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Jênio da tucademopiganalhada é desmascarado

Quando trabalhador se apropria do dinheiro do patrão...é roubo! E o judiciário condena, mais rápido que imediatamente.

Quando o patrão se apropria do dinheiro do trabalhar... é "apropriação indébita! E o judiciário absolve, lentamente.

Um belo exemplo atual desta prática é a revelação que o herói da tucademopiganalhada liberal de araque [Roger Agnelli], sonegou ao Estado 30,5 Bi durante a década que reinou na empresa com o apoio e bajulação explicita do pig.

Para quem, nas mãos de quem foi parar esta fortuna?...

Nas mãos inescrupulosas dos agiotas e rentistas.

Tem mais, quando [se] o judiciário confirmar o pagamento desta fortuna ao fisco a tucademopiganalhada "denunciará" que na gestão Dilma a empresa diminuiu os lucros. Porém não dirão que diminuiu os lucros que eles embolsaram como cumplices da roubalheira legalizada patrocinada pela corja neo-liberal.

Xó FHCs [farsantes, hipócritas, canalhas] ladrões do patrimônio público.

Tucademopiganalhas nunca mais!   


por Brizola Neto

Multi investe US$ 1 bi no aço que Agnelli achava “fria”

Agência Reuters divulga agora à  noite que a ArcelorMittal Brasil pretende  instalar um laminador de 1 bilhão de dólares em sua usina siderúrgica de Tubarão (ES), para transformar as placas de aço excedentes da exportação e lâminas de aço destinados ao mercado interno brasileiro.

Bem, os dirigentes da multi devem ser loucos,se a gente considerar a avaliação do “gênio”  Roger Agnelli, que dizia  não fazer”tanto sentido investir em aço.”
E a reportagem da reuters ainda vai além:
“Além de voltar Tubarão para o mercado interno, a ArcelorMittal Brasil está ampliando a capacidade da usina em São Francisco do Sul (SC) de olho no aquecido mercado automotivo(…) a companhia conclui até o final deste ano contratos para a construção de uma terceira linha de galvanização que ampliará a capacidade de aços planos da usina de 1,35 milhão para 2 milhões de toneladas por ano, em investimento de 300 milhões de dólares. A nova capacidade deve começar a operar entre o final de 2013 e início de 2014″.
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por Luis Nassif

O leilão do Banco Postal e o pescoço de Agnelli

No dia 3 de abril passado o Estadão perpetrou uma reportagem com toda a aparência de ter sido bem apurada. O título era “O que selou o destino de Agnelli para que ele perdesse o comando da Vale”.

A reportagem se vendia bem. Na abertura informava terem sido envolvidos na matéria 11 jornalistas - incluindo o diretor da sucursal de Brasília. Teriam sido ouvidos dois diretores e um ex-funcionário da Vale, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro.

Depois dessa apresentação, afirmava taxativamente que o Bradesco tinha rifado o pescoço do presidente da Vale, Roger Agnelli, em troca da manutenção do seu contrato com os Correios, no Banco Postal e da parceria com o Banco do Brasil.
Antes de ontem houve o leilão da concessão do Banco Postal. E o Bradesco perdeu para o Banco do Brasil. Obviamente, a notícia era falsa.
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O edital do leilão foi estruturado da seguinte forma: o vencedor teria de pagar R$ 500 milhões pelo direito de utilizar as 6 mil unidades dos Correios, mais R$ 350 milhões pelo direito de explorar produtos e serviços financeiros na rede e mais o lance que for vitorioso em leilão.

Somadas as três parcelas, o desembolso total do BB foi de R$ 3,15 bilhões. O prazo do contrato é relativamente curto – de 5 anos. Ao final, o vencedor poderá renovar, pagando o mesmo valor acrescido de juros do período.
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O Banco Postal tem a mesma função do correspondente bancário. Não permite nem conta corrente, fornecimento de talão de cheques ou compensação bancária. Hoje em dia há milhares de supermercados, farmácias, restaurantes, loterias e comércio em geral cumprindo essa função, sempre em parceria com um banco comercial.
No caso do Bradesco, são cerca de 29 mil correspondentes em todo país, sem contar os do Banco Postal.
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O Banco Postal começou a operar em 2001. Na época o Bradesco venceu o leilão como candidato único, pagando R$ 200 milhões. Em dez anos conquistou 5 milhões de clientes.
Até janeiro de 2012, o Bradesco continuará operando a parceria. O desafio do Bradesco será manter a clientela; o do BB, tirá-la do Bradesco.
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Para Alexandre Correa Abreu, vice-presidente do BB, a operação permite antecipar em cinco anos os investimentos que o banco iria fazer na ampliação da sua rede, atrás de dois focos: os clientes de baixa renda e a regionalização da economia.
Foi um investimento estratégico, embora de maturação lenta. Os Correios possuem 6.100 pontos, 2.500 deles em locais onde o BB não tem agência. O BB economizará tempo de implantação de tecnologia, montagem de pontos, contratação e treinamento de pessoas.
O BB possui hoje 55 milhões de clientes. Os estudos do banco indicaram que o Banco Postal tem potencial de 10 milhões de pessoas – 5 milhões dos quais já são correntistas do Bradesco.

O BB disputará com sua linha de produtos e com algumas linhas que só ele opera, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ) e o Minha Casa Minha Vida para clientes de até 3 salários mínimos de renda.

O fator Agnelli
O mero fato de ter havido disputa e o BB ter vencido comprovava que era falsa a tese de que o Bradesco teria se curvado à pressão do governo no episódio Vale. Mas a versão passou a ser mais importante que o fato.

A matéria da Folha dizia que o «leilão surpreendeu o mercado e até a presidente Dilma Rousseff». Mais: «Por ser um negócio atrativo, todos esperavam que o Bradesco iria cobrir qualquer oferta para manter o negócio. O banco, aliás, concordou em tirar Roger Agnelli da presidência da Vale, em busca de apoio do governo em questões estratégicas como o Banco Postal». Embora desmentida pelos fatos, a versão foi mantida.



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Banco do Brasil, Banco Postal e Bradesco

Nos jornais, a intriga correu solta: o Banco Postal seria o "prêmio pela cabeça" de Roger Agnelli. Negociata estava é na cabeça de quem falou
Vocês se lembram que, quando começaram as especulações sobre a saída de Roger Agnelli da presidência da Vale os jornais publicaram a intriga de que o Bradesco teria concordado com isso para garantir a continuidade do contrato com os Correios para operar o Banco Postal? A Folha chegou a publicar que o Banco queria mudar o edital, para garantir o resultado.
Pra variar, era conversa fiada.
Pois bem, o Banco do Brasil acaba de vencer o leilão para ser parceiro dos Correios no Banco Postal, com um lance de R$ 2,3 bilhões. O banco terá direito de atuar, inicialmente, em 6.195 agências postais a partir de 2 de janeiro de 2012, um serviço que era contratado com o Bradesco desde 2001.
O leilão aconteceu em 12 rodadas, com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Caixa Econômica no páreo. Em seu último lance, o segundo colocado Bradesco ofereceu R$ 2,25 bilhões.
E agora, o que vão dizer os sabidões sobre as “pressões do governo” para a saída de Agnelli? Foram escusas?
O Banco do Brasil, faz tempo, estava namorando o Banco Postal. vem ao encontro da sua estratégia de ampliar a penetração nas classes C,D e E, que estão se bancarizando crescentemente. Faz pouco tempo lanço o projeto “Mais BB” para transformar supermercados, farmácias, papelarias, lojas de materiais de construção, padarias e demais estabelecimentos em correspondentes bancários. Por estarem próximos à residência dos clientes, facilitam a oferta dos produtos e serviços, como pagamento de boletos de cobrança, de contas de consumo e de tributos.
Parte da nossa imprensa precisa entender que empresas estatais eficientes não vivem fazendo negociatas, mas negócios, segundo um plano de se tornarem maiores e melhores. No fundo, eles não se conformam do Banco do Brasil ter voltado a disputar mercado, a crescer e assumir seu papel como empresa pública, que tem um dono: o povo brasileiro.
Brizola Neto

A Vale

[...] tem de olhar o interesse do Brasil

Foi corajosa a postura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, hoje, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado ao afirmar que o governo tem o direito de se manifestar sobre os rumos que a Vale, maior empresa privada e exportadora do país, toma em seus negócios, pois controla 60% da mineradora.
- Não nos esqueçamos de que a Vale tem 60% (do controle acionário)) da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e BNDES. O governo tem participação, tem que se preocupar com a empresa, e ela tem que contribuir, sim, para o país. Ela  tem que ter lucro, remunerar acionistas, ter bases sólidas, porém tem que olhar para os interesses do país.
Mantega afirmou aos senadores que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou claramente sua insatisfação com a demissão em massa de trabalhadores logo  na crise de 2008/2009 e com o abandono de projetos siderúrgicos, considerados pelo governo estratégicos para o país
- Não escondo o interesse do governo em que a Vale invista em siderurgia e aumente o seu valor agregado. Mas o governo nunca fez nenhuma imposição -ponderou Mantega. – A Vale tinha prometido fazer investimentos no Pará. Não fez, e isso, evidentemente, desagradou ao (ex-)presidente Lula.
- Quando começou a crise, o governo disse que ia dar condições para que as empresas não demitissem funcionários, e a Vale, com todo aquele seu poderio, demitiu 1.200 funcionários, fazendo barulho inclusive, fazendo propaganda. Uma empresa onde a folha de pagamento representa nada. O presidente Lula, com muita razão, manifestou-se democraticamente. Ele podia ter retaliado a Vale, a Vale é uma concessão; podia ter aumentado impostos. Mas o governo não fez nada disso. O presidente Lula usou o chamado jus sperniandi(direito de espernear, de protestar). Não vejo situação mais democrática do que essa: Lula mostrou sua insatisfação, e o senhor Roger Agnelli simplesmente ignorou, continuou fazendo aquilo que achava necessário.
É isso aí. Governo que não exercesse seu dever de zelar para que uma empresa que tem 60% do controle acionário nas mãos do Estado trabalhe para o bem do país é que devia ser criticada. Aqui, porém, parece que investir no Brasil é quase um crime.

Super graneleiro

A coluna do Ancelmo Gois, ontem, levantou a lebre. Dizia que os cariocas veriam, finalmente, o primeiro dos 12 meganavios encomendados  na China pela Vale-Agnelli. pensei: pelo menos vamos ver o tamanho do prejuízo que o Agnelli deu ao país, em matéria de emprego e investimentos na nossa indústria naval.

Mas fiquei pensando: será mesmo? Porque o navio, de 365 metros de comprimento (mais de três campos de futebol oficiais) tem um calado de 23 metros, o que não permite sua atracação no Porto do Rio. No Brasil, só em Itaqui (MA), Tubarão e no futuro Porto do Açu.
E a Vale, com aquela culpa no cartório que sente quem sabe que prejudicou o Brasil, tem ficado na caluda sobre os navios gigantes.
Aí fui procurar e achei o Blog Mercante e no jornal O Estado do Maranhão as imagens do “Vale Brasil”, com bandeira de Singapura, fazendo testes no litoral de Omã, justamente para onde a Vale vai exportar minério bruto brasileiro para ser beneficiado lá e vendido às aciarias da China.
As fotos foram tiradas por um primo do blogueiro Erik Azevedo  – que faz um trabalho muito bom -  que está trabalhando em um projeto de construção de um grande porto lá  em Omã, para a  operação da Vale.
Ele escreve: “O Vale Brasil é atualmente o maior navio para carga seca em operação na atualidade, com 400 mil toneladas, passando o famoso navio norueguês, que durante décadas manteve a primeira posição, o “Berge Stahl”, de 365 mil toneladas (…)Apesar de ser maior do que o Berge Stahl, eu ainda acho ele mais bonito e impressionante, do que os navios em série da Vale, feitos para levar embora o minério das terras do Brasil.”
É mesmo, Erik,  mesmo para que acha – e como a gente acha – lindos os grandes navios, essa beleza esvaece quando a gente sabe que é “para levar embora o minério das terras do Brasil”.

por Laguardia


É hilária esta esquerda brasileira. Aqui mesmo neste blog por diversas vezes a "privatizaçlão" da Vale foi criticada. Eu sempre afirmei que era uma privatização para inglês ver, que o que havia ocorrido era a profissionalização da administração da empresa.

O que o Brizola Neto está dizendo foi o que eu sempre disse e sempre fui contestado pelo Briguilino. Agora a cantiga é outra. O chefe mandou faremos todos. 

Agora como prova que eu tinha 100% de razão, Dilma Rousseff intervem na empresa e troca uma diretoria profissional que transformou a Vale na segunda maior mineradora do mundo, que criou 68.000 novos empregos, que recolheu milhões de reais a mais de impostos, que favoreceu grandemente a balança comercial brasileira e que cresceu mais do que a Petrobrás, por um presidente amigo, que quase quebrou a Vale Canadá (Inco) com uma grave de mais de um ano e meio, e que saiu da Vale por incompetência.

Brizola Neto, no seu tijolaço, matreiramente não diz que sempre houve, durante os dez anos passados, oito dos quais na administração Lula da Silva, um acordo de acionistas pelo qual o governo nomeava o presidente do conselho de administração da empresa e o Bradesco, acionista minortitário, nomeava o presidente executivo. 

Se houve usurpação na Vale foi com o conhecimento e a conivência de Lula da Silva. Portanto não me vanham agora com este argumento de má fé de que houve usurpação.

O problema é que a administração profissional nomeada pelo Bradesco conforme acordo firmado com a Valepar do Banco do Brasil durante o governo do chefão mafioso Lula foi mais eficiente do que os incompetentes nomeados para a Petrobrás, e isto a esquerda impatriótica do Brasil não pode aceitar.

Sempre tive ou não razão Briguilino? 

Como [quase] sempre caro amigo  Laguardia, você esta errado [é minha opinião]. Mas, o que fazer? ...É um direito que lhe assiste.

Pig

[...] perde todas

Folha e Globo querem lulismo sem Lula! Querem Vale tucana, mas perdem todas!

A estratégia da velha mídia parece cada vez mais evidente: dianta da força de Lula (que tem o carisma e a história recente) e de Dilma (que tem o poder e o apoio de Lula), procura-se fraturar o lulismo. A idéia é abrir uma cunha entre os dois.


A operação está clara desde os primeiros dias do governo Dilma:

  • elogios à postura de “estadista” de Dilma (“discreta”) em contraposição ao “populismo” de Lula;
  •  elogios à forma como Dilma conduziu a política econômica (aumento de juros, freio nos salários, corte de gastos), de forma “responsável”, em contraposição à “gastança” de Lula;
  •  elogios à “nova política externa” de Patriota, em contraposição à dupla Amorim/Lula.

Editoriais elogiosos foram a face visível dessa operação. 


A face invisísel são conversas ocorridas nos bastidores – conversas que têm como objetivo aproximar Dilma da velha mídia (por isso, ela foi à festa da “Folha”, por isso ela almoçou com a direção da Globo depois de participar do Ana Maria Braga).


Dilma mandou o recado: quero normalizar as relações com vocês.  A velha mídia aceitou a sinalização. Vê com bons olhos o movimento, porque em algum momento precisará da força do governo para se contrapor à grana das teles. Sem apoio político, Globo+Abril+Uol não fazem frente às teles. Por isso, o jogo está sendo jogado, com suavidade. Aceita-se Dilma, e tenta-se vender a idéia de que Dilma é um lulismo melhorado. É um lulismo sem Lula.


Ok. Mas a velha mídia não brinca em serviço: enquanto afaga Dilma, ataca Lula. 


A matéria de “Época” foi apenas o ensaio do que virá por aí. Sem o poder, imaginam os barões da velha mídia, Lula não terá como reagir. Imaginam, também, que Dilma não saírá em defesa do líder, deixará que ele se defenda sozinho.


A estratégia é descontruir Lula agora. Tolerar Dilma. Mais à frente, se necessário, parte-se contra Dilma. Aécio estará à espreita, preparado para entrar no jogo.


A movimentação na oposição mostra que a vez será de Aécio em 2014. Os outros sofrem…



  •  Serra está sob pressão. Alckmin quer empurrá-lo para a Prefeitura em 2012. Se aceitar, Serra terá contra si a pecha de assumir mandato e largar pelo caminho (como fez em 2006, largando a Prefeitura para concorrer ao governo). Se não concorrer, não terá máquina para se contrapor ao alckmismo em São Paulo.
  •  Alckminn tem que lutar pela sucessão em 2014; enfrentará PT e ainda Kassab (que pode fazer jogo duplo – apoio do lulismo e do serrismo por baixo do pano).
  • Aécio é quem tem a casa mais arrumada. Anastasia é bom gestor, afinado com Aécio. Não há disputa em Minas.

Resta a Aécio convencer a classe dominante brasileira de que ele pode gerir o país. Há quem não goste do jeito “collorido” do mineiro – afeito às festas e às aventuras amorosas.
Se Aécio se mostrar confiável, terá o apoio da velha mídia. Do contrário, o plano parece ser capturar Dilma para um lulismo sem Lula.


Os colunistas de jornal acreditam tanto nisso que chegaram a brigar para manter Agnelli (desafeto de Lula) na Vale. Como seria impossível, contentaram-se em “nomear” Tito Martins para o cargo. A”Folha” deu como certo que ele era o nome para comandar a mineiradora no lugar do Agnelli.


Dilma agiu por outros caminhos. Nomeou Murilo Ferreira para o cargo. Parece que a família Marinho e os Frias não mandam como gostariam no governo de Dilma.
Leia a matéria completa »

Vale

Apenas o trecho entre abaixo já valeria a pena ler a postagem. Mas como sempre o PH tem muito mais de bom para nos oferecer...

[...] " Inexplicavelmente, a JK de saias, que lidera o grupo majoritário da Vale – o conjunto de acionistas sob o controle do Governo Federal -, de forma autoritária, monocrática, imperial, a JK de saias resolveu decidir em nome da maioria.

Um absurdo !

Onde já se viu ?

A maioria querer mandar !

Isso nem na pior das ditaduras de inclinação estalinista.

Numa boa democracia, quem manda é a minoria, reunida em torno da imprensa conservadora (e incompetente)." Leia mais>>>

Vale

Dilma dribla mídia e começa a devolver a Vale ao Brasil




A rainha Marta é capaz de ter ensinado esse drible à Presidenta
A imprensa conservadora está sem ter o que dizer.
Em três meses apenas, Dilma Rousseff fez o que Lula passou anos querendo fazer.
Retomar – não a propriedade, que Fernando Henrique entregou na bacia das almas – mas o papel da Vale como indutora do desenvolvimento brasileiro.
E, para isso, era preciso acabar com o reinado de Roger Agnelli, o homem que queria vender cada vez mais rápido maiores quantidades de minério, não pensava em investir no seu beneficiamento e transformação em aço e, ainda por cima, não tinha uma política de compras interna, como demonstrou na compra de 12 navios gigantes – cada um deles maior que o  morro Pão de Açúcar -  na China, sem um parafuso feito aqui.
O esquadrão midiático de Agnelli foi solenemente driblado.
Primeiro, quis fritar o Ministro Guido Mantega por ter conversado com Lázaro Brandão, presidente do Bradesco e acionista de verdade da Valepar, controladora da Vale. Mesmo com sua bufunfa de R$ 1,3 milhão por mês, Agnelli não tem ações para escolher sequer o  chefe do setor de zeladores do prédio da Vale.
Depois, quis apresentar a mudança como um “aparelhamento da Vale” e os únicos sinais concretos de promiscuidade política da Vale vieram do próprio Agnelli, que armou uma operação com o DEM para atacar o Governo, e o fato de se ter lá dentro uma todo-poderosa senhora que entrou pela janela tucana na empresa e, como braço de ferro de Agnelli, “enquadra” na vontade de funcionários a diretores da empresa.
Perdido Agnelli, tentaram enfiar na Vale o nome de sua preferência. Quietinha, a mineira Dilma deixou que dessem por escolhido o substituto. Na hora H, emplacou uma solução técnica, vinda de dentro da própria empresa ,o ex-funcionário da Vale e membro de sua diretoria, Murilo Ferreira, um excutivo com quem a Presidenta já teve muito contato quando Ministra das Minas e Energia.
Claro que se trata de um profissional de mercado, experiente e capaz. Mas dirigir uma empresa como a Vale requer mais que simples competência técnica. Exige visão estratégica da empresa e do país. E capacidade política de perseguir estes objetivos.
Os jornalistas de mercado adoram falar nas virtudes da sinergia, isto é, na capacidade de duas instituições multiplicarem seus resultados agindo em sintonia.
E curioso que não falassem nunca em quanto a empresa e o país perdiam com a ação de Agnelli em desalinho com as macropolíticas econômicas brasileiras.
A direita midiática levou um competente drible e caiu sentada no chão.

Vale

Os desafios do novo comandante da Vale
Não são poucos os desafios que terá pela frente o sucessor de Roger Agnelli, que deixará a empresa até maio. À parte os exuberantes resultados obtidos pela Vale no ano passado, receberá como herança várias questões a serem destrinchadas - elas vão do Brasil à Nova Caledônia, passando por Austrália, Guiné e Moçambique. Vão exigir do novo CEO muito jogo de cintura e muita habilidade, principalmente na postura de relacionamento da companhia, considerada hoje um ponto frágil.
No Brasil, uma tarefa intrincada será conciliar os interesses que permeiam a companhia e reivindicações do governo federal, dos Estados e municípios onde a empresa atua. Há uma cobrança por mais agregação de valor aos minerais e metais que a Vale extrai e beneficia. Nesse caso, estão incluídos projetos de siderúrgicas.
Estados como Pará e Minas têm o sonho de ver não só a matéria-prima bruta ser embarcada: querem fábricas instaladas em seus municípios para atraírem outras atividades, como industria automotiva, de linha branca, de máquinas e autopeças, formando polos industriais. Um exemplo é o da Alpa, siderúrgica pedida para Marabá, cidade próxima de Carajás. Com apenas a terraplenagem feita, tem sido postergada a cada trimestre sem data para sair do papel. No programa de investimentos deste ano só estão previstos US$ 100 milhões.
O caso da cobrança de royalties na mineração é outro tema. Já levou a empresa a um confronto com o Ministério das Minas e Energia, com DNPM, órgão de regulação da atividade mineral, e com prefeitos de municípios mineradores, os quais cobram uma dívida de R$ 4 bilhões. Anderson Costa Cabido, prefeito de Congonhas e da AMIB (dos municípios mineradores) espera da nova direção da Vale "mais sensibilidade para negociação de um acordo". 
A direção da Vale, dizem pessoas que acompanham a empresa, nas suas relações atropela tudo e a todos - de comunidades indígenas a órgãos de governo - em prol da estratégia de crescimento da companhia. Por isso, tem enfrentado muitos processos na Justiça e uma estratégia que adota é agir na base do Congresso Nacional para segurar a aprovação de projetos que vê como prejudiciais à empresa. Esse comportamento terá de ser mudado, diz uma fonte.
No segmento de logística, a Vale vai enfrentar um ambiente de maior competição nas ferrovias. A ANTT, agência reguladora do setor, vai aprovar em maio três resoluções que tendem a criar mais concorrência nas malhas operadas sob concessão. As resoluções a serem aprovadas tratam sobre direito de passagem, direito do usuário e fixam metas por trecho para as concessões, questões que têm liderado as reclamações de usuários das ferrovias no país.
A influência dos 60,5% dos fundos de pensão e do BNDES na Valepar, holding que controla a Vale, é forte. E a presidente Dilma Roussef tem viés desenvolvimentista, na mesma linha do ex-presidente Lula em relação a Vale. O que o governo defende é mais investimentos fixos no país. A questão do valor agregado foi uma das primeiras pelejas do governo petista com Agnelli, fato que ele contornou ao longo de alguns anos de lua de mel com Lula. Aos poucos foi vendendo participações em várias usinas de aço onde era sócia: na CST, para a Arcelor, na Usiminas, e na argentina Siderar.
Após as críticas de Lula, com quem tinha relação direta e mesmo pessoal, ele cedeu os anéis para não perder os dedos. Adotou uma estratégia de entrar no negócio do aço por meio de participações minoritárias, associando-se a grupos estrangeiros clientes da Vale no minério de ferro. Com ThyssenKrupp montou a CSA no Rio, projeto que quase quebrou e teve de ser socorrido pela Vale durante a crise com US$ 2,5 bilhões para ser concluído. Sua participação passou de 9% para 27% e a CSA ainda enfrenta problemas de operação e com órgãos ambientais.
O programa de investimento de US$ 24 bilhões para este ano contempla apenas US$ 677 milhões a projetos siderúrgicos. O novo presidente vai receber de Agnelli 18 grandes projetos previstos para entrar em operação até 2012.
No comando da Vale há quase 10 anos, Agnelli ficou mais conhecido pela sua capacidade de aumentar os ganhos da companhia e pela sua internacionalização. Avalia-se que teve mais acertos que erros e um dos seus grandes méritos foi, em 2005, impor um reajuste de 70% nos preços do minério de ferro, dobrando a resistência das siderúrgicas, principalmente das chinesas. Soube aproveitar bem a demanda, em especial da China. "Ele estabeleceu um novo paradigma de valor para a matéria-prima do aço".
O novo negócio de fertilizantes da Vale também vai testar o novo CEO. A estratégia de Agnelli foi de montar uma operação de classe mundial e ficar entre as lideres até meados desta década. Envolve ativos no Brasil, Peru, Argentina e Canadá. No ano passado, investiu US$ 5 bilhões na aquisição de participações de empresas de fertilizantes no país, quebrando o monopólio estrangeiro no setor. Uma dos maiores negócios do ano no país, foi considerado como espécie de agrado ao governo, com quem entrou em rota de colisão em 2008 ao demitir 1.300 empregados no auge da crise.
A internacionalização da companhia ganhou impulso após a aquisição por U$ 18 bilhões da mineradora de níquel canadense Inco em 2006. Nos últimos cinco anos, a Vale ganhou o mundo, fincando bases na África, Austrália e diversos outros países, como Argentina e Peru. Mas nessa expansão, a empresa enfrentou uma greve ferrenha nas suas operações do Canadá que durou mais de um ano.
Na Nova Caledônia - colônia francesa na Oceania, com 270 mil habitantes a meio caminho entre Austrália e Nova Zelândia - onde herdou da Inco a mina de níquel de Goro tem o projeto que custou o dobro do previsto. Já tinham sido investidos US$ 2 bilhões, a Vale estimou mais US$ 1 bilhão e, ao fim, vai aproximar de US$ 6 bilhões. Mas a Vale informa que o custo é de US$ 4,4 bilhões. A informação é que seu custo de operação é elevado por adotar uma rota tecnológica complicada. Tem a vantagem de ter uma das maiores reservas de níquel do mundo.
Na Guiné, o CEO terá de definir com o novo governo os rumos do megaprojeto da mina de ferro de Simandou. Trata-se de um investimento estimado em US$ 11 bilhões para construir mina, uma ferrovia cortando o país e a vizinha Libéria e um terminal portuário no Atlântico. O novo governo quer aumentar de 15% para 33% seu direito de participação na receita do projeto para aprovar a obra, o que deve reduzir bastante sua rentabilidade.
A Vale já pagou US$ 2,5 bilhões para adquirir 51% dessa mina a um investidor estrangeiro, antigo dono, e terá de arcar com a implementação. Para tentar afastar o risco do projeto, Agnelli prometeu ao governo reconstruir a estrada de ferro Conakry-Kantan, as Trans-Guinea, com custo de US$ 1 bilhão, para transporte de passageiro e de carga geral.
As operações de carvão na Austrália, adquiridas alguns anos atrás, são vistas como ativos de segunda classe. Foram compradas na ânsia de se criar uma área de negócio que a Vale não tinha ainda, igualando-se a BHP Billiton, Rio Tinto, Anglo American e Xstrata. Já em Moçambique, o ativo é considerado um dos melhores do mundo. A empresa começa a produzir em julho, porém até agora ainda não resolveu o problema de escoamento ferroviário do produto até um porto no Oceano Índico.
O novo presidente da Vale, afirmam, terá de ser mais discreto, afeito à baixa exposição e menos personalista e deverá estar aberto a um pacto para pôr fim a pendências da empresa, como a dos royalties.
Hoje haverá reunião prévia de acionistas para homologação e contratação da empresa de seleção de executivos para escolher três nomes no mercado. Na quinta-feira, os acionistas indicam o futuro diretor-presidente, com base na lista tríplice preparada pela consultoria. 
Vera Saavedra Durão e Ivo Ribeiro
Colaborou Francisco Góes, do Rio 

Vale

 O minério é pior que banana

Porque a bananeira só da cacho uma vez, mas pode-se plantar outra no lugar da que já deu cacho.
Minério se vai para sempre e só deixa o buraco.
Por isso os países desenvolvidos tratam os produtores de minério como “banana republics”. E os países que não querem se tratados assim criam mecanismos de proteção que impeçam suas riquezas a preço de banana.
Em fevereiro,  India deu uma “paulada” na taxas de frete para exportação de seu minério de ferro. Passou-a de 100 rupias (US$ 2,24) por tonelada de minério para 1600 rúpias (US$ 35,88).No final de 2009 já tinha criado uma taxa de 5% sobre as exportações do minério de ferro fino e o aumento de 5% para 10% na alíquota do imposto sobre a exportação do minério granulado. E agora quer passar para 20%.
Os indianos, que não são bobos e conservam boa parte da mineração sob controle estatal – e não “bradescal”, como a nossa Vale – querem forçar a agregação de valor com a transformação em aço do ferro que exportam para a China.
Já os nossos “jênios” acham que é bom vender ferro e comprar aço. Os chineses, coitados, preferem fazer o contrário.
Hoje, o Estadão joga um pouco mais de luz sobre o chororô por Roger Agnelli.
Dizem lá os reporteres Cristina Samarco e Renato Andrade que “o Palácio do Planalto determinou ao Ministério da Fazenda estudar uma forma de taxar fortemente a exportação de minério de ferro e desonerar o aço. A ideia é reduzir a venda da commodity e aumentar a comercialização de produtos siderúrgicos brasileiros no exterior. O objetivo por trás da medida é forçar a Vale a investir mais na produção de produtos de maior valor.”
Traduzindo: deixar de tratar o minério de ferro como banana e fazer esta riqueza impelir a economia e e a renda no Brasil.
Mas assim não pode, assim não dá. Como é que ficam os lucros “pra já” de uma exploração predatória do minério? Como é que fica o lucro imediato e descomprometido com o futuro do país.
A “jestão” competente, para eles, é matar a galinha dos ovos de ouro, não é?

Roger Agnelli

o jenniu empresarial

Hoje a Folha publica uma matéria informando que Tito Martins, que ingressou como funcionário de carreira da Vale em 1985, será o novo presidente da empresa. Não conheço seu pensamento e, portanto, não posso comentar. Mas chamo atenção para o gráfico que o jornal publica – e eu reproduzo abaixo – sobre o crescimento dos lucros da empresa no período Agnelli, os longos 10 anos desde 2001, quando passaram de R$ 3 bi para R$ 30 bi. Uma evolução enorme, de fato. Só que, pra variar, os nossos competentes jornalistas de economia esquecem de mencionar a evolução dos preços da mercadoria que a empresa de Agnelli vende; minério de ferro.

Eu, como não sou jornalista, gastei três minutos no Google para obter a informação. E coloco junto o gráfico de preços, desde 2001, do minério de ferro vendido a partir do Porto da Madeira, terminal da vale no porto de Itaqui, no Maranhão, por onde se escoa a produção de Carajás.

Coloco o gráfico dos preços, no mesmo período, debaixo do gráfico dos lucros. E aí fica claro que, com o preço subindo de 27 para 190 dólares (caiu 10% de fevereiro para março), de onde vem a tão festejada “competência” gerencial milagrosa de Roger Agnelli.

Ninguém nega, aliás, que ele seja bom administrador, do ponto de vista empresarial. Aliás, com um salário de mais de R$ 1 milhão por mês, não se esperaria o desempenho de um gerente de botequim, com todo respeito a estes trabalhadores. Mas a pergunta que não quer calar é: porque se esconde da população que o tal sucesso estrondoso da Vale vem do fato de que o minério de ferro, que constitucionalmente é propriedade do povo brasileiro, ter se tornado uma “commodity” muito mais valiosa nesta década. Será que é porque isso lhes evidencia a cumplicidade com o crime de lesa-pátria que Fernando Henrique e José Serra cometeram ao vendê-la por uma ninharia, na bacia das almas?

por Alon Feurwerker

Muito barulho pela substituição no comando da Vale. Mas se a maioria do capital votante quer trocar o presidente, que troque.


O governo acha que a Vale se preocupa demais com a lucratividade e de menos com agregar valor ao produto. Está mais voltada para os acionistas do que para as vontades do governo.

Mas se o governo e agregados têm poder de fogo para trocar o presidente da companhia têm também para definir os rumos dela. Quem pode o mais pode o menos.

O que falta no debate é o governo esclarecer o que deseja mudar na condução da empresa.