Pesquisas e desempenho de Dilma já permitem sinalizar que ninguém vai chutar o pau da barraca
As três pesquisas presidenciais divulgadas nesta terça-feira, dia 23 de setembro, (Ibope, Vox Populi e CNT-MDA) coincidem na revelação de uma tendência mais consistente do cenário eleitoral, a 12 dias do pleito. Em todas, Dilma Rousseff avança, embora sem estardalhaço, Marina Silva cai e Aécio Neves rodopia, confirmando o que escrevi há um mês quando da morte investigada de Eduardo Campos: a partir do novo quadro, com um personagem melhor ensaiado e seus balangandãs, o candidato aeroportuário teria de dar adeus às urnas com seus tiros de festim.
A informação mais marcante dessas pesquisas refere-se, porém, às simulações de segundo turno: Dilma e Marina já aparecem numericamente empatadas - uma bola nas costas dos calculistas das oposições. É bom que se diga: simulação de segundo turno oferece meras suposições num ambiente em que as pesquisas também costumam falhar, e, portanto, é muito mais um tempero jornalístico do que uma conclusão estatística fundamentada.
Apressam-se os analistas cansados de guerra em dizer que Marina só caiu pelas porradas que levou por conta das suas más companhias e de sua indiscrição sobre os compromissos negociados e a marcha à ré combinada, tanto como pelo segredo que guarda a sete chaves dos poderosos que a sustentaram com as alegadas palestras que ninguém soube, nem viu.
São tão bizarros e tão atrelados esses palpiteiros que não se pejam em agredir o elementar: não houvesse a explicitação de propostas extravagantes, como fazer de um intocável banco central o quarto (e maior) poder e de mandar o petróleo do pré-sal pro brejo, seus concorrentes teriam alguma dificuldade em alvejá-la, com seus trejeitos de pobre coitada.
Esses aprendizes de feiticeiros são tão idiotas que dizem que Marina vai ser atacada pela exploração do medo do desconhecido. Logo ela que faz questão de desfilar ao lado da Neca do Itaú, bancão autuado em R$ 18 bilhões por sonegação fiscal, e assina embaixo da exigência do "mercado" de terceirizar a política econômica, confiando-a a um banco central hegemonizado pelo oligopólio, como aconteceu no FED norte-americano, em que seu presidente tem mandato de 14 anos e é indicado mediante acordo com dois ou três senhores de Wall Street.
Aqui não pretendo antecipar a vitória de Dilma. Urna é urna, ainda mais essas urnas eletrônicas que "são" tão cegas como a Justiça brasileira. Mas há uma coisa em que a história parece infalível:
Ganhe-se uma eleição muito mais pela fraqueza dos adversários do que pelos próprios méritos. E quem tem Aécio Neves e Marina Silva para derrotar tem a faca e o queijo na mão. Só se for muito roda presa para ser atropelado por essas criações de uma direita amarga e perdida num deserto de homens e de idéias.
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