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A retomada do crescimento


Hoje acordei tendo excelentes notícias, tendo como portadores a grande e mafiosa Rede Globo de televisão. Pois não é que estão fazendo estadalharço com o crescimento de 0,1% do pib brasileiro?...

Apenas para exemplificar:

É como você ganhasse 100 reais por mês e recebesse um vultuoso amento de 10 (dez centavos).

Sinceramente, não sei se investiria essa fortuna na bolsa de valores ou no rabo dos canalhas que roubaram 54 milhões de votos.

Corja imunda!

 ***

Economia

Após a inédita queda acumulada de quase 7,3% entre 2015 e 2016, o PIB em 2017 parece efetivamente ter parado de cair. Essa parada era, todavia, esperada, e não indica o início de um ciclo de crescimento. Isso porque, em primeiro lugar, o crescimento recente é muito pequeno em vista da queda acentuada nos trimestres anteriores, o que faz com que o PIB do último trimestre ainda seja menor que aquele registrado no primeiro trimestre de 2016, último do governo Dilma.
Em segundo, o crescimento não é generalizado, mas ocorreu graças a dois fatores pontuais que não devem se repetir: no primeiro trimestre, ao aumento da produção agropecuária resultante de uma safra recorde canalizada para as exportações e, no segundo, ao aumento do consumo das famílias propiciado pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS. O investimento, por seu lado, continuou caindo nos dois trimestres.
Além do próprio PIB, outros indicadores, apesar de largamente comemorados pelo governo, mostram apenas uma recuperação muito tênue: a produção da indústria de transformação cresceu 0,2% no ano (até julho), embora em 12 meses tenha caído 1,4%, e as vendas no comércio varejista, apesar de terem crescido em junho depois de muito tempo, ainda registram queda de 0,1% no ano e, em 12 meses, 3,0%. A alegada recuperação do emprego, por sua vez, se apoia principalmente na substituição de trabalhadores com registro em carteira por aqueles na condição de informalidade, tanto que apesar da tão festejada criação de empregos formais nos últimos meses, seu número ainda é quase 1,2 milhões menor que o registrado em abril de 2016, último mês do governo Dilma. Já o rendimento médio do trabalho, após o aumento resultante da desaceleração da inflação em 2016, passou recentemente a cair.
A estagnação do emprego e a estagnação ou mesmo queda dos salários reais deve manter o consumo das famílias deprimido, não obstante eventuais espasmos provocados por medidas pontuais.
Com a regra do teto dos gastos adotada em 2016, os investimentos públicos devem continuar em queda.
Com o fim do período principal de safra agrícola e com a manutenção da taxa de câmbio valorizada, as exportações líquidas não devem mais crescer.
Sem a indução do crescimento da demanda oriunda das famílias, do governo nem do exterior, o investimento privado deve continuar em queda.
Se a incipiente recuperação de alguns indicadores indica que a economia parou de retroceder, a estagnação da demanda e a ausência de motores para fazê-la crescer não permite falar em retomada. Sem a retomada, com a queda da renda familiar e o aumento do desemprego de longa duração, e com o corte das transferências de renda do governo e a deterioração dos serviços públicos, a violência nas cidades deve continuar a crescer. Longe da esperança propagada pelo governo, a vida da população nos próximos meses deve continuar a piorar, e as perspectivas de melhora seguirão turvas.
O Brasil está mesmo se recuperando?
A divulgação no último dia 01/09 do crescimento de 0,2% do PIB no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior levou o presidente Temer a afirmar que o "Brasil está crescendo, está se recuperando", e a festejos e auto congratulações dos apoiadores do governo no Congresso e nos meios de comunicação. Podemos concordar com ele e com, por exemplo, a revista Exame, que anuncia que o "Brasil começa a consumar virada histórica na economia"?


por Emilio Chernavsky***

Dilma prepara pacote de medidas para retomar o crescimento

A presidenta Dilma Rousseff tem reafirmado em diversos discursos que o seu principal compromisso é garantir a retomada do desenvolvimento para enfrentar a crise econômica. Segundo fontes citadas pela imprensa, a presidenta prepara um pacote de medidas que deverão ser discutidas com líderes de partidos da base aliada no Congresso Nacional, empresários e movimentos sociais.



Ainda de acordo com as fontes, a proposta da presidenta é retomar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para ouvir as lideranças e criar um espaço de diálogo permanente com toda a sociedade.

Em 2015, a presidenta Dilma enviou ao Congresso uma série de medidas com o objetivo de ajustar as contas. Ainda existem pautas que não foram aprovadas pelo parlamento. Por isso, o governo pretende utilizar a força desse conselho para fazer com que tais medidas possam ser enviadas com formato “afinado” ao que os parlamentares devem aprovar, diferentemente das chamadas “pautas bombas” manobradas pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pela oposição do “quanto pior melhor”.

Um dos pontos fortes do plano que está sendo discutido é promover o estímulo da economia por meio da infraestrutura, assim como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), criado em 2007 durante o governo do ex-presidente Lula.

O objetivo é reaquecer o setor da construção civil para criar empregos com programas como a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida e a quitação de obras já executadas.

Outra proposta em debate são os financiamentos de médio e longo prazo para determinadas atividades econômicas, com o objetivo de criar um ambiente favorável de negócios, como melhor regulação de um setor ou promovendo investimentos em infraestrutura que possam ajudar aquele segmento.

A grande imprensa especula também sobre uma proposta de reforma da Previdência, que já encontra resistência dos movimentos sociais. De acordo com uma fonte do Planalto citada pela grande mídia e não identificada o governo tem ciência de que enviar propostas de reforma da Previdência sem ouvir movimentos sociais, sindicatos e empresários, pode “dificultar” a aprovação de medidas, o que seria um bom sinal de que o diálogo prevalecerá.





do Portal Vermelho, com informações de agências

Setor produtivo apoia Dilma


A presidente Dilma Rousseff, que se reuniu hoje terça (15) com presidentes de centrais sindicais e representantes do setor produtivo no Fórum da Previdência, ganhou o apoio dos empresários contra o golpe. O presidente da Anfavea - Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos -, Luiz Moan, disse que a entidade não vai seguir o caminho da Fiesp - Federação da Indústrias de São Paulo -, que se posicionou favorável à perda do cargo da presidente: "A Anfavea pensa no Brasil". César Prata, presidente da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos -, foi na mesma linha, afirmando que a instituição não é um partido político.  O ministro do Trabalho, Miguel Rosseto, disse que "reunião fortalece o ambiente de diálogo positivo para o governo, para a presidente Dilma Rousseff, a partir de uma agenda de crescimento econômico".



É a crise. é o caos! Prévia do terceiro trimestre sinaliza recuperação da economia brasileira

Navalhada
A Economia da Zona do Euro cresceu 0,2 no terceiro trimestre.

A Alemanha cresceu 0,1%, depois de – 0,1% no trimestre anterior.

A França cresceu 0, 3%, depois de – 0,1%. no trimestre anterior.

A Itália cresceu – 0,1%.

O excepcional resultado na Europa, como se percebe, é resultado do desastroso intervencionismo da presidenta Dilma Roussef.

Ah, o Brasil cresceu 0,60% no terceiro trimestre. Apenas 0,59 p.p a mais que a Alemanha.
Uma vergonha!
Não é mesmo Dona Leitoa?


De olho em 2014

O xadrez eleitoral e o dilema de Dilma
Editorial do Brasil de Fato
A eleição para a Presidência da República do Brasil em 2014 aos poucos vai ganhando contornos de uma disputa acirrada e decisiva. Acirrada porque as forças neoliberais jogam todas as suas fichas na derrota da presidenta Dilma e, por isso mesmo, nesse momento, fazem uma forte ofensiva contra a imagem do governo federal ao pautarem a CPI da Petrobras. E, decisiva, porque o resultado das eleições presidenciais influenciará diretamente na correlação de forças na América Latina.

O neodesenvolvimentismo vigente nos governos Lula e Dilma não politizou e nem inseriu suas conquistas socioeconômicas em torno de um projeto político vinculado à necessidade de organização de uma base social de massas. Melhorar a vida do povo evitando ao máximo o conflito de classes, nisso consiste o caráter ideologicamente conservador do neodesenvolvimentismo. Não é para menos. Hegemonizada pela burguesia interna e institucionalmente pelo PMDB e aliados, a frente neodesenvolvimentista tem como base um sistema político carcomido, avesso às reformas estruturais pendentes na sociedade brasileira.

É a crise

É a treva. Que horror!!!
Polo industrial de Manaus bate recorde e fatura mais de 7,2 bilhões mais 28% que em 2013. No acumulado do primeiro bimestre de 2013 o faturamento foi de 13, 7 bilhões de reais
  • A venda de videogames cresceu 166%
  • A fabricação de tvs LCD cresceu 79%
  • A fabricação de notebooks cresceu 93%
  • A fabricação de tvs de tela plana cresceu 453%
  • Governo não se surpreende com desempenho da economia

    247 – Executivos e analistas já se dizem surpresos com o desempenho da economia nos primeiros meses de 2013. 
    Balanço feito pelo Valor aponta que, enquanto mantêm as projeções de PIB entre 1,5% e 2% para o ano, estimativas de crescimento zero no trimestre já foram substituídas por alta de até 0,5% na comparação com o quarto trimestre de 2014. 
    Ritmo surpreende impulsionado pela geração de emprego, que superou em 77% a do primeiro bimestre de 2013; a produção industrial, após avanço de 2,9% em janeiro sobre dezembro; e vendas do varejo; no Carnaval, o Indicador Antecedente de Vendas de 48 grandes varejistas do país apontou alta de 6,2% na comparação com fevereiro de 2013
    Triste sina dos caducos do Restelo

    Rodrigo Viana - Brasil tem o terceiro crescimento do mundo

    Cadê os urubulinos?


    Urubulinos perderam de novo: Globo deveria colocá-los de volta nos programas de humor, e não nas colunas sobre economia
    Há, sem dúvida, muitos problemas na economia brasileira: dependência excessiva de produtos primários, indústria estagnada e, principalmente, juros extorsivos – impostos pela chantagem dos grupos financeiros (associados à velha mídia corporativa). Ainda assim, o Brasil mostra força. Em meio à crise mundial, seguimos crescendo. Em 2013, nossa economia cresceu 2,3%, atrás apenas da Coréia do Sul e da China.

    Era curiosa a manchete da “Folha” na internet,  nesta quinta-feira: “Brasil cresce mais do que o esperado e…” Êpa. Deram bandeira. Mais do que o esperado por quem? Agora há pouco a “Folha” resolveu corrigir a manchete: “Investimento reage e é destaque do PIB”. Destaque? Isso não é Carnaval, meu povo! Mas curioso porque um dos pontos para se pedir a demissão de Guido Mantega (o primeiro ministro da Fazenda que não se alinha automaticamente com o “mercado”, desde 1994) era justamente a falha do governo em induzir e atrair capitais para investimento.
    Hum…
    Mas deixemos os cães ladrarem… 
    E vamos aos dados objetivos: o Brasil ficou atrás apenas de China e Coréia do Sul em 2013, no índice de crescimento do PIB (produção de bens e serviços da economia), entre as 13 economias que apresentaram seus dados, de acordo com seleção do IBGE.

    É o que revela o Blog Radar Econômico, do Estadão. Isso mesmo: Estadão!!!
    A China cresceu 5,7 pontos acima da média mundial, de 3,0%. Já a Coreia do Sul teve 2,8% de expansão.

    A economia brasileira cresceu acima dos 1,9% de variação dos PIBs de África do Sul, Estados Unidos e Reino Unido. O terrorismo da velha mídia e do capital especulativo não foi suficiente para frear o crescimento no ano passado. O que vão dizer os tucanos, o Sardenberg e a Miriam Leitão? (Rodrigo Vianna e Igor Felippe)

    Abaixo, leia o texto do IBGE sobre o crescimento da economia brasileira.

    Em 2013, PIB cresce 2,3% e totaliza R$ 4,84 trilhões

    Da Página do IBGE

    O homem tem longa experiência sobrevivendo à adversidade, mas pouca sobrevivendo à prosperidade

    Enquanto isso, no distante reino da Dinamarca...
    Em uma pesquisada anual intitulada "World Happiness Report", realizada em 2012 e 2013, a Dinamarca foi coroada duas vezes seguidas como a mais feliz das nações, esse ano sendo seguida pelas vizinhas Noruega, Suíça, Holanda e Suécia.
    Por lá, pais e mães recebem um total de 52 semanas compartilhadas para licença maternidade, saúde é um direito público devidamente garantido, há maior igualdade de gêneros, bicicleta é um meio de transporte para mais da metade da população em Copenhagen, mais de 40% da população se engaja em algum trabalho voluntário e nem mesmo as longas noites de frio intenso são um incômodo, diante do hábito cultural conhecido como hygge – termo local para práticas de aconchego, viver simples e bem.
    Segundo o professor Jeffery Sachs, um dos responsáveis pelo estudo:
    "Existe hoje uma crescente demanda mundial por políticas públicas mais alinhadas com o que realmente importa para o que as próprias pessoas entendem como seu bem-estar. Mais e mais líderes globais estão dialogando sobre a importância do bem-estar como um guia para suas nações e para o mundo."
    Com alguma sorte, as próximas gerações vão resolver os problemas estruturais que hoje afligem os países menos afortunados e, cedo ou tarde, seremos todos dinamarqueses. Estamos, len-ta-men-te, nos tornando mais hábeis em reconhecer o que os torna felizes e cultivar condições para que isso floresça.
    Por hora, podemos aprender um bocado apenas observando os países nórdicos, que parecem estar na dianteira desse percurso. Como podemos ler nesse belo artigo da The Economist:
    Há boas razões para prestarmos atenção a esses pequenos países na ponta da Europa. A primeira delas é por terem alcançado o futuro primeiro. Eles estão lidando com problemas que outros países hão de enfrentar no devido tempo.
    Pessoalmente, me interessa saber o que eles teriam a dizer sobre os dilemas relativos ao futuro da prosperidade.
    Estamos acostumados a ter questões graves nos atormentado vida afora. Porém, quando os fatores externos estão estabilizados e nos tornamos pessoas civilizadas, cultas, elegantes, educadas, sociáveis, bem-sucedidas financeiramente, sem problemas críticos de saúde, emprego ou moradia, vivendo em cidades inteligentes, bem planejadas e agradáveis, em um estado justo e honesto, o que acontece?
    Quando a prosperidade bate à porta, sem ressalvas, como nos relacionamos com ela?
    O trio WhoMadeWho arriscou uma crítica mordaz em sua trilogia de videoclipes lançados em 2010, 2011 e 2012, feitos em parceria com a Good Boy! Creative. Além de talentosíssimos, são, claro, dinamarqueses.

    Keep me in my plane

    Experimente ler, após o vídeo: "Solidão Masculina".

    Every minute alone

    Letra da música (roubei daqui a frase de abertura desse texto)
    Experimente ler, após o vídeo: "A nova geração de homens mimados".

    Running man & the sun (Pitfalls of modern man)

    Experimente ler, após o vídeo: vários de nossos melhores artigos. Ou, apenas, "O seu estilo de vida já foi projetado".
    Os três vídeos são construções narrativo-musicais dignas de palmas.
    * * *
    O tema felicidade está numa ascendente. Nos artigos do PdH, na web, nas livrarias, em encontros políticos, nos bares e nas viradas de ano ao redor do o mundo. Todos desejam e vão buscar por mais em 2014.
    A questão é, ao riscar todos os itens das listas de metas e "chegando lá", o que se faz?
    Guilherme Nascimento Valadares

    Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.


    Outros artigos escritos por 

    economia voltou a crescer em Outubro

    Puxada pelo setor de máquinas, a indústria brasileira cresceu 0,6% em Outubro comparando com Setembro, contrariando assim - mais uma vez - os caducos do Restelo.

    O resultado aponta que a economia retomará o crescimento no último semestre do ano.

    Urubológas e cia ainda vão morrer do bofe.

    Desastre não veio. Mas virá, calma, ronca a Leitoa do Restelo

    Depois do fiasco da “explosão inflacionária”, agora é a vez de Miriam Leitão ter de admitir, também, que a apregoada retração da economia, prevista diariamente por ela e por outras cassandras do jornalismo econômico não vai, igualmente, acontecer.
    Na sua coluna de hoje, a musa do neoliberalismo entrega os pontos e admite que o PIB do segundo trimestre – cujo resultado sai no final do mês – vai ser acima das expectativas e chegar a 1% sobre o anterior, o que levaria a taxa de crescimento da economia, em termos anuais, a 4%.
    O número que previra o insuspeito economista Francisco Lopes, há 20 dias, num artigo do Valor, que se iniciava com um pedido para que não fosse visto como piada pelos talibãs do jornalismo econômico.
    A fonte do crescimento será, segundo preveem as fontes de  de Leitão, a indústria  e o investimento, não o maldito consumo popular.
    Pudera, com o presidente do BC, Alexandre Tombini, tendo passado – embora eu ache que volta logo – para o lado de lá, o do jurismo militante, daí é que não poderia vir.
    O crescimento é ainda mais significativo porque se deu abaixo de uma tempestade de pessimismo veiculado pela mídia, que apresentava o Brasil na ante-sala do caos político e econômico.
    Ela mesma admite o chabu de suas previsões:
    “Ninguém duvida que o governo vai comemorar como prova de que todos os alertas e críticas foram equivocados.”
    Mas ela não desiste, só adia o mau agouro: vem aí um terceiro trimestre desastroso! Aliás, O Globo continua de pé pela pátria agourenta: diz que o crescimento do IBC-Br, índice do Banco Central, veio “abaixo das expectativas de mercado”: crescimento de 1,13% em junho contra uma previsão do mercado de 1,2%. Sete centésimos de centésimo! Esse pessoal devia jogar na Mega-sena.
    É por isso que Miriam insiste, não desiste do catastrofismo.
    “Os primeiros sinais do terceiro tri são de que será o pior período do ano.”
    O fundamentalismo neoliberal é uma proeza!
    Por: Fernando Brito

    Brasil cresce a 4% ao ano

    O título deste texto não é uma piada, nem uma projeção, nem mesmo a expressão de um desejo. É apenas a constatação de um fato: os últimos números publicados para o Índice de Atividade do Banco Central, o IBC-BR, que pode ser considerado uma aproximação em base mensal para o PIB trimestral do IBGE, indicam claramente que no segundo trimestre de 2013 a economia brasileira estava crescendo ao ritmo de 4% ao ano.

    Mas espere um momento! Não foram esses números que repercutiram de forma tão negativa na imprensa, sugerindo até que estamos novamente a caminho da recessão? Basta olhar os títulos de algumas das matérias publicadas: Indicador do BC mostra país na rota da recessão; Economia tem maior retração desde 2008; Cada vez mais difícil decolar; Bancos oficiais já prevêem crescimento abaixo de 2%; IBC-BR reforça sinais da lenta perda de gás da economia em 2013; Pibinho de inverno.

    É no mínimo temerário extrair qualquer sinal de direção de movimento com base na observação de um único mês

    Na realidade, a única coisa que fica clara aqui é que a mídia especializada e a grande maioria dos analistas da economia parecem sofrer atualmente de um pessimismo obsessivo. De fato a leitura que foi feita dos números do BC configura um caso clássico do que a psicologia cognitiva denomina de viés de confirmação (confirmation bias), que ocorre quando as pessoas só são sensibilizadas por informações que pareçam confirmar suas crenças ou hipóteses, ignorando qualquer evidência em sentido contrário.

    O que o Brasil precisa

    Boas notícias da inflação de junho. 
    O IPCA, que mede a inflação oficial, desacelerou de 0,37% em maio para 0,26% em junho. Essa taxa é a menor desde junho de 2012, que foi de 0,08%.

    Como previsto, o grupo de alimentação e bebidas teve uma forte desaceleração, de 0,31% em maio para 0,04% em junho - o menor resultado desde julho de 2011 (-0,34%). Foi a quinta queda seguida.

    As boas notícias na economia não param aí. Agora vêm os leilões do pré-sal, já em outubro. E também temos os leilões das ferrovias, dos portos e rodovias – condição para um maior crescimento, redução de custo, logística melhor e mais recursos para educação e saúde, melhores transportes no país.

    Mais produção de petróleo e gás significa uma balança externa equilibrada e recursos para investimentos em educação e inovação. É o que o país precisa nos próximos anos: crescimento sem inflação e com distribuição de renda e melhores serviços públicos.
    José Dirceu

    O Brasil e a engrenagem

    Antes de lembrar os inegáveis sucessos desses dois anos de governo da presidenta Dilma Rousseff na administração dos problemas da economia, decidi entrar direto na discussão do que me parece o maior desafio que ela terá de enfrentar (e vencer) nos dois últimos anos do seu governo que começam. 
    O Brasil precisa aumentar fortemente o ritmo dos investimentos para voltar a crescer 5% ao ano, o que vai acontecer quando funcionar a engrenagem fundamental que move todo o sistema das economias de mercado, a confiança que deve existir entre o setor privado e o Estado.
    Os investimentos retornarão quando se reforçar nos empreendedores a certeza de que serão tratados com justiça, com regras de jogo amigáveis aos mercados, claras e definitivas e com a garantia de que haverá respeito rigoroso à estabilidade dos contratos. 
    • De um lado, é vital que o setor privado entenda as dramáticas dificuldades que cercam a administração do Estado, aceitando o fato de que o poder incumbente é o regulador dos mercados para aumentar a competição num ambiente favorável aos negócios. 
    • Por sua vez, a administração do Estado deve manobrar com inteligência e paciência e obter a cooperação do setor privado para a realização de seus objetivos.
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    Os golpistas a procura de um país


    "A história nos oferece duas lições claras: reduzir a dívida é incrivelmente difícil sem crescimento, e aumentar o crescimento é incrivelmente difícil sem uma pesada carga de dívida pública" (Christiane Lagarde, diretora-executiva do FMI; 12-01-2013).
    "Não se pode melhorar a situação fiscal sem que haja crescimento antes" (Shinzo Abe, líder direitista do conservador Partido Liberal, recém indicado primeiro ministro do Japão com uma agenda que inclui: pacote de US$ 115 bi em investimentos públicos; afrouxamento monetária e elevação da meta de inflação; 12-01-2013).
    "O Banco Central não mira mais o centro da meta da inflação e aceita uma alta de preços maior para não prejudicar o crescimento. Controla fortemente o câmbio e, para completar, a equipe econômica faz maquiagens nas contas públicas(...) o PT ousou tocar num dogma do governo anterior aclamado pelos economistas". (O Globo; domingo 13-01-2013)
    "As bases de uma economia saudável, promissora e atraente para empreendedores de longo prazo estão sendo minadas por uma política voluntarista, imediatista, populista e irresponsável, embalada num mal costurado discurso desenvolvimentista (...) o Executivo decidiu estimular com recursos orçamentários o crédito para investimento (...)numa crescente e perigosa promiscuidade financeira" (Estadão; 06-01-2013)
    "A criatividade do Tesouro Nacional para fechar suas contas, com o uso de sucessivas manobras contábeis e brechas legais, criou no Brasil uma contabilidade paralela à oficial que coloca em risco a credibilidade fiscal (...) a economia do setor público para pagar juros da dívida foi no mínimo 35% menor que a oficial em 2012" (Folha de S Paulo; 12-01-2013)
    As declarações dos insuspeitos quadros conservadores, Christiane Lagarde e Shinzo Abe, soam, como se vê, quase como provocação no cenário fiscal beligerante criado pelo conservadorismo brasileiro em torno dos gastos do Estado.
    A ofensiva busca engessar políticas contracíclicas asfixiando-as num torniquete de ilegitimidade, alarmismo e descrédito.
    Articulistas de peso e medida e competem para ver quem dá menos pelo futuro da estabilidade fiscal nas mãos da nova populista do quarteirão: Dilma Rousseff.
    Ex-ministros do governo FHC --sob cuja batuta a dívida pública saltou de 30% para 51% do PIB, entre 1995 e 2002; hoje é de 35%-- disparam mísseis alarmistas a partir de bases midiáticas conhecidas.
    O conjunto busca abrir espaço para dar sentido e ressonância à candidatura oposicionista em 2014.
    O mantra fiscal tem como alvo camarotes e numeradas dirigindo-se, sobretudo, ao dinheiro grosso da finança local e forânea.
    Tem pouco ou nenhum apelo aos ouvidos das gerais que por razões históricas legítimas e experiência intuitiva arguta menosprezam o sassarico retranqueiro e cobram o jogo ofensivo em busca de gols.
    O dissenso entre uma coisa e outra faz colunistas provectas se comportarem como focas desastradas, torturando fatos e calendários na sôfrega ânsia de entregar a encomenda.
    Procura-se a 'manchete popular' capaz de embalar o comboio anti-petista empacado na BR 2014.
    Enforcar a reputação de Lula em praça pública? Anunciar a emergência elétrica? Eduardo Campos presidente?
    A embreagem exala queimado e os pneus afundam no atoleiro.
    Até Lagarde e Shinzo sabem que a camisa de força ortodoxa agrada ao rentismo mas reserva uma espiral descendente intolerável à sociedade e contraproducente ao conjunto da economia.
    A direita brasileira está à procura de um país em que faça sentido escalpelar e pedir votos ao mesmo tempo e com igual intensidade.
    Desqualificar moralmente o PT e suas lideranças históricas foi o primeiro esticão na tentativa de reconciliar a corda com o pescoço.
    FHC advertiu e o diretório midiático rapidamente entendeu: sem fuzilar Dilma naquilo que a distingue, a reordenação do investimento em plena crise mundial, seria quase operar como cabo eleitoral da reeleição.
    O 'caos econômico' ocupou o espaço generoso das manchetes reservadas antes ao julgamento da AP 470.
    A prova do pudim tem sido um fiasco.
    Mas se aos quituteiros da receita amargosa resta pouco mais que insistir no veneno, ao governo chegou a hora de readequar metas, métodos e discurso.
    É contraproducente negar o óbvio.
    A crise mundial de fato produz o enfraquecimento fiscal do Estado, que arrecada menos e gasta mais.
    Mas também adiciona notável transparência aos conflitos de interesses.
    Setores produtivos igualmente se dividem entre a sobrevivência industrial, por exemplo, e a preservação da voragem rentista cobrada por banqueiros, acionistas e seus ventríloquos na mídia.
    Tudo o que é sólido se desmancha no ar: relações de força se mexem; espaços conquistados deslizam; aliados hesitam
    O conjunto torna inteligível e pertinente para toda a sociedade discutir a questão básica do desenvolvimento: produzir o quê, para quem,a que custo e como?
    O conjunto torna inteligível e pertinente para toda a sociedade discutir a questão básica do desenvolvimento: produzir o quê, para quem,a que custo e como?
    Essa é a agenda que pode devolver ao governo a limpidez de um discurso que não apenas legitima suas iniciativas, como abre espaço para ir além delas, subtraindo terreno ao fiscalismo regressivo e alarmista.null
    Postado por Saul Leblon 

    Brasilianas.org - Os desafios econômicos para 2013


    O primeiro Brasilianas.org do ano, a ser realizado hoje segunda-feira (07), ao vivo, às 20 horas, irá abordar os desafios econômicos necessários para o fortalecimento do PIB - Produto Interno Bruto -. 
    Para falar sobre o tema convidamos David Sergio Kupfer, assessor da presidência do BNDES e Luiz Carlos Bresser-Pereira, presidente do Centro de Economia Política, editor da Revista de Economia Política e ex-ministro das pastas Reforma do Estado e Ciência e Tecnologia.
    Nessa edição pretende-se avaliar o tripé da economia - modelo de meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário -, a defesa da indústria brasileira como peça no fortalecimento do PIB e as transformações econômicas desde o governo Collor.

    Dilma: O Brasil vai se dedicar muito a melhorar as condições de educação do nosso povo


    A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, durante café da manhã com jornalistas, que a redução dos juros e da carga tributária e os investimentos em infraestrutura e educação foram os pontos que marcaram seu governo nestes dois anos de mandato. Segundo ela, todas estas medidas vão gerar um crescimento sustentável nos próximos anos.
    “Eu acredito que o Brasil, em 2013, vai crescer. O Brasil vai crescer, e mais, nós estamos abrindo um caminho, não só de crescimento, mas de melhoria de oportunidades. O Brasil vai se dedicar muito a melhorar as condições de educação da nossa população, do nosso povo (…) Acredito também que o ano que vem vai ser um ano muito bom, porque nós vamos continuar superando a pobreza extrema, que é o compromisso do meu governo até 2014″, disse.
    Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
    Energia
    Eu acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento (…) Não tem crise de energia no país. Aliás, pelo contrário, o Brasil hoje é um país que não tem a menor crise de racionamento. Nós estamos fazendo todo o possível. E eu quero dizer que é meu compromisso e, insistir junto ao setor elétrico, para também que essas interrupções na área de transmissão de energia e na área de distribuição de energia sejam superadas.
    Impostos
    O Brasil precisa reduzir os impostos. Quando você reduz a carga dos juros, você tem condições de reduzir os impostos. Nós optamos por uma redução da tributação sobre folha de pagamento porque implicaria em reduzir o custo do trabalho porque era um fator extremamente estranho no Brasil. A gente tributava quem mais empregava. É algo que não é consistente com um crescimento sustentável de médio prazo. Queremos fazer reduções.
    Juros e competitividade
    Este foi o ano da competitividade, de buscar a competitividade. Eu sei que buscar a competitividade vai ser algo que nós teremos de fazer permanentemente ao longo de todos os anos. Mas, a partida foi dada este ano. Primeiro com a redução dos juros. O Brasil precisava buscar um patamar de juros compatível com o que é praticado internacionalmente.
    Infraestrutura
    Ninguém faz infraestrutura em um ano. É uma simplificação que nós não podemos nos permitir. A infraestrutura dos países, ela é feita ao longo de anos. Eu estava olhando alguns países da União Europeia – você olha que eles tiveram 20 anos para fazer a infraestrutura que têm – nós, recém-começamos esse processo de investir em infraestrutura no Brasil. Paramos 20 anos. Agora, tem que virar uma obsessão do país, investir em infraestrutura.
    Educação
    O Brasil não terá um crescimento sustentável se não investir em educação, e muito (…) nos anos iniciais eu preciso de um tratamento que implica em gastos, não só para creche, mas, sobretudo, para alfabetização na idade certa. E além de alfabetização na idade certa, nós precisamos de escola integral.

    Dilma e Hollande defendem o crescimento e emprego para combater cris


    A presidenta Dilma Rousseff e o presidente francês, François Hollande, defenderam nesta terça-feira (11), em Paris, o compromisso com o crescimento econômico e a geração de emprego como forma de combater a crise. Os discursos foram feitos durante a abertura do “Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise”, coorganizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès.
    “É preciso de muita cooperação, diálogo e que se assuma um compromisso com o crescimento, o emprego, a justiça social e o meio ambiente, para que se possa criar um caminho sustentável para saída da crise”, afirmou Dilma, concordando com a fala de Hollande. Para ele, as iniciativas devem ter seu peso sobre o emprego, e que o crescimento deve ser a primeira exigência.
    Dilma também apoiou a sugestão de Hollande para a criação de um conselho de segurança econômica e social, nos moldes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Dilma afirmou que a recessão e a desordem fiscal podem ter consequências sociais e políticas graves, como a descrença na política, o abandono da democracia, a xenofobia e o desespero pela falta de futuro.
    “Superamos a visão incorreta que contrapõe, de um lado, as medidas de incentivo ao crescimento e, de outro, os planos de austeridade. Esse é um falso dilema. A responsabilidade fiscal é tão necessária quanto são imprescindíveis medidas de estímulo ao crescimento, pois a consolidação fiscal só é sustentável em um contexto de recuperação da atividade econômica”, conclui.

    A oposição compara Onestamente


     Delfim Netto:
    HONESTIDADE NAS COMPARAÇÕES



    Os críticos da política econômica do governo (que não conseguem esconder o ressentimento diante do terrível sucesso do processo de redução dos juros) voltaram a se animar diante da divulgação dos números do PIB neste fim de ano. Realmente, em 2012, o Brasil não deverá crescer mais que 1,7% ou 1,8%. São taxas medíocres para os nossos padrões históricos, o que é mais do que suficiente para a oposição comemorar a divulgação de um relatório do FMI, destacando o fato que o Brasil crescerá menos que a África do Sul (!) neste ano…

    Trata-se de um expediente malandro. Não se faz uma comparação honesta, porque não é apenas o crescimento do PIB que dá toda a informação sobre o comportamento da economia de um país. Basta ver que, apesar do baixo crescimento deste ano, o Brasil não tem praticamente desemprego (algo menos que 5% da força de trabalho), enquanto 25% dos trabalhadores da África do Sul estão desempregados.

    Isso nos remete a uma questão interessante: o Brasil está crescendo menos, mas todos os levantamentos internacionais mostram que o Brasil é um país onde a satisfação da sociedade com o governo é das maiores. O que importa é o crescimento econômico com inclusão social. Temos crescido menos, mas a inclusão continuou.

    O Brasil tem reduzido dramaticamente os níveis de desigualdade e isso aumenta o bem-estar da sociedade, além do crescimento. Poderíamos ter feito melhor, não há a menor dúvida, ampliado o projeto de inclusão e alcançado um ritmo de crescimento bem maior. É preciso levar em conta, contudo, que a situação mundial continua bastante complicada.

    Nossa economia tem ligações externas muito importantes e no início deste ano fomos obrigados a tomar medidas monetárias duras, mecanismos que produziram uma redução muito importante na demanda dos produtos industriais produzidos no Brasil e dificuldades nas exportações. Crescemos muito menos do que poderíamos e deveríamos ter crescido, mas prosseguimos no nosso programa de inclusão social e praticamente chegamos ao pleno emprego, um contraste monumental com as demais economias.

    Por isso é preciso relativizar a comparação do FMI, que, aliás, não costuma enxergar além do umbigo e ultimamente passou a pisar muito no tomateiro. Somos dos poucos países do mundo com déficit fiscal igual a 2,2% do PIB, uma relação dívida/PIB em torno de 35%, uma taxa de inflação de 5,5% ao ano, elevada em relação à meta, mas que deve convergir para os 4,5% no centro da meta.

    Então é uma política que está funcionando e mais importante do que isso é um país já em outro ritmo de crescimento: neste fim de ano é visível o crescimento no terceiro trimestre sobre o segundo, em torno de 1%, o que concretizará aquilo que vínhamos intuindo há muito tempo: o Brasil vai virar 2012 tendo crescido pouco, mas terminando o ano com a economia “rodando” a 3,5% e 4%.

    O crescimento em 2013 será construído por nós. Vai ser construído pelo o que o setor privado brasileiro for capaz de realizar, pelo que o governo for capaz de fazer e pela melhora das relações entre o setor privado e o governo. Há condições para sustentar um crescimento econômico de 4% ou 4,5% no ano que vem (como preveem o ministro Guido Mantega e o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa) e depois pro­curar manter esse nível em média até 2030, digamos.

    Isso exigirá, certamente, um investimento bruto anual da ordem de 25% do PIB, com déficit em conta corrente de não mais de 1,5% do PIB ao ano. Exigirá também a continui­dade de uma rigorosa política fiscal, capaz de sustentar a política monetária capaz de produzir o equilíbrio interno e uma aguerrida política cambial, o equilíbrio externo.

    Tudo o dito acima e mais: para cooptar o investimento privado indispensável para ampliar o desenvolvimento, o governo precisa insistir em demonstrar ser “pró-mercado” (não “pró-negócio”), ser definitivamente favorável à competição regulada e ágil e não pretender realizar diretamente aquilo que, por sua natureza, o setor privado ­sabe fazer melhor.