A cédula de 100 reais

O palestrante iniciou o seminário exibindo uma cédula de 100 reais e perguntando: 


“Quem de vocês quer esta nota de R$ 100,00?” Todos ergueram a mão...
Então ele disse: “Darei esta nota a um de vocês esta noite, mas primeiro, deixem-me fazer isto...” Então, ele amassou totalmente a nota. E perguntou outra vez: “Quem ainda quer esta nota?” As mãos continuavam erguidas.
E continuou: “E se eu fizer isso...” Deixou a nota cair no chão, começou a pisá-la e esfregá-la. Depois, pegou a nota, agora já imunda e amassada e perguntou: “E agora?” “Quem ainda vai querer esta nota de R$ 100,00?” Todas as mãos voltaram a se erguer. O palestrante voltou-se para a platéia e disse o seguinte: “Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês continuaram a querer esta nota, porque ela não perde o valor. Esta situação também acontece conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos nos sentindo sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa! Nada disso altera a importância que temos. O preço de nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas pelo que fizemos e sabemos.”

Frase etílica

A vida de um bebum é um litro aberto.

Caso Cachoeira: chefe de gabinete de Agnelo pede demissão para se defender

do CH
Chefe de gabinete do governador do DF, Agnelo Queiroz, com status de secretário de Estado, e coordenador da Copa do Mundo em Brasília, Cláudio Monteiro decidiu se afastar do cargo para se defender de acusações de envolvimento no escândalo revelado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Gravações entre o representante da construtora Delta, Cláudio Abreu, e um arremedo de araponga preso pela PF, Idalberto Nunes (Dadá), reveladas nesta terça-feira, mostram o acerto de pagamento de uma parcela de R$ 20 mil e mensalidades de R$ 5 mil como prêmio pela nomeação do delegado João Monteiro para o cargo de presidente da empresa pública de lixo SLU. Cláudio Monteiro nega haver recebido qualquer quantia, afirmou há pouco que vai processar essas pessoas, "por usarem meu nome nessas circunstâncias", e decidiu enviar ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitando que seja investigado, autorizando a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Ele disse ainda que nada teve com a nomeação de João Monteiro, que, apesar da coincidência de sobrenomes, não é seu parente. E ainda desafiou os investigadores a apresentarem qualquer gravação de conversa dele com membros da quadrilha investigada, especialmente Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar o esquema. "Essas conversas, que aparecem agora, 485 dias depois de feitas, revelariam o cometimento de crime continuado, por isso os policiais federais que as interceptaram tinham o dever até de efetuar prisões, porque o foro privilegiado não protege ninguém em caso de flagrante. Se não o fizeram, duas duas, uma: ou cometeram o crime de prevaricação ou concluíram que a acusação contra mim é absurda", diz o ex-chefe de gabinete, policial civil aposentado.

CPMI investigará caso Cachoeira

Os presidentes da Câmara [Marco Maia PT] e do Senado [José Sarney] firmaram um acordo para criar uma CPI mista para investigar o caso Carlinhos Cachoeira.

“Não há por que haver uma CPI na Câmara e outra no Senado se é possível a construção de uma CPI mista” disse Marco Maia. 

Ele defende que a cpi “ cumpra a tarefa de investigação desse caso envolvendo Cachoeira com parlamentares, pessoas do Executivo, do Judiciário e também com pessoas ligadas à imprensa. Defendemos uma CPMI ampla para desvendar o que de fato ocorreu.”


“Como há um entendimento entre os presidentes das duas Casas e há um posicionamento claro dos líderes, acredito que não teremos nenhum problema na tramitação dos procedimentos legais para a instalação dessa CPI”, disse Marco Maia aos seus pares.

Chrome é líder no Brasil

Pesquisa [online] da Navegg aponta preferência do Chrome pelos internautas brasileiros.

O browser da Google tem 35% do mercado.

O Internet Explorer da Microsoft vem em 2º lugar com 33%.

O 3º é o Firefox da Mozila;

O Safari e demais navegadores são usados por 12% dos usuários do país.


Agir antes que abafem


O PT e as forças progressistas precisam agir de imediato, pois está em curso uma tentativa de acabar logo com o caso Demóstenes & Cachoeira. Para muitos é incômodo discuti-lo. Vai atingir bastante gente por comissão ou omissão. Faz três anos que a Polícia Federal apresentou provas consistentes à Procuradoria Geral da República, agora reforçadas. Não dá para acreditar, num país em que vaza tudo o que é sigiloso, que era segredo a relação entre Demóstenes e o chefe de uma organização criminosa. Além disso, era notória no meio político de Goiás, a antiga amizade do senador com o bicheiro e as estreitas relações que este mantinha com o suplente de Demóstenes no Senado e principal financiador legal de sua campanha eleitoral. Deste círculo participavam deputados, secretários de Estado, prefeitos, delegados da polícia federal e estadual, oficiais da polícia militar, juízes, a chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, e o próprio governador, de quem adquirira a casa em que morava quando foi preso.
Talvez a Procuradoria Geral da República e os governistas inibiram-se com as vacinas que a oposição e a grande mídia vieram sistematicamente injetando na sociedade contra a investigação de atividades ilícitas de membros da oposição, taxando-a de produção de dossiês e de perseguição política.
Logo que veio a público a existência, na mesma pessoa, de outro Demóstenes, aliado do crime organizado e da corrupção sistemática, o DEM quis logo ver-se livre de seu líder, por longos anos alçado a herói da luta contra a corrupção, cogitado para ser candidato a presidente da República ou vice da candidatura do PSDB. Os outros partidos de oposição mostraram-se perplexos e cautelosos, também porque tem políticos seus envolvidos no mesmo esquema.
Os poucos editoriais dos grandes jornais vão na linha de isentar o DEM das ações de sua maior estrela, e até elogiam o partido. O Estadão chegou a misturar Demóstenes com Pimentel e Palocci, como se os casos fossem iguais. A Veja, cujo diretor da sucursal de Brasília falou por telefone cerca de 200 vezes com Cachoeira, preferiu priorizar na capa uma polêmica de dois mil anos sobre o santo sudário. Um importante jornalista de O Globo ensaiou a hipótese de problemas mentais no personagem. A mídia não abriu neste caso uma campanha, como fez no governo Dilma as campanhas pela queda de ministros. Como fez várias no governo Lula, a primeira quando o mesmo Cachoeira filmou um pedido de propina de Waldomiro Diniz, antes deste ir para o governo federal. A mídia até chegou a lançar uma contracampanha, colocando em igual destaque o caso de uma contribuição legal ao PT de Santa Catarina feita por uma empresa fornecedora do Ministério da Pesca.
Cabe a nós do PT e a nossos aliados abrir uma campanha de esclarecimento e dela tirar todas as consequências para a luta contra a corrupção e para a reforma necessária da política brasileira. O que levou o ex-procurador geral de Justiça de Goiás, ex-secretário de Segurança Pública, senador reeleito de brilhante carreira, envolver-se com o crime organizado, e enganar uma nação? Foi o financiamento de suas campanhas, de sua atividade política, de suas ambições políticas? Quem foi beneficiado, quem participou? Quem colaborou no ocultamento de tantas evidências por tanto tempo? E muitas outras perguntas que exigem resposta.
Não será fácil levar esta empreitada adiante porque Demóstenes era um dos principais líderes do projeto conservador de país que se opõe ao projeto reformista em curso. Tem muita gente apoiando seu imediato sumiço da cena. A dupla personalidade política agora revelada, e por ele levada ao extremo, lembra a linha da velha escola udenista, que tem muita força ainda no Parlamento, no Judiciário, na mídia. O udenismo, quando fazia campanha contra a corrupção, escondia, sob a máscara desta campanha, seu objetivo real: assumir o poder para impor uma política elitista no lugar de uma política popular distributiva de direitos, e para substituir o nacionalismo por um alinhamento incondicional aos Estados Unidos. O ‘varre-varre vassourinha’ de Jânio, que veio em sequência na mesma tradição, ao assumir o poder quis dar um golpe na democracia para objetivos similares ao que se assistiu depois de 1964. A ‘caça aos marajás’, que mais tarde elegeu Collor presidente, quando no governo, confiscou as poupanças e quebrou boa parte da indústria com as primeiras medidas neoliberais.
Às forças conservadoras e à oposição que delas faz parte não interessa esclarecer este caso. As forças que defendem com o PT o mesmo projeto de país mais igualitário, mais democrático, e mais soberano tem que se mobilizar para desvelar a extensão desta farsa. Temos uma grande oportunidade para tornar mais clara a política brasileira. Não podemos perdê-la.

O segredo para uma boa relação é

[...] beleza e paciência. 

Se der certo, Beleza!

Se não der, Paciência!

Baca privada esperneia para não baixar juros

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O fato político mais importante desse ano é a decisão de o governo enfrentar a questão dos escandalosos spreads bancários, a necessidade de baixá-los. Seja qual for o resultado, saímos do silêncio e do marasmo e trouxemos a público o gravíssimo problema: o custo do dinheiro e o elevado - quase único no mundo - spread cobrado pelos bancos brasileiros.

Ao expor publicamente a questão e orientar os bancos oficiais a reduzir suas taxas de juros e seus spreads - o que ocorreu na semana passada, da parte do Banco do Brasil e do BNDES, e ontem, da parte da Caixa Econômica Federal - a presidenta Dilma Rousseff mexeu num vespeiro. Obrigou os bancos privados a virem a público expor sua posição - contrária, óbvio, a que a redução de juros e spreads se estenda a eles.

Mais do que isso, lê-se hoje: convocados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, banqueiros - seus representantes - finalmente dispõem-se a levar proximamente ao governo propostas de redução dos seus custos, dos impostos e do compulsório (depósito obrigatório) e o pedido de novas garantias. Como, por exemplo, sobre seus ativos depositados em fundos previdenciários ou no Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

A balela de que redução precisa ser sustentada por subsídios
Apesar de a banca privada insistir que a redução dos juros nos bancos públicos é artificial e que precisa ser sustentada por subsídios, ou acabará em prejuízo, isso não é necessariamente verdade. Estes mesmos bancos já o fizeram (diminuíram taxas), modestamente na crise, e seus lucros subiram. Dentro do previsto, já que, pela lógica, mais vendas ou mais clientes significam ou devem significar menores custos e ganhos na quantidade - seja na venda de um produto como geladeira, seja no empréstimo de dinheiro.

A verdade é que nada justifica o atual spread de 32% colocado sobre seus empréstimos pelos bancos privados: nem os impostos, nem os custos, nem o compulsório e nem a inadimplência. Só a falta de concorrência nesse setor e a absoluta falta de políticas para enfrentar a questão justificam a situação.

Falta de políticas, registre-se, da banca privada que se recusava sequer a apresentar propostas porque não tem interesse nem lhe é conveniente baixar juros e spreads; e da autoridade monetária que não abrira para valer, até agora, a discussão dessa questão. Mas, felizmente, esse tempo acabou.

É verdade; os covardes são astutos!

Por Genaldo de Melo
Revendo a destreza com as palavras e os conceitos da política, com letra maiúscula, definida por Aristóteles, ficamos todos nós literalmente estarrecidos como a prática diária dos homens de hoje, sujam e escandalizam o nome da mesma, que é ciência prática de fato. Ela que deveria criar e coordenar as condições elementares para que os seres humanos possam viver e conviver juntos, apesar da diversidade da natureza humana, tornou-se matéria para o vil lucro de alguns homens públicos, como se comércio fosse.
Políticos das mais variadas matizes ideológicas, com exceção de poucos que compreendem a política como a mais necessária das ciências práticas da humanidade, entram na própria para roubar literalmente os cofres públicos. Na grande maioria entram no mundo político para enricar de fato de uma maneira mais fácil, porque sabem que parte da população que escolhe os representantes nos parlamentos e nas cadeiras dos executivos em todos os níveis, não participa da política, participa somente das eleições dos outubros da vida.
Como se pode convencer as pessoas que literalmente dizem a viva voz que não gostam da política, bem como odeiam a política, quando em nome de interesses umbilicais mais da metade dos chamados homens públicos querem é isso mesmo, que o povo não goste e não participe jamais do mundo da política? De fato, como demonstrar com provas factíveis ao homem e a mulher, chamados de comuns, que a política é quem define o preço das coisas ou o nome das ruas, ou até mesmo define leis absurdas, que remexem os ossos daqueles homens bons que morreram há muito tempo, e que criaram as boas regras do jogo da política, como necessidade para existência da civilização?
Somente vemos uma maneira bem simples para moralizar a canalhice e a safadeza de indivíduos mesquinhos e doentes políticos. Uma verdadeira e coerente reforma política que possa fortalecer os programas dos partidos sérios, que exija silenciosamente a participação no mundo político de homens públicos sérios, que tenham a capacidade de fato de criar e coordenar as condições elementares para que possamos todos viver e conviver juntos.
Uma reforma política que coloque na ordem do dia pautas coerentes, para que possamos pensar e focar em melhorar a Saúde Pública, a prevenção da drogadição e da violência, em promover uma Educação Pública de qualidade para todos, no combate a um dos maiores males da humanidade que é a fome, bem como na criação das condições para o fortalecimento e valorização do trabalho com espaço para todos. Melhor dizendo, que fortaleça de fato o papel elementar do Estado como espaço público.
Para combater os malfeitores e os bandidos de nossa República verde e amarela, temos que num esforço conjunto construir a imagem da política, com letra maiúscula, com mais participação de mais gente boa, fortalecendo os processos majoritários de projetos coletivos, e não de interesses individuais dos poucos covardes.

Cadeia para opinião pública!


Guilherme Fiúza, ÉPOCA

A popularidade de Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 77% de aprovação, segundo o Ibope. 
Não dá mais para dourar a pílula. Num cenário como esse, só resta adotar a solução proposta certa vez pelo colunista Tutty Vasques: cadeia para a opinião pública.

E cadeia por vadiagem.
Os especialistas do instituto de pesquisa explicaram a principal causa do impressionante índice: a queda de ministros em série, como nunca antes na história deste país, foi entendida como uma ofensiva de Dilma contra a corrupção.
Tudo bem que a opinião pública, distraída, não tenha notado Dilma correndo atrás do próprio rabo;
Que não tenha se dado conta de que todos os esquemas podres emanavam do padrão Dilma/PT de ocupação fisiológica do Estado;
Que não tenha atinado para o fato de que o modus operandi nos Transportes, no Turismo, nos Esportes, no Trabalho e em todos os outros ninhos parasitários vinha do governo Lula – onde a “coordenadora de todos os projetos” era ela mesma, a chefe da Casa Civil: Dilma Rousseff.
Eleita presidente, o que fez Dilma? Partilhou seu governo entre esses mesmos donatários, seus velhos conhecidos.
Tudo bem que a opinião pública, muito atarefada, não tenha visto nada disso.
Curioso é que não tenha visto também figuras como Carlos Lupi, já afundadas na lama, sendo sustentadas publicamente pela dona dos 77%.
“O passado passou, gente!”, tentou encerrar Dilma, quando o caso Lupi já estava exposto em toda a sua obscenidade – inclusive com flagrante fotográfico do ministro não-governamental.
Lupi só caiu porque a Comissão de Ética da Presidência carimbou a palavra “suspeito” na sua testa. Dilma ainda tentava enquadrar a Comissão, quando surgiu a notícia de que seu protegido tivera duplo emprego público.
Nota da redação: Lupi caiu, mas a rainha da faxina jurou de morte a Comissão de Ética (da qual nunca mais se ouviu falar).
A mordaça foi providencial, porque o consultor Fernando Pimentel, por exemplo, continua tranquilo em sua vida vegetativa no ministério – sem nenhum carimbo na testa.
Nota da redação (2): quem pagou a milionária consultoria fantasma de Pimentel foi o mesmo contratante da pesquisa consagradora para Dilma.
Chega de impunidade: se a presidenta faxineira é inocente, cadeia para a opinião pública.
A alternativa é seguir a recomendação eufórica do ex-presidente petista José Eduardo Dutra, comemorando os 77% de êxito do esquema com um brado poético: “Enfia o dedo e rasga!”
Como se vê, o Brasil está em boas mãos.

Por que o amor é cego

É cego porque não amamos a aparência. 

Amamos a essência. 

A essência não vemos, apenas sentimos.

Viúvas de Demóstenes na imprensa choram por ele


Por Ricardo Kotscho 
Abandonado pelos seus pares do DEM e do que restou da oposição parlamentar no Congresso Nacional, o ainda senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) só encontra apoio em alguns setores da imprensa e agora joga todas as suas fichas no Judiciário, pois sabe que não tem como escapar da cassação do mandato. É tudo só uma questão de tempo.
Chega a ser comovente o empenho de alguns jornalistas em variadas mídias para separar o Demóstenes AC (Antes de Cachoeira), o implacável combatente contra a corrupção, do Demóstenes DC (Depois de Cachoeira), como se isso fosse possível.
tem essa história de antes e depois: Demóstenes e Cachoeira são umbilicalmente ligados faz muito tempo, atuavam juntos em atividades clandestinas e um cumpria ordens do outro, segundo as gravações feitas pela Polícia Federal.
Tratado agora como um traidor, Demóstenes sempre foi um impostor, e só se deixou enganar por ele quem o considerava um aliado útil contra o governo, independentemente dos seus objetivos. Agora não adianta chorar.
Tanto que nem o senador nem o seu advogado até hoje apareceram na imprensa para defender a sua inocência, mas apenas para negar a validade das provas obtidas nas escutas telefônicas.
A atividade criminosa pela qual Demóstenes está sendo denunciado é concomitante à sua atividade como parlamentar, na qual se destacou como grande ator, de acordo com seu ex-parceiro Sergio Guerra, presidente do PSDB, que gostava de vê-lo “de dedo em riste”.
A tragédia greco-goiana das duas vidas no mesmo personagem protagonizada pelo senador só se tornou pública porque ele tinha certeza de que nunca o iriam pegar.
De um lado, confiou na alta tecnologia do telefone Nextel à prova de grampos, que ganhou do bicheiro; de outro, tinha certeza da impunidade, garantida por seus fortes laços de amizade na alta cúpula do Judiciário e pela teia de apoios montada pelo seu cúmplice na área político-policial.
Pois agora é exatamente na Justiça que Demóstenes emprega todos os seus esforços para evitar a cadeia. Na terça-feira (10/3), como informou a colega Marina Marquez, do R7, em Brasília, a defesa do senador entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação das provas apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
A defesa se resume nisso: ao incluir no inquérito contra o senador as gravações entre Demóstenes (o Doutor) e Cachoeira (o Professor) obtidas durante a Operação Monte Carlo, a Polícia Federal estaria “usurpando” as funções do STF, já que o órgão não autorizou qualquer investigação contra o senador.
Também na terça, o Conselho de Ética do Senado se reuniria para eleger seu novo presidente, primeiro passo para a abertura de um processo contra Demóstenes.
O problema é que o STF negou aos senadores cópia do inquérito da Polícia Federal, o que inviabiliza o processo na Comissão de Ética e praticamente obriga o Senado a instalar uma CPI. Só assim os parlamentares poderão ter acesso às provas.
Se tudo der certo, ainda assim levará pelo menos uns três meses para que o processo de cassação de Demóstenes Torres seja julgado no Senado – o tempo com que ele conta para que todo mundo esqueça o que aconteceu e o STF anule as provas. “Se conseguirmos trancar as provas, este inquérito estará morto”, já comemorava previamente o advogado Almeida Castro.
É bem possível, pelos antecedentes que conhecemos, que o procurador Demóstenes livre-se das garras da Justiça. Mas nem ele acredita numa absolvição política no Senado, onde virou um estorvo, um morto vivo sem chances de ressuscitar.
Com a palavra, os comentaristas: o que vai acontecer com Demóstenes?
a) vai ser cassado
b) vai ser condenado e preso junto com Cachoeira
c) não vai acontecer nada

Arrecadação do ICMS do Nordeste supera a do Sul


Do DCI
 O total arrecadado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados nordestinos continua a crescer, percentualmente, mais do que o recolhimento no Brasil. Pelos dados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), esse avanço possibilitou que no ano passado a região se tornasse a segunda maior em arrecadação, ao ultrapassar a Sul pela primeira vez na série histórica.

Enquanto a Região Nordeste registrou recolhimento de R$ 65,150 bilhões em 2011, o montante da região sulista foi de R$ 47,979 bilhões. Para especialistas, a explicação vai desde a maior distribuição de renda, passando pelo crescimento econômico mais expressivo na primeira região, até as consequências da chamada guerra fiscal.

A advogada Priscila Calil, sócia do PLKC Advogados, acredita que, se confirmado os números preliminares do Confaz, os incentivos fiscais concedidos, principalmente, pelos estados nordestinos, podem ser um dos grandes fatores do aumento da arrecadação de ICMS. "Esses benefícios motivam a ida de várias empresas à Região Nordeste. Por mais que os estados do Sul também concedam esses incentivos, que são ilegais, o desempenho da economia do Nordeste tem sido mais atrativo", justifica a especialista.

Para ela, os estados nordestinos continuaram a apresentar aumento do recolhimento do ICMS por meio da concessão desses benefícios, que culminam na guerra fiscal, se não houver uma verdadeira reforma tributária. "Decisões do STF [Supremo Tribunal Federal] se referem a cada caso. E são várias situações em que incentivos inconstitucionais são oferecidos. A proposta de tornar a alíquota de ICMS única na entrada de mercadorias no País pode ser um primeiro passo, mas só uma reforma ampla resolverá essa disputa fiscal", argumenta Priscila Calil.

Já para Max Roberto Bornholdt, advogado sócio do escritório Bornholdt Advogados e ex-secretário da Fazenda de Santa Catarina, a guerra fiscal não é responsável pelo aumento da participação do Nordeste na arrecadação do ICMS, e na diminuição no Sul. "Na verdade, houve aumento de arrecadação tanto no Nordeste quanto no Sul, mas enquanto no Sul o aumento foi menor por conta da desaceleração da economia, no Nordeste houve uma expansão do mercado e também uma melhoria de renda na população", diz.

Adriano Gomes, professor de Finanças do curso de Administração da ESPM, também entende que a maior participação do Nordeste no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é que tem possibilitado esse aumento na arrecadação. "O deslocamento de Sul para Nordeste está ocorrendo. Basta ver os indicadores econômicos. Os dados do Confaz, mesmo que preliminares, podem confirmar isso", afirma. "A boa notícia é que a região nordestina tem crescido pela força que o governo federal proporcionou nas últimas duas gestões. O lado ruim é que o Sul foi esquecido. Houve uma queda da renda da população e menos investimentos nos estados", ressalta o professor.

Para ele, a tendência é de avanço no Nordeste, mas políticas econômicas têm que ser feitas em prol de todo o País.

Entre regiões

Comparado a 2010, a arrecadação realizada pelos estados nordestinos teve um acréscimo de 59,41%, de R$ 40, 870 bilhões, maior do que a média nacional, cujo aumento foi de 18,87%, ao passar de R$ 270,726 bilhões para R$ 321,825 bilhões. No Sul, em 2011, houve alta de 13,89%, de R$ 42,129 bilhões, segundo os dados do Confaz.

Outra região de destaque é o Norte, ao apresentar expansão de 16,96% do acumulado de 2010 para o mesmo período de 2011, ao passar de R$ 15,506 bilhões para R$ 18,136 bilhões. O recolhimento de ICMS no Centro-Oeste subiu de 22,748 bilhões para R$ 26,298 bilhões, o que equivale a uma alta de 15,61%.

O sudeste ainda á região que mais arrecada no País, mas pelos dados preliminares do Confaz, o crescimento foi o menor: 9,89%, para R$ 164,261 bilhões, nessa mesma base de comparação.

Sermão, pregação, discursos

A Sexagésima do Padre Antonio Vieira

1. O Islã afirma que a maior virtude de um mulçumano é ensinar o Alcorão aos demais. Os apóstolos de Cristo só pregavam aos Judeus, até que Paulo questionou e Pedro ouviu uma voz que lhe dizia o mesmo: pregue a todos. São Paulo e Santo Agostinho diziam que a salvação vem da fé, mais que da doutrina ou dos livros.

2. Só crescem as organizações que pregam, que saem de si para fora, para outros. Essa é a razão do crescimento do Islamismo e foi a do Cristianismo por séculos. Hoje, dentro do Cristianismo, crescem mais as Igrejas de pregação externa, como os Evangélicos, e menos as de pregação interna como -em geral- os Protestantes e Católicos. 

3. O mais importante pregador da Igreja Católica em língua portuguesa foi Padre Antônio Vieira, com seus Sermões, ouvidos, dentro e no entorno das Igrejas. Em seu famoso Sermão - SEXAGÉSIMA- Padre Antônio Vieira dá uma aula de como Pregar. Diz ele:

4. Um Sermão é constituído pela Pessoa (o pregador), a Ciência (doutrina), a Matéria (sobre o que se vai pregar), o Estilo de quem prega e a Voz (suas nuances). O fundamental num pregador é sua vida, seu exemplo. O que realmente semeia ao pregar é a ação. Para falar ao coração, são necessárias Obras. 

5. As palavras entram pelos ouvidos e as obras entram pelos olhos. Devemos pregar aos olhos com obras. O estilo há de ser muito fácil e natural. Por isto, Cristo comparou o pregar ao semear. Que diferente é o estilo violento e tirânico que hoje se usa ao falar. 

6. A queda é para as coisas, a cadência é para as palavras. As palavras são as estrelas; os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. O estilo da pregação deve se mostrar distinto, e muito claro. 

7. O sermão há de ter um só assunto e uma só matéria.  Se se semeia muita variedade não se pode colher coisa certa. No sermão a variedade nos discursos deve nascer da mesma matéria. Como uma árvore que tem tronco, ramos, folhas, frutos, mas a matéria é uma só. Se tudo são troncos não é sermão, é madeira, se tudo são flores não é sermão, são ramalhetes...
            
8. O pregador há de pregar o seu e não o alheio. O alheio é bom para comer, mas não para semear.  Com armas alheias ninguém pode vencer. Não servem todas as línguas a todos, senão cada um a sua.
            
9. As palavras de Deus pregadas no sentido que Deus lhas deu, são palavras de Deus. Mas pregadas no sentido que queremos dar, não são.
          
10. Há sermões que são comédia e há os que são farsa (voz muito afetada, muito polida, requintar finezas, lisonjear precipícios...).
          
11. Sermões para gostarem ou não gostarem os ouvintes. Que médico repara no gosto do cliente?

Se Demóstenes Torres relatasse Demóstenes Cachoeira

por Carlos Chagas

Caso não sobrevenham retrocessos, instala-se hoje a Comissão de Ética do Senado, sob a presidência do senador Vital do Rego. Com um pouco de boa vontade, os senadores escolherão também o relator do processo aberto contra Demóstenes Torres. A impressão é de que tudo correrá bem depressa, para evitar o desgaste que seria o prolongamento do inquérito. Claro que o acusado terá amplo direito de defesa.
                                                     
Fosse qualquer outro o réu e dúvidas inexistiriam: Demóstenes Torres seria o relator, em função de sua postura sempre rígida na luta contra a corrupção e a ilegalidade. Seu passado responderia pela designação. Como a vida é sempre mais fascinante e mais complicada do que a ficção, eis que o senador por Goiás encontra-se do outro lado do muro.
                                                       
Fazer prognósticos sobre a decisão do Conselho de Ética será tão prematuro quanto perigoso. Mesmo assim, nos corredores do Senado sopra o vento da condenação, ou seja, da cassação do mandato de Demóstenes. Ninguém seria mais implacável no interrogatório dele mesmo e na coleta de argumentos para sua degola.
                                                      
O Conselho de Ética atua politicamente, acima e além das questões jurídicas. Importa  menos aos senadores saber se o ainda colega não poderia ter sido objetivo de investigações policiais sem licença do plenário. Mesmo com amargura, os 16 integrantes do colegiado decidirão tendo em vista os danos causados ao Senado pelo episódio envolvendo Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Quanto mais rápido  solucionarem a crise, melhor para todos. 

Islândia julga o neoliberalismo


Geir Haarde, primeiro ministro da Islândia em 2008, quando se deu a derrocada bancária no país, está sendo julgado por um tribunal especial. No banco dos réus, pela primeira vez, a política neoliberal que originou a bancarrota. Juízes e 60 testemunhas têm refletido durante o julgamento – que está sendo seguido por milhares de islandeses através da internet – sobre as causas de uma situação que não surgiu em 2008 por geração espontânea mas sim pela deriva neoliberal a que o governo sujeitou o país.

Esquerda.net


Durante o governo de coligação direitista e social democrata de Geir Haarde, os bancos faliram, a economia entrou em colapso. Mais do que julgar o homem que à frente do governo não conseguiu evitar a dramática situação no pequeno país, os juízes tentam apurar o que se passou e as circunstâncias que provocaram a crise. O tribunal considera que não é possível responsabilizar unicamente o ex-primeiro ministro pelo que se passou.

Da sua acusação constam o fato de não ter feito nada para evitar a debandada dos estabelecimentos financeiros, de não ter feito com que o banco online Icesave tivesse o estatuto de filial britânica, o que teria permitido transferir o problema da falência para Londres e evitado ao país a realização de dois referendos e a decisão dos islandeses de se recusarem a pagar por dívidas que não são suas. Este problema está atualmente no Tribunal Europeu de Justiça.

Juízes e cerca de 60 testemunhas têm refletido durante o julgamento – que não é transmitido ao vivo pela TV mas que está sendo seguido por milhares de islandeses através da internet – sobre as causas de uma situação que não surgiu em 2008 por geração espontânea mas sim pela deriva neoliberal a que o governo sujeitou o país.

Em causa estão, principalmente, a privatização das quotas de pesca que proporcionou aos armadores fortunas incalculáveis, um investimento em cascata no estrangeiro, quase sempre com maus resultados, uma privatização desastrosa dos bancos feita frequentemente segundo métodos corruptos e de clientelismo. A este processo seguiu-se uma onda de concessão de créditos bancários sem critérios nem garantias proporcionando, à escala do país, problemas semelhantes aos que se registaram nos Estados Unidos com a bolha imobiliária e o subprime.

Nesta fase, os bancos concederam um volume global de crédito que superou em 11 vezes o PIB islandês; quando o primeiro ministro decretou a sua falência era impossível salvá-los. Além disso, os islandeses não o permitiram e recusaram-se a assumir as dívidas alheias.

A resposta dos islandeses à crise não alinhou pelos caminhos impostos pela União Europeia aos Estados membros, pelo que hoje a Islândia, apesar de sofrer os efeitos de uma forte austeridade econômica e de uma acentuada quebra no consumo, conseguiu salvaguardar o Estado social, o desemprego está em sete por cento e as entidades patronais não foram além de limitar o trabalho extraordinário para conseguirem evitar os despedimentos.

Geir Haarde, político direitista e considerado um fundamentalista neoliberal, tem 64 anos e abandonou a carreira política. Incorre numa pena de dois anos de prisão. Mais do que um chefe de governo incapaz de dirigir o país – é a acusação a que corresponderá a pena que vier a ser aplicada – no banco dos réus está a política neoliberal.


Carnebola com pimentão

Ingredientes

  • 1 kg de lagarto
  • 2 xícaras (chá) de vinagre tinto
  • 1 copo de óleo de soja
  • Sal, pimenta-do-reino, alho e orégano e Aji-no-moto à gosto

Molho

  • 1 kg de cebola fatiadas
  • 100 gramas de azeitona verde picadas
  • 1 maço de cheiro-verde picado
  • 1 pimentão verde em rodelas 
  • 1 pimentão vermelho em rodelas 
  • 1pimentão amarelo em rodelas 
Como fazer
Tempere a carne com sal, orégano, pimenta e Aji-no-moto em seguida leve para cozinhar na panela de pressão,com o restante dos ingredientes. Quando levantar fervura,deixar na pressão por 40 minutos,e desligue o fogo. Reserve o caldo. Deixe esfriar. Fatie a carne bem fina e reserve. Jogue todos os temperos dentro do caldo e deixe ferver. 
 

Forre um refratário com uma camada fina de molho, depois cubra com uma camada de carne e assim sucessivamente. Por último, cubra com uma camada de molho. Deixe esfriar, cubra e leva à geladeira.Sirva no dia seguinte, para que apure o sabor. 

Sirva com arroz branco e salada