs [obrigações colaterais sintéticas, na sua sigla inglesa], a que não corresponde qualquer valor patrimonial, mas apenas derivados creditícios. São um próspero comércio esses derivados financeiros. A BP é detentora ou tem participações em pelo menos 18% dos papéis deste tipo que circulam por todo o mundo. Recordamos que a crise financeira mundial foi desencadeada pela queda em cadeia de derivados titularizados: as CDOs [obrigações de dívida colateral, na sua sigla inglesa] e os CDS [derivados creditícios de dívida, na sua sigla inglesa]. Agora, os riscos nas CSOs são muito maiores e o alavancamento creditício de maior envergadura e as regulações são desconhecidas.

Por outras palavras: Quando a BP quebrar, a sua falência terá consequências globais. Como supostamente sucedeu no caso Lehman-Brothers, ninguém sabe até que ponto a BP está endividada, nem quem nem em que jogos de azar estão envolvidos os créditos da BP. Mas, como a transnacional é considerada a pérola da coroa da indústria financeira britânica, com fundamento se pode suspeitar que estão aqui metidos todos os que gozam de reputação e hierarquia no mundo financeiro internacional. Não há dúvidas: a próxima bolha está prestes a rebentar. É só uma questão de tempo. Mais provável dentro de semanas que de meses.

O valor patrimonial das instalações da British Petroleum atinge agora o montante de 240 bilhões de dólares. Muitos dos seus campos petrolíferos e participações estão à venda por todo o mundo. Desde finais de abril, perdeu metade do seu valor em bolsa. Deverá entrar um investidor estratégico, provavelmente um fundo estratégico árabe. Os líbios querem ser uma opção mas ninguém se balança a tamanho risco. E os meros boatos de uma entrada de mil milionários árabes não convencem as agências de qualificação do risco.

A Fitch, a menor das três grandes, baixou drasticamente no passado dia 15 de junho a qualificação do gigante petrolífero, pela segunda vez em duas semanas: e desta vez nada menos do que seis escalões de uma vezada, de AA para BBB. Se as duas grandes – a Moody’s e a Standard & Poor’s – a seguirem, os empréstimos da BP baixarão à categoria de lixo, como os títulos da dívida pública grega. De qualquer modo, grandes investidores destas agências, como Warren Buffet, colocaram milhares de milhões em ações e obrigações da BP, o que explica a moderação da Moody’s e da Standard & Poor’s.
Nada de OPAs hostis

Entretanto, a BP teve que ceder à pressão do governo dos EUA e sujeitar-se a um fundo de garantias num montante de 20 bilhões de dólares. Pelo menos até ao próximo ano a BP não poderá continuar a pagar dividendos, terá que seguir uma política de poupança férrea e eliminar milhares de postos de trabalho, os primeiros 5.000 já em 2010. Há fortes indícios que levam à suspeita que a explosão do passado dia 20 de abril no Golfo do México assenta numa implacável política de redução de custos. A segurança e o cuidado, como é sobejamente sabido, custam tempo e dinheiro. Quem louva o capitalismo pela sua eficiência não sabe do que fala. Ou se sabe, dá a entender aquilo em que não acredita.

A questão é que Londres prepara-se para o pior. Debaixo de um clamoroso silêncio acompanhado de rotundos desmentidos, trabalha-se em planos de emergência. A queda descontrolada ou uma tomada de controle da BP seria uma catástrofe para os britânicos. As ações da BP têm fama em todo o mundo de investimentos seguros e lucrativos. A BP pagava regularmente, trimestre a trimestre, polpudos dividendos.

Os fundos de pensões, os maiores investidores institucionais nos mercados financeiros internacionais, compravam e mantinha enormes quantidades de acções da BP. E no sistema britânico de reformas os fundos de pensões jogam um papel chave. Só que, precisamente os rendimentos de reforma cobertas por capital são tudo menos seguros. Quando rebentou a bolha imobiliária estadunidense em 2008, muitos fundos de pensões resultaram em prejuízos dos depositantes e pensionistas. Para os fundos de investimento britânicos que há alguns anos investiam em acções da BP, a catástrofe petrolífera é ao mesmo tempo um desastre financeiro. Cerca de um sexto de todos os dividendos que se pagam no Reino Unido vêm da BP! Assim, os fundos perderam de três formas: patrimonialmente pela queda livre das ações da BP, pelos dividendos evaporados, e pela diminuída capacidade de crédito.

Os fundos de pensões perderam já muito dinheiro com as ações dos bancos e, agora, cai-lhes em cima a situação da BP. Se se calcularem as possíveis perdas tendo por base uma pensão média entre 12 mil e 13 mil libras esterlinas anuais, falamos de 800 a 1.000 libras esterlinas por ano. Daí, o governo do primeiro-ministro Cameron não ter escolha. Se a BP ajoelha, terá que intervir com um novo pacote milionário de resgate. Se foi necessário para os grandes bancos, não será menos necessário para a BP. Isso significa mais dívida pública e ainda mais desproporcionados pacotes de poupança.

A BP não pode desaparecer, pois ela é, de longe, um dos maiores contribuintes fiscais da Ilha e controla uma boa parte das infra-estruturas vitais do reino insular, como a Forties Pipeline System que liga mais de 50 campos petrolíferos no Mar do Norte, ou o oleoduto Baku-Tiblisi-Ceihan, que possibilita o trânsito de petróleo do Cáucaso para a Europa ocidental. Por isso, David Cameron anuncia que o seu governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o controle da BP por empresas petrolíferas chinesas, árabes ou russas. Se a BP cai nas mãos das gigantes norte-americanas, acabaram-se as considerações para com os fundos de pensões ou para quaisquer outras necessidades britânicas. Dentro de poucos dias a BP tem que liquidar os pagamentos que se vencem no segundo trimestre de 2010. O seu montante é enorme.

Este caso ilustra com clareza como dois elementos tão centrais como obsoletos do capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira planetária – nos aproximam do abismo da próxima catástrofe.
(*) Michael R. Krätke é Professor de Economia Política e Director do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido.

Este texto foi publicado dia 26 de Julho de 2010 em 
www.sinpermiso.info 

Tradução de José Paulo Gascão

O maior e mais grave problema do país

Não é a inflação e nem a carga tributária. Muito menos os custos financeiros, ou a educação insuficiente, ou mesmo a infraestrutura deficiente. Nosso mais sério problema é a dívida interna e os juros altos. É essa taxa Selic elevada que a remunera. Só para se ter uma idéia da gravidade da questão, nos últimos doze meses pagamos R$ 179 bi de juros da dívida pública, o correspondente a 5,42% do PIB.

Para efeito de comparação, e para se ter uma idéia do que isso significa, lembro que o governo federal não consegue investir mais do que o equivalente a 1,5% do PIB. Precisamos ter muito nítida a consciência de que cada 1% a mais na Selic representa um aumento de quase R$ 20 bi a mais de pagamento do serviço da dívida interna. Coisa estratosférica!

Como o Banco Central (BC), seguindo o mercado, pretende elevar a taxa em 3% durante o ano - já a elevou em 1,5% de janeiro até agora - dá para se ter uma ideia do volume de recursos desviados dos investimentos e gastos sociais para os rentistas, para aqueles que detém os títulos públicos, para a especulação que aumenta a cada dia.

Inflação e Selic em alta, repito, constituem uma mistura explosiva para a dívida pública.

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