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A quadrilha de Curitiba, os bancos e a XP Investimentos


- Com os realmente poderosos (bancos e Rede Globo) Moro e seus comparsas não passam de ratos assustados -
A revelação de que a Lava Jato poupou os bancos de seu furor punitivo reforça a necessidade de que seja verificada em profundidade a relação do coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, com as instituições financeiras.
Ele foi remunerado para participar de pelo menos quatro eventos promovidos por bancos, um deles secreto, o da XP Investimentos.
Na mesma época, como revelam os chats publicados hoje pelo El País, ele falava sobre o poder dos bancos e do risco de prejudicarem o trabalho dos procuradores.
“Estou preocupado com relação aos nossos passos em relação aos bancos”, disse. “Eu acho que eles vão se mover e vão mudar nosso cenário, via lei ou regulação (coaf, febraban…). São muito poderosos”, acrescentou.
Isto é o que ele dizia aos procuradores. Para os bancos, a conversa era outra, como mostra um vídeo sobre uma palestra que realizou em evento da XP Investimentos.
Dallagnol agradece à XP pelo convite, conta que, na palestra anterior, o público era menor e presta uma informação desnecessária, que o coloca em uma situação questionável do ponto de vista ético.
“Eu me tornei cliente da XP”, disse. A platéia, formada por convidados de vários bancos, aplaudiu. “E não teve qualquer facilidade, não, criada por eles. Eu fui por iniciativa própria. Entrei lá no site, fiz meu cadastro, assim por diante. Eu estou dentro daquele grande percentual de clientes altamente satisfeitos com a empresa”, comentou.
Com seu depoimento de garoto propaganda, Dallagnol fez um comentário que não corresponde à verdade. Ou é revelador de que a XP não cumpriu normas internas compliance.
A instituição tem quatro tipos de assessoria de investimento: a private, para quem aplica acima de R$ 10 milhões; a exclusiva, para clientes com investimentos a partir de R$ 300 mil; a On Demand, para investidores com mais de R$ 50 mil; e a digital, com investimentos até R$ 50 mil.
Apenas neste última categoria é que não há um contato direto com gerente de relacionamento — as movimentações se dão pela plataforma online.
Em qualquer uma dessas hipóteses, Dallagnol não poderia ser considerado um cliente comum. Como procurador e, principalmente, coordenador da força-tarefa, ele é a típica “pessoa vinculada e/ou pessoa politicamente exposta”.
Nessa condição, segundo a instrução 301 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a movimentação financeira deve ser supervisionada de maneira mais rigorosa.
Portanto, dizer que fez tudo sozinho, como cliente anônimo da XP, não é verdadeiro. No caso dele, não.
Dallagnol, por certo, tem suas razões para declarar porque estava “altamente satisfeito” com a XP. Dar essa declaração em público também deve ter seu motivo.
Mas esta não é a posição de todos clientes, já que a XP acaba de ser multada em valores que podem chegar a R$ 10 milhões por ter feito operações irregulares.
Pior: operações irregulares contra os interesses dos próprios clientes.
É o que diz a decisão da BSM Supervisão de Mercados, órgão autorregulador do mercado de capitais: a XP usou algoritmos que favoreciam a instituição financeira, em detrimento de clientes.
De acordo com o Jota, site que cobra assuntos jurídicos, “é estimado, no processo, que a corretora lucrou cerca de R$ 117 milhões, entre 2016 e 2018, operando como contraparte aos próprios clientes, intermediando as ordens enviadas, e obtendo ganhos na sequência.”
A XP, como já se sabia na época em que Dallagnol fez propaganda da corretora, tem uma briga com André Esteves, do BTG, alvo da Lava Jato.
A XP acusou o banco de Esteves de usar em proveito próprio informações recebidas confidencialmente quando foi contratado para a promover a abertura de capitais da corretora.
A abertura não se concretizou, porque o Itaú comprou 49,9% da XP. Itaú é um grande banco, o segmento que a força-tarefa de Curitiba poupou.
O BTG, segundo a XP denunciou à Justiça, passou a operar no mesmo mercado que a corretora, inclusive para tirar seus agentes autônomos com a oferta de condições financeiras vantajosas.
Um vespeiro do qual Dallagnol deveria manter distância. Mas não. Dallagnol, pelo jeito, considera que bancos são perigosos apenas para tirar poderes da Lava Jato.
No mais, são gente boa.
O coordenador da força-tarefa é um agente público suspeito, muito suspeito.
por Joaquim de Carvalho em primeira-mão para o Diário do Centro do Mundo

Coluna do Nassiff

O mercado de capitai$ e o jogo da notícia

O mercado de capitais é aquele em que se aplicam as regras mais severas visando resguardar a isonomia das informações. Em países modernos, pune-se o uso de informações privilegiadas, a disseminação de informações falsas e todos os fatos que possam provocar manipulação de cotações.
No Brasil, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é incumbida da fiscalização do mercado e das informações. É eficaz quanto à identificação e punição de vazamentos de informações privilegiadas e de manipulações do mercado em geral. Mas absolutamente omissa em episódios que envolvam a mídia.
Dias atrás, a Folha divulgou que o governo havia feito uma convocação  extraordinária do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), devido ao risco iminente de racionamento de energia.
Era notícia falsa. Mas foi repercutida durante todo o dia, apesar dos desmentidos que constavam do site do Ministério das Minas e Energia e das informações prestadas pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
No mercado de energia, em que atuam apenas profissionais, não houve mudanças nas cotações. Na bolsa de valores, onde há maior heterogeneidade dos investidores, as cotações das elétricas oscilaram bastante. Ainda mais depois das perdas sofridas pela Eletrobrás com as decisões do governo em relação à renovação das concessões.
As ações caíram e ontem, dois dias depois da escandalização, voltaram a subir.
Papéis da CESP subiram 3,49%, da Eletropaulo PN 2,53%, da Eletrobras PNB 2,27%.
Nesses movimentos, muita gente ganhou muito dinheiro, à custa dos que perderam.
Ontem foi a vez do portal da Veja divulgar uma notícia sem pé nem cabeça: a da suposta fusão entre o Bradesco e o Santander, que já teria sido comunicada aos funcionários.
A diferença do primeiro episódio é que, no caso da Veja, reconheceu-se o erro e providenciou-se a devida correção vinte minutos depois. O que não impediu oscilações de monta no mercado.
É mais um capítulo complicado na perda de referencial pela mídia.
Permitiu-se que a politização passasse a interferir em todo o noticiário. Não existem mais filtros adequados. Em outros tempos, “barrigas”, informações falsas, eram punidas, ou pelo próprio jornal ou pelos concorrentes. Hoje em dia, desde que se atinja o objetivo político proposto, tudo é tolerado.
Em países mais modernos, existem modelos de auto-regulação. E as instituições reguladoras  de mercado mantem uma fiscalização severa sobre abusos de informações que possam acarretar distorções de preços de ativos.
Trata-se de um movimento terrível não apenas para o país como para a própria mídia. Na economia, a informação é essencial para alocação de recursos, decisões de investimento, planejamento estratégico.
Cabe ao jornalista o papel de intermediar os fatos, transformando-os em notícias. Por sua condição, o público supõe que tenha acesso a fontes inacessíveis para os mortais comuns, que trate as informações com discernimento, especialmente quando mexem com a poupança do público.
No entanto, por aqui varre-se tudo para baixo do tapete. O álibi político deu autorização para o jornalista matar, não apenas reputações mas os fatos. E tudo impunemente e às claras.

As Pequena empresa ganha acesso ao mercado de ações


A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - facilitou a captação de recursos por empresas de pequeno e médio portes com a emissão de ações, sem alterar a legislação ou a regulamentação. 

A autarquia anuncia hoje que decidiu dispensar essas companhias da obrigação de oferta pública, desde que atendam a alguns requisitos.

As empresas poderão vender seus papéis na bolsa por meio de um simples leilão. 


Deixa de ser necessária a confecção de prospecto, bem como a realização de apresentações nacionais e internacionais a investidores, e também algumas publicações legais pertinentes às ofertas públicas. 

Essas dispensas poderão ser usadas por companhias que tenham receita bruta anual de até R$ 300 milhões ou ativo total inferior a R$ 240 milhões. 
Valor Econômico

Magazine Luiza compre Baú da Felicidade

O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira acordo para a aquisição das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Sílvio Santos, por R$ 83 milhões, "considerando que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data de fechamento da transação (31 de julho de 2011)", afirma a companhia em comunicado.
O acordo envolve a compra de 121 lojas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, segundo o documento.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Magazine Luiza informa que foi assinado na noite de 10 de junho um memorando de entendimentos com BF Utilidades Domésticas, BF PAR Utilidades Domésticas e Silvio Santos Participações, em que ficam estabelecidas as condições para aquisição do Baú da Felicidade.
A compra reforça a presença da Magazine Luiza no Paraná e na região metropolitana de São Paulo, em pontos comerciais com foco na classe C, destaca o comunicado.
Parte das lojas compradas, principalmente as localizadas no Paraná, devem ser convertidas em lojas virtuais.
Embora menos rentáveis na média do que as lojas da Magazine Luiza, a empresa de Luiza Trajano destacou no fato relevante o "alto potencial de geração de valor para os acionistas" com a aquisição. Isso porque o preço de compra (R$ 83 milhões) representou cerca de 20% do faturamento bruto das lojas do Baú em 2010. A Magazine Luiza aumenta, assim, sua área física de vendas em mais 46 mil metros quadrados.
Em 2010, as 121 lojas do Baú da Felicidade tiveram receita bruta total (dados não-auditados) de R$ 415 milhões, equivalente a R$ 9,0 mil por metro quadrado, segundo a Magazine Luiza. No mesmo periodo, as lojas fisicas do Magazine Luiza faturaram R$ 14,2 mil por metro quadrado.
O Baú da Felicidade está presente há 50 anos no mercado varejista. Ficou famoso pelo "Carnê do Baú", uma forma de poupança e compra programada. Em 2006, o Baú da Felicidade transformou suas lojas e passou a atuar no varejo de móveis e eletrodomésticos. Em 2009, o Baú da Felicidade comprou ativos das redes Dismar e Markoeletro (marca Dudony).
do O Globo

10 notícias do "mercado" para você pensar durante o fim de semana

1- Mantega aceita convite de Dilma e fica na Fazenda. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará no comando da economia no governo Dilma Rousseff, que toma posse no próximo dia 1º de janeiro. A decisão ainda não foi oficializada pela presidente eleita, mas o convite foi feito durante reunião de quase duas horas que os dois mantiveram anteontem na Granja do Torto. 
2 - Karoon cancela IPO por "condições desfavoráveis de mercado". A Karoon Petróleo & Gás, empresa subsidiária da Karoon Austrália, cancelou nesta sexta-feira (19) o processo de IPO (Initial Public Offering), conforme comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no qual informa que a decisão ocorreu em decorrência da atual conjuntura do mercado.
3 - Irlanda terá socorro de até 50 bilhões. O Fundo Monetário Internacional (FMI) começa nesta sexta-feira em Dublin conversas formais com o Governo irlandês para desenhar umplano de resgate com o objetivo de sanear seu sistema bancário e endireitar sua política orçamentária.
4- Luiz Sandoval deixa comando do Grupo Silvio Santos. Uma parceria de mais de 40 anos foi encerrada ontem à noite com a saída do executivo Luiz Sebastião Sandoval da presidência do Grupo Silvio Santos. Em comunicado oficial, a empresa apenas informa que ele pediu demissão em caráter irrevogável. As informações são do Estado de São Paulo.
5 - Lula e Dilma decidem reduzir superávit primário. O governo envia hoje ao Congresso Nacional projeto de lei que reduz de 3,3% para 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) a meta de superávit primário das contas do setor público deste ano e de 2011. O superávit primário do setor público é o resultado das receitas menos as despesas, sem considerar os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
6 - IGP-M aumenta para 1,20% na segunda prévia de novembro. Puxado pelos preços no atacado, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,20% na segunda prévia deste mês. Em igual período de outubro, a leitura tinha sido positiva em 0,89%. No ano, o IGP-M avançou 10,29%. Em 12 meses, houve elevação de 10%.
7 - Bolsas europeias começam a sexta-feira em alta. As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta sexta-feira, depois de terem encerrado no mesmo ritmo o último pregão, com o pacote de resgate para a Irlanda parecendo cada vez mais provável e os indicadores econômicos positivos nos EUA.
8 - JPMorgan sugere aumentar ações de Panamericano em carteira. As ações do Banco Panamericano SA, instituição brasileira que está sendo investigada por suspeita de fraude contábil, podem se valorizar após a queda de 37 por cento da semana passada, disse o JPMorgan Chase & Co.
9 - Ações da GM voltam à bolsa com alta de 7%. O executivo-chefe da General Motors (GM), Dan Akerson, tocou nesta quinta-feira o sino de abertura da Bolsa de Nova York para celebrar o retorno ao pregão das ações do fabricante de automóveis, que abriram em alta superior a 7%. 
10 - Bernanke ataca críticos do Fed e faz menção à China. O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, rebateu nesta sexta-feira as críticas ao controverso programa de compra de ativos do banco central norte-americano, fazendo, também, um ataque velado à política chinesa de manter o iuane desvalorizado. 

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As especulações contra a Petrobras e o pré-sal

A CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, BC - Banco Central -, Sisbin - Sistema Brasileiro de Inteligência - e PF - Polícia Federal - terão que investigar a origem dos boatos e punir os inresponsáveis e desonestos que se beneficiaram com eles.
Pré-sal 1
Os boatos do final de semana, mais o debate dos presidenciáveis na TV Bandeirantes, acabou trazendo de novo o pré-sal para o centro dos acontecimentos. Para alguns analistas, o pré-sal somente começará a trazer resultados em 2020. Há uma visão míope desse processo. O início dos trabalhos, com as encomendas da Petrobras, já começou a movimentar a economia, agitando vários setores.
Pré-sal 2
O modelo atual permitiu ao Estado brasileiro definir as etapas do pré-sal. Quando começar a produção, haverá recursos para o fundo social – com destinação já definida por lei. Antes disso, exigências de índices de nacionalização nos equipamentos adquiridos estão permitindo o renascimento da indústria naval e de toda a cadeia de fornecedores.
Pré-sal 3
O jornalista George Vidor, de O Globo, publicou estudo importante sobre o tema, preparado pela Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore. Segundo os dados, durante o próximo mandato presidencial, o setor de petróleo deverá dobrar sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), chegando a 20%. Isso se os demais setores crescerem entre 4 e 5% ao ano no período.
Pré-sal 4
O presidente da Associação, Augusto Mendonça, crê que o setor será duas vezes maior que a indústria de eletrodomésticos, empregando diretamente mais de 100 mil pessoas, quase o mesmo tanto do setor automobilístico. Hoje em dia, a construção naval emprega 65 mil pessoas. Mas o país ainda precisará ainda de três a quatro novos grandes estaleiros e outros quatro de médio porte, além dos que já estão em fase de implantação e funcionamento.
Pré-sal 5
Nas quatro primeiras rodadas de licitação, os vencedores se comprometeram a adquirir cerca de 30% de conteúdo nacional em equipamentos e serviços. Nas próximas rodadas o compromisso deverá ser bem maior. Segundo Augusto, esse ritmo de investimentos (de US$ 15 bi/ano) dependerá da manutenção da Petrobras como única operadora, de sua boa vontade em adquirir equipamentos brasileiros e da indústria conseguir reduzir seus custos.
Pré-sal 6
O artigo termina com os reflexos do pré-sal na economia do Rio de Janeiro. Há décadas o país não tinha empreendimentos novos em siderurgia, refino de petróleo, na petroquímica e nos portos nas dimensões dos que estão em execução no RJ. O Secretário Estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno, constatou que serão os empreendimentos típicos do século 20 que ajudará a alavancar a economia do século 21.  

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Petrobras: uma capitalização de R$ 115,05

A maior capitalização de recursos no mercado acionário mundial renderá R$ 115,05 bilhões (66,9 bilhões) aos cofres da Petrobras. O anuncio foi feito pelo presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, em discurso no pregão da BM&F/Bovespa. Gabrielli explicou que parte dos recursos servirá para pagar a cessão da União para explorar a camada do pré-sal. Outra parcela irá para o caixa da estatal com finalidade de fazer frente ao plano de investimentos 2010/2014 de US$ 224 bilhões.
“Estou limitado ao que a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] me permite falar. Portanto, vou ler o que a CVM me permite falar. Nesses quases oito anos do governo do presidente Lula a Petrobras teve avanços em suas operações. Atingimos autossuficiência na produção de petróleo. Tivemos também a descoberta na áerea do pré-sal. Nessa manhã, aqui na sede da Bovespa, lançamos a maior oferta pública que o mercado de capitais teve notícia. Estou certo que ficará registrada para sempre na história do Brasil e do mundo.”
Gabrielli explicou que todo o processo seguiu à risca as recomendações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No dia anterior, segundo ele, o Conselho de Administração da empresa fixou os valores das ações da Petrobras no processo de capitalização. Cada título ordinário (com direito a voto) ficou em R$ 29,65 e a ação preferencial (sem direito a voto), R$ 26,30. Já as ADRs lançadas no mercado externo valem respectivamente US$ 34,49 (com direito a voto) e US$ 30,59 (sem direito a voto).

Uma nota à imprensa da Petrobras informa o calendário do processo de capitalização. Até o dia 24 de março de 2011, data máxima para publicação do anúncio de encerramento do procedimento, ocorrerão o início da negociação das ações da oferta brasileira na BM&Bovespa (na próxima segunda-feira, 27/9) e o encerramento do prazo (28/9) para entrega de LFT para liquidação da oferta prioritária. No dia seguinte (29/9) é o prazo fixado para a liquidação das ações deste oferta.
A empresa detalhou também a destinação do dinheiro que entrará no caixa: a companhia pretende utilizar os recursos líquidos captados na distribuição de ações, no contexto da oferta, com o seguinte propósito: aproximadamente 68% em contrapartida à cessão onerosa; e aproximadamente 32% para financiar os investimentos da companhia, que, de acordo com o seu plano de negócios para 2010-2014, são da ordem de US$224 bilhões, assim como para manter uma estrutura de capital e índices de alavancagem adequados.

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A Telebrás vai gerir Plano de Banda Larga e poderá levar internet a usuário


A Telebrás — estatal que controlou até 1998 o sistema nacional de telecomunicações e que atualmente cumpre apenas funções administrativas — será a gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que será lançado hoje pelo governo federal. Foi publicado ontem fato relevante na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando que a Telebrás poderá inclusive entregar a internet em alta velocidade ao usuário final (residências e empresas), desde que não haja disponibilidade do serviço privado.
O PNBL, destinado à inclusão digital num país onde mais da metade dos municípios não conta com banda larga, está em costura no governo desde setembro de 2009. Apenas 20,8% dos domicílios brasileiros têm internet em alta velocidade.
Segundo o fato relevante, caberá à Telebrás implantar a rede privativa de comunicação da administração pública federal e prestar apoio a políticas públicas de conexão à internet em banda larga para universidades e centros de pesquisa, entre outros. Ela também ficará responsável em prover infraestrutura para as empresas privadas.
Outras empresas foram estudadas para assumir a gestão do PNBL. Entre elas Correios, Serpro, Dataprev e até mesmo uma nova estatal. A Oi também apresentou proposta com investimentos de R$ 27 bilhões, valor considerado alto pelo governo.
A opção pela Telebrás, segundo os técnicos do governo, é porque ela seria o caminho mais rápido, fácil e era a empresa pública mais estruturada para a função. Desde 2007, quando o governo começou a estudar a possibilidade de usar a Telebrás como gestora, houve forte alta das ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
No ano, acumulam 166%.
Já o Ibovespa registra queda de 5,42% no período.
Tarifa deverá variar entre R$ 15 e R$ 35
A tarifa dentro do programa deverá variar entre R$ 15 e R$ 35, para atingir as classes C e D.
Os investimentos necessários preliminarmente para a implantação do PNBL até 2014 são de R$ 6 bilhões. Parte destes recursos, R$ 3,5 bilhões, deverá vir do Tesouro, e o restante, da rentabilidade da própria atividade a partir do terceiro ano. O dinheiro será usado na construção de infraestrutura de rede.
O BNDES pode financiar até R$ 5 bilhões.
O projeto é atender em 2010 cem cidades com banda larga, sendo entre 16 e 18 capitais.
Para isto, serão gastos cerca de R$ 270 milhões, recursos já disponíveis da Telebrás e de sobras dos ministérios. Porém, um problema ainda não está resolvido: a questão das redes de fibras óticas da Eletronet, que administra os cabos da Eletrobras.
Existe uma disputa antiga na Justiça, entre o governo e a Alcatel-Furokawa, sobre quem é dono destas redes. A decisão mais recente da Justiça reconhece a posse da União.
A infraestrutura da Eletronet e da Petrobras soma 21 mil quilômetros de fibras ópticas e é importantíssima para a expansão da banda larga, porque ela é que permitirá levar o serviço aos municípios do país.