Religiosidade em Juazeiro do Norte
A estética do cinema sob o foco da religião e da religiosidade motiva auditório lotado durante seminário em Juazeiro
O cinema como linguagem de resgate da história de Juazeiro e do Padre Cícero, o seu fundador. Nos 100 anos da cidade que atrai mais de um milhão de habitantes todo ano, abre-se a discussão em torno do fenômeno Padre Cícero, que envolve a "Religião e a Religiosidade no Cinema". Com este tema, será encerrado, hoje, o Seminário dentro do 21º Cine Ceará, com promoção do Diário do Nordeste.
O Cariri foi contemplado com o evento à parte, em virtude da homenagem aos 100 anos do Município. O Memorial Padre Cícero esteve lotado no último domingo para a palestra espetáculo do dramaturgo, escritor e poeta Ariano Suassuna. O evento termina com palestra do escritor e jornalista Lira Neto, autor do livro "Padre Cícero, Poder, Fé e Guerra no Sertão".
A oportunidade de trazer a história de Juazeiro na linguagem cinematográfica tem um grande motivo, para o escritor e presidente da Comissão do Centenário, Geraldo Menezes Barbosa. Ele diz que este momento é oportuno, com linguagem adequada a todas as idades, de se mostrar ao público a trajetória do Padre Cícero, que foi o grande edificador da cidade, responsável também por todo o processo que desencadeou os fenômenos místicos.
Relevância
Segundo o presidente da Comissão, não poderia ser outra cidade escolhida para ser sub-sede do Cine Ceará, já que a religiosidade é um tema de extrema relevância quando se trata da questão de Juazeiro. Na abertura do Seminário, foi exibindo o filme "Joaseiro do Padre Cícero", de Adhemar Bezerra de Albuquerque, produzido em 1925. Em 9 minutos, foram exibidas imagens da Juazeiro antiga, durante festividades realizadas na cidade e inauguração da estátua do Padre Cícero, na praça que recebeu o seu nome. As imagens exibem o sacerdote aos 82 anos de idade, já sendo reverenciado por uma multidão. Para Geraldo Barbosa, contemporâneo do Padre Cícero, a multidão que aguardava a saída do Padre Cícero de sua casa para ser homenageado pela multidão era uma cena comum em Juazeiro. Ariano Suassuna destacou a importância do Padre Cícero no contexto da religiosidade e da cultura popular, com um dos personagens mais importantes da história do Nordeste. Lembrou que o seu pai chegou a conhecer pessoalmente o sacerdote.
A palestra de Ariano Suassuna foi também o momento inaugural da reforma do Memorial Padre Cícero, que poucas vezes esteve lotado para um evento como no domingo. Para Geraldo Menezes, a programação do Cine Ceará conseguiu sensibilizar a cultura cinematográfica no público. A influência das reportagens e repercussão do centenário estão envolvendo mais ainda, conforme o escritor, os formadores de opinião sobre o assunto. Ariano Suassuna destacou a importância da interpretação poética e destacou a Bíblia como um dos livros inspirador, destacando o Apocalipse, que chegou a inspirar uma de suas obras, "Uma Mulher Vestida de Sol", considerada a primeira grande tragédia escrita no Nordeste. Ao lado de Ariano Suassuna, esteve o filósofo português, João José Miranda Vila-Chã, professor da Pontifícia Universidade Gregoriana-Roma.
Elizângela Santos
O cinema como linguagem de resgate da história de Juazeiro e do Padre Cícero, o seu fundador. Nos 100 anos da cidade que atrai mais de um milhão de habitantes todo ano, abre-se a discussão em torno do fenômeno Padre Cícero, que envolve a "Religião e a Religiosidade no Cinema". Com este tema, será encerrado, hoje, o Seminário dentro do 21º Cine Ceará, com promoção do Diário do Nordeste.
O Cariri foi contemplado com o evento à parte, em virtude da homenagem aos 100 anos do Município. O Memorial Padre Cícero esteve lotado no último domingo para a palestra espetáculo do dramaturgo, escritor e poeta Ariano Suassuna. O evento termina com palestra do escritor e jornalista Lira Neto, autor do livro "Padre Cícero, Poder, Fé e Guerra no Sertão".
A oportunidade de trazer a história de Juazeiro na linguagem cinematográfica tem um grande motivo, para o escritor e presidente da Comissão do Centenário, Geraldo Menezes Barbosa. Ele diz que este momento é oportuno, com linguagem adequada a todas as idades, de se mostrar ao público a trajetória do Padre Cícero, que foi o grande edificador da cidade, responsável também por todo o processo que desencadeou os fenômenos místicos.
Relevância
Segundo o presidente da Comissão, não poderia ser outra cidade escolhida para ser sub-sede do Cine Ceará, já que a religiosidade é um tema de extrema relevância quando se trata da questão de Juazeiro. Na abertura do Seminário, foi exibindo o filme "Joaseiro do Padre Cícero", de Adhemar Bezerra de Albuquerque, produzido em 1925. Em 9 minutos, foram exibidas imagens da Juazeiro antiga, durante festividades realizadas na cidade e inauguração da estátua do Padre Cícero, na praça que recebeu o seu nome. As imagens exibem o sacerdote aos 82 anos de idade, já sendo reverenciado por uma multidão. Para Geraldo Barbosa, contemporâneo do Padre Cícero, a multidão que aguardava a saída do Padre Cícero de sua casa para ser homenageado pela multidão era uma cena comum em Juazeiro. Ariano Suassuna destacou a importância do Padre Cícero no contexto da religiosidade e da cultura popular, com um dos personagens mais importantes da história do Nordeste. Lembrou que o seu pai chegou a conhecer pessoalmente o sacerdote.
A palestra de Ariano Suassuna foi também o momento inaugural da reforma do Memorial Padre Cícero, que poucas vezes esteve lotado para um evento como no domingo. Para Geraldo Menezes, a programação do Cine Ceará conseguiu sensibilizar a cultura cinematográfica no público. A influência das reportagens e repercussão do centenário estão envolvendo mais ainda, conforme o escritor, os formadores de opinião sobre o assunto. Ariano Suassuna destacou a importância da interpretação poética e destacou a Bíblia como um dos livros inspirador, destacando o Apocalipse, que chegou a inspirar uma de suas obras, "Uma Mulher Vestida de Sol", considerada a primeira grande tragédia escrita no Nordeste. Ao lado de Ariano Suassuna, esteve o filósofo português, João José Miranda Vila-Chã, professor da Pontifícia Universidade Gregoriana-Roma.
Elizângela Santos