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O teatro do absurdo

O Teatro do Absurdo levou aos palcos a crise social e moral que a humanidade vivia no início da segunda metade do século XX. Através de dramas insólitos, eu e minha turma desnudamos uma burguesia que se distanciava cada vez mais da realidade, se submetia docilmente ao poder e distorcia a razão. Não sei se vocês conseguem imaginar. O ridículo das situações banais de nossas peças, segundo os teóricos, revelavam a solidão do homem e sua insignificância. Os tempos são outros. Hoje o burlesco, o absurdo e o insólito não precisam mais de teatro nem de autor. Eles agora são produzidos em abundância e espontaneamente nas tevês, jornais, revistas, portais e redes sociais. Basta saber olhar e recolher. Selecionei aqui algumas notícias e fatos que, sinceramente, gostaria de ter inventado. 

Hoje o burlesco, o absurdo e o insólito não precisam mais de teatro nem de autor
 1) A Califórnia realizou um plebiscito para decidir se os atores de filmes pornô deveriam ou não usar camisinha durante as filmagens. A medida foi aprovada por 55,9% dos eleitores. Hoje até fantasia tem de ser segura.
2) Zhang Bangsheng trabalha como tratador de animais no zoológico de Wuhan, na China. Atualmente, sua principal atividade é lamber o ânus de um macaco bebê que sofre de disfunção intestinal. Após limpar com água morna o orifício do bichinho, Zhang usa a língua, por uma hora, para estimular o macaquinho a fazer suas necessidades. O macaquinho não votou no plebiscito californiano.
3) Em Pittsburgh, um sequestrador atualizou a sua página no Facebook, enquanto negociava a soltura do refém com a polícia. Aposto que ele postou uma foto do prato de comida que iria comer ou a notícia do macaquinho de Wuhan ou a do plebiscito californiano.
4) No estado de Nova York, duas mulheres lançaram uma empresa que vende serviços de aconchego. Por 60 dólares você tem direito a dormir por uma hora abraçado a uma pessoa. A ideia é oferecer um pouco de calor humano a quem está necessitado. Os clientes podem escolher no cardápio o tipo de abraço que desejam. O que tem mais saída é o tipo “conchinha”. As proprietárias deixam claro que não se trata de serviço de prostituição. O macaquinho acredita, já os californianos preferem fazer um novo plebiscito.
Agora as mais curiosas.
5) No Brasil, apáticos eleitores conservadores demonstraram, nas redes sociais, grande entusiasmo com a reeleição de Obama. O macaquinho não entendeu nada. Os 44,1% dos californianos derrotados no plebiscito entenderam essas manifestações como um serviço de aconchego no estilo “conchinha”.
6) Outra de terras brasileiras. Um juiz do Supremo Tribunal liberal foi celebrado na imprensa por ter condenado um réu sem provas, baseando-se exclusivamente em imputações compostas só de palavras. A maioria dos californianos acha isso normal, desde que se use camisinha. O macaquinho finalmente conseguiu evacuar.
*Leia mais em Blogs do Além