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Assista em tela cheia, com fone e tente não se arrepiar

Senna, seu filho da puta
Essa manhã fria de feriado tem cheiro de domingo. Domingo daqueles nos quais sentava ao lado de meu velho no sofá, aguardando ansioso pelos ruídos de bestas motorizadas. Na época não me dava conta, mas estava assistindo a história ser feita diante de meus olhos.
Mais que ver pontos sendo ganhos, me sentia um molecote na garupa de alguém que guiava pela vitória:
Link YouTube | Sir Jackie Stewart, tricampeão da F1, leva uma cortada ao entrevistar Senna
F1 nunca foi esporte pra torcer por equipes, ao menos pra mim. Torcia pros pilotos, torcia pro Senna. Suas corridas tinham dois narradores: um patriota e histérico Galvão Bueno de quem eu gostava muito pela empolgação; e meu pai. Um e outro ponderavam pontos das disputas, me fazendo sentir em meio a uma perigosíssima e arriscada aventura no asfalto.
No cockpit, Ayrton corria pelo impossível.

Algumas coisas não foram feitas para serem engolidas duas vezes

Massa desobedece Williams: E outras histórias controversas inesquecíveis da Fórmula 1  
Algumas coisas não são feitas para serem engolidas duas vezes.
A primeira, vai, pode ser no susto, a gente entende. Quem nunca se omitiu quando deveria ter vociferado um belo ¿Por qué no te callas?, daqueles de deixar o rei Juan Carlos orgulhoso? Eu sim.

“Fernando está mais rápido do que você. Confirma que entendeu essa mensagem?”

Em 2010, essa frase transmitida pelo rádio da Ferrari deu início a um dos episódios mais pesados da carreira de Felipe Massa, ao exigirem abrir caminho para Fernando Alonso:

O GP da Malásia nesse domingo, vencido por Lewis Hamilton, ameaçou ser um traumático déja vupara Felipe Massa. A instrução inicial veio idêntica:
Bottas está mais rápido do que você. Não o segure. Ele tem pneus melhores, deixe ele ir.”
O engenheiro do piloto finlândes Valtteri Bottas, companheiro de Massa, disse:
“Ultrapasse-o.”
A intenção do time era dar a Bottas uma chance de atacar Jenson Button, que estava em sexto lugar. Massa ignorou o rádio e pisou fundo. A duas voltas do final, os engenheiros deram novas instruções, “mantenham as posições e apenas tragam os carros para casa”.
O engenheiro-chefe da equipe, Rod Nelson, deu uma declaração furadíssima após a disputa, dizendo terem um improvável plano B em mãos:
“Ele (Massa) não fez o que nós preferíamos que ele tivesse feito. Felipe estava correndo com altas temperaturas em seu motor e estávamos um pouco preocupados com isso. Valtteri tinha pneus muito mais frescos que Jenson. Nós achamos que seria bom dar a Valtteri uma chance de passar Jenson.
Depois, caso ele não conseguisse em duas ou três voltas, nós trocaríamos (a posição de) nossos pilotos novamente e todos ficariam felizes.”
Se eu ainda estivesse no jardim de infância, acreditaria. A entrevista no paddock deixou clara a tensão dos companheiros de equipe:

Questionado sobre sua postura, Massa marcou território:
“Ouvi a mensagem. Lutei até o fim e fiz minha corrida. Valtteri não conseguiu me passar. (…) É justo fazer o melhor que podemos? Temos dois campeonatos (equipes e pilotos). Respeito meu trabalho. Precisamos respeitar uns aos outros.”
Sim, o ideal seria termos um Massa veloz o suficiente para não se ver em sinucas como essas e ponto final. Nenhum piloto de ponta digno de respeito é tratado como coitadinho. Porém, tal linha de pensamento não me serve para justificar uma enrabada desse tamanho, em especial no início da temporada.
Pilotar um Fórmula 1 a 300km/h é, por definição, desobedecer ordens claras da mãe natureza para que permaneça vivo. Não vejo como alguém possa sequer estar nessa modalidade ou aspirar ser campeão da mesma sem ser um hábil atleta na arte de mandartomarnocu.
Aos olhos da imprensa internacional, Massa foi corajoso diante de situação humilhante. Em bom português, ele mandou a instrução da Williams ser enrolada em papel jornal e enviada para uso íntimo por sua chefe.
Claire Williams, atual chefona da equipe, não curtiu
Claire Williams, atual chefona da equipe, não curtiu
Fez bem.
* * *

10 confusões envolvendo ordens de equipe, ao longo da história:

Ordens emitidas pelos times são o elefante rosa da F1. Todos sabem que são prática comum, mas ninguém gosta de falar sobre. Após o triste episódio envolvendo Schumacher e Barrichelo na Áustria, em 2002, elas foram banidas. A partir de 2011, foram permitidas novamente, apesar de continuarem polêmicas.

1.  Luigi Fagioli e Juan Manuel Fangio (França, 1951)


Carros compartilhados eram permitidos na época. A Alfa Romeo instruiu Luigi a trocar seu carro com Fangio, por conta de problemas sofridos pelo argentino no início da prova. Fagioli aceitou e conquistaram a vitória, mas logo após ele se demitiu da equipe.

2. Luigi Musso, Peter Collins and Juan Manuel Fangio (Itália, 1956)


Fangio estava oito pontos à frente de seu companheiro Luigi Muso no campeonato, quando teve um problema com a direção de seu bólido. A Ferrari ordenou a Musso que cedesse seu carro a Fangio, mas ele se recusou. Peter Collins voluntariamente parou e cedeu seu veículo a Fangio, que terminou em segundo, selando a conquista de mais um título mundial.

3. Carlos Reutemann e Alan Jones (Brasil, 1981)

Carlos Reutemann
Carlos Reutemann com expressão típica de quem não está propenso a comer bosta no café da manhã
Reutemann se negou a ceder a liderança do GP do Brasil para seu companheiro Alan Jones, ignorando o comando da Williams. Ao final do campeonato, Carlos ficou em segundo lugar, perdendo a conquista por apenas um ponto, para Nelson Piquet.

4. Gilles Villeneuve e Didier Pironi (San Marino, 1982)


Villeneuve ficou irado com a postura de Didier Pironi ao supostamente desobecer ordens dúbias vindas da Ferrari e ultrapassá-lo. Nas qualificatórias para o GP seguinte, Villeneuve faleceu enquanto buscava bater o tempo de seu companheiro de equipe.

5. Alain Prost e Ayrton Senna (San Marino, 1989)


Por sugestão de Senna, houve um pré-acordo na McLaren para que o piloto que terminasse a primeira volta liderando permanecesse lá. Após um acidente que causou a entrada do safety car e o recomeço da corrida, o próprio Senna ultrapassou Prost. A rivalidade entre os dois ganhava força.

6. Mika Hakkinen e David Coulthard (Australia, 1998)


Ao final da prova, que estava sendo liderada com tranquilidade por David Coulthard, ele permitiu que seu companheiro da McLaren o ultrapassasse. Aparentemente havia um acordo pré-corrida entre eles determinando que o piloto a terminar a primeira curva como líder seria o dono da vitória. Mika não poupou elogios a David, por manter sua palavra.
Após o incidente, foi tornado parte do regulamento o trecho dizendo que “qualquer episódio que interferisse nos interesses da competição deveria ser severamente punido de acordo com o código 151c do International Sporting Code”.

7. Damon Hill e Ralf Schumacher (Bélgica, 1998)


Pela primeira vez na história a Jordan tinha seus pilotos na primeira e segunda posições de uma corrida. No entanto, Ralf Schumacher estava em segundo e mais veloz do que Hill. Hill defendeu seu caso pelo rádio e a equipe decidiu que ele não deveria sofrer tentativas de ultrapassagem.

8. Michael Schumacher e Rubens Barrichello (Áustria, 2002)

Pódium sombrio
Pódium sombrio
Rubinho liderou de ponta a ponta, em uma corrida brilhante. Ao final, a Ferrari ordenou que deixasse Schumacher passar, para que acumulasse a maior quantidade de pontos possível (Schumacher já era líder com sobras nessa temporada). Rubens cedeu a posição a poucos metros da linha de chegada, ocasionando pesadas vaias, que se mantiveram durante o pódio.
Schumacher colocou Rubens no topo e o entregou seu troféu. Ambos pilotos e a própria Ferrari foram multados em U$1.000.000,00 cada.
Após esse incidente, ordens de equipe que afetassem o resultado de uma corrida foram proibidas.

9. Fernando Alonso e Felipe Massa (Alemanha, 2010)

Massa apequenado
Massa apequenado
Mesmo com ordens de equipe proibidas e os rádios abertos, a Ferrari fez novamente. Tentou disfarçar o comando com a famosa frase, “Fernando está mais rápido do que você. Você confirma ter entendido a mensagem?”. Massa cedeu.
Ao fim da temporada, a FIA revogou o banimento das ordens de equipe, alegando ser muito difícil policiá-las.

10. Sebastian Vettel e Mark Webber (Malásia, 2013)


Webber estava em primeiro, quando Sebastian Vettel o ultrapassou, ignorando ordens da equipe para manterem posições. Vettel se desculpou e depois mudou de discurso, dizendo que era uma corrida, estava mais rápido e venceu. Ouch.
* * *
Esses dez episódios, listados pelo Bleacher Report, são apenas os mais conhecidos. E nos lembram como hierarquia é um terreno pra lá de arisco na F1.
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes, economia da atenção, em criar negócios que não se pareçam com negócios e no futuro do conteúdo. Formado em Comunicação, trabalha há nove anos com comunidades digitais. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar.


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os juros ao consumidor são os mais baixos dos últimos 15 anos

Neste Natal, quem não resistir às tentações de consumo e decidir comprar um produto que não poderá ser pago à vista, terá ao menos um consolo: os juros ao consumidor são os mais baixos dos últimos 15 anos. E podem ficar ainda mais acessíveis até o fim do ano.

Levantamento realizado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, em setembro, os juros médios ofertados para pessoa física em diversas modalidades de crédito foram de 6,74%.

A taxa praticada pelo comércio foi ainda mais baixa: 5,65% ao mês. Numa parcela de R$ 200, por exemplo, R$ 11,30 correspondem apenas aos juros. O valor era de R$11,88 em setembro de 2009.

A diferença pode parecer pequena. Ao final de um prazo longo, porém, representa economia significativa. Entretanto, o que mais chama atenção na redução dos juros em 2010 não é propriamente o efeito que eles causam no bolso do consumidor, mas sim o que essa queda sinaliza. "A queda dos juros mostra, em primeiro lugar, que os bancos estão muito dispostos a conceder crédito", afirma Celso Grisi, professor de Economia da Fundação Instituto de Administração (FIA) e presidente da Fractal Instituto de Pesquisa. "E também indica que, em meio a tanta concorrência, o banco pode até reduzir mais o juro para não perder o cliente".

Os bancos estão, de fato, emprestando mais. Segundo o Banco Central, a concessão de crédito no Brasil cresceu cerca de 20% nos oito primeiros meses de 2010 ante o mesmo período do ano passado. Com a criação de quase 2 milhões de empregos formais no ano e boas perspectivas para o futuro da economia nacional, as instituições financeiras ficam menos temerosas para emprestar. Nesse cenário, a inadimplência também recua. E por tudo isso o crédito ficou mais barato, mesmo que a taxa básica de juros (Selic) tenha subido em 2010.

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