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Dicionário da cidadania


Grevista: aquele que luta para manter e conquistar direitos.

Aproveitador: quem boicota e critica grevistas, mas não abre mão dos direitos conquistados pelos que lutaram por ele.

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"

Vida que segue...

Descriminalização da maconha e cidadania

[...]




  • Por que pedir a descriminalização da maconha? 
  • Por que lutar por Educação Pública?
  • Por que defender o SUS?
  • Por que ser contra o aborto?
  • Por que ser contra redução da maioridade?
  • Por que ser contra o racismo?
  • Por que ser a favor do casamento de pessoas do mesmo sexo se não sou gay? 
Continua>>>

Maquinações interiores

Eles tem saudade

  • Saudade:
  • do tempo da ditadura
  • do tempo da escravatura
  • do tempo em que as mulheres eram submissas (não havia feministas)
  • do tempo em que aeroportos e shoppings só eram frequentados por endinheirados 
  • do tempo em que lgbts vivem dentro de armários
  • do tempo em que o país era teocrático
  • do tempo em que Universidade era apenas para brancos e ricos
  • do tempo em que empregadas domésticas não tinham direitos trabalhistas e por aí vai...
Lutamos para combater as desigualdades e garantir a igualdade de oportunidades de segurança, saúde e educação para todos os brasileiros.
Lutamos para que em breve futuro as saudades deles sejam ainda maiores e seus privilégios cada vez menores.

by Wenner Lucas


Cidadania

Ação cria loja na rua para doar roupas a pessoas carente
Ainda neste mês a Praça do Patriarca, em São Paulo, se transformará em uma loja ao ar livre, onde qualquer pessoa poderá retirar peças de roupas gratuitamente. O trabalho é fruto de uma mobilização mundial para a doação de roupas a pessoas carentes.





Conhecido como Street Store, o projeto teve início neste ano na África do Sul. Idealizada por uma agência de publicidade, a iniciativa pretende modificar a forma como as pessoas recebem as doações. Através da “loja itinerante”, os beneficiados podem escolher até três peças que mais lhe interessam, como se estivessem realmente indo às compras.

O evento acontece especificamente no domingo, 31 de agosto, entre as 9h e 16h. No entanto, antes da ação ir para as ruas, a equipe responsável pelo projeto precisa contar com a participação de doadores e pessoas interessadas em se voluntariar para ajudar os beneficiados a escolherem as peças de roupas no dia da ação.
As roupas doadas podem ser de qualquer tamanho e também incluem calçados e acessórios. A organização do evento manterá postos de coleta em pontos da CicloFaixa de SP. Assim sendo, as entregas podem ser realizadas somente no domingo (24), das 9h às 16h, nos seguintes locais:
- Tenda Praça do Ciclista (Avenida Paulista)
- Tenda Parque das Bicicletas
- Tenda Praça Rodrigues – Paraíso
- Tenda Avenida Roberto Marinho
- Tenda Autódromo de Interlagos
- Tenda Parque Tiquatira – Zona Leste
- Tenda Teatro Municipal – Centro
- Tenda Avenida Santos Dumont – Zona Norte
- Tenda Avenida Jabaquara (Próximo à Igreja S. Judas)
Também é possível se voluntariar para trabalhar com o público durante o dia do evento. Clique aqui para ter acesso ao formulário.
Para saber mais detalhes sobre a Street Store, clique aqui.
Veja como foi a primeira edição do evento realizado em maio deste ano no Largo da Batata, em São Paulo:
Redação CicloVivo



Cidadania

Quando damos dinheiro aos pobres, não estamos gastando, estamos investindo para que ele se transforme em um cidadão na sua plenitude...
Lula
numa palestra em Angola

Cidadania virtual

Que custaria plantar essa árvore?
1, 2, 3 reais
Mais fácil tirar fotos e publicar em redes sociais.
Depois tudo é culpa dos políticos.
Triste

" Um ano pedindo para replantar uma árvore. Os cones substituem as árvores no Rio.
Compartilhei para ver se chega na fundação parques e jardins do Rio."
Joylce Barreto

Nova cidadania - um conceito pós-moderno -

O artigo abaixo foi escrito em 2002. Tivesse sido escrito 2002 anos A.C também seria atual. Fosse escrito em 3002 idem.

por Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira
*Publicado no Jornal "A Razão" em 26.09.2002-
O contexto histórico pós-moderno (ou, a condição pós-moderna) caracteriza-se por profundos desenvolvimentos e transformações que estão acontecendo no campo tecnológico, na produção econômica, na cultura, nas formas de sociabilidade, na vida política e na vida cotidiana. Nesta nova realidade social precisamos nos apropriar de novos conceitos e categorias que se tornaram imprescindíveis para compreensão das atuais configurações e seus movimentos, e para tomadas de decisão.
Dos inúmeros conceitos que surgiram com a pós-modernidade, quero salientar aqui o de nova cidadania. Bastante evidenciado nos trabalhados das sociólogas Annick Madec e Numa Murard sobre políticas sociais e classes populares, quer dizer, em síntese, que a livre participação dos indivíduos é ponto constitutivo por excelência, da cidadania.
A nova cidadania está se consolidando cada vez mais devido à inúmeras questões advindas de uma ordem e influências globalizantes e pós-tradicionais. Entre elas destaco: novos desafios econômicos, sócio políticos e tecnológicos, os problemas a eles associados e as indefinições que cercam as suas soluções (exemplo recorrente nas obras de Giddens, os riscos de grande conseqüência, os quais na medida em que começarem a exigir soluções, não teremos conhecimento de seus possíveis resultados); a insuficiência dos partidos e do Estado tradicional em lidar com estes problemas, e com situações complexas e diferenciadas que se modificam rapidamente exigindo mais participação dos atores sociais e sistemas mais democráticos; a preocupação do Estado com macro questões (destaco aqui suas problemáticas de inserção no mundo globalizado), deixando de lado problemas mais específicos que precisam ser tratados em espaços de decisão mais próximos dos indivíduos ( e sob este aspecto torna-se necessário considerar a afirmação de D.Bell de que "o Estado-nação tornou-se pequeno demais para os grandes problemas, e grande demais para os pequenos problemas da vida"); o pluralismo (de todos os tipos) que traz em sua essência o direito de ser diferente; e por fim, a emergência de um novo tempo espaço tecnológico (o ciber espaço tempo) que altera radicalmente nossas maneiras de ser, viver, e fazer política no mundo pós-moderno.
A partir disto podemos observar num primeiro momento (da política pós-moderna), que a nova cidadania está diretamente relacionada aos novos movimentos sociais representados por inúmeros agentes, como tal é exercida em diversos níveis de espaços articulados, reconstituindo gradualmente os espaços comunitários e abrindo novas dimensões para inserção dos indivíduos. Isto é o que a torna mais global e mais participativa, possibilitando aos indivíduos tomarem parte principal no seu processo de desenvolvimento.
Com a abertura de novas possibilidades de participação para grupos antes excluídos, a nova cidadania habilita novos aspectos da vida social para se tornarem parte do processo político, reconfigurando as formas de ação e o campo da política. Sob a ótica dos novos movimentos, de um lado, as condições de vida cotidiana e reais são o ponto de partida para o exercício da nova cidadania, a qual busca instituir novos direitos e solucionar os problemas específicos de forma autônoma; de outro, a nova cidadania é um processo contínuo de emancipação através de conquistas, relacionando-se estreitamente com o pensamento de P.Demo que "participação é conquista".
Num segundo momento (eu diria sob uma ótica hiper-pós-moderna ao invés de pós-pós-moderna), mas não desvinculado do primeiro, o conceito e o reconhecimento do exercício de uma nova cidadania atrelou-se às novas tecnologias de comunicação e informação. Sob esta ótica a nova cidadania é gerada pela interatividade (no ciber espaço tempo todas as autoridades e "auras" são postas em xeque), pela garantia de expressão para todos e pela transcendência virtual dos aspectos territoriais e culturais locais.
Destaco aqui o impacto político da Internet, que ao descentralizar os sistemas de comunicação fez do novo cidadão não somente um consumidor, mas igualmente um produtor de informação e controlador do seu meio de comunicação, ao contrário das tecnologias "tradicionais" que por natureza são excludentes, no sentido de que poucos produzem a informação, e a maioria consome passivamente.
Já no que se refere a questão da esfera pública (central em qualquer conceito de cidadania), é no ciberespaçotempo que a nova cidadania é exercida, e por isto o termo "público", e todo o entendimento tradicional de participação, ação política e democracia devem ser desconstruídos. Para que estas questões e o exercício da nova cidadania não continuem sendo privilégio de uma minoria, a hiper-pós-modernidade coloca como desafio a conquista da inclusão digital.
Não obstante não explicitarem o termo, vários outros teóricos já trabalharam/trabalham com este novo enfoque de cidadania, dos quais destaco: C.Castoriadis (o qual sempre se preocupou com a relação entre participação - "na vida pública e nos negócios comuns, tanto quanto os outros"-, autonomia e cidadania, e também teceu várias críticas tanto à política tradicional - dimensão do poder explícito, voltada para a heteronomia dos indivíduos - como à fragmentação entre os novos movimentos sociais); E.Laclau e C.Mouffe (estes, analisam a pós-modernidade como um contexto propício para o desenvolvimento de uma nova política caracterização pela ação/reação de novos agentes políticos em substituição às classes da política tradicional); A.Heller, e A.Giddens (ambos na linha de Laclau e Mouffe, sendo a "política de contexto" (Heller) e a"política geradora" (Giddens) caminhos do exercício pleno da nova cidadania . Já no que diz respeito à nova cidadania no ciberespaçotempo, P.Lévy não somente tem analisado as inúmeras possibilidades das novas tecnologias, como também tem desenvolvido vários projetos contra o que hoje está sendo chamado de info-exclusão.
Como todo o conceito pós-moderno, o de nova cidadania não têm um significado nem conteúdo rígidos, pois estes são redefinidos nas "especificidades dos contextos e de cada luta política" (A.Heller). A nova cidadania não se esgota mais no direito de voto e a outros direitos formais garantidos por via externa (característica da cidadania tradicional, na qual o Estado sempre foi o mediador por excelência de seu exercício, e sendo esta na verdade uma concepção elitista da política). Por propiciar a participação dos que antes estavam excluídos da vida política, reconhecendo novos contextos, formas/possibilidades de participação livres de qualquer determinismos, podemos reconhecer que a nova cidadania se trata de cidadania ampliada.
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/novacidadania.html

LGBT e Cidadania

A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT acontece neste fim de semana em Brasília.

A senadora petista Marta Suplicy, lançou uma cartilha sobre o assunto.

O objetivo da cartilha é apresentar um pouco do muito que a senadora fez a respeito da cidadania desse seguimento da sociedade. E também mostrar carências e avanços conquistados pelas lesbicas, gays, bisexuais e transexuais.

A cartilha pode ser baixada Aqui


Movimento contra a corrupção, tou dentro!

E desde já mando minha primeira sugestão: Que sejam dados nomes aos bois [corruptores], para começãr que tal carregar cartazes com os nomes dos maiores [corruptores] empreiteiros do Brasil?...

Segua abaixo  convocação para manifestação no dia  12 de Outubro.

 7 de setembro nunca mais será lembrado apenas como “o dia da Independência” do Brasil”. Em 2011, tudo foi diferente. O brilho do dia, a disposição, o ânimo e, principalmente, a esperança. Esta que acordou os jovens do país e os fez perceber que não dá mais para ficar parado. Engolir a corrupção e a impunidade não faz mais parte do nosso cotidiano. O sentimento de mudança e revolução não pode parar.

Alguma coisa aconteceu, muita coisa está fora do lugar. A dignidade permanecia às sombras, enquanto “poderosos” controlavam o nosso modo de vida. Foram anos de silêncio após anos de determinação. Acreditar que não acreditar é melhor, não faz mais sentido. Dia 7 de setembro as vozes ecoaram, decidiram gritar. O apelo da sociedade não foi só lindo de se ver. Foi arrepiante, marco de um tempo onde se acreditou que os braços cruzados fossem a melhor opção.

Não! Não queremos voto secreto! Queremos ver a cara do ladrão. Não! Não queremos mais os magnatas do poder mandando e desmandando em nossas casas, diga-se, nossas casas e o Congresso. Fora! Um grito de expulsão a todos que se sentem insubstituíveis, acima do bem e do mal.

Não basta independência nas relações sociais, não basta a liberdade de ir e vir. Tem que haver liberdade de expressão, liberdade na hora do voto, da escolha, do esclarecimento. Chega de hipocrisia, de falsa democracia, onde o povo é manipulado pela satisfação dos seus maiores desejos. Propina, não! Nepotismo, não! Vantagem, QI... Não!

O que se pede é o que se vê: saúde, educação, segurança e conforto. Basicamente, sem contar os mais que a sociedade requer.
Os problemas são antigos, mas a manifestação é nova, os rostos são novos, mas há também os veteranos que reclamam o descaso e fazem seu apelo insistente por um país melhor.

Não é preciso saber de onde viemos, de onde somos e para aonde vamos. O propósito é o mesmo, a luta por dignidade e não por aparência. O que importa não é a rede social, não é a moda. Queremos ressuscitar o famoso orgulho de ser brasileiro e, então, acreditar que o país está em nossas mãos, na mão do povo brasileiro.


Cidadania

[...] Inclusão de disciplina no currículo escolar

Palestras jurídicas com o tema: "CIDADANIA"
 adendo: civismo, Direitos e Deveres, artigo 5º CF/88, violência no âmbito escolar e familiar, prostituição infantil, tráfico e uso de drogas, motivação ao Estudante. Foram realizadas do ano de 2007 à 2011 em Escolas Públicas privadas entre outras instituições, em anexo desenho realizado pelos alunos após palestras. O trabalhou envolveu em torno de 20 mil pessoas e mais de 40 reportagens entre rádio, televisão, jornais e revistas com parecer positivo da sociedade como um todo.

A apartir desses trabalho foi realizado um projeto de inclusão de Disciplina nos currículos Escolares. Entregues à autoridades públicas em todo país. Finalizado o livro já para a edição com o tema: Estado, Constituição e Cidadania, a construção da justiça social através da Educação.

Busco o apoio dos colegas para a inclusão desta disciplina "Cidadania", que trará grandes mudanças na Educação e no futuro certamente a dimiunição do números de presos no sistema carcerário.

Infeliz daquele que prega uma moral que não pratica

Má procedência 1
O porteiro do prédio entrega, por engano, a um morador o jornal que pertence a outro morador e lá está o número do apartamento escrito à mão, na capa do exemplar, de forma bem nítida. E o condômino, que não é dono do jornal muito menos seu assinante, se faz de desentendido e o leva para casa. Pergunto: quem age dessa forma tem moral para criticar os políticos, ainda que seja Paulo Maluf ou Jader Barbalho?


Má procedência 2
No Brasil, as pessoas têm o hábito de exigir honestidade dos outros, todavia se recusam a praticá-la. O que se apossou do jornal do vizinho, nem sabe o que é isso.



Má procedência 3

Pelos pequenos gestos dá para aferir a educação doméstica e o caráter de alguém. Estacionar o carro ocupando duas vagas, impos- sibilitando que outro tenha onde parar. Ocupar espaços destinados a portadores de deficiência, é outra prática comum, bem como furar filas. Convoco todos a uma profunda reflexão a esse respeito. Vamos começar por nós mesmos.

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As lições de vida que o circo ensina

Casas de cultura e Cidadania que oferecem a mais de cinco mil crianças a oportunidade de escreverem histórias com final feliz.

  Reprodução

Isolado por canaviais, o bairro Campos Salles, em Barra Bonita, no interior de São Paulo, corria o risco de sumir do mapa. Abandonada, a antiga estação de trem fora ocupada por três famílias que a converteram em moradia. O mato cobria suas poucas ruas de terra e já ocupava os quintais das casas. Até a escola municipal, com uma quadra poliesportiva, deixara de funcionar. Mas, antes que definhasse de vez, o povoado ganhou um sopro de vida. Há dois anos, a pedagoga paulistana Heloísa Melillo levou à prefeitura de Barra Bonita o plano de transformar a escola desativada em uma Casa de Cultura e Cidadania. O modelo seria o mesmo implementado por ela pouco antes na Vila Guacuri, uma favela na divisa entre as cidades de São Paulo e Diadema. Com sinal verde da prefeitura, em dois meses, a escola foi recuperada. A quadra, coberta, virou um picadeiro para aulas de circo e de dança. Hoje, 1.026 crianças e adolescentes passam por lá ao menos duas vezes por semana. Elas podem escolher duas atividades, de um cardápio de dez que inclui música, dança, teatro, circo, ginástica e até a arte de contar histórias. Cada aluno ganha dois lanches por dia. “Mais que ensiná-los a fazer piruetas, o projeto busca desenvolver habilidades para os desafios da vida: superar limites, ter equilíbrio, flexibilidade e coragem para se arriscar”, diz Heloísa. Jéssica Celestino da Silva, de 13 anos, concorda: “O trapézio me obriga a ficar concentrada, a prestar mais atenção”. Jéssica faz aulas de circo e dança na Casa, onde vai quatro dias por semana, sempre depois da escola.
Mas não é só de pão e circo que vivem os alunos da Casa. Algumas das salas ganharam computadores equipados com softwares livres, nos quais é possível aprender “artes digitais”, um curso que inclui técnicas de edição de vídeos, animação e tratamento de imagem. “Aprendi a fazer animação com tiras de papel”, diz Lucas Murilo Laviso, de 12 anos. “Isso me ajudou a ver o mundo de um jeito diferente.” A mudança na percepção de Lucas é resultado de um dos dois objetivos do curso. Se, do lado prático, a Casa forma técnicos para trabalhar na área da cultura, que responde por 7% do PIB brasileiro, do ponto de vista humano essa formação ajuda os jovens a se reconhecer no mundo. Eles são incentivados a documentar cenas da família e do cotidiano para montar narrativas pessoais.
Para dar suporte teórico aos programas das Casas de Cultura e Cidadania, que hoje atendem um total de 5.528 alunos, Heloísa Melillo montou um corpo de 13 curadores, que acompanham os educadores de forma contínua. Cada educador passa por 120 horas de capacitação antes de iniciar as atividades.
Quando a reportagem de ÉPOCA visitou a Casa, mais de 400 crianças e jovens assistiam a uma mostra de trabalhos dos próprios alunos e de seus educadores. Uma crença do projeto é que o conhecimento aprendido deva ser compartilhado. “Antes, nós apenas exibíamos filmes. Agora, os alunos se apresentam, são os protagonistas”, diz a educadora social Elisangela Fernandes dos Santos, de 34 anos. “Além das mostras, montamos espetáculos em eventos fora da Casa.” O calendário é intenso. “Já me apresentei 17 vezes”, diz Lucas Bertucci, de 12 anos, que também estuda teatro em Igaraçu do Tietê, cidade vizinha a Barra Bonita. “Eu gostaria de ser ator, trabalhar na televisão.” Numa das apresentações mais difíceis da Casa, os alunos de dança convidaram colegas que frequentam as academias particulares da cidade para um espetáculo coletivo, apropriadamente batizado Entrelace. “O encontro serviu para reafirmar o espírito democrático da Casa”, diz a arte-educadora em dança Viviane Carrasco, de 38.
Uma das características que distinguem esse projeto de outros da mesma natureza é a ênfase na capacitação das famílias. “Nós preparamos o jovem para um trabalho mais qualificado e também estimulamos seus familiares em direção ao empreendedorismo, seja coletivo ou individual”, diz Heloísa. “Envolver a criança, sua família e a comunidade é um dos pontos-chave do projeto, que pressupõe apoderamento e autonomia.” Um grupo formado por pais e cuidadores dos alunos se encarrega de propor formas de geração de renda. Elas vão de hortas comunitárias até cooperativas de artesanatos vendidos em bazares. Ao mesmo tempo, os alunos e suas famílias são orientados a cuidar do ambiente. Reciclar o lixo, economizar água e eletricidade, plantar árvores e manter as ruas limpas são algumas das contrapartidas que o projeto prevê. “Com isso, Campos Salles passou a ser um bairro reconhecido pela cidade”, diz Heloísa. “Era um lugar esquecido e hoje é um polo de atração de investimentos e de políticas públicas.” Hoje, quem diz em Barra Bonita que é de Campos Salles consegue até crediário nas lojas da cidade, algo impensável há dois anos.
O principal apoiador do projeto, com investimento direto de quase R$ 3 milhões por ano, além de verbas de renúncia fiscal, é a companhia AES. Ela contratou uma consultoria para monitorar os resultados e a satisfação foi de 98%. Mais que ampliar a rede de Casas de Cultura e Cidadania, que já chegaram a sete cidades, Heloísa sonha agora com o dia em que as Casas já não precisem existir. “A gente luta diariamente para se tornar desnecessário”, afirma.

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Voto - Direito ou Dever?

A cada tanto tempo, o tema reaparece: como o voto, de um direito se transformou em um dever? Reaparecem as vozes favoráveis ao voto facultativo.

A revista inglesa The Economist chegou, em artigo recente, a atribuir à obrigatoriedade do voto, as desgraças do liberalismo. Partindo do supostos – equivocado – de que os dois principais candidatos à presidência do Brasil seriam estatistas e antiliberais, a revista diz que ao ser obrigado a votar, o povo vota a favor de mais Estado, porque é quem lhe garante direitos.

Para tomar logo um caso concreto de referência, nos Estados Unidos as eleições se realizam na primeira terça-feira de novembro, dia de trabalho – dia “útil”, se costuma dizer, como se o lazer, o descanso, foram inúteis, denominação dada pelos empregadores, está claro -, sem que sequer exista licença para ira votar, dado que o voto é facultativo. O resultado é que votam os de sempre, que costumam dar maioria aos republicanos, aos grupos mais informados, mais organizados, elegendo-se o presidente do pais que mais tem influência no mundo, por uma minoria de norteamericanos. Costumam não votar, justamente os que mais precisam lutar por seus direitos, os mais marginalizados: os negros, os de origem latinoamericana, os idosos, os pobres, facilitando o caráter elitista do sistema político norteamericano e do poder nos EUA.

O voto obrigatório faz com que, pelo menos uma vez a cada dois anos, todos sejam obrigados a interessar-se pelos destinos do país, do estado, da cidade, e sejam convocados a participar da decisão sobre quem deve dirigir a sociedade e com que orientação. Isso é odiado pelas elites tradicionais, acostumadas a se apropriar do poder de forma monopolista, a quem o voto popular “incomoda”, os obriga a ser referendados pelo povo, a quem nunca tomam como referência ao longo de todos os seus mandatos.

Desesperados por serem sempre derrotados por Getúlio, que era depositário da grande maioria do voto popular, a direita da época – a UDN – chegou a propugnar o voto qualitativo, com o argumento de que o voto de um médico ou em engenheiro – na época, sinônimos da classe média branca do centro-sul do país – tivesse uma ponderação maior do que o voto de um operário – referência de alguém do povo na época.

O voto obrigatório é uma garantia da participação popular mínima no sistema político brasileiro, para se contrapor aos mecanismos elitistas das outras instâncias do poder no Brasil.

por Emir Sader 

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Ampliação do Minha Casa, Minha Vida


Neste sábado, Dilma falou de um de seus projetos de ampliação do “Minha Casa, Minha Vida”. E disse algo que fará muitos elitistas torcerem o nariz: incluir a mobília básica dos imóveis financiados pelo programa no próprio financiamento da habitação. Por que eles torcerão o nariz? Porque é brutalmente econômico, de um lado. E porque agrega  um valor  imenso – objetivo e subjetivo – à nova moradia de pessoas que viviam em condições precárias.
Porque é econômico? Porque a mobília básica de uma casa simples – uma geladeira, um fogão, uma televisão, uma cama de casal, duas de solteiro, uma mesa e quatro cadeiras custam, no varejo, talvez só um pouco mais de 5% do valor de uma moradia, hoje na faixa de R$ 50 mil. No atacado, se você considerar algo como um milhão de unidades de cada item, talvez não chegue a 3% disso. Menos ainda, se existir renúncia fiscal de IPI, IOF  e de ICMS nas operações de produção, crédito e venda. E, ainda, a intermediação do ponto de venda final do comércio. Até mesmo os prazos de entrega mais dilatados – coincidindo com as entregas das unidades habitacionais – alivia custos das indústrias, por permitir fluxos de produção seguros.
Um nada, portanto, no volume de crédito que o programa envolve. E valores que podem ser garantidos com um valor ínfimo nos financiamentos.
Mas que serão um valor muito expressivo na mudança de vida que proporcionarão aos brasileiros que estão tendo, pela primeira vez, uma moradia digna. Alguns saem de situações onde as moradias que ocupam são improvisos, montados com o que se pode e o que se consegue.
Mobília e eletrodomésticos sempre foram símbolos de ascenção social. Este valor simbólico ajuda a promover mudanças de hábitos e comportamentos sociais. A formação de uma nova classe média passa por isso.Nos EUA, que eles admiram tanto, os eletrodomésticos foram o grande apelo da formação do modelo de vida americano, nos anos 50.
Se esta anscenção  for  acompanhada – talvez seja o que mais tenha faltado no início do Governo Lula – da formação  de uma consciência de que isso é possível porque os brasileiros passam a olhar a si mesmo como um povo, uma coletividade capaz , nossa auto-estima e solidariedade serão elementos de educação para a cidadania.
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O Br@sil e a Cidadania Digit@l

O futuro já chegou a dezenas de milhões de lares em nosso país. Mais de 73 milhões de brasileiros acessam o mundo e o futuro com toques nas teclas de seus computadores, vencendo a distância que os separava da informação, do saber, da cultura, do planejamento, das artes, da economia, da diversão. A inclusão digital é uma realidade e ela vem mudando a vida das pessoas.
Mais de 2,9 milhões computadores foram vendidos no primeiro trimestre no Brasil, uma alta de 40% se comparado o mesmo período de 2009. Numa demonstração eloqüente de que o mais fantástico instrumento de informação e de busca do saber deixou de ser um luxo para tornar-se uma realidade ao alcance de nosso povo. Segundo dados oficiais, os consumidores das classes C e D responderão por 87,5% das vendas de computadores em 2010 e em 2011 esse impressionante indíce crescerá mais ainda!
Desses mais de 73 milhões de brasileiros que acessam a rede mundial de computadores e que transformaram essa máquina em instrumento de trabalho, informação e educação, mais de 45 milhões o fazem em suas casas; 48 milhões o fazem em casa e no trabalho e 69 milhões tanto em casa quanto no trabalho. Tais números servem para demonstrar não só a ascenção social e a melhoria econômica de nossa população em todas as suas classes, notadamente na base da pirâmide social, quanto para deixar patente a informatização das empresas, a modernização da indústria e do comércio, além do setor de prestação de serviços. Esses números, certamente, são indicativos importantíssimos da impressionante mobilidade social e da modernização econômica do Brasil bem-sucedido e futuroso do presidente Lula.
Há seis anos atrás, quando Lula ainda “arrumava a casa” e administrava a “herança maldita” do governo de Fernando Henrique e de três sucessivas quebras da economia nacional, o acesso à Era Digital em nosso país era distribuído da seguinte forma (número de computadores existentes no país): classes A e B – 65%; classe C – 29%; classes D e E – 6%.
Ou seja, somente os ricos e pequena parcela da classe média possuiam computadores e acessavam a internet. Nas classes populares, ou seja, a imensa massa trabalhadora tinha pequeníssimo acesso e o fazia, quase sempre, em seus locais de trabalho ou em lan-houses.  Agora, seis anos depois, os números encontrados por interessante pesquisa realizada conjuntamente pelo IBOPE/Nielsen, mostra um quadro bastante diverso, com distribuição mais igualitária e ascenção das classes C, D e E, portanto, a classe média e a classe trabalhadora avançam no domínio da tecnologia da informação e no acesso à internet. Ei-los: classes A e B – 50%; classe C – 42; classes D e E – 8%
Até mesmo o que pode parecer pequeno, os + 2% nas classes D e E, assume significação especial, já que milhões de brasileiros deixaram essas categorias e migraram para a classe C, ou seja, se tornaram de classe média, melhorando consideravelmente o seu padrão de vida e o de suas famílias, numa autêntica revolução social e econômica, realizada de forma pacífica e democrática pelo governo Lula. E as classes A e B, embora tenham um índice numericamente  menor de participação, hoje tem mais computadores do que antes!
O governo Lula é o responsável pela expansão da internet e pela Cidadania Digital em nosso país, com sua utilização crescente nas escolas, na área de saúde, nas pesquisas, nos lares. De 2004 até o final de 2009, as classes C, D e E, pularam de 16% para 41% na utilização dos computadores. E nas classes A e B  mais de 80% já são internautas. Os números do governo passado são irrisórios e desprezíveis.
A distribuição regional da utilização dos computadores e do acesso à internet, mostra uma concentração razoável na região sudeste, mas já constata que as demais regiões apresentam indíces superiores aos de poucos anos atrás. O Sudeste representa 67% dos usuários de internet do país, levando em conta o acesso em casa e no trabalho, seguido pelo Sul, com 14,2%, o Nordeste (10,7%), o Centro-Oeste (6,1%) e o Norte (2%). A região Sudeste é responsável por 64,9% dos minutos gastos na web no Brasil, seguido por Sul (15,7%), Nordeste (11,6%), Centro Oeste (6%) e Norte (1,8%), segundo pesquisa da consultoria comScore, que também 38% da população brasileira já vive a Era Digital.
Há ainda uma florescente indústria da tecnologia da informação, a TI, com centenas de empresas brasileiras que se inscrevem dentre as melhores do mundo, produzindo tanto computadores quanto softwares de aceitação internacional, empregando milhares de pessoas, desenvolvendo projetos ambiciosos, ganhando mercados, gerando riquezas e trazendo divisas para o país.
O computador mudou o mundo e a internet interferiu diretamente na vida das pessoas, dando-lhes mais informação, saber, cultura, facilitando os relacionamentos e as comunicações, fazendo o mundo menor e os cidadãos mais participantes. O governo Lula, responsável maior pela Era Digital em nosso país, impulsionou a utilização do computador quando estabilizou a economia e tornou possível aos brasileiros adquirirem máquinas de boa qualidade a preço baixo. A Era Lula trouxe a Cidadania Digital, melhorando o espectro social de nosso país e democratizando a informação e o saber.
Temos pela frente o desafio de colocar na mão de cada professor, de cada estudante, de cada pesquisador, de cada trabalhador na área do ensino, enfim, nas mãos de todos os que simbolizam o futuro de grandeza que nos espera, um computador que os auxilie em seus trabalhos e em seus estudos.
A história registrará que dentre as grandes conquistas do governo que mudou o Brasil para muito melhor, o acesso de nosso povo à tecnologia da informação é uma das mais extraordinárias.
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CCJ aprova fim de prisão especial para nível superior

A CCJ - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - da Câmara dos Deputados aprovou hoje o fim da prisão especial aos portadores de diplomas de nível superior, a detentores de cargos e também de mandatos eletivos. Segundo o texto, a prisão especial só poderá ser concedida quando houver necessidade de preservação da vida e da integridade física e psíquica do preso, reconhecida pela autoridade judicial ou policial.

Essa é uma das medidas acatadas pelo relator na CCJ, deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), para o Projeto de Lei 4.208, de 2001, do Poder Executivo. O projeto faz parte da Reforma do Processo Penal, iniciada em 2001. O texto foi aprovado originalmente pela Câmara em junho de 2008 e está em análise novamente na Casa devido às modificações feitas pelos senadores. A proposta precisa ser votada ainda pelo Plenário.

Mais um passo a caminho da democracia de direito e fato. 

Parabéns a todos que aprovaram.

Projeto inédito convida brasileiros à investigar processo eleitoral

Acaba de entrar no ar o Eleitor 2010, plataforma que reúne denúncias e dados sobre irregularidades envolvendo as próximas eleições, feitas pela própria população. Colocando o eleitor como voz ativa do processo eleitoral, o website é alimentado colaborativamente pelos eleitores por meio de um formulário no próprio site, e-mails e redes sociais, como o Twitter, e, futuramente torpedos de SMS, que podem ser enviados por qualquer pessoa, de qualquer lugar do país. que tenha acesso a internet ou mesmo apenas a um telefone celular.
A ideia pega carona no sucesso de iniciativas de mídia cidadã no Brasil, e aproveita ferramentas digitais e redes sociais para incentivar a participação coletiva na vida política. Por meio da plataforma, o eleitor não apenas acompanha o que está acontecendo durante todo o processo eleitoral no país, mas pode fazer suas próprias denúncias sobre o que vê de errado ao seu redor. O conteúdo-chave a ser trabalhado inclui denúncias de fraudes, boca de urna, showmícios, irregularidades e eventos em geral relacionados ao processo eleitoral. Os eleitores podem enviar, além de texto, vídeos, fotos, arquivos de áudio ou capturas de tela, no caso de irregularidades encontradas online.
O nosso convite é aberto a todos. A ideia é reunir relatos de quem foi alvo ou teve acesso a informações de irregularidades, como tentativa compra de voto, coação, ameaças ou presenciou qualquer outra irregularidade, denunciando o fato anonimamente ou não”, explica Diego Casaes, um dos coordenadores do projeto. “O nosso foco não é ataque a candidatos nem dar vazão a picuinhas políticas, mas trazer a tona fatos e acontecimentos testemunhados pelo eleitor, que podem e devem ser enviados ao Ministério Público Eleitoral, mas também compartilhados de maneira transparente com toda a população, criando assim um retrato das eleições segundo a ótica do eleitor”, enfatiza Paula Góes begin_of_the_skype_highlighting     end_of_the_skype_highlighting, idealizadora do Eleitor 2010.
Para agregar todos esses dados em um único site, o Eleitor 2010 usa uma versão customizada da plataforma Ushahidi, que por sua vez conta com um mashup do Google Maps que permite localização no mapa do lugar exato do incidente relatado. Isso vale tanto para incidentes que aconteçam em uma grande capital quanto  para locais como Santa Cruz de Minas, a menor cidade brasileira. Para evitar abuso da plataforma, as mensagens enviadas passam por moderadores, que analisam se a denúncia é uma irregularidade que pode ser publicada, ou se é apenas uma ofensa moral contra algum candidato, e que, portanto, deve ser  ignorada. Os relatos publicados podem ainda ser marcados como verificados ou não, e são abertos para comentários de outros leitores.
Segundo o professor Rosental Calmon, Diretor do Knight Center para jornalismo nas Américas e um dos conselheiros do projeto, o Eleitor 2010 é muito oportuno, pertinente e apresenta um grande potencial. “O brasileiro tem uma história de ser usado como peão em época de eleições; o Eleitor 2010 vem para quebrar esse paradigma, fornecendo ao cidadão a ferramenta para que passe para o outro lado do jogo, transformando-se em fiscal, e com isso se tornando mais atuante na política do país. A longo prazo, o projeto se traduz em promoção de cidadania de uma forma ainda não vista no Brasil”, afirma o professor, durante o Primeiro Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado hoje na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo.
Na hora certa
Passamos da fase alpha (de testes iniciais) para a fase beta e já estamos aceitando relatos sobre irregularidades nessa fase de pré-campanha. Em seguida, acompanharemos a campanha eleitoral e culminaremos com o dia da eleição, fases que aparecerão em uma linha do tempo, com relatos organizados de acordo com categorias pré-definidas”, aponta Diego Casaes sobre o website, que já está aberto ao eleitor. “Ainda está bem no começo, mas a expectativa é que milhões de pessoas participem, já que o brasileiro, que tem uma inclinação natural para participar ativamente de eleições, nunca esteve tão conectado”. Segundo o Ibope/Nielsen, em dezembro de 2009, 67,5 milhões de brasileiros com mais de 16 anos usavam a internet. Em setembro eram 66,3 milhões. “Se em apenas 3 meses surgiu 1,2 milhão de novos internautas no Brasil, imagine quantos teremos um ano depois, em outubro de 2010?”, indaga Paula Góes.
Embora animadoras, estas estatísticas não são suficientes para fazer com que o projeto seja um sucesso: é preciso que a população saiba que a plataforma existe e que, principalmente, entenda que todo mundo pode colaborar diretamente. Para divulgar o projeto, a estratégia adotada não poderia ser outra: marketing de guerrilha e mídia espontânea por meio de redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut, sempre com o apoio da blogosfera. Mas há planos mais ambiciosos, como fazer parcerias com escolas de comunicação Brasil afora para transformá-las em plantão de cobertura jornalística no dia da eleição, ou ainda fazer de lan houses centrais de informações abertas à população no decorrer do processo eleitoral. Até o dia do pleito, há muito trabalho pela frente, e uma rede de voluntários começa a ser montada para dar conta da demanda: da parte técnica até estratégias de marketing, incluindo uma frente de mobilização fora da rede.
Testemunho
Ushahidi significa testemunho em suaíli, idioma banto com o maior número de falantes na África. Criada para acompanhar a violência pós-eleições no Quênia em 2008, a plataforma ganhou o último prêmio Best of Blogs Deutsche Welle como o melhor blog do ano. Além do Quênia, ela já foi usada para denunciar ondas de violência em Madagascar, relatar in loco a situação do Haiti e do Chile após os terremotos e para monitorar as eleições na Índia, Moçambique e México.
No Brasil, o Ushahidi será usado pela primeira vez para acompanhar as eleições de 2010, agregando em um único ponto os testemunhos de gente do Brasil inteiro. O Eleitor 2010 é um projeto é de cunho apartidário e sem fins lucrativos, com o objetivo de agregar, organizar, analisar e criar conteúdo sobre as campanhas eleitorais nacional e regionais do Brasil, de maneira participativa, construindo assim um grande observatório das eleições segundo a ótica do eleitor – ou melhor – de todos os eleitores.
CONTATOS
Paula Góes reside em Londres mas encontra-se no Brasil até 21 de julho para divulgar o projeto. Diego Casaes mora em São Paulo. Ambos são colaboradores do Global Voices Online, uma iniciativa de mídia cidadã criada pelo Centro Berkman para Internet e Sociedade da Escola de Direito de Harvard, uma incubadora de pesquisa focada no impacto da Internet na sociedade, que dá apoio institucional ao projeto Eleitor 2010.
Nossa plataforma: http://eleitor2010.com/
Nosso blog oficial: http://blog.eleitor2010.com/
E-mail: info@eleitor2010.com
Estamos também presentes:
Paula Góes
Skype: paulissima
paulissima@gmail.com
Diego Casaes
Skype: diegocasaes
diegocasaes@gmail.com
+55 21 9112-9752
Assessoria de Comunicação
Thiana Biondo
Skype: thianab
thianabiondo@googlemail.com