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Lula estimula a luta contra o fascismo

Após assistir ao interrogatório de Lula em Brasília, o conceituado advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, revela neste texto o impacto da provocado pela dignidade e pela coragem do ex-presidente. Segundo ele, o comportamento de Lula é um estímulo à luta contra "o fascista inepto que preside este país".

"Saímos agora do interrogatório do Lula em um processo criminal na 10ª Vara em Brasília. Somos advogados de um empresário, corréu e estávamos acompanhando o interrogatório por dever profissional. 

Foi impressionante a postura do Lula durante a audiência. A dignidade com que se porta, a eloquência, a inteligência, a coragem no enfrentamento, a ousadia na defesa pessoal. Ao final fez um eloquente discurso. 

O Procurador fez questão de frisar que não era o autor intelectual da Denúncia, que era um negro vindo da periferia, quase que agradecendo a Lula pelos avanços conseguidos pelo Governo no período lulista. Ao final o Lula o abraçou . 

 
Ao ver esta audiência eu passo a entender porque parte deste MP político o perseguiu e o denunciou. Passo a ter certeza da posição política, parcial, maldosa deste juiz que hoje é Ministro. Se não o prendessem não teria ninguém para fazer frente ao Lula numa eleição democrática. 

Usurparam, roubaram, estupraram a verdade, a democracia. Esse fascista completamente inepto, despreparado e ignorante que preside o país deve ao grupo que dá sustentação ao Ministro da Justiça ter chegado à Presidência. Na verdade é o mesmo grupo, esse bando que leva o país ao caos. Tudo milimetricamente pensado. 

Ou resistimos ou todos os avanços serão liquidados. Se tiveram a ousadia de tramar este golpe com o Judiciário, mídia e tudo mais, não vão parar. A fibra de Lula no interrogatório e a dignidade com que se portou  são um estímulo à resistência . Mesmo sem ser lulista ou petista, é necessário fazer parte de uma discussão lúcida que nos afaste desse obscurantismo e desse desastre."

Apatifam-nos, por Luis Fernando Verissimo

O apatifamento de uma nação começa pela degradação do discurso público e pela baixaria como linguagem corriqueira, adotada nos mais altos níveis de uma sociedade embrutecida. 

Por Luis Fernando Veríssimo

"Apatifar", nos diz o "Aurélio", significa tornar desprezível, aviltar, envilecer. Pessoas se apatifam, nações inteiras podem se apatifar, ou serem apatifadas. O mundo hoje vive uma assustadora onda de contágio viral que, espera-se, acabará controlada ou, eventualmente, desaparecerá. Já patifaria não mata, mas também contagia, com a diferença de que não tem nem perspectiva de cura.

É impossível observar o Brasil de hoje sem a sensação de estar assistindo a uma pantomima tragicômica, a decomposição de um Estado que, dissessem o que dissessem de governos anteriores — inclusive os lamentáveis —, mantinham, pelo menos, a linha, o que é mais do que se pode dizer da atuação de Bolsonaro & Filhos no palco do poder.

Agora se entende por que Bolsonaro insistia em dizer que não houve um golpe em 64 nem uma ditadura militar nos 20 anos seguintes: ele queria montar o seu próprio regime militar, enchendo o Planalto de generais de fatiota que deixam seus tanques no estacionamento e entram pela rampa principal, rindo da gente. Implícita nessa original tomada do poder está a ideia imorredoura de que só uma casta iluminada, os militares, sabem governar um país.

O apatifamento de uma nação começa pela degradação do discurso público e pela baixaria como linguagem corriqueira, adotada nos mais altos níveis de uma sociedade embrutecida. Apatifam-nos pelo exemplo. Milícias armadas impõem sua lei do mais forte e mais assassino com licença tácita para matar. Há uma guerra aberta com a área de cultura, e a ameaça de um retrocesso obscurantista nas prioridades de um governo que ainda não aceitou Copérnico, o que dirá Darwin. 

Aumentam os cortes de gastos sociais, além de cortes em direitos históricos dos trabalhadores. Aumenta a defloração da Amazônia. Aumentam as ameaças à imprensa.

E aumenta a suspeita de que na Universidade de Chicago o Paulo Guedes só assistiu às aulas de bobagens para dizer caso a economia não deslanche.

Consciência pesada

O casal dormia profundamente, como inocentes bebês... De repente, lá pelas três horas da manhã, escutam ruídos fora do quarto. A mulher sobressaltada, apavorada, sussurra para o homem que dorme ao seu
lado:
 - Meu Deus, deve ser o meu marido! O cara se levanta rapidamente e, ensandecido, pula pelado pela janela. Na queda, se arrebenta nos espinhos de uma roseira e, quando sai da roseira, cai sentado com a bunda numa moita cheia de urtiga. Todo machucado e coçando mais que cachorro vagabundo cheio de pulgas, ele volta irritado e diz à mulher:
 - Sua louca, maluca, pirada do cacete... olha a merda que eu tô. Teu marido sou eu!
- Ah, é?!?!? E pulou a janela por quê?

Consciência pesada é um problema sério, muito sério.