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A Petrobras "destrói " documentos desde 1968

Sobre as recentes notícias veiculadas na imprensa acerca da destruição dos registros de áudio de reuniões do Conselho de Administração da Petrobras, a Companhia esclarece que o Regimento Interno do Conselho prevê que as reuniões serão gravadas e que essas gravações serão eliminadas quando da lavratura da ata da reunião. Trata-se de previsão contida no Regimento Interno do Conselho comprovadamente desde 1968 e mantida nas diversas revisões realizadas até hoje, com destaque à revisão aprovada pelo Conselho de Administração em 28/06/2002, quando todos os documentos de governança, entre eles o Regimento Interno do Conselho, foram adequados à reforma da Lei das SA e a projeto de ingresso no Nivel 2 da Bolsa de Valores de São Paulo.

A partir do início das investigações dos escritórios externos independentes contratados pela Petrobras em 24 e 25/10/2014, a Companhia, por orientação dos citados escritórios, passou a preservar os áudios das reuniões do Conselho de Administração ainda existentes. Essa medida permitiu que a Companhia mantivesse preservados os áudios das reuniões de setembro de 2014 até os dias atuais. Não há que se falar, portanto, em nenhum tipo de expediente para destruição de áudios das reuniões do Conselho de Administração com finalidade outra que não o cumprimento da norma prevista nos Regimentos Internos do Conselho.

A Petrobras reitera que vem colaborando efetivamente com todos os trabalhos de investigação em curso, sejam no âmbito judicial, parlamentar ou de órgãos de controle.

Mãe

Tá sentido

Judiciário o mais corrupto dos poderes

Quando vejo cobranças sobre Gilmar Dantas não devolver a adin sobre financiamento de campanha eleitoral por empresas, rolo de rir.

Por que, não cobram que a maioria do STF exerça seu direito, seu poder, sua força?...

O plenário é que decide!

Mas, percam tempo não. Ali são todos iguais. Dou uns pelos outros e não aceito volta. 

Ali, lá no STF é que a força da grana demonstra seu poder.

A corja togada vive do bolso de quem paga mais.

Imorais! Fhcs!

Ladrões, roubam a ideia, o ideal de justiça.

Miguel do Rosário matou a pau

Eu vivo repetindo para meus amigos que não sou comunista. Nem socialista.
Nos tempos de faculdade, escapei desses rótulos me autointitulando anarquista, a saída mais confortável para quem não sabe o que é.

Tenho dito que sou apenas um cidadão que acredita em democracia, em justiça social, que vê o Estado como um instrumento para reparar a nossa grotesca desigualdade social.
Sou naturalmente um apaixonado pelas histórias de luta da classe trabalhadora, desde os plebeus romanos, até as marchas dos operários das minas de carvão da Inglaterra, que invadiam as cidades, braços dados, exigindo controle do preço do pão. E um estudioso de todas as revoluções sociais: a russa, a francesa, a americana, a cubana, etc.

Provavelmente tenho o que chamam de "identificação de classe", incentivado pela modéstia do meu saldo bancário.

Às vezes, por provocação, digo que sou um capitalista "de esquerda" (uma vez falei isso a um antiesquerdista – sou amigo ao menos de um cara assim, talvez por ser ele também antitucano e antimídia – e a sua namorada, que o acompanhava, rebateu imediatamente: "são os piores!")

Enfim, considero-me um pacato capitalista progressista, se é que isso faz algum sentido, cheios de ambições pequeno burguesas. Quero comprar um bom apartamento, viajar o mundo, beber bons vinhos, ganhar dinheiro (honestamente, óbvio), conquistar meu tempo para ler muitos e muitos livros. Quero fazer tudo isso e morar num país com justiça social, sem crianças vagando famintas pelas ruas, com um regime democrático autêntico. Essa é a minha razão de votar na esquerda.
Mas não adianta. Os amigos me lançam olhares risonhos, incrédulos, continuam a me tratar como um comunista.

Meus familiares, então, receio que alguns me achem um bolchevique sanguinário. Tudo por culpa, provavelmente, dessa cultura autoritária típica de todo continente americano, de norte a sul, em que qualquer escrúpulo social é tachado de degeneração jacobina. Até Obama é acusado, pelos radicais, de ser um vermelho. E não só por americanos. O brasileiríssimo Olavo de Carvalho também acha.

Eu não dou a mínima para o que pensam de mim. Uso um chaveiro do partido comunista apenas porque o acho bonito e prático (vem com abridor de garrafinhas longneck), e prefiro mil vezes que pensem que sou comunista do que, por exemplo, um neonazista. Ou um coxinha.

De fato, nunca estaria numa manifestação em que se pede intervenção militar, ou em que alguém, do alto do carro de som, manda Montesquieu tomar naquele lugar; não admitiria participar de algo assim nem que essas pessoas estivessem lá no final da passeata e eu no início.

Se alguém um dia me vir num protesto assim, pode me mandar internar, pelo amor de deus, que o caso é grave.

No entanto, ao ler a matéria abaixo, da Folha, sobre a importação de domésticas das Filipinas, passo a me entender um pouco mais, e também porque as pessoas me associam, com tanta desenvoltura, a certas ideologias.

É uma matéria que me leva a duvidar de minhas quiçá ingênuas convicções republicanas, e a me perguntar se eu não seria, de fato, um bolchevique enrustido, de mim mesmo. Até porque, entre pensar como essas pessoas pensam e ser um bolchevique, eu não hesitaria um segundo, e me alistaria imediatamente nas fileiras do exército vermelho.

Separei algumas frases:
- As babás filipinas são tipo os médicos cubanos, mas sem pagar pedágio para o Fidel.
(…) O casal morou 11 anos fora, em vários países. No último posto, Brunei, tinham uma empregada filipina. "[Ela] Era incrível, fazia compras, limpava, cozinhava e dirigia. Ela até lavava o carro!", conta. "No Brasil, babá é só babá, cozinheira só cozinha e empregada só limpa."
***
Diante dessa burguesia escravocrata brasileira, determinada a transmitir aos filhos esses valores (disseminados amplamente em nossas novelas), de que existem pessoas nascidas exclusivamente para lhes servir, como escravos domésticos, eu sinto vontade de rasgar meus moderados escrúpulos pequeno burgueses e gritar, com toda a força dos meus pulmões:
– Viva la revolución!

Fernando Brito - nasce uma nova classe: a lumpenburguesia

Um dia alguém tem de escrever contos e romances sobre nossa época!
Fazer filmes e seriados!
Não será a Globo, com certeza, que irá fazê-lo, porque ela será personagem principal.
Eu arrisco aqui alguns conceitos que podem ajudar os futuros intérpretes desses tempos sombrios.
Antigamente, os marxistas falavam em lumpemproletariado, para se referir às franjas mais ignorantes e ociosas da classe trabalhadora, um segmento com tendência a uma anarquia autodestrutiva, e que não ajudava a sua própria classe nas lutas contra a burguesia.
A palavra vem do alemão, Lumpenproletariat, e significa "seção degradada e desprezível do proletariado", de lump 'pessoa desprezível' e lumpen 'trapo, farrapo' + proletariat 'proletariado'.
Também se usava a expressão "lumpesinato", para se referir aos setores degenerados do campesinato.
Se Marx fosse vivo, e observasse o cenário hoje, poderia inventar o termo (se é que inventou e eu não sei) lumpenburguesia: as franjas degeneradas e desprezíveis da própria burguesia.
Afinal, não são apenas conservadores. São positivamente idiotas.
Aquelas pessoas portando faixas pedindo intervenção militar, em pleno 2015, são representantes desta lumpenburguesia.
Suponho que toda sociedade burguesa deva possuir a sua cota de lumpenburguesia, mas receio que, em alguns momentos históricos, estes setores saiam do controle.
No caso do Brasil, a mistura de analfabetismo político generalizado com uma mídia tão concentrada quanto reacionária, fez com que a lumpenburguesia assumisse a liderança de toda uma classe.
O burguês, que já foi uma classe revolucionária que depois virou conservadora, mas sempre liderado por um setor culto, hoje é guiado por indivíduos que acreditam na Veja e acham que Lulinha é dono da Friboi. Não é chute. Há pesquisa da USP confirmando esse triste fenônemo.
Por isso as eleições de 2014 foram tão nervosas, porque corremos o risco de sermos governados por esses malucos, que vão às ruas protestar contra a corrupção e depois votam em… Aécio.
A lumpenburguesia nada mais é do que o exército de zumbis formado pela mídia. São aqueles que acreditam em tudo que a Globo divulga, apesar de que hoje já se tornaram tão fanáticos que acham que até mesmo a "Globo é petista".
Mas a Globo lhes trata com um carinho de mãe, condescendentemente. Sabe que seus exageros advêm do excesso de consumo das drogas midiáticas que ela mesmo, a Vênus, lhes oferece diariamente.
Os professores de São Paulo põem 30 mil pessoas protestando contra o governador. A Globo não dá nada, ou não dá destaque nenhum.
Já uma manifestação de 30 coxinhas na porta do casamento "do médico de Lula e Dilma" vale uma extensa matéria, cheia de fotos, vídeos e entrevistas com vários representantes.
Uma manifestação bizarra, de franjas mal educadas da burguesia, xingando os convidados, batendo panela.
Trabalhadores fazem protestos o tempo inteiro, Brasil à fora, e não são ouvidos.
Já um punhado de lunáticos de barriga cheia e cérebro vazio, viram capa de jornal.
Como dizia um dos pioneiros do jornalismo americano, Joseph Pulitzer:

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."

Dia das Mães

O sorriso mais sincero
O abraço mais afetuoso
O beijo mais gostoso
O carinho mais caloroso...

A nossa Mãe nos dá de graça e nunca, jamais nos pede algo em troca.

Hoje, até Deus tem motivos para nos invejar.

A casta previlegiada é unida

Do Empório do Direito

Desembargador do TJPE consegue liminar para usar PEC da Bengala e não se aposentar

O Des. Nivaldo Mulatinho de Medeiros Correia Filho, prestes a completar 70 anos e por isso ser aposentado na compulsória, valendo-se de duvidosa aplicabilidade da PEC da Bengala recentemente aprovada, conseguiu liminar no Mandado de Segurança Preventivo impetrado com o fim de obstar o ato de aposentadoria. O tema ainda vai dar muito pano para manga. Confira a decisão abaixo e o link original aqui

Corja!

Mãe

(Crônica dedicada ao Dia das Mães,
embora com o final inadequado, ainda que autêntico.)

Rubem Braga

O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe, muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar a Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí;, a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segura-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho !" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho !" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe chaaata...

Luis Nassif: Época repete a farsa

Não se sabe o que as Organizações Globo pretendem da revista Época, ao torna-la uma Veja de segunda mão.

Veja criou um estilo folhetinesco, um subjornalismo que atraiu um público vociferante, de baixo nível, afastando os formadores de opinião. Hoje, claramente, sua reputação desce ladeira abaixo, perdendo o respeito de toda a categoria.

Qualquer resquício de inteligência editorial na Época buscaria um contraponto para atingir público de melhor nível já que a única semanal decente, a Carta Capital, não tem fôlego financeiro para ampliar espaço.

Em vez disso, Época envereda por um caminho sem volta, transformando-se em uma sub-Veja. Pelo menos a Veja original teve a iniciativa de ocupar um terreno inexplorado – o do jornalismo de esgoto – garantindo um público fiel. Quem pretende alguma relevância jornalística evita ir a reboque de qualquer estilo, menos ainda do esgoto.

Na semana passada, o falso escândalo das viagens de Lula não teve repercussão nem nos próprios veículos da Globo. Sofreu uma desconstrução desmoralizante na Internet e no próprio Ministério Púbico Federal – da procuradora incumbida de analisar a denúncia.

A jogada desmoralizada é a seguinte:

1.     A mídia publica qualquer denúncia.

2.    Qualquer pessoa pode entrar com uma representação - inclusive procuradores - com base em "notícia de fato criminoso". Por si, enquanto não for aceita pelo MPF, a representação não tem nenhum valor.

3.     A representação é sorteada para um procurador opinar. No caso da capa anterior da Época, a procuradora incumbida de analisar a representação igualou a notícia jornalística de fato criminoso, sem provas, a denúncia anônima.

Qualquer organização minimamente competente procuraria não repetir a jogada.

Como as Organizações Globo tornaram-se um bicho de sete cabeças sem nenhum cérebro, Época repete a mesma jogada já desmoralizada:

1.     Em abril publica uma denúncia furada sobre os financiamentos para o Metrô de Caracas.

2.     No dia 6 de maio outro procurador faz uma representação tão inócua quanto a primpeira: uma mera "notícia de fato criminoso", baseado na reportagem da Época.

3.      No mesmo dia em que a representação é apresentada, a revista prepara a reportagem que sai publicada no dia 8.

Raio x da reportagem
Dentro do estilo sub-Veja que tomou conta da Época, a reportagem é um imenso nariz de cera, com maioria absoluta de informações já conhecidas, emoldurando a única informação nova: a "notícia de fato criminoso" que não traz nenhuma informação nova, porque calçada em reportagem anterior da própria revista.

Analise-se a matéria:

1.     Ela tem 10.415 palavras.

2.     O título principal "Ministério Público diz que governo repassou irregularmente R$ 500 bi ao BNDES" é matéria velha. Desde o ano passado o TCU investiga esses repasses, fato fartamente noticiado pela imprensa.

3.     O subtítulo "Procuradores abrem investigação sobre empréstimo do banco ao governo da Venezuela" é mentiroso. Como já explicado nas diversas análises da capa anterior, "notícia de fato criminoso" só se transforma em investigação depois de aceita por um procurador sorteado para analisar a representação.

4.     4.842 palavras, ou 46% da reportagem, são  sobre as transferências de recursos do Tesouro para o BNDES, objeto de vasta cobertura da imprensa, sem nenhuma informação adicional. Permite-se ao ridículo de afirmar que, ao chamar os senadores de Vossa Excelência", o presidente do BNDES Luciano Coutinho pretendia "mostrar quem está acima de quem no poder político brasileiro".

5.     Mais 1.489 palavras, ou 14% do texto, um enorme nariz de cera cuja única informação concreta, é a representação – que nem investigação é – em cima de "notícia de fato criminoso". A única novidade é que encontraram um segundo procurador para efetuar a dobradinha de endossar uma notícia equivalente a uma denúncia anônima. A parcela de ridículo é a relevante informação de que "dois anos depois, em junho de 2011, já fora do governo, Lula viajou para a Venezuela, num voo bancado pela Odebrecht" (assim, em negrito).

6. O restante do texto são os desmentidos do Instituto Lula

Não dá para analisar o teor da representação pela matéria de Época – já que a revista não tem o menor discernimento para tratar de temas técnicos. Mas causa surpresa que essa mesma falta de discernimento jornalístico acometa alguns jovens procuradores do MPF. São procuradores que não avaliam os efeitos dessas dobradinhas para a imagem da corporação.

Pra Mamãe

Nem todos os anjos tem asas.
Mamãe não tem.
Que fazer?
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Os anjos não tem sexo
Jamais poderão ser Mãe
Que fazer?
...............................................
Reconhecer que Mãe é o amor maior, infinito
E na sua imensa humildade, nem liga, quando vocês terminam a oração com o: Pai, Filho e Espiríto Santo.

Te Amo Mãe!
Joel Neto