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Ronald Biggs - saudades tucanas imorredoras



Os tucanos do trensalão convidam para a missa em memória de seu ídolo e mestre Ronald Biggs, falecido hoje. Foi ele quem roubou um trem pagador, na Inglaterra, foi preso e condenado, e fugiu para o Brasil, onde viveu 30 anos. 
Aqui foi tratado como celebridade, tudo que os tucanos adoram. 
Foi um pioneiro, num tempo em que era muito mais arriscado roubar trens, e a Inglaterra não tinha um STF (como até hoje não tem, país atrasado...).
Quem roubava trens saía nos jornais e TVs, e ia em cana! 
Saudades tucanas imorredouras!

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Morre Ronald Biggs

Morreu de desgosto.
Pois perdeu para os tucanos o posto de maior assaltante de trem

@JesusDivino

Das armas...a mais poderosa é a caneta!

Hilário

A manchete é uma piada pronta:

Siemens suspeita que pode ter pago 14 milhões em propina

Saber para quem pagou, nem pensar!

Caso Siemens/PSDB Propinoduto tucano

Virou hit na internet e dá dor de cabeça para dirigentes do Metrô e do governo de São Paulo. Em protesto contra supostos desvios em contratos das estatais paulistas de transporte sobre trilhos, denunciados em julho por ISTOÉ, usuários têm colado adesivos nas estações e vagões dos trens com a mensagem: 

Atenção
Este trem foi superfaturado em uma licitação fraudulenta. Enquanto você paga caro para se espremer como em uma lata de sardinha, seus governantes gozam da sua cara.”

por Cláudio José

tucanos em pânico


Era uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo de pássaros é bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.

Sua reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda não haviam escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam metidos em maracutaias. “Não, não e não!”

Chamaram a imprensa para fazer disso uma coletiva. Como se tivessem descoberto alguma novidade, exibiram uma papelada tirada do sarcófago de uma investigação, nunca levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do PSDB, carinhosamente apelidado de “caso Siemens”.

Provaram, por “a” mais “b”, que alguém teve o desplante de traduzir “o governo de São Paulo” por “governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde se lê, em Inglês, “pessoas do governo”, aportuguesaram para “tucanos”. Definitivamente, alguém está querendo confundir as coisas.

Para dar mais sobriedade ao encontro, o bando colocou no meio o candidato a presidente, Aécio Neves. Alckmin e Serra não compareceram. Foi melhor. Havia o risco de levantarem a mão na hora da leitura do documento e dizerem “sou eu”.

Conforme roteiro previamente ensaiado, esses descendentes mais próximos dos dinossauros, fazendo jus à família do Tiranossauro Rex, rosnaram ameaças, rogaram pragas e abriram a torneira de palavrões tirados do Dicionário Carlos Lacerda de Golpes Abaixo da Linha de Cintura. Era para cada membro do jogral proferir apenas um despautério, mas há sempre quem quer aparecer mais que os outros. Esse, mais afoito, foi logo chamando o ministro da Justiça de vigarista, sonso e membro de quadrilha. Sempre ele, o tucano mais provocador e especialista em promover dissensões, conforme uma qualificação dada por um companheiro de partido.

Qual não foi a surpresa quando o ministro da Justiça reagiu. Fazia tempo que algo assim não acontecia. Parece, pelo menos até agora, que os petistas resolveram finalmente sair da retranca. Dizem as más línguas do jornalismo isento, aquele que se isenta de pagar impostos, que a orientação partiu da própria presidenta.

Precisávamos saber mais detalhes sobre que tipo de orientação terá sido essa. Imagino algo como: “vá lá e mostre que não temos sangue de barata”. “Chega de complexo de vira-latas”. “Manda brasa e depena esses galináceos”.

E foi isto o que o ministro fez, duas vezes. Da primeira vez, o jornalismo isento (de impostos) deve ter dormido em metade da coletiva e só acordou ao final. Perdeu e não divulgou o mais importante. No dia seguinte, o ministro teve que voltar a repetir tudo e servir café quente para aquecer as más línguas. Finalmente, eles ficaram atentos e se dignaram a dar uma declaraçãozinha mais generosa.

"O dia em que o ministro da Justiça aceitar ser chamado de vigarista, sonso - no sentido de dissimulado, ou ser chamado de membro de quadrilha e não reagir, ele não defende o seu cargo. Este é um cargo de Estado". "Quem denuncia falso crime comete outro crime". “Isso é um vil pretexto para criar uma cortina de fumaça sobre o fato de que o ministro tinha os documentos e os encaminhou para a PF" [traduzindo: Polícia Federal].

"Acho lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas pelo fato de que existe uma investigação que, obviamente, existe desde 2008. A maior parte dos países em que houve esse escândalo já investigou, já puniu pessoas envolvidas. O Brasil ainda caminha lentamente"."É esse meu papel e de qualquer ministro da Justiça que não quer ser um engavetador, como no passado já houve”.

Na próxima quarta-feira (4/12), o bicho vai pegar. Cardozo vai falar em audiência pública na Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado, local certo para tratar do trensalão do PSDB. Os tucanos queriam que o ministro fosse ao Congresso, e não é que ele topou? Agora, os tucanos precisarão fazer um esforço ou tomar um Lexotan para evitar que sua irritação demonstre o pânico que transpira em bicas a cada vez que o assunto é ventilado. Vai ser necessário muito arroubo. Caramba, e como traduzirão arroubo?


por Antonio Lassance na Carta Maior

Manipulação global

O Jornal Nacional da TV Globo de terça-feira (26) teve uma, digamos assim, recaída na edição de um debate político que se deu em duas entrevistas coletivas diferentes.


De um lado, o senador Aécio Neves e a cúpula do PSDB convocaram repórteres para acusar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de fazer dossiês políticos contra adversários, por causa do aparecimento de nomes de altos tucanos paulistas como supostos beneficiários do esquema de propinas por licitações combinadas do Metrô e da CPTM. O esquema foi confessado por executivos de multinacionais como Siemens e Alstom, escândalo que ganhou o apelido de “trensalão”.

Do outro lado, o ministro Cardozo também convocou a imprensa, mas para rebater as acusações feitas por Aécio. Ao seu lado estavam o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Marques de Carvalho.

Pois o telejornal da Globo selecionou “os melhores momentos” de Aécio, e os “piores momentos” de Cardozo. Na edição que foi ar, as críticas mais contundentes de Aécio foram as escolhidas para serem levadas ao público. Já a declaração mais contundente de Cardozo, em que ele disse “… a época dos engavetadores gerais de denúncias já acabou no Brasil há alguns anos. E eu me recuso a ser um engavetor geral de denúncias” foi suprimida pelo Jornal Nacional, que mostrou apenas as partes mais insossas do que foi dito pelo ministro.

Citamos recaída, porque existe precedentes que vêm, por exemplo, do episódio já fartamente conhecido e admitido da edição do debate nas eleições presidenciais de 1989, entre Lula e Collor em que a emissora manipulou as imagens e contribuiu decisivamente para a eleição deste último.

Na mesma edição de terça-feira, outra estranheza: não foi noticiada a apreensão de 450 quilos de cocaína em um helicóptero da empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG). Afinal não é todo dia que se vê um helicóptero da família de um senador ser flagrado pela polícia com carga tão exótica.

*CSCCO só poderia ser presidida por um deles

A Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado só poderia ser presidida mesmo por um tucano. É que para cometer crimes e permanecer impunes eles são especialistas.

No Ministério Público, Judiciário, Mídia seus cúmplices garantem.

A penúltima seria cômica se não fosse roubo descarado durante duas décadas no governo paulista.

Querem demitir o Ministro da Justiça que encaminhou a Instituição responsável por investigar - PF -.

Com tucano de alta plumagem é assim:

Somos Onestos mais não sos investigue não!

Como FHC e Cia  pde aceitar uma denúncia sem tradução autorizada?...

Nem pensar.

Dilma Invocada

Pois não é que o PSDB exige que eu demita o Ministro da Justiça - Eduardo Cardozo - porque ele encaminhou denúncias de corrupção deles tucanos a PF instituição responsável por investigar?
Fala sério, bicudos. Vocês engavetam à granel e pensa que faremos o mesmo?
Vão se catar bando FHCs - farsantes, hipócritas, cínicos -.

Caso Alstom: documentos desmentem De Grandis tucano

Agora é questão de tempo para o procurador Rodrigo De Grandis seja punido - nem que seja apenas com uma advertência -. O importante é que mais um cumplice, protetor de corrução tucana foi desmascarado. Já é alguma coisa. 

Leiam (abaixo) os esclarecimento feitos pelo Ministério da Justiça sobre o procurador ter "esquecido" os documentos em uma pasta imprópria. 

Nota de esclarecimento

Brasília, 1º/11/2013 - Em relação à nota da Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça esclarece que não houve qualquer falha na tramitação dos pedidos de cooperação oriundos da Suíça referentes ao denominado Caso Alstom.

Os mencionados pedidos de cooperação foram encaminhados, desde março de 2010, à então Assessoria de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República (atual Secretaria de Cooperação Internacional). Ressalta-se que este procedimento ocorre com todo e qualquer pedido recebido de países estrangeiros pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica (DRCI) e são direcionados à Procuradoria Geral da República para cumprimento.

Os únicos ofícios que foram encaminhados somente ao Procurador da República, Rodrigo de Grandis, foram seis reiterações dos pedidos iniciais, como forma de cobrar o andamento do pedido, procedimento adotado pelo Departamento.

Considerando este cenário, não procede a informação de que haveria tido falha no envio do pedido.

Salienta-se que o Ministério da Justiça segue o trâmite, conforme portaria conjunta nº 1/MJ/PGR/AGU.

Assessoria de Comunicação

Ministério da Justiça

Corrupção tucana - versão do procurador desmonora

Responsável pela condução do Caso Alstom, o procurador da República Rodrigo de Grandis tornou-se uma reputação pendente de explicações. Está mal contado o enredo do pedido de investigação enviado pelo Ministério Público da Suíça para o Brasil em fevereiro de 2011, e ignorado por dois anos e oito meses por Grandis.
Em notícia veiculada nesta sexta-feira, os repórteres Flávio Ferreira, Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credencio informam que o Ministério da Justiça cobrou do procurador Grandis —uma, duas, três vezes— resposta ao pedido vindo dos suíços, que incluía a inquirição de quatro suspeitos de repassar propinas da Alstom a servidores e políticos do PSDB e uma batida de busca e apreensão na casa de um ex-dirigente de estatal.
As cobranças foram feitas por escrito, por meio de ofícios do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional). Os papeis estão aí, pedindo para ser apalpados e conferidos. A despeito disso, Grandis saíra-se com uma explicação esquisita.
Pilhado no descumprimento do pedido, o procurador Grandis alegou que houve uma “falha administrativa”. A requisição de diligências da Suíça teria sido arquivada numa pasta errada. E lá permaneceu por quase três anos sem que ninguém percebesse. Espanto!, assombro!, estupefação!
Não bastassem as cobranças por escrito do DRCI, Grandis foi questionado por promotores de Justiça que também atuam no Caso Alstom. A lorota de que o pedido foi desatendido porque os papéis mofavam numa pasta errada há quase três anos não fica mais em pé.
Ou Grandis arruma outra desculpa que fique em pé ou vai virar um personagem pequeno. Com os repórteres, ele não quis falar. Mas há duas investigações abertas. Uma na Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público. Outra na Procuradoria da República. O doutor terá de se explicar.
Josias de Souza

Tem tucano graúdo envolvido em corrupção? É batata. MP e Judiciário falha

E eis que ficamos sabendo hoje que o mesmo procurador que ficou um ano parado com o relatório da Polícia Federal sobre o pagamento de propinas pela multinacional Alstom durante o governo tucano também nada fez com documentos enviados pela Suíça sobre o caso.
O resultado: o Ministério Público suíço arquivou investigações sobre três suspeitos de intermediarem subornos pagos pela Alstom a políticos e servidores de São Paulo.
A Folha de S.Paulo noticia hoje que a Suíça fez, em 2011, pedido de busca e apreensão na casa de um suspeito de receber propina, mas nunca foi atendida.
Quem recebeu o pedido da Suíça foi o procurador da República em São Paulo Rodrigo de Grandis. Agora ele alega que houve uma “falha administrativa” e que o pedido só teria sido descoberto anteontem.
Interessante que essas “falhas” só ocorram quando os tucanos estão envolvidos.
Notem que a Suíça pedia que fosse interrogado João Roberto Zaniboni, um ex-diretor da CPTM, controlada há 20 anos pelos tucanos em São Paulo. Ele é acusado de receber R$ 1,84 milhão em propinas da Alstom na Suíça. Essa “falha administrativa” foi bastante providencial para os tucanos.
É bom lembrar que esse mesmo procurador Rodrigo de Grandis foi um dos que quebraram meu sigilo telefônico na investigação MSI-Corinthians, sem nenhuma base legal, aliado ao juiz Fausto de Sanctis em suas estripulias ilegais e abusos de autoridade.
José Dirceu

Artigo semanal de José Dirceu

Exercício tucano de tapar o sol com a peneira

Desde que ganhou as páginas dos jornais o escândalo do cartel que atuou em licitações da área de transporte no Estado de São Paulo, a estratégia dos tucanos — que comandam o governo paulista há 20 anos — tem sido negar seu envolvimento e atribuir caráter político às acusações. Mas os fatos têm desmoralizado rapidamente tais respostas, que só revelam o desespero que toma conta do PSDB.
Os tucanos querem que o Brasil acredite que eles não têm nada a ver com o cartel denunciado pela multinacional Siemens

Se um banqueiro tivesse vendido um apartamento ao Lula

...o Fantástico de hoje, 25/08, já exibiria o mandato de prisão contra o ex-presidente, emitido por um Barbosa excitadíssimo, numa reportagem que duraria 18 minutos. Roberto Jefferson apareceria parafraseando o célebre de Alexandre, o Grande, ao ser apunhalado pelo seu filho, Brutus: "até tu, Lula, em quem eu tanto confiava?" E toda quadrilha formada pelos tucanos paulistas seria perdoada pela Folha e más companhias, pois um crime dessa natureza cometido pelo ex-metalúrgico ex-presidente seria algo "execrável pela opinião pública e pelos cidadãos de bem de São Paulo", como diria um Geraldo Alckmin com cara de boneco de cera que fugiu do museu da Madame Tussauds.
  E Lula teria que pedir asilo político aos Estados Unidos pois no Brasil ele jamais  poderia sair à padaria da esquina para comprar pão, manteiga e presunto  para o café da manhã, pois seria literalmente linchado por uma multidão enfurecida e comandada pelo Bonner e uma Patrícia nada poética que substituiriam toda equipe do "bom dia Brazil"para instigar tal multidão tresloucada. E ficaríamos livre do ex-metalúrgico para todo o sempre, a mãe, quero dizer, amém! 
Que país maravilhoso sem esse tal de Lula!
by Mailson

Siga o dinheiro, dizem os policiais e jornalistas investigativos quando aparece um escândalo como o propinão tucano da Siemens e Alstom

Então vamos desenhar o que o jornalista Luis Nassif descobriu.
Licitações foram superfaturadas pelas multinacionais Siemens e Alstom em conluio com políticos tucanos. Não só nos governos do PSDB paulista, mas também no governo federal de Fernando Henrique Cardoso (FHC), como no caso do setor elétrico (o que confirma a existência do esquema da Lista de Furnas, aquele do caixa dois de campanhas tucanas financiadas com desvio de dinheiro público).

As multinacionais Siemens e Alstom depositaram as propinas na conta “Marília” do Leumi Private Bank da Suiça. Foram 20 milhões de Euros (R$ 64 milhões) depositados nesta conta entre 1998 e 2002 (período do segundo mandato de FHC).

O banco era controlado pelo banqueiro Edmundo Safdié na época.

Pois este banqueiro vendeu para FHC o apartamento de luxo onde ele mora, em preço e condições de pai para filho. O preço foi R$ 1,1 milhão e ainda parcelado, segundo noticiado na época. O valor foi considerado baixo para o padrão do apartamento de 470 metros quadrados e 5 vagas na garagem, em localização nobre e edifício tradicional de milionários (o apartamento foi residência do banqueiro durante anos).

O negócio do apartamento se deu no apagar das luzes do mandato de FHC.

O que FHC tem a dizer sobre esse fato?

E o Ministério Público tem que criar coragem e investigar essa tucanada até o fim, doa a quem doer. Tem muito dinheiro público para ser recuperado, se trabalhar direito. Se tiver que reaver apartamentos para ressarcir os cofres públicos, que faça e logo.

Curiosidade: Em 2006, o referido banqueiro tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheiro do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça.

(Com informações da matéria "Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC")

Sob o domínio do fato: o corrupto e corruptor FHC recebeu apartamento como pagamento pelos serviços prestados

O dono do banco onde estava a conta “Marilia” – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência. E é um veterano conselheiro de políticos. Trata-se do banqueiro Edmundo Safdié. Em 2006,  tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheiro do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de justiça. http://www.jfsp.jus.br/20061031celsopitta/

A rigor,  a compra do apartamento pode ser apenas coincidência. O apartamento adquirido – 450 m2 do Edifício Chopin, rua Rio de Janeiro, Higienópolis – fica a poucos metros do antigo apartamento de FHC, na rua Maranhão. Na época, FHC anunciou que pagara R$ 1,1 milhão pelo apartamento – valor considerado muito baixo por moradores do edifício. Mas também podia ser um agrado de Safdié, para se vangloriar de vender um imóvel para um ex-presidente.
Em outras operações, Safdié foi  mais controvertido. E a reincidência na lavagem de dinheiro - após o caso Pitta - pode explicar as últimas movimentações de Edmundo Safdié, vendendo seus ativos para outro banco.
A conta “Marília” estava no Leumi Private Bank da Suiça, antigo Multi Commercial Bank. Entre 1998 e 2002 – segundo documentos em poder da Polícia Federal – a conta movimentou 20 milhões de euros. Aslton e Siemens – as principais financiadores do esquema – compartilhavam a conta. Segundo revelou ao Estadão o ex-presidente da Siemens Adilson Primo, a movimentação era feita pela própria matriz da empresa. Fontes do Ministério Público Estadual informaram a IstoÉ que dessa conta saiu o dinheiro para o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Robson Marinho e para os lobistas Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas (leia aqui).
Nesse período, a instituição era controlada por Safdié, da tradição dos banqueiros libaneses-judeus que aportaram no Brasil no pós-Guerra e especializaram-se em administrar fortunas nos grandes mercados internacionais.
A saga dos Safdié
Edmond Safdié foi um brilhante banqueiro que fundou o Banco Cidade em 1965 e, nos tempos do regime militar, mantinha estreitas relações com o general Golbery do Couto e Silva.
Em 1966 entrou no ramo de gestão de fortunas e administração de recursos no mercado internacional. Adquiriu em Genebra, Suiça o Multi Commercial Bank, mais tarde convertido em Banco Safdié. Em 1988 criou o Commercial Bank of New York. http://www.safdie.com.br/institucional/index.html
No final dos anos 90, a família decidiu concentrar-se em gestão de patrimônio, reorganizou as empresas e concentrou a gestão de patrimônio no banco suíço.
No final de 2012, Banco Safdié foi adquirido pelo Leumi, maior banco de Israel pelo critério de ativos. No Brasil, a família concentrou-se apenas na gestão de ativos depois que a crise de 2008 lançou desconfiança geral sobre gestores de ativos. Também podem ter contribuído para a reestruturação do grupo as ações internacionais contra lavagens de dinheiro, que expuseram Edmundo no caso Celso Pitta. http://www.leumiprivatebank.com/

O apartamento de FHC

Logo que saiu da presidência, Fernando Henrique Cardoso adquiriu de Edmundo Safdié o apartamento no 8o andar do edifícil Chopin, a poucos metros de seu apartamento anterior.
Na época, anunciou-se o preço de R$ 1,1 milhão. Embora anterior ao boom de imóveis em São Paulo, considerou-se que o preço estava subavaliado, para um imóvel de 450 metros quadrados. http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR48918-6009,00.html


Agência Pública: O repórter que descobriu o whistleblower da Siemens

Há três anos, o jornalista Bryan Gibel veio de Berkeley para investigar a corrupção no metrô de São Paulo; foi ele quem publicou pela primeira vez a carta, que apareceu agora na imprensa brasileira, e entrevistou o ex-executivo que revelou o escândalo.
Em um dia frio e nublado em São Paulo, entrei em um escritório bagunçado, escondido nos meandros da Assembléia Legislativa, e me vi diante do ex-executivo da Siemens que há mais de um mês eu tentava localizar. Dois anos antes, esse homem de identidade sigilosa havia entregue a deputados do PT documentos que descreviam minuciosamente como dois dos maiores conglomerados europeus – a francesa Alstom e a alemã Siemens – tinham distribuído propinas por mais de uma década para conseguir contratos de construção e operação das linhas de metrô e do sistema de trens da região metropolitana de São Paulo. Os documentos tinham sido enviados pelo PT, em agosto de 2008, ao Ministério Público de São Paulo, que já participava de uma investigação sobre a Alstom a convite de autoridades suíças.
Depois que me apresentei, ele disse que eu era o primeiro repórter com quem falava sobre Alstom e Siemens, e que me daria a entrevista com a condição de manter o anonimato, porque temia por sua segurança. Também me entregou cópias de duas cartas escritas por ele, relatando, em detalhes, como Siemens, Alstom e outras companhias multinacionais no Brasil haviam pago propinas e formado cartéis ilegais para ganhar contratos públicos de milhões de dólares em São Paulo e Brasília. Contratos e documentos sustentavam a denúncia, e nomeavam os políticos e funcionários públicos que, segundo ele, tinham recebido dinheiro – havia até informações bancárias sobre os pagamentos ilícitos.
Hoje, passados mais de 3 anos, aquele encontro ganhou um novo significado. Em maio deste ano, as investigações sobre corrupção que até então envolviam a Alstom culminaram em um grande escândalo no Brasil depois que, em troca de imunidade, a Siemens e seus executivos passaram a colaborar com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, dando depoimentos e entregando documentos que indicam que a Siemens e mais de 20 pessoas pagaram propinas e formaram cartéis ilegais para ganhar contratos do governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal de quase R$ 2 bilhões.
As cartas e documentos que o ex-executivo da Siemens me entregou em São Paulo retratavam esse quadro de distribuição de propinas e corrupção em larga escala no setor metroferroviário brasileiro. Muito do que está sendo dito no CADE já havia sido relatado por aquele ex-executivo à direção da Siemens, assim como a conexão com o escândalo da Alstom, investigado desde 2008, e que no mesmo agosto deste ano, resultou no indiciamento de dez pessoas, entre elas dois ex-secretários de Estado do PSDB de São Paulo.

IstoÉ: a conta secreta do tucanoduto

Documentos vindos da Suíça revelam que conta conhecida como "Marília", aberta no Multi Commercial Bank, em Genebra, movimentou somas milionárias para subornar homens públicos e conseguir vantagens para as empresas Siemens e Alstom nos governos do PS

Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura
Na edição da semana passada, ISTOÉ revelou quem eram as autoridades e os servidores públicos que participaram do esquema de cartel do Metrô em São Paulo, distribuíram a propina e desviaram recursos para campanhas tucanas, como operavam e quais eram suas relações com os políticos do PSDB paulista.
Agora, com base numa pilha de documentos que o Ministério da Justiça recebeu das autoridades suíças com informações financeiras e quebras de sigilo bancário, já é possível saber detalhes do que os investigadores avaliam ser uma das principais contas usadas para abastecer o propinoduto tucano. De acordo com a documentação obtida com exclusividade por ISTOÉ, a até agora desconhecida “conta Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank AG, sob o número 18.626, movimentou apenas entre 1998 e 2002 mais de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 64 milhões. O dinheiro é originário de um complexo circuito financeiro que envolve offshores, gestores de investimento e lobistas.

José Dirceu: IstoÉ desmente FHC

Não durou muito a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sustentando que não havia evidencias de que o PSDB tivesse ligações com o esquema de corrupção no caso do trem da alegria tucano paulista. Nesta semana, ele havia dito que “não apareceu o PSDB recebendo dinheiro, não comprou ninguém com esse dinheiro. Pode ter havido corrupção, mas é pessoal".

A IstoÉ que chegou às bancas hoje desmente essa declaração. A reportagem de capa resume: “Todos os homens do propinoduto tucano”.

“O escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais”, diz a revista.

“Ao contrário do que afirmaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra na quinta-feira 15, servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista envolvidos no escândalo são ligados aos principais líderes tucanos no Estado. Isso já está claro nas investigações.”