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Pano rápido
por Wálter Maierovitch
A conduta de Gurgel é de tentar fugir da CPI. Gurgel age como se estivesse com medo de não saber se explicar à sociedade civil. E o Partido dos Trabalhadores, que também conta com representantes da Magna Grécia como se afere pelo teor das manifestações de um Cândido Vacarezza (SP), erra, como acaba de ser noticiado, ao desistir de convocar Gurgel. No fundo, ambos se merecem. Leia Mais
Judiciário: competência chegou e parou ali
O judiciário brasileiro é competente em dois momento:
1º Para condenar pobres.
2º Para absolver ricos.
Pior ainda é que afirmam estarem apenas aplicando as leis existentes.
Que um representante deste poder venha a público e mostre na constituição brasileira, no código civil ou criminal esta lei. É pedir demais?
Estou esperando. Deitado claro, porque sentado canso.
Corja!
2 cenários
Por Claudio Lembo
O caso Cachoeira mexe com todos os segmentos da sociedade. Nada ficou incólume. Instituições diversas foram atingidas. Personalidades diferentes ingressaram no cipoal. Nada escapou.
Um desastre moral. Uma análise de situação demonstra a fragilidade das personalidades públicas. Por uma taça de champanhe jogam no lixo reputação – se tiverem – e as próprias carreiras.
Não pode um administrador público praticar determinados atos. Representa a coletividade. Deve dar exemplo. O caso Cachoeira aponta para falhas morais de diversos agentes. Inclusive instituições destinadas a preservar a boa governança acabaram atingidas. O Ministério Público, guardião da moralidade publica, vê um seu membro envolvido. E se cala.
O Conselho Nacional do Ministério Público, de oficio, deveria avaliar o custo do desvio de comportamento de um de seus integrantes, mesmo que este não esteja no exercício de suas funções originárias.
O senador, membro do Ministério Público, representa sua instituição, ainda que dela estiver afastado em razão do mandato popular. Os desvios praticados, no exercício de suas funções, atingem toda a classe.
No entanto, até agora, há silêncio no parque de origem – Goiás – assim como nas instâncias federais. Não pode existir espírito de corpo em determinadas ocasiões.
A preservação da imagem do Ministério Público é fundamental para o bom exercício da democracia. Desde 1988, quando recebeu importantes funções, o Ministério Público é órgão essencial da vida pública do País.
Lamenta-se, em nome da sociedade, o incomodo silêncio. Espera-se atitudes nos próximos dias. É impossível que os promotores e procuradores se mantenham silentes neste momento político.
Mas, se no campo do legislativo, particularmente do Senado Federal, os acontecimentos perturbam as consciências da nacionalidade, o Poder Executivo oferece demonstração de coragem e firmeza.
Jamais o sistema bancário brasileiro mereceu reprimendas das autoridades. Só benesses. Salvaram instituições. Liquidaram muitas outras. Incentivaram incorporações e fusões.
O destinatário dos serviços bancários – a coletividade – jamais foi lembrado. Só ônus. Juros excessivos. Taxas de serviços elevadas. Nenhum gesto de solidariedade social.
A presidenta Dilma, sem vínculos empresariais, originária das lutas sociais, teve a ousadia de ingressar em tema proibido: a taxa de juros. Este ato, por si só, conduz a presidente Dilma para patamar elevado.
Disse, há pouco, um brasilianista, que o Brasil é feliz na escolha de seus últimos presidentes. É verdade Lula e Dilma alteraram a fisionomia da sociedade. Atingiram o cerne de questões seculares.
Como é venturoso poder viver período tão sadio da História administrativa. Este sentimento é unânime. Vai por permeando todos os setores da coletividade.
Aguarda-se que o Senado da República aja com independência e firmeza no caso Cachoeira e que o Ministério Público não se omita, quando um de seus membros se envolve em situações inexplicáveis.
Chegou-se com firmeza neste Século XXI. Alterou-se a fisionomia social tão adversa. Existem ainda mazelas. Porém, foram colocadas a descoberto. Nada mais é escondido.
A riqueza de uns e a pobreza de outros hoje são conhecidas. A liberdade produziu efeitos notáveis na vida dos brasileiros.
Não há lugar para privilegiados em um regime democrático. A lei é a mesma para todos. Magistrados, membros do Ministério Público, políticos com mandato e cada cidadão individualmente.
Os maus devem ser afastados do convívio dos bons.
Blog do Charles Bakalarczyk: "Lula seja" louvado nas notas de R$ 50
Blog do Charles Bakalarczyk: "Lula seja" louvado nas notas de R$ 50: Direto do G17 (clique aqui e confira) Dilma pede e Banco Central coloca em circulação notas com a frase "Lula seja louvado" O Ban...
Relembrar é viver
Quando uma pessoa acolá afirmou que José Sarney não era um cidadão comum...a tucademopiganalhada usou artilharia pesada [ Pig e seus mercenários amestrados], para criticar o autor do disparate.
Pois muito bem, agora representantes de uma CPMI - comissão parlamentar mista de inquérito -, falaram em convocar o sr. Roberto Gurgel - procurador-geral da república -, o que aconteceu?...
Os mesmos que criticaram aquela pessoa por defender Sarney, apontam sua artilharia para defender o sr. Gurgel.
Quer dizer: agora existe um sr. na república brasileira que está acima do bem e do mal, que não deve explicações a ninguém e a nenhum poder.
Mas, agora me veio uma dúvida...a imprensa pode criticar o PGR ou só não pode criticar o sr. Gurgel?...
E a relação Veja, Demóstenes Cachoeira, Gilmar Dantas (o do grampo sem áudio) e Cia será investigada ou eles também são intocáveis?
Dependesse dessa corja tucademopiguista o Brasil não seria uma república. Para começar só poderia votar quem tivesse ensino superior e uma renda mensal de no mínimo 6000 reais.
Tenho dito: O judiciário é o mais corrupto dos poderes - corrompe a ideia o ideal de justiça - e parte da imprensa brasileira é uma grande família de mafiosos.
Num país de intocáveis, falar em regime de direito é uma grosseira piada de mau gosto
Procurador Roberto Gurgel deve explicações sobre o aborto do inquérito da PF na CPI onde foi acusado
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A existência de intocáveis não pega bem num regime em que todos deveriam ser absolutamente iguais, como está escrito no caput do artigo 5º da Constituição Federal: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".
No entanto, infelizmente, são exatamente os ministros nomeados guardiões constitucionais os primeiros a virar as costas para o dogma da igualdade entre os cidadãos numa terrível demonstração de o regime de direito está por um triz.
O poder do intocável fazer só o que a seu juízo cabe ou é conveniente situa-se acima do bem e do mal, num ritual de fazer inveja a abusos recentes, ainda frescos em nossa memória ferida. No presente, essa faculdade arbitrária soa como consagração da mais cínica hipocrisia institucional, mostrando com todas as letras, mortas e vivas, o triunfo perverso do "manda quem pode, obedece quem tem juízo", como se à sociedade queda não restasse outra atitude senão resignar-se. |
Faço essas patéticas constatações tomado da maior tristeza. É inevitável que uma sensação de impotência total irradie-se em meu cérebro atormentado, com forte tendência a produzir a doença degenerativa da desilusão irreversível.
A que ponto chegamos. Ninguém de sã consciência poderia imaginar que um coral afinado oferecesse suas vozes para a blindagem do procurador geral da República, Roberto Gurgel, e de sua esposa, a sub-procuradora geral Cláudia Sampaio Marques, citados em português escorreito pelo delegado Raul Alexandre Marques Sousa, que a esta altura já deve estar com a cabeça à prêmio.
O policial contou aos parlamentares da CPI do Cachoeira que já em 2009, isto é, há três anos, havia detectado através de escuta autorizada conversas cúmplices entre o contraventor e corruptor e seu mais graduado títere, um senador da República festejado por todos como um mosqueteiro da ética, e mais dois deputados menos cotados.
Por que a investigação pilhara três congressistas na folha de pagamento do delinquente, ele teve que levar o apurado ao conhecimento da cúpula judiciária. E aí levou um tremendo chega pra lá, um "não se fala mais nisso", um bota a viola no saco, e a sua "Operação Vegas" entrou para o arquivo morto, conforme ordens superiores, isto é, determinação por ofício da subprocuradora geral, para quem não havia indícios suficientes para que sugerisse ao marido, procurador geral, pedir a abertura de investigação contra esses parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF).
Questionamento de nepotismo à parte - os intocáveis estão acima desses pecados - o procurador geral parece que amarelou ao saber que Cachoeira e Demóstenes Torres queriam sua cabeça ou agiu sob outro tipo de condicionamento. Tudo pode ter acontecido de inexplicável, porque a maior parte das revelações de agora remonta a investigação d'outrora. O certo é que o delegado ficou na maior saia justa e recolheu-se à sua insignificância diante do casal todo poderoso.
Com a palavra diante da CPI, Raul Alexandre Marques Sousa soltou o grito que estava parado no ar e deu o serviço. Todo o mal que a super organização criminosa de ramificações várias esteve fazendo até estes dias poderia ter sido estancado há três anos, reduzindo consideravelmente o prejuízo financeiro e moral, e impedindo que o capo tivesse agido com tanta desenvoltura no ano eleitoral de 2010 e nos anos subsequentes em que consolidou o império criminoso mais diversificado de que se tem notícia nestas paragens.
Até aos mais aparvalhados parece claro que o meu conterrâneo Roberto Monteiro Gurgel Santos deve uma explicação aos súditos no mesmo local em que sua atitude insustentável foi revelada, sob pena de oferecer os insumos daninhos para a pizza da CPI que ainda vai ter que ganhar credibilidade entre os cidadãos.
]
Comparecer a uma CPI, aliás, não pode ser entendido como um reconhecimento de que o convocado já deve alguma coisa no cartório. Se assim fosse, não carecia nem mesmo a tomada de depoimentos.
Mas esse episódio oferece também o corpo de delito de uma manobra d e baixo calão. À primeira reação diante das declarações cristalinas do delegado, o procurador saiu-se com a primária alegação de que está sendo minado por "pessoas que morrem de medo do julgamento do mensalão".
Eu não sabia que esse delegado que pôs o procurador nas cordas tinha rabo preso com esse processo espetaculoso que se arrasta por sete anos, num banho-maria novelesco.
O policial contou aos parlamentares da CPI do Cachoeira que já em 2009, isto é, há três anos, havia detectado através de escuta autorizada conversas cúmplices entre o contraventor e corruptor e seu mais graduado títere, um senador da República festejado por todos como um mosqueteiro da ética, e mais dois deputados menos cotados.
Por que a investigação pilhara três congressistas na folha de pagamento do delinquente, ele teve que levar o apurado ao conhecimento da cúpula judiciária. E aí levou um tremendo chega pra lá, um "não se fala mais nisso", um bota a viola no saco, e a sua "Operação Vegas" entrou para o arquivo morto, conforme ordens superiores, isto é, determinação por ofício da subprocuradora geral, para quem não havia indícios suficientes para que sugerisse ao marido, procurador geral, pedir a abertura de investigação contra esses parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF).
Questionamento de nepotismo à parte - os intocáveis estão acima desses pecados - o procurador geral parece que amarelou ao saber que Cachoeira e Demóstenes Torres queriam sua cabeça ou agiu sob outro tipo de condicionamento. Tudo pode ter acontecido de inexplicável, porque a maior parte das revelações de agora remonta a investigação d'outrora. O certo é que o delegado ficou na maior saia justa e recolheu-se à sua insignificância diante do casal todo poderoso.
Com a palavra diante da CPI, Raul Alexandre Marques Sousa soltou o grito que estava parado no ar e deu o serviço. Todo o mal que a super organização criminosa de ramificações várias esteve fazendo até estes dias poderia ter sido estancado há três anos, reduzindo consideravelmente o prejuízo financeiro e moral, e impedindo que o capo tivesse agido com tanta desenvoltura no ano eleitoral de 2010 e nos anos subsequentes em que consolidou o império criminoso mais diversificado de que se tem notícia nestas paragens.
Até aos mais aparvalhados parece claro que o meu conterrâneo Roberto Monteiro Gurgel Santos deve uma explicação aos súditos no mesmo local em que sua atitude insustentável foi revelada, sob pena de oferecer os insumos daninhos para a pizza da CPI que ainda vai ter que ganhar credibilidade entre os cidadãos.
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Comparecer a uma CPI, aliás, não pode ser entendido como um reconhecimento de que o convocado já deve alguma coisa no cartório. Se assim fosse, não carecia nem mesmo a tomada de depoimentos.
Mas esse episódio oferece também o corpo de delito de uma manobra d e baixo calão. À primeira reação diante das declarações cristalinas do delegado, o procurador saiu-se com a primária alegação de que está sendo minado por "pessoas que morrem de medo do julgamento do mensalão".
Eu não sabia que esse delegado que pôs o procurador nas cordas tinha rabo preso com esse processo espetaculoso que se arrasta por sete anos, num banho-maria novelesco.
Seria uma obra da mais sofisticada conspiração se os réus do processo citado tivessem induzido o delegado a revelar na CPI o que a cúpula do Ministério Público e da Polícia Federal já sabia de cor e salteado.
Em sua esfarrapada defesa, o Roberto Monteiro Gurgel Santos recorre à cortina de fumaça que, segundo as más línguas, seria o mesmo ardil dos mensalistas, ao incrementarem a CPI do Cachoeira.
O depoimento do policial seria, por assim dizer, uma jogada ensaiada, com a finalidade de enfraquecer o procurador que acusará os indiciados, todos ligados à chamada base governista, cujas peripécias lhes valeram condenações antecipadas por uma opinião pública que, a ser coerente, não pode admitir que o procurador se exima de explicar a ordem infausta também numa CPI. Isto porque, lembre-se, ele e a sua sub deram motivos diferentes para o expediente que livro u a cara dos políticos e do delinquente que agora estão no pelourinho sem saber o que vão dizer em casa.
No mínimo, causa espanto que marido e mulher, ou seja, procurador geral e subprocuradora, não se entendam sobre as razões que levaram a trancar o inquérito a sete chaves. Ela alegou que não havia elementos suficientes para acolher as conclusões da "Operação Vegas"; ele saiu-se com uma desculpa que deve entrar para o folclore político: o aborto aconteceu por razões estratégicas, disse e repetiu ante os olhos incrédulos dos ainda não idiotas.
Como reclamava o velho Tancredo, não se pode agredir os fatos. Se os chefes da Procuradoria Geral da República que frustraram uma criteriosa investigação não se sentirem obrigados sequer a prestar os esclarecimentos devidos, achincalhando no nascedouro a CPI híbrida, com que autoridade eles podem assumir a acusação nesse que já se define como o mais espetaculoso julgamento da nova República?
Nesse caso, vamos e ven hamos, o procurador entrará em campo já contundido e será inevitavelmente questionado não apenas pelo erro de 2009, mas, principalmente, pela blindagem de que tenta se revestir como se, em indo lá na CPI, pudesse cair em maus lençóis.
Sua não ida à comissão parlamentar onde foi acusado terá efeitos desastrosos para toda a instituição do Ministério Público Federal, onde existe uma esmagadora maioria de procuradores competentes, honestos, eficientes e admirados pela opinião pública.
E esse desastre, que inflará a bolha dos intocáveis, afetará maldosamente o que o os ingênuos acreditam ser um regime democrático de direito.
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