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Dobra parcela de brasileiros com proteção social

De Geralda Doca:

Embora ainda internacionalmente conhecido por sua desigualdade, o Brasil paulatinamente vem quitando esta fatura histórica com a ampliação do sistema nacional de assistência social.

Um dos dados socioeconômicos mais emblemáticos das últimas quatro décadas é a ampliação da cobertura previdenciária, que saltou de 8,776 milhões de brasileiros protegidos - 29,7% da população economicamente ativa (PEA) de 29,5 milhões de pessoas em 1969 - para 53,8 milhões.

Esse número representa 59,8% de uma PEA de 90 milhões de pessoas entre 16 e 59 anos, diz o Ministério da Previdência. Ou seja, em 40 anos, a parcela de brasileiros com proteção social dobrou.

O aumento da formalização do trabalho, decorrente do processo de industrialização, e a ampliação dos benefícios aos trabalhadores rurais, garantida pela Constituição de 1988 independentemente da contribuição individual, são as principais razões do crescimento da assistência previdenciária.

O custo, porém, foi alto: só nos últimos 15 anos, o sistema de seguridade passou de superávit a um rombo equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), que é a projeção para este ano.

É por este motivo que o presidente Lula e seu governo bate todos os indices de aprovação popular. É também por causa disto que sua candidata em 2010 - Dilma Rousseff -, vai vencer a eleição mais fácil que muitos pensam.

PSDB/DEMO - sublegendas do PIG

Editorial de O Globoells

O tucano militante, e de bons propósitos, deve achar que quarta-feira 19 de agosto de 2009 é um dia para esquecer. Nesta data, ao ser cúmplice ativo - a contragosto ou não, o que não tem importância - da manobra no Conselho de Ética (sic) do Senado para engavetar sem qualquer avaliação representações contra Rathur Virgílio - PSDB-AM -, o partido rasgou o que restava da bandeira da ética.

Sugestivamente, como para marcar posição, a senadora Marina Silva (AC) escolheu esse mesmo dia para se "filiar" ao PV. Saindo do partido, ao qual pertenceu durante 30 anos o PT. Desiludida há tempos com os compromissos ambientais do governo Lula, a que serviu como ministra durante cinco anos, Marina também era contra ao afastamento de Rathur Virgilio, e por isso abrira mais uma porta de coalisão com o tucanato.

No momento em que Quércia e a banda fisiológica do PMDB entraram por uma porta para a zona de proteção do PSDB, Marina sentrou por outra, rumo ao PV e à provável candidatura à presidência. Será mais um obstáculo ao projeto eleitoral de Dilma Rousseff, com quem se desentendeu no governo.

Também abandonou a legenda o senador Flávio Arns (PR). Não precisou esperar o fim da sessão do conselho de sagração da inimputabilidade de Rathur Virgilio para anunciar a volta ao ninho tucano, sem medir palavras : "Eu me envergonho de não estar hoje no PSDB.

São mesmo lembranças agradáveis a bicudos. Mas o dia jamais será esquecido, por representar o desfecho de um processo até mesmo histórico. O enquadramento da bancada do partido no Senado pela mídia, na defesa de seu projeto político, eleitoral e pessoal de eleger Serra com o apoio do PMDB - e para isso acha necessário preservar Quércia a qualquer custo -, encerra um movimento de mudança de eixo do partido, que se subordina afinal ao PIG.

O primeiro sinal mais visível da metamorfose do partido, assim como de seu líder máximo, foi emitido no escândalo da reeleição e, depois, na campanha de 98. Diante da ação de um grupo montado no PSDB para drenar dinheiro ilegal, inclusive público, para a compra de apoio midiatico, FHC reagiu tentando justificar a prática sob a alegação de que ela seria comum no mundo da política.

Também não deixou de passar a mão sobre a cabeça dos "entreguistas" - termo nosso -, apanhados numa operação criminosa de tentativa de sabotagem da candidatura da Roseana Sarneyo a presidência - caso Lunus -.

FHC, Serra, Aécio, PSDB e DEMO se guiam, no poder, pela máxima de que "os fins justificam os meios". Fiel a ela, oposição e frações majoritárias da imprensa - Veja, Estadão, O Globo, Folha de S. Paulo e Rede Globo - aceitaram, nos dois desgvernos tucademo 95/99, instalar um balcão mais amplo de negociações fisiológicas no Congresso. Mantiveram aliados e atraíram a banda podre do PMDB. Garantiram votos, mas soterraram de vez o velho PSDB da defesa da ética na política - Mario Covas, Franco Montoro -.

O PSDB se metamorfoseou, como seu líder supremo, nivelou-se a qualquer das legendas que se preocupam apenas com a proximidade do poder e acesso ao Tesouro. Fez a opção de ser apenas uma sublegenda da tucademopiganalhada.

O tempo dirá


Mais uma vez as pesquisas comprovam o apoio popular ao presidente Lula e ao seu governo, e o mesmo vale para o PT, que continua o partido da preferência nacional.

A pergunta que nossos adversários conservadores devem estar se fazendo é a seguinte: como explicar que mesmo sob o fogo cerrado de uma campanha sem tréguas contra o governo e o presidente da República, sua aprovação pela maioria dos brasileiros continua firme.

Como o governo não tem sequer a mínima condição de concorrer com a mídia, e como a oposição está em plena ofensiva, a explicação só pode ser uma: o apoio ao governo do presidente Lula é expressão da mudança na vida da maioria dos brasileiros, de todas as classes sociais e faixas de renda, de todas as regiões e posições políticas e partidárias?

É a melhora no nível de vida das pessoas, das famílias e das comunidades que explica esse apoio. É o crescimento do emprego e da renda, a melhora dos serviços públicos e da infraestrutura do país; são os programas sociais; é o prestigio do Brasil e do presidente no mundo. É a vacina que evitou no país a instalação da crise financeira internacional: medidas tomadas pelo governo, principalmente, É a expansão do mercado interno. Por fim, é a falta de propostas e alternativas da oposição, que retoma a velha tentativa de desestabilizar e desgastar o governo com denúncias e apoiada no jornalismo de escândalos.

As pesquisas e a posição do presidente também explicam porque a oposição não quer uma eleição plebiscitária e porque apostarmos em mais de um nome para disputar a Presidência em 2010 seria um erro nosso e de nossos aliados, ainda que seja um direito líquido e certo de todos os partidos lançar suas candidaturas.

E não estou me referindo à de Marina Silva, que apesar de seu compromisso e de sua relação com nossos ideais, deve ser a candidata do PV, um partido aliado da coalizão conservadora PSDB-DEM-PPS. Vale lembrar o entusiasmo e a satisfação com que o anúncio de sua candidatura foi recebido pela mídia, sinalizando para o fim da disputa plebiscitária entre a candidatura que representa o governo Lula e a que nascerá do condomínio demo-tucano. Enfim, a imprensa recebeu tal anúncio, ridículo se não fosse absurdo, como o começo da implosão da candidatura Dilma.

No entanto, me referi mesmo é à candidatura de Ciro Gomes, do PSB, que pode até se tornar realidade, já que depende exclusivamente de uma decisão de seu partido e de suas prioridades: as eleições de governadores em aliança com o PT em Pernambuco, no Ceará, no Rio Grande do Norte e na Paraíba ou a disputa pela presidência da República com candidato próprio.

Uma disputa entre Dilma e o candidato tucano é um plebiscito entre Lula e o PSDB, entre nosso governo e o de Fernando Henrique Cardoso. Já uma disputa com três ou quatro candidatos pode atenuar essa realidade histórica, mas não eliminará o apoio de Lula, do PT e dos partidos aliados à candidatura de Dilma Rousseff, garantindo sua ida para o segundo turno. Nesse momento, ela provavelmente enfrentará o candidato tucano-pefelista, e o país terá que optar entre manter o atual rumo, que tem apoio da maioria dos brasileiros, ou devolver à coalizão conservadora e aos tucanos o governo federal.

Por mais que PSDB, DEM e seus aparelhos de comunicação tentem evitar um confronto com a candidatura que representa a continuidade da mudança promovida por Lula, não haverá alternativa ao país que não escolher entre manter o crescimento econômico com distribuição de renda e a soberania nacional ou voltar aos anos de privatizações e subserviência aos interesses do capital financeiro com sede nos países desenvolvidos.

A força de Dilma não provém somente e principalmente das alianças, mas da força do PT, da liderança de Lula e do apoio popular a seu governo. Logo, qualquer avaliação de que sua candidatura esteja inviabilizada por outras pode até mesmo ser aceita pelo papel e repetida pelos comentaristas, mas não passa pelo teste da realidade e das pesquisas. O tempo dirá.

José Dirceu

Natal garantido

Palavra do IBGE: o mercado de trabalho no Brasil deu mesmo um chapéu na crise importada.

Nos últimos 12 meses, até julho, o desemprego permaneceu em 8%, mas o rendimento médio dos ocupados, já descontada a inflação, cresceu 3,4% nas seis maiores regiões metropolitanas. Desde já, Papai Noel agradece.

No território dos shopping centers, mais de 450 no país, aposta-se em Natal 2009 de 8% a 10% melhor que o Natal 2008, tempo de sinistrose geral.

Ou, se preferem: o mundo não acabou; o que acabou foi o fim do mundo. (Leia também O MENOR DESEMPREGO DO ANO)

Chora agourentos de plantão!

Pedro Simon - Duas éticas

RAHASYA

O Senador de duas "éticas" (Pedro Simon), uma em Brasília e outra no Rio Grande do Sul deveria ter vergonha na cara e ser realmente coerente com o teatro que faz no Congresso contra o seu partido PMDB.

Já que ele acha que o seu Partido é um antro de cafajestres, ele deveria sair. Por que ele não sai? Porque se sair vai perder as "boquinhas" nos Governos do Rio Grande do Sul, onde atualmente ele tem 3 Secretarias mais a Direção do Banrisul e outros "carguinhos".

Preciso notar que, o Sr. da "Ética do Noblat" é o Presidente Regional do PMDB no Rio Grande e sempre mamou naqueles Governos, ora sendo Governador, ora mandando no Governado (Rigotto), ou mamando como atualmente no desgoverno da "símbolo da ética e da moral" Sra. Yeda Crusius".

Finalizando Sr. Noblat, assim como você grita por coerência para o pessoal do PT, tá na hora de você clamar para que o Sr. Simon (do qual você é o maior porta-voz) tenha um mínimo de coerência e vergonha na cara e deixe o PMDB.

O Povo não é mais tão bobo, não acredita mais em vocês.

3 famílias

Porque todos têm esta imagem monstruosa de Sarney?

Porque suas convicções foram construídas lentamente, mas seguramente, baseadas no desejo das três famílias que controlam a informação no Brasil.

Estas famílias são os Civita, da Veja, os Marinho, da rede Globo e os Frias, da Folha e da UOL.

Por quê atacaram Sarney e o demonizaram aos poucos? Porque sabiam que politicamente ele era poderoso e, principalmente, porque ele apoia Lula desde 2002.

Para esta imprensa, o objetivo não era Sarney. É Lula e será Dilma Roussef, que ganhará as eleições no primeiro turno.


Nunca se provou nada de corrupção contra Sarney. O ataque contra ele era articulado e planejado. Usaram todas as forças.

Querem, com Serra, que o Brasil retorne ao buraco em que estava no governo FHC.

Não há problemas de pudor moralista burguês nesta história toda.

O que querem é retornar ao poder a qualquer custo, para se locupletarem e acabarem com o Brasil. Não são patriotas. São ladrões descarados e apátridas.

Se Sarney saísse, assumiria a presidência do Senado o Marconi Perillo. Um homem absolutamente falto de escrúpulos e caráter. Tem quatro processos cabeludos e de indícios inequívocos contra ele correndo na justiça. Não tem um milésimo da moral e da honestidade que Sarney tem. Mas é do PSDB. procure pela Internet. Verá que falo a verdade.

O ataque a Sarney, que ao fim decretou a primeira grande derrota da Rede Globo, já está na história do Brasil.

Brandão

A "justiça" do desemprego

Nem bem começava a crise, a Embraer despediu 4.373 trabalhares, alegando que a demanda externa havia tido uma baixa drástica. Definiu que trabalhadores são descartáveis, interessa contratá-los quando o mercado, a lei da oferta e da procura favorece aumento da produção, os manda impiedosamente embora, quando a demanda diminui. Essa é a essência do capitalismo, que como seu próprio nome diz, é o reino do capital e não do trabalho, do dinheiro e não dos seres humanos.

Esse reino se reflete no plano das leis. As constituições liberais consagram o direito de propriedade como um dos seus direitos essenciais e o protege de todas as formas. Se trata não do direito à casa, que não existe para a grande maioria dos cidadãos, ou do direito à posse de bens essenciais para sua sobrevivência, mas do direito à propriedade privada do meios de produção, de acumulação de riquezas.

Se um proprietário de terras improdutivas tem suas terras ocupadas por quem quer trabalhar, ele apela imediatamente à polícia e à “Justiça”. Em pouco tempo a lei se transformará em força material, forças policiais chegarão para tratar de desalojar os que querem trabalhar, mas não dispões do “direito” à propriedade, ação que será seguida pelo “respeito à lei” imposto por juízes, para restabelecer o “sagrado direito” à propriedade, mesmo ociosa.

O capitalismo é o único sistema que absolutiza o direito à propriedade, independentemente dos interesses sociais. Defende assim os interesses da ínfima maioria da população, que detêm esse direito, contra a grande maioria, que não tem acesso a ela e vive precariamente do seu trabalho ou nem sequer isso.

As constituições tratam ricos e pobres de maneira totalmente diferenciada. Basta ver a forma como consagra e protege o direito à propriedade e deixa abandonados os que vivem do trabalho – a grande maioria da sociedade. O direito ao trabalho é tratado não como um direito essencial, ligado à sobrevivência elementar da grande maioria, à dignidade de ter condições básicas de sobrevivência para si e para sua família, mas como um direito entre outros. Tudo de acordo com o capitalismo, que não se funda em direitos para todos, mas na mercantilização de tudo, na transformação de tudo – incluídos os seres humanos – em mercadorias.

O ex-presidente FHC chegou a declarar – numa de suas declarações mais canalhas, entre tantas – que havia no Brasil milhões de “inimpregáveis”. Estava dizendo que, como zelador do capitalismo brasileiro, excluía dos direitos básicos de cidadania, a milhões de brasileiros, para os quais deveria governar, como presidente eleito do país. Condenava milhões de trabalhadores pobres, dizendo que eles não serviam para o capitalismo brasileiro.

Quem perde o emprego, não tem a quem apelar, nem à “Justiça”, nem à polícia. Não há lei, nem instância estatal que proteja o direito mais elementar de toda a população.

A “Justiça” brasileira decidiu que não teria havido abuso na demissão desses 4.273 trabalhadores por parte da Embraer. A empresa, que enriqueceu brutalmente nos anos de expansão da economia, inclusive com apoio do governo para buscar pedidos dentro e fora do Brasil, quando houve um declínio da demanda, fez imediatamente os trabalhadores, que lhe serviram muito bem no momento da expansão, pagarem uma crise pela qual não tem nenhuma responsabilidade, ao contrário, foi gerada pela especulação desenfreada de empresários capitalistas.

A empresa alegou supostas dificuldades financeiras. Uma “Justiça” que fosse minimamente justa e que zelasse pelos interesses do país, teria imediatamente aberto as contas da empresa, para saber do fundamento dessas afirmações, consideradas inexistentes pelos advogados do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Mas isso esbarra em outro pilar das constituições que zelam pelo capitalismo: o segredo das empresas, que vige ao lado do odioso e injustificável segredo bancário.

O que esconde a empresa, se suas contas não podem ser exibidas publicamente? Usa um argumento para o qual não exibe publicamente provas. Teria que ficar claro quanto ganhou ao longo dos últimos anos, quanto gasta em salários no conjunto dos seus gastos, qual a taxa de lucro com que operou ao longo dos últimos anos, quais os salários dos seus executivos – entre outros dados que escondem, com o beneplácito da “Justiça”.

Com isso escondem também o que o Sindicato revela: que as demissões estariam vinculadas a supostas perdas sofridas pela empresa com especulação financeira para aumentar seus lucros numa operação arriscada na Bolsa de Mercadorias e Futuros. (Como aconteceu com outras empresas, como a Sadia, que quebrou por ter especulado com subprimes, enquanto recebia incentivos do governo para exportação e não dava como contrapartida nem sequer a garantia do nível de emprego.)

A demanda voltou a aumentar. Grandes empresas privadas, demonstrando a pouca ou nenhuma confiança que tem no Brasil, na sua capacidade de se recuperar da crise (desmentida pelo fatos, conforme a ação governamental para induzir a retomada do crescimento, diante da covardia dos grandes empresários privados), imediatamente despediram trabalhadores e diminuíram a produção. De tal forma que passou a haver falta de produtos, como os da linha branca, conforme o poder de consumo dos trabalhadores foi mantido pelas políticas governamentais e, como demonstrou o Ipea, não foi cortada a tendência de diminuição da desigualdade, pela primeira existente no Brasil, produto das políticas governamentais.

A própria Embraer já teve novas demandas de aviões, de vários países, por intermediação do governo, sua produção voltou a aumentar, mas ela não voltou a contratar trabalhadores. Como tem acontecido com outros setores. Beneficiários das ações governamentais – créditos subsidiados, diminuição da taxa de juros, suspensão da cobrança de impostos, entre outras -, as grandes empresas privadas elevam de novo sua produção, a economia volta a crescer, mas o mesmo não acontece com o nível de emprego.

No caso da Embraer, como denuncia o Sindicato, isto levou a aumentar a superexploração dos trabalhadores. Os trabalhadores têm sido submetidos a jornadas extenuantes de trabalho, para produzir mais com um contingente menos de trabalhadores empregados, confirmando que não houve queda no faturamento, nem na redução das encomendas. A empresa elevou de forma gigantesca sua taxa de lucros, com menos trabalhadores empregados, sendo explorados de forma mais intensa, para produzir mais .

A empresa se ampara na “Justiça”, alegando que não há na legislação brasileira nenhum impedimento para as demissões coletivas, confirmando seu caráter discriminatório a favor do capital – a ínfima minoria de brasileiros – e contra os trabalhadores – sua grande maioria. Revela o caráter de classe da legislação brasileira e da “Justiça” que zela por ela. A maioria dos ministros concordou com o argumento da Embraer, votou contra os trabalhadores e foram para casa dormir o sono dos “justos”, enquanto os trabalhadores se viram relegados ao papel de descartáveis, de sucata, de “inimpregáveis” pela “Justiça”.

Esta é uma das tantas razões fundamentais pelas quais o Brasil precisa de uma nova constituição, que elabore leis para todos, respeitando os direitos das maiorias, para poder pode contar com um Estado democrático, fundado no direito social, na solidariedade e, finalmente, dispormos de uma Justiça verdadeira.

por Emir Sader

Maniqueísmo

Aquele mundo dividido entre bons e maus, puros e impuros, podia ter levado o PT ao isolamento e à destruição. A vida política não pode ser vista assim tão estreitamente, a não ser por quem detenha a força e possa dela se servir para montar governo com essa facção de intocáveis. Se Lula houvesse renegado acordos e aliança com "os outros", teria terminado o governo, rapidamente, como Fernando Collor.

Os tucanos, apesar de partirem de premissas de que são melhores do que os outros, perceberam que não podiam governar sozinhos. E deram ao PFL de Antonio Carlos Magalhães dois ministérios, malgrado a cara feia da socióloga, mulher do sociólogo que condenou a aproximação. Era impossível constituir base parlamentar sem os pefelistas.

Lula, por sua vez, não teria condições de governar, se não houvesse atraído o PMDB de José Sarney. Há bem pouco, se viu que foi a tropa de choque peemedebista (contra a tropa do cheque tucana) que defendeu o governo do golpe contra sua base político-parlamentar que começaria com a deposição de José Sarney da presidência do Senado. Agora mesmo, nesta chantagem da ex-secretária da Receita Federal contra a candidata Dilma Rousseff, quem acompanhou os debates no Senado viu que a resistência maior foi da bancada do PMDB que se convenceu de ser governo e como tal agiu. Sem as restrições, os poréns, os dramas da bancada do PT que não forma senão um conglomerado de egos desmedidos, cada um se achando capaz de salvar o mundo sozinho, sem a ajuda de ninguém.

Ibop 2º turno 2010 - Julho

Nas simulações para o 2º turno da eleição presidencial do ano que vem Dilma Rousseff (PT) venceria contra qualquer um dos candidatos do PSDB - José Serra e Aécio Neves -.

Eis os números:
Dilma x Serra

  • Dilma 60%
  • Serra 40%
Dilma x Aécio
  • Dilma 55%
  • Aécio 45%
A margem de erro só será apresentada na pesquisa de boca de urna, em 2010.
O resultado são dos votos válidos, como faz o TSE.

Responsável pela pesquisa - Joel Leonidas Teixeira Neto

A direita joga verde

Não sei se a senadora Marina Silva decidiu se fica ou sai do PT, se disputa ou não a presidência da República. Mas sua eventual candidatura já está sendo comemorada pela direita brasileira.

O troféu da babação foi para Danuza Leão, autora de um artigo intitulado “Quem tem medo da doutora Dilma” (Folha de S.Paulo, 16 de agosto). Segundo Danuza, “não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura (....) Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula (....) Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior (...) Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos pe tistas (....) Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que (...) Dilma Roussef passe para o segundo turno”.

De maneira menos boçal, variantes deste raciocínio foram matéria de capa da Época (“Marina embaralha o jogo eleitoral de 2010”), da IstoÉ (“o Brasil não é só PT e PSDB”), bem como de textos publicados em Veja (que ainda não deu capa) e outras publicações.

Os que comemoram, não acreditam e geralmente não desejam que Marina possa ser presidente; acham apenas que ela pode atrapalhar uma terceira vitória do PT. Ou seja: sua candidatura é vista como linha auxiliar do PSDB, mais ou menos como o Partido Verde se comporta em vários estados do Brasil.

Como ficaria mal falar isto de maneira explícita, a grande imprensa faz três movimentos diversionistas: a) apresenta Marina como candidata de quem “manteve viva a utopia”; b) destaca a importância de incluir o meio ambiente no debate presidencial; c) diz que o Brasil deve escapar da falsa polarização entre PT e PSDB.

A verdade é que a direita não se incomoda com a defesa das utopias e do meio ambiente, desde que essa defesa não se materialize em atos de governo. Por isso, dirão o que for necessário para impedir uma vitória do PT nas eleições de 2010, pois sabem muito bem que nesta quadra da história não haverá presidente de esquerda, nem defesa efetiva do meio ambiente, sem o Partido dos Trabalhadores.

Neste sentido, a crítica à “falsa polarização PT e PSDB” tem o mesmo objetivo daquele discurso que fala que não existem mais diferenças ideológicas: quem se beneficia de ambos é a direita, que opera nos marcos do senso comum e das personalidades, não precisando demarcar diferenças, nem construir organizações coletivas.

Infelizmente, existem setores do PT que alimentam este discurso. Por exemplo, não por coincidência, a senadora Marina Silva, que em artigo intitulado “Renda básica na política” (FSP, 9/2/ 2009) defende que PT e PSDB, que “têm sido as forças mais estáveis no comando do país”, se unam “pelo resgate da política e por meio de um alinhamento ético”. Política de alianças adotada no Acre, segundo consta.

Acontece que estes dois partidos organizam a disputa política brasileira, exatamente porque representam dois projetos nacionais opostos e contrapostos: o neoliberal e o democrático-popular. Não é a disputa entre PT e PSDB que cria esta contraposição; é esta contraposição na vida real (algo que nossos velhos chamavam de luta de classes) que se traduz na disputa política entre os dois partidos.

Que essa disputa às vezes assuma formas mesquinhas, rebaixadas, pouco claras ou elegantes, é outro assunto. Mas enquanto aquela contradição de projetos for dominante na sociedade brasileira, enquanto petistas e tucanos representarem projetos opostos, não haverá aliança estratégica entre eles.

Neste sentido, quem tiver a ambição de construir uma terceira via entre PT e PSDB, viverá o mesmo dilema do PSOL em 2006: no segundo turno, dividir-se entre Alckmin e Lula. A direita sabe disto e joga verde apenas para colher serra. Motoserra.

Valter Pomar é secretário de relações internacionais do PT

Mudei de lado

Amigos,
MUDEI DE LADO . . .

Resolvi ficar ao lado da tucademopiganalha...
Que me desculpem meus amigos e, por favor, não me critiquem, mas após esfriar a cabeça e analisar melhor a situação atual, considerei melhor... e mudei..... de agora em diante,
ficarei ao lado da corja!
Se eu ficar atrás... Ela me caga.
Se eu ficar na frente..... Ela me fode!
Como não há alternativa, resolvi ficar ao lado dela...
Até que a Muié - Dilma Rousseff - seja eleita ano que vem, e a tucadempiganalha se conforme.