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Os piores dias do rock and roll


Dois acontecimentos marcaram o mundo da música no mês de dezembro de maneira trágica. O primeiro, completou 40 anos neste domingo (6). Nessa data, em 1969, os Rolling Stones faziam aquele que seria considerado o pior dia do rock and roll. No autódromo de Altamont, na Califórnia, um festival acontecia meses depois do triunfante Woodstock. Além dos Stones, bandas como Santana, Jefferson Airplane e Crosby, Stills & Nash também se apresentaram.


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  • O lema "Paz e Amor" não se aplicou ao concerto de Altamont, pois a produção contratou como seguranças membros da gangue de motociclistas Hell's Angels (dizem que por míseros 500 dólares). Os caras entravam no meio da multidão com suas motos e saíam dando porrada em todo mundo que encostasse nelas. Enquanto o público se espremia na frente do palco para ver os Rolling Stones, o pau comia lá embaixo com os Hell's Angels. Mick Jagger chegou a parar o show por várias vezes e pedir "paz", mas o tumulto era tanto que não existia mais controle.

    Essas imagens da tragédia foram registradas no filme "Gimme Shelter" (1970) e até hoje é deprimente ver como aquilo aconteceu. Enquanto os Stones cantavam "Simpathy For The Devil" as brigas esquentaram. Quando a banda começou "Under My Thumb" - tocada ao vivo pela primeira vez naquela ocasião - o jovem negro Meredith Hunter foi brutalmente assassinado a facadas pela gangue dos Hell's Angles. Dias depois, Keith Richards declarou que foi um grande erro colocarem os Hell's Angels para fazerem a segurança do evento. Antes dos Stones se apresentarem nesse festival de Altamont, à tarde, Marty Balin, o vocalista do Jefferson Airplane, havia sido agredido por um membro do Hell's Angel. O grupo californiano Grateful Dead, que também estava escalado para tocar no evento, foi mais esperto, quando percebeu a violência, abortou a apresentação.

    O segundo fato trágico do mês foi o assassinato de John Lennon, no dia 8 de dezembro de 1980. Pela manhã, John Lennon fotografava ao lado de Yoko Ono para aquela que seria a capa mais importante da história da revista norte-americana Rolling Stone. Mais tarde, ele e Yoko foram ao estúdio para completar a gravação da música que ela havia feito, "Walking on Thin Ice", em que John tocava guitarra. Na volta para casa, John Lennon foi covardemente assassinado a tiros por um suposto fã psicopata que o abordou na entrada do prédio Dakota, onde John morava com Yoko e seu filho Sean, de cinco anos.

    O crime ocorreu por volta das 22 horas - John quis chegar cedo para dar um beijo de boa noite em seu filho Sean - quando Mark Chapman abordou o casal. Yoko entrou primeiro no prédio e Lennon ficou para trás, sendo atingido por quatro tiros. Imediatamente o ex-Beatle foi levado ao Roosevelt Hospital, mas não resistiu aos ferimentos - um deles atingiu a veia aorta e ele perdeu 80% do sangue. O assassino foi tão frio que sentou no chão e esperou a polícia chegar. Quando o porteiro do Dakota lhe perguntou, "Você sabe o que fez?", ele respondeu friamente: "Sim, eu matei John Lennon".

    É absolutamente revoltante até hoje ler esse tipo de declaração. John Lennon foi cremado, Yoko preferiu não fazer um funeral , apenas declarou em uma nota aos fãs. "John amou e rezou pela raça humana, apenas façam o mesmo por ele. Com amor Yoko e Sean".

    É com lágrimas nos olhos que termino esse texto, pois a morte de Lennon foi um dos momentos mais tristes de minha vida. A partir desse dia, o Natal não fez mais sentido para mim e passei a pensar melhor nos versos de "Happy Xmas (War is Over)".

    A PARCIALIDADE DA MÍDIA E O MÉRITO DO ZÉ GENGIVA

    Enquanto seis pessoas morriam vítimas do seu “alagão”, o governador paulista, Zé Gengiva, era condecorado em Brasília pelo ministro tucano da Defesa, Nelson Jobim.
    Jobim é aquele que ajudou Lula a defenestrar da Polícia Federal dois dos seus maiores delegados por terem comandado a prisão do banqueiro e criminoso Daniel Dantas.
    Um está hoje “exilado” na embaixada brasileira em Portugal.
    O outro, quase exluído dos quadros da PF.
    Tudo por serem honestos, dignos e profissionalmente competentes.
    Certamente não haverá autoridade política em Brasília com autoridade moral capaz de explicar as razões que justifiquem a entrega de uma medalha condecorativa a um político com incotáveis deméritos tipo um Zé Serra.
    Serra foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito da Defesa!
    Talvez porque não defendeu a população paulista do PCC.
    Nem das crateras ou das vigas – e agora dos alagados - que se criam, despencam e se formam por obra das intermináveis obras do seu (des)governo.
    Como se um tucano fosse coisa pouca, Jobim resolveu abusar e condecorou também o senador mineiro Eduardo Azeredo.
    Esse, com certeza, merece uma meldalha pelo mérito de ter sido agraciado com o título de réu e pai dos mensaleiros de Minas, pelo STF.
    Especula-se até a possibilidade de José Serra ter aproveitdado sua ida à capital para visitar o governador José Roberto Arruda (DEMos/DF), e participar do "gabinete de crise" da oposição sobre o mensalão do DEM.
    Afinal de contas, Arruda seria o seu vice na eleição presidencial não fosse a extremada generosidade desse hipinótico empreendedor que eleva um patrimônio pessoal em 1000% no exíguo período de seis anos ao distribuir, de forma descomunal, centenas de milhares de panetone aos pobres.
    Estima-se que tantos panetones fossem entregues por centenas e centenas de cavalos em suas charretes enfeitadas com ramos de arruda. Daí a existência de um haras nas proximidades da Capital.
    Só que a população não viu nem recebeu sequer um pãozinho... Porque eles estavam acondicionados em uma Caixa... de Pandora.
    Ainda bem que a Polícia Federal viu.
    E a Mídia? Aonde está a mídia? O que a mídia está vendo ou querendo ver?
    O que a mídia golpista está dizendo e fazendo já que ela se diz o quarto “poder?”
    A Mídia está fazendo o que pode e tudo o que ela não pode para blindar o Zé Gengiva pelo alagão em São Paulo e o Zé Panetone em Brasília.
    A Mídia “escondeu” o Zé Gengiva a ponto de quase ninguém imaginar que aquilo estava ocorrendo no maior Estado da Federação. Ao contrário de quando desabam os morros do Rio de Janeiro... que a Globo vai “atrás” do Sérgio Cabral para ele se explicar.
    Sobrou para um pálido e desculposo Kassab falar um punhado de asneiras na TV. Ele mais agradeceu às autoridades – talvez por terem morrido somente seis mizeráveis soterrados – do que prometeu soluções.
    Por outro lado, o Zé Gengiva... nem isso.
    Enquanto São Paulo se afogava, ele estava sendo condecorado por um Ministro do Presidentre Lula, em Brasília.
    Já Zé Panetone, preparava a sua trupe de apaninguados, muitos identificados como servidores do governo, alguns em cargo de confiança, e certamente recebendo propina para estarem ali, aparentemente como um grupo de manifestantes pró-arruda, segundo denominação da mídia escudeira e parcial.
    Sim! A mídia é sumamente parcial e atua como escudo para proteger e blindar – e vem fazendo isso de forma servil e vergonhosa – os dois Zés: o de São Paulo, do Alagão e o de Brasília, do Panetone.

    Serra é Rei



    Para os paulistas, Serra é Rei, faça chuva ou faça sol.

    Cenário esquizofrênico


    De Luiz Carlos Azedo:
    A avaliação do governo Lula subiu mais três pontos na pesquisa Ibope/CNI divulgada ontem. Voltou aos níveis anteriores à crise econômica mundial.
    Feita entre 26 e 30 de novembro, mostra que em todos os segmentos houve melhora nessa avaliação. Inclusive entre os de maior escolaridade, na faixa entre 25 e 39 anos, junto aos que recebem mais de cinco salários-mínimos e na periferia das grandes cidades.
    Às vésperas do Natal, o clima de que o próximo ano será melhor e a renda pessoal vai aumentar é generalizado.
    A grande maioria concorda com a forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva governa (83%), é otimista em relação ao emprego e à redução da taxa de juros. Revela descontentamento moderado com a cobrança de impostos e leve temor de que a inflação pode voltar.
    Caiu a aprovação do governo Lula no combate à fome, à pobreza, na atuação na área ambiental e na política de educação, mas a avaliação só é negativa mesmo nas áreas de saúde, que 59% desaprovam, e de segurança, criticada por 59%.
    Onde está a esquizofrenia?
    No cenário eleitoral para 2010.
    A pesquisa mostra um crescimento de três pontos percentuais para as intenções de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que subiu para 38%, enquanto a candidata do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff (PT), tem 17%. Como Ciro tem 13% e Marina Silva, 6%, nesse cenário, o tucano poderia vencer no primeiro turno.