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Vibrador usa tecnologia do Wii


A Lelo, empresa de artigos eróticos está usando a tecnologia de um videogame de última geração para fazer vibradores safadinhos.
“Nós usamos características similares ao Wii em nossos aparelhos”, explica Paulo Guimarães, diretor da Lelo no Brasil, se referindo ao famoso jogo eletrônico da Nintendo.
Funciona assim: o homem, que pode estar até doze metros de distância, controla o tipo e a intensidade das vibrações do “brinquedo” por meio de um controle remoto sensível ao movimento. Do outro lado, a mulher recebe os estímulos.

Enlameada


Roberto Civita demorou anos para se revoltar. Só quebrou o código de silêncio firmado com José Serra e Geraldo Alkmim para proteger FHC quando se viu diante da evidência de que lhe havia sido feita uma promessa vã.

Confiou que as instituições seriam fiéis aos coronéis de turno e se renderiam às conveniências do poder.
Isso está dito na reportagem de capa da Veja: "Em troca do silêncio, (Roberto Civita) recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema (Carlinhos Cachoeira) teve suas entranhas expostas pela Porcuradoria-Geral da República, de penas mais brandas".
E quais seriam essas garantias? Vamos pensar juntos. Não é difícil percebê-las, partindo do princípio de que o Pig fez o que fez confiando que aquela concepção de FHC sobre o que faziam e aconteciam no Congresso era o retrato do Brasil.
Primeira presunção de garantia: controlada pela força piguista, a CPI do Cachoeira não daria em nada que pudesse produzir maiores e concretas consequências.
Segunda: a Polícia Federal sob as ordens do dublê de ministro da Justiça e advogado do Palácio do Planalto, cuidaria de limitar as investigações sem levá-las a inconvenientes profundezas.
Terceira: indicado e reconduzido ao cargo pelo presidente da República, o procurador-geral se apresentasse denúncia não o faria de maneira consistente.
Quarta: de composição majoritária teoricamente "governista" e de inescapável apego a formalidades, o Supremo Tribunal Federal não abriria processo.
Quinta: complexa e ampla demais, a denúncia não se sustentaria na fase judicial e poderia se estender à eternidade em decorrência de manobras da defesa.
Sexta: o julgamento não ocorreria tão cedo e, quando acontecesse, crimes estariam prescritos.
Sétima: permeável à influência dos comandantes da banda, a Corte de "maioria governista" teria comportamento de poder subordinado. Seja para absolver os acusados ou para lhes abrandar as punições, conforme a promessa feita a Roberto Civita sobre o pior que lhe poderia acontecer se calado ficasse.
Como a realidade mostrou e ainda não se cansou de demonstrar, o Brasil não é tão arcaico, desorganizado, institucionalmente desqualificado nem tão apinhado de vendidos como supunha o Piga.
por Porca Cramer

Existem duas em mim

Uma é mulher a outra, criança. 

Uma sabe que não é possível, a outra acredita ser.

Tem uma que brinca e a outra que tudo leva á sério.

Uma canta, dança, a outra sabe que a vida não é apenas sonho, ilusão, desejo, sedução. 

Uma tem quarenta e seis, a outra, dezesseis ! 

Neste jogo de sentimentos e emoções uma será vencida e a outra vencedora. 
Leônia Teixeira

PT já traça estratégia para 2º turno contra Russomanno

Em reunião realizada nesta terça-feira (18), envolvendo a cúpula da campanha, o candidato Fernando Haddad  e líderes do PT, concluíram que é chegada a hora de começar a traçar cenários para a campanha no 2º turno. Números das pesquisas diárias realizadas pelo partido dão conta que Serra já era.

Os petistas discutem nomes e também qual a hora certa para iniciar diálogo com o PSDB.

Vão lembrar aos tucanos, o apoio que o PT deu a Mario Covas contra Maluf.

Coordenadores da campanha estão otimistas quanto o PSDB apoiar Fernando Haddad.

Mensalão: Jorge Viana põe os pingos nos is


Anota Laguardia

Twitter muda mais uma vez


Divulgação
Novo Twitter
Na manhã desta terça-feira, 18, Dick Costolo foi ao programa da NBC "Today" para mostrar a nova versão dos perfis do Twitter. O CEO da rede de microblogs contou que a aparência não será modificada apenas no twitter.com, mas também nos aplicativos móveis.

A grande mudança é que a imagem de topo foi substituída por uma que não preenche o espaço todo da página, apenas o quadro sobre os tweets, que fica à direita.

O lado esquerdo também foi redesenhado, ganhando imagens maiores e ficando sem o avatar - que passa a fazer parte da nova imagem de capa.

A migração já começou, então todos os usuários serão forçados a mudar em breve - alguns já têm opção para fazer isso. O processo deve estar completo nos próximos meses.

do Olhar Digital

Golpe da tucademopiganalhada contra Lula já está em curso


247  Mais uma etapa do golpe para impedir a eventual volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, seja em 2014, seja em 2018, foi deflagrada nesta terça-feira. Reunidos nesta tarde, os presidentes de três partidos – Sérgio Guerra, do PSDB, Agripino Maia, do DEM, e Roberto Freire, do PPS – anunciaram que, após as eleições, irão apresentar ao Ministério Público um pedido de investigação criminal contra o ex-presidente Lula.
O pretexto é a capa da revista Veja desta semana, que traz uma “entrevista” de Marcos Valério, já desmentida e negada pelo próprio. Unidos, os presidentes dos três partidos condenam o “silêncio ensurdecedor de Lula”, como se o ex-presidente fosse obrigado a desmentir uma “entrevista” já negada pelo próprio entrevistado e a bater boca pelos jornais com um personagem condenado na Ação Penal 470.
Cumpre-se o roteiro anunciado, aqui, no 247: uma “entrevista” sem áudio e um processo contra Lula, que lhe coloca uma espada no pescoço, caso decida voltar a concorrer. Detalhe: Lula deixou o poder com 70% de aprovação popular e é hoje o maior cabo eleitoral do País. Seria eleito com quase 70% dos votos, segundo uma sondagem recente da CNT.
Colocado em impedimento, abre-se espaço para a oposição, na versão brasileira do golpe à paraguaia.

Jornal Nacional desidratado

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Dois mitos que caem juntos. O primeiro, de que o “Jornal Nacional”, da Globo, seria um telejornal imbatível, inatingível e intocável. Não é nada disso. O principal telejornal da Globo lamenta estar sendo muito prejudicado no período da veiculação do horário político eleitoral e já viu 20% de sua audiência ir embora. A informação está na coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha. 

Realocado para mais cedo na grade de programação da Globo, para dar espaço à propaganda política, o "JN" sofre com a migração de público para a TV paga e ainda enfrenta um adversário forte em audiência: a novelinha infantil "Carrossel" do SBT.

E a queda do JN pode estar se dando, ainda, por outras razões. Por exemplo, pelo fato de as notícias serem velhas uma vez que foram divulgadas na internet durante o dia. Ou ainda devido ao enorme tempo dedicado ao julgamento no Supremo, uma decisão política dos Marinhos e que revela que a mídia brasileira ainda não sabe lidar com as novas mídias e com a nova realidade política e social do país.

A Globo usa seus telejornais para fazer oposição ao governo, quando a imensa maioria da população apoia o governo. Recusa a regulação e a concorrência, o pluralismo e a diversidade... Enfim, mantém-se fiel ao discurso único, forçando a mão numa imagem que não bate com a realidade do país.Continua>>>

Tiririca: um dos melhores parlamentares de 2012


O cearense Tiririca (PR-SP) é eleito um dos melhores deputados do ano por jornalistas que cobrem o lesgislativo e  vai receber o Prêmio Congresso em Foco 2012, que será entregue no dia 8 de novembro. O primeiro palhaço eleito deputado na história do país está entre os 25 melhores deputados do ano e disputa voto dos internautas, que definirão a ordem final da classificação.
Segundo informações divulgadas pela Rede Brasil Atual, Tiririca comemorou a indicação e afirmou que não quer decepcionar o povo. Na Câmara há um ano e meio, o deputado informou que está apto ao trabalho parlamentar e reconhece a responsabilidade do trabalho.
Apoio ao circo
O deputado apresentou um projeto de lei que prevê a criação de um programa de amparo social ás pessoas que exercem atividades circenses. A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou a proposta no último dia 22, que agora será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Os profissionais do circo terão acesso à atendimentos da rede pública, mesmo sem ter endereço fixo. O projeto inclui os circenses na Lei Orgânica de Assistência. A justificativa do deputado é de que os artistas não tem como comprovar residência fixa, eles não conseguem matricular crianças em escolas da rede pública ou ser atendidos em postos de saúde.
Exemplo 
Tiririca é um dos nove deputados que registraram presença em todas as 171 sessões destinadas a votação na Câmara. Também tem sido assíduo nas comissões, onde a presença não é obrigatória. O deputado compareceu a 106 (88%) das 120 reuniões da Comissão de Educação e Cultura, da qual é titular. O deputado apresentou sete projetos de lei, todos voltados para o circo e a educação. Relatou cinco proposições. Mas não fez nenhum discurso em plenário. Na votação entre os jornalistas para o Prêmio Congresso em Foco, Tiririca recebeu 14 votos. Ficou entre os 15 mais votados na Câmara.
do DN

Tucanos, jornalistas e colunistas do pig

[...] farinha do mesmo saco

Carta aberta ao ministro do STF Joaquim Benedito Barbosa Gomes

Senhor ministro do Ínfimo - STF -, para começo de conversa informo que para mim, o judiciário é o mais corrupto dos poderes - desde sempre -. Eu já não tinha o menor respeito a este poder, principalmente os tribunais superiores - no judiciário quanto alta a corte, menor a estatura moral da maioria dos seus membros -, mas sei que existe exceções. Depois que o STF não desmembrou a Ação Penal 470, nada do que vier dessa quadrilha me admira.

Um ministro inverter o ônus da prova e ter apoio de alguns do seus pares é fichinha para mim.

Tudo muito bom, tudo muito bem.

Você afirmou ontem que a reforma tributária e previdenciária foram "compradas". Sendo assim, concluo que votará pela condenação dos réus inclusos neste capítulo da Ação Penal 470. Parabéns, é perfeitamente coerente - concordo com a coerência, não com a condenação -.

Agora, o que exijo como cidadão é que: Tenha vergonha nesta tua cara sem vergonha e anule as duas reformas.

Pago para ver tua coerência neste caso.

A tua coerência é de conveniência, igual a teu caráter maleável.

Torquemada!!!

Dicionário feminino

 


O padrão Veja de "jornalismo" II


Se você não leu a parte I, clique Aqui

Com a segurança de quem transitava com desenvoltura pelos gabinetes oficiais, inclusive os palacianos, e era considerado um parceiro preferencial pela cúpula tucana, o presidente do Grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita afirma que, primeiro FHC, mas, depois e até hoje, Serra “comandava tudo". Em sua própria defesa, diz que como operador das reportagens encomendadas contra o PT não passava de um “boy de luxo" de uma estrutura que tinha o então presidente e seu candidato no topo da cadeia de comando. "FHC era o chefe, hoje é Serra”, repete Civita às pessoas mais próximas.

A afirmação se choca com todas as versões apresentadas por Serra desde que o livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro, foi lançado, de que tudo era “lixo, lixo, lixo”.

A ira de Roberto Civita desafia a defesa clássica do ex-presidente FHC de que não sabia do Tucanoduto e nada teve a ver com o esquema arquitetado em seu primeiro mandato para sua reeleição. “Todo mundo sabe que ele comprou a emenda de sua reeleição. Sem contar os escândalos na área da saúde, comandada por Serra. E mais a lista de Furnas, a privataria, o Banestado, o Proer”...

Amigos contam que o que mais deprime Civita é a situação quase falimentar do Grupo Abril. A Veja se sustenta com anúncios. Para obtê-los deve produzir edições com tiragens de mais de um milhão de exemplares, que não se pagam com as assinaturas e vendas nas bancas. “Estamos queimando a casa [Grupo Abril – Nota do Blog] para produzir lenha para a Veja. Até cópia xerox, proibi na empresa”.

A rota de fuga de Serra evoluiu mais tarde para a negação completa, com a tese nefelibata de que a privataria tucana nunca existiu, tendo sido apenas uma armação do PT para chegar ao poder. A narrativa de Civita coloca Serra não apenas como sabedor de tudo o que se passava - Sanguessugas, Vampiros, Proer, Banestado, Privataria -, mas no comando das operações."Há até um vídeo na internet em que FHC confirma isso" [o vídeo é este aqui - Nota do Blog].

“O chefe é Serra. O objetivo era colocá-lo na presidência e Demóstenes [ex-senador cassado Demóstenes Torres, que também foi expulso do DEM – Nota do Blog] no Supremo. Com Demóstenes e Gilmar Mendes lá, o Brasil seria nosso”. No entanto, Demóstenes foi derrubado por operação da PF e Serra mais uma vez derrotado na luta pelo Planalto. “Agora, nem a prefeitura. Nossa salvação seriam os livros didáticos que ele colocaria nas escolas. Mas, agora, nem isso”...

Civita não esconde que se encontrou com Serra diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: “Do FHC ao Serra era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. A frase famosa e enigmática de José Serra — "Tudo que eu faço é do conhecimento de FHC” — ganha contornos materiais depois das revelações de Civita sobre os encontros em palácio. Roberto Civita reafirma que pode acabar nas barras do Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Serra porque eu, o Paulo Preto e o FHC não falamos”, disse na semana passada a um dos únicos amigos do bar da periferia que tem freqüentado anonimamente.

“Mas, se eu quebrar, não vou sozinho. Produzi um vídeo com quatro cópias”... Nesse instante, o telefone de Civita tocou e ele se afastou. Foi possível ouvir apenas “Diogo, já estamos promovendo seu livro na revista e pagando os processos. Estou na lona. O dinheiro acabou”...

 (O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevita com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos) nenhum deles desmentiu nada)

O padrão Veja de "jornalismo"


Os segredos do tucanoduto. Civita acusa: ‘Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo’


Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou seu carro em frente a um bar, em São Paulo. Responsável pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre da grande São Paulo. Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. “O PSDB me transformou em bandido”, desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.

Nessa mesma sexta, Civita havia organizado em mega-encontro, com mais de mil empresários do Brasil e do exterior. Chamou o ilustre economista Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a mesa de debates, sem dar satisfações. “Ali, foi selado meu destino” – acredita Civita.

Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: “Eu avisei ao Serra que ia dar merda! Eu avisei!”.

Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e calúnia da história, Civita enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira e seu grupo de arapongas, que faziam as “reportagens investigativas” de Veja, para defender interesses dos demo-tucanos. Civita manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o “predileto” do poder, relacionadas à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC, comandada por José Serra. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Polícia Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.

Serra ficou enfurecido e o ameaçou. “Ele disse que abriria o jogo e mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de Policarpo, eu”.

Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel. Os segredos de Civita, se revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o fio da meada, vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim. Serra, que, fiel a seu estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando a pior de todas as sentenças — a de sua morte: “Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”...

(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)

Os porquês da tucademopiganalhada não suportar Lula


Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.

Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.

Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.

Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.

Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.

Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.

Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.

O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.

Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.

Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.

Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.

Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”

Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.

Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.

O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.

Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.

Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.

Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.

Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.

Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.

Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.

Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.

Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.

Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula. 
Emir Sader

Silêncio


Calo-me para não incomodar teu silêncio, porque sei que é dele que precisa para escutar minha voz.

Se te tocar com palavras é entrega desvairada, sem medida...

É desejo incontido, animal.

Somos feras encurraladas, aprisionadas por este sentimento louco, insano sem igual.

Desejo que queima, que fere, que machuca, que desconcentra.

Se palavras não podem ser ditas.

Se olhares não podem se tocar, a nós resta quase nada ou quem sabe tudo.

A nós, resta sonhar !
Leônia Teixeira

Bom dia