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Alguns pequenas coisas que fazem a vida valer a pena
O que há debaixo das “tarjas brancas” do texto da Odebrecht ? A conversa com a Folha que “só fale para mandar recados”
Briguilina do Dia
Depois da figura do inocente útil, estamos criando o culpado útil: pic.twitter.com/QFa75Rgrbu
— VD (@viniciusduarte) 22 julho 2015
Lula é acusado de fazer lobby por Luiz Inácio da Silva
Pindamonhangaba - Documentos obtidos com exclusividade pelo Blog mostram que Lula agiu para promover Luiz Inácio da Silva no exterior. "Foram entrevistas, conferências, palestras e duetos com Bono Vox e Péssimo Vox, além de turnês por Portugal e Cuba", revelaram telegramas trocado entre caciques estaduais e nacionais do tucanato. "Nunca antes na história mundial, um ex-presidente em exercício foi tão pró-ativo no intuito de divulgar a si mesmo. Mesmo Pelé trabalhou tanto para promover Edson Arantes do Nascimento", concluiu Fhc.
Lugar de mulher é na cozinha
Algumas das melhores coisas da vida
Para que serve a Veja?
As irmãs Luana Vicente e Lohaynny Vicente, de 21 e 19 anos, tiveram uma infância pobre nas vielas da comunidade do morro da Chacrinha, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ainda bem crianças viram o pai, chefe do tráfico do morro, ser morto num confronto com a polícia. O que vem a seguir é daquelas improváveis histórias brasileiras, que parecem escritas como fábulas de superação.
As duas são hoje fenômenos num esporte tão improvável quanto a trajetória de ambas: o badminton. Luana e Lohaynny asseguram um feito inédito ao esporte brasileiro com a medalha de prata no Pan de Toronto a ponto de serem chamadas de irmãs “Williams” do Brasil, comparação às grandes tenistas americanas. Como se sabe, o badminton utiliza raquetes e uma peteca.Por projetar atletas como as irmãs Luana e Lohaynny é que o Pan é tão importante. Afinal é hora de adquirir mais experiência e confiança para o que vem pela frente: as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016, a primeira realizada no Brasil. Mas não é assim que pensa a revista semanal Veja.Em sua mais recente edição, a publicação estampou na capa a seguinte pergunta: Para que serve um Pan? No texto, desmerece a competição com argumentos conhecidos, como a de que alguns países, como os Estados Unidos e até o Brasil, não enviaram seus principais atletas para o Canadá, já que alguns são deslocados para competições específicas de seus esportes simultâneas ao evento.Veja lembra que atletas como o nadador Michael Phelps nunca participaram de um Pan, mas se esquece de outros nomes importantes que foram e são expressivos nas marcas dos Jogos. O nadador brasileiro Thiago Pereira não só está em Toronto como pode se tornar o maior medalhista de toda história dos Pan-Americanos.Ao tentar desmerecer o Pan, Veja lança comparações descabidas com a NBA (liga de basquete profissional americana que inclui um time canadense) e aposta que o que ficará na memória será apenas a apresentação do Cirque du Soleil na abertura.
Veja ignora assim os esforços de todos os 590 atletas brasileiros enviados ao Pan, 314 homens e 276 mulheres que compõem nossa melhor geração olímpica. Despreza também casos impressionantes de superação muitas vezes escondidos pela euforia das vitórias.
Isaquias Queiroz, 21 anos, o menino de ouro da canoagem brasileira, herói do Pan de Toronto, é uma dádiva do esporte e da vida. Tinha três anos quando a mãe, dona Dilma, ouviu a sentença de morte do filho que um dia carregaria medalhas de ouro no peito e se tornaria uma das esperanças do esporte brasileiro. “Ele vai morrer”, afirmou o médico de Ubaituba, no sul da Bahia. Dona Dilma estava trabalhando como servente da rodoviária da cidade para sustentar a casa de três cômodos – ela hoje tem seis filhos biológicos e mais quatro adotivos - quando foram avisá-la. Uma panela de água fervendo havia caído sobre ele.Isaquias ultrapassou a morte pela primeira vez. Dois anos depois das queimaduras, já recuperado, foi sequestrado, mas, de novo, voltou aos braços da mãe. Já moleque, despencou de uma árvore, teve uma hemorragia interna e perdeu um rim.
Hoje brinca que não tem um rim, mas ganhou pulmão. O pulmão que não deixa o fôlego se esgotar e que ajudou a ganhar as três medalhas deste Pan, duas de ouro e uma prata, esta última junto com Erlon de Souza Silva. Uma das medalhas de ouro veio sob uma chuva intensa, que foi apertando no ritmo que as remadas cresciam.
A judoca Rafaela Silva, bronze em Toronto, filha de um entregador de pizza e de uma dona de casa, que cresceu na favela da Cidade de Deus, já chegou ao título mundial de judô. “Eu estou mostrando que não depende de cor, de dinheiro, de nada, depende de vontade e de garra”, disse.
Entrar para história do esporte é para poucos. O patinador Marcel Stürmer, de 29 anos, se tornou o primeiro atleta a conquistar quatro vezes seguidas a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Os aplausos delirantes do público canadense ganharam um sentido maior para quem sabia que durante os treinos ele enfrentou infiltrações para suportar as dores.Agora, imagine. Como se sentiriam esses quase 600 atletas, seus familiares e amigos ao entrar numa banca de jornal e ver lá estampado um título na capa da revista Veja: “Para que serve o Pan?”. Com a arrogância de quem se acha detentora de todas as verdades, Veja quer agora sepultar sonhos, desprezar as mais incríveis histórias de superação e esforços e atrapalhar quem persegue suados patrocínios e parcos incentivos governamentais. Seria como se perguntar: Para que serve a luta de Isaquias, Marcel, Rafaela, Luana e Lohaynny? Não seria melhor perguntar, então: Para que serve a Veja?
A grande mídia silencia sobre corrupção no governo Alckmim
Curiosamente, no final de junho Geraldo Alckmin promoveu bruscas mudanças na cúpula da Receita. O órgão, subordinado à Secretaria Estadual da Fazenda, já estava sob investigação. Segundo o Estadão, que publicou uma pequena notinha e depois nunca mais tratou do tema, a alteração decorreu da “insatisfação quanto ao funcionamento das estruturas internas de fiscalização”. Questionado sobre a troca no comando da Receita, o governador negou que ela tenha sido motivada pelas denúncias de corrupção. Garantiu que as mudanças foram de “caráter técnico”. A resposta foi suficiente para silenciar a mídia chapa-branca, numa típica operação-abafa.
Crônica semanal de Luis Fernando Verissímo
no O GloboA oposição entre corpo e alma não existia em tempos bíblicos, ou pelo menos na linguagem bíblica. Mas a versão em latim antigo das Escrituras que Santo Agostinho lia usava “anima” para traduzir “nefesh”, que em hebraico não quer dizer alma mas algo como sopro vital, ser, uma forma exaltada do “eu”. E foi nesse engano que tudo começou.A alma e o corpo se separaram e nunca mais se encontraram. E nunca mais se pode ler o Velho Testamento a não ser como Agostinho o lia, não como um relato da aventura do corpo humano no mundo como Deus o fez, cheio de som, fúria, sangue e sacanagem, mas como uma alegoria espiritual, em que até os cantares eróticos de Salomão queriam dizer outra coisa: a luta da alma para transcender o corpo, que para Agostinho significava a sexualidade.Tudo culpa de um mau tradutor.Freud tentou, de certa maneira, retransformar “anima” em “nefesh”, mas como muito do que ele escreveu em alemão também foi mal traduzido em outras línguas, a confusão só aumentou. No fim a grande danação sob a qual vive a Humanidade não é a da História nem da carne, é a insanável danação de Babel.Deus disse “que haja muitas línguas, e que cada língua tenha muito dialetos”. E depois, para ter certeza que os homens nunca mais se entenderiam, completou: “E que haja tradutores.”Um estudo, mesmo superficial como o meu, da etimologia e das transformações que as palavras sofrem através do tempo e das más traduções revela coisas fascinantes.“Escândalo” — uma palavra que nos diz muito respeito — está indiretamente ligado, na sua origem, aos pés. Sua raiz indo-europeia é “skand”, pular ou subir, de onde também vem escalada. Quem pula ou sobe precisa cuidar onde põe os pés e o grego “skandalon” significa um obstáculo ou uma armadilha.“Scandalum“ em latim tanto pode significar tentação como armadilha. No francês antigo “scandal“ era um comportamento antirreligioso que agredia a Igreja todo-poderosa e, da mesma origem, existia a palavra “sclaudre”, de onde vem o inglês “slander”, ou difamação.Alguns escândalos não investigados, como acontece muito no Brasil, acabam virando anedotas. “Anedota” vem, através do francês “anecdote”, do grego “anekdotos”, história não publicada, presumivelmente tanto no sentido de inédita quanto no sentido de versão não oficial, secreta, clandestina, enfim, tipo “em Brasília não se fala em outra coisa”.Em francês queria dizer pequeno relato ilustrativo à margem de um relato maior. No seu sentido brasileiro continua sendo uma história marginal, só que engraçada, ou se esforçando para ser.Sobrevive, na anedota, a tradição homérica da literatura oral, passada de geração a geração sem necessidade de escrita. Se for escrita, deixa de ser anedota. Muitos contadores anotam o fim da anedota para não esquecê-la, mas se sentiriam heréticos se a escrevessem toda. E assim correm o risco de esquecerem o resto e ficarem com uma coleção de últimas frases sem sentido.
Dilma assume defesa das contas do governo no TCU
"Presidente Dilma Rousseff aprovou as explicações às 13 irregularidades nas contas de 2014 apontadas pelo relator Augusto Nardes e avaliou o documento como tecnicamente consistente. Fez uso de sua conhecida tática de 'espancar projeto' e concluiu que ele 'para de pé'", disse a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247; "A dúvida realmente importante sobre o documento era sobre a conveniência de Dilma assinar ou não um documento que diz respeito ao governo, e não à sua pessoa. Este detalhe foi muito discutido ontem à noite na reunião de Dilma com auxiliares diretos e os presidentes dos três maiores bancos oficiais (Caixa, Banco do Brasil e BNDES). A tendência era deixar que o Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, o assinasse, embora Nardes tenha cobrado respostas diretamente a Dilma"
O silêncio de Aécio (PSDB) sobre Eduardo Cunha
O PSDB tem um velho problema crônico de não se posicionar diante de certos casos de repercussão nacional — uma atitude que, paradoxalmente, escancara suas intenções.

O silêncio do maior partido de oposição em torno de Eduardo Cunha está longe de ser um episódio isolado.
Apenas para citar alguns eventos recentes em se verificou essa mudez: a execução do brasileiro Marco Archer na Indonésia, o espancamento dos professores pelo governador do Paraná Beto Richa e a cafajestada de Bolsonaro com a colega Maria do Rosário.
Aécio foi provocado a falar de Cunha e deu um recado burocrático, quase triste. Ele acompanha "com preocupação" o agravamento do quadro político no país e defende a investigação das denúncias de corrupção.
Sem citar nomes, também afirmou que continuará defendendo "as nossas instituições para que elas cumpram suas funções constitucionais".
Vindo de um senador que trabalhou contra as instituições, é uma piada. Mas o que chama a atenção é menos a hipocrisia e a mais a certeza de que o PSDB repete o truque.
Quem dizer, não todo. Alberto Goldman — o mesmo que admitiu que o partido "não tem projeto" — falou que a denúncia de propina "afeta a capacidade de liderança do presidente da Câmara dos Deputados e o apoio que ele conquistou para sua eleição ao cargo".
A desgraça de Cunha é ruim para os pessedebistas. Ele era um aliado importante na batalha pela instabilidade. O que era bom para Cunha era bom para o PSDB, ao menos até a página 2.
A proximidade da relação se dá na agenda e em outros detalhes. Quem produziu o pronunciamento de Cunha na TV foi um marqueteiro que compôs a equipe da campanha aecista.
O imbloglio em que está metido Eduardo Cunha tira de cena um ator importante para as pretensões de Aécio e do PSDB. O Solidariedade foi o único a sair do armário e abraçar o presidente da Câmara. O Psol pediu impeachment.
O PSDB prefere o silêncio, que faz muito mais barulho.
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
Ladrão quer acarear presidente Dilma com réu confesso
Autor: Fernando Brito

O deputado André Moura ( que não é Moura, mas Luís Dantas Ferreira) que, por ordem de Eduardo Cunha, lançou a estranha e pirotécnica ideia de fazer uma "acareação" entre a Presidenta Dilma Rousseff e o bandido Alberto Youssef não foi devidamente apresentado ao país pela imprensa.
Por isso, transcrevo trechos do release (fresquinho, do dia 23 passado) publicado pelo Supremo Tribunal Federal:
"A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, na sessão de hoje (23), denúncias do Ministério Público em três inquéritos contra o deputado federal André Luís Dantas Ferreira, conhecido como André Moura (PSC-SE), envolvendo crimes conexos – apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu (SE) 9…)
Segundo as denúncias, após deixar a Prefeitura, Moura teria continuado a usufruir de bens e serviços custeados pela administração municipal, como gêneros alimentícios, telefones celulares, veículos da frota municipal e servidores que atuavam como motoristas. Em um dos inquéritos (3204), foi recebida também a denúncia pelo suposto crime de formação de quadrilha. Por se tratar de condutas interligadas, o relator dos processos, ministro Gilmar Mendes, propôs que os processos fossem julgados em conjunto. A decisão de receber as denúncias foi unânime.(…)
(O deputado) teria indicado a maior parte dos secretários municipais e mantido carros e celulares da Prefeitura à sua disposição, além de fazer compras em mercados pagas pelo erário, indicar vários funcionários fantasmas, entre eles sua esposa (Lara Adriana, também denunciada) e receber repasses mensais da Prefeitura entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, conforme a acusação.(…)Nas eleições de 2006, Moura foi candidato a deputado estadual e, durante a campanha, segundo relato de Juarez dos Santos, as exigências ilícitas se agravaram, quando Moura teria encomendado repasse de R$ 1 milhão entre abril e setembro.
Moura caiu na Lei da Fixa limpa, por já ter condenações de segunda instância e está no cargo porque obteve liminar do STF para concorrer.
Seria interessante fazer, isso sim, uma acareação entre o deputado e o prefeito que ele achacava, que o acusa até de ser o mandante de um atentado a tiros.
É um sujeito assim que quer dar (e dá, com a ajuda da mídia) lições de moral ao Brasil.
Em tempo
Os governadores do Nordeste divulgaram num encontro em Teresina uma carta aberta de apoio à presidenta Dilma. Segue a integra do documento:
ACREDITAMOS NO BRASIL!
O Brasil é maior que as crises, é maior que as dificuldades. Já provou isso várias vezes. E todos nós temos de ser do tamanho do Brasil. O Momento é de grandeza. A situação é delicada? Sim. No Brasil e no mundo. Também enfrentamos, como governadores e vices, grandes desafios nos nossos Estados. Mas, o Brasil e os brasileiros já enfrentaram momentos mais difíceis, e vencemos!
Mais uma vez, vamos vencer! Com muito trabalho, fazendo o que precisa ser feito. Vamos retomar o desenvolvimento econômico e social com responsabilidade ambiental. Vamos sair maiores e melhores.
A hora é de união do setor público com o setor privado, das instituições com a sociedade, da política com o povo. O que queremos é ampliar a democracia, o fortalecimento das instituições, mais conquistas e avanços. Retrocesso, nunca mais. Defendemos, sobretudo, o respeito à Constituição Cidadã de 1988.
O Povo brasileiro fez uma opção em 2014, a quem confiou governar o Brasil. No mesmo momento em que elegeu todos nós, governadores e vices para governar os nossos Estados. O mandato de quatro anos determina um prazo para que os compromissos de campanha sejam cumpridos, para que os desafios sejam vencidos, os ajustes sejam feitos, os projetos sejam implementados e os resultados sejam colhidos. E isso exige respeito às regras constitucionais, razão pela qual consideramos incabível qualquer tipo de interrupção do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, já que não há motivo jurídico para tanto.
Definitivamente, não será pela via tortuosa da judicialização da política, da politização da justiça ou da parlamentarização forçada que faremos avançar e consolidar o processo democrático, a importância social das instituições do Estado de Direito e a superação do desafio civilizatório de nosso tempo.
Nossa geração enfrentou a ditadura militar, deu a volta por cima, e tem um papel importante na construção de um Brasil Melhor. Fizemos isto, juntos, como governo ou oposição. Juntos, unidos e fortalecidos, vamos seguir em frente!
VIVA O POVO BRASILEIRO!
Flávio Dino – Governador do Estado do Maranhão
Paulo Câmara – Governador do Estado de Pernambuco
Camilo Santana – Governador do Estado do Ceará
Ricardo Coutinho – Governador do Estado da Paraíba
Wellington Dias – Governador do Estado do Piauí
Rui Costa – Governador do Estado da Bahia