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Agiotas querem selic de 9,25 ao do ano

A taxa básica de juros, a Selic, deve chegar ao final de 2013 a 9,25% ao ano. 
A projeção é de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo Banco Central (BC). Na semana passada, a previsão para a Selic no fim do período era 9% ao ano. Para o final de 2014, a projeção também é 9,25% ao ano.
As instituições financeiras esperam que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 9 e 10 deste mês, seja mantido o ritmo de alta da Selic, com aumento de 0,5 ponto percentual. A taxa básica, atualmente em 8% ao ano, subiu 0,25 ponto percentual em abril e 0,5 ponto percentual em maio.
Essa expectativa surgiu depois da divulgação do Relatório de Inflação, no último dia 27. O BC elevou a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,7% para 6%, este ano. Para 2014, a estimativa é que a inflação fique em 5,4%.
A taxa básica de juros é elevada quando o objetivo do Copom é conter a inflação. Na divulgação do Relatório de Inflação, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse que a autoridade monetária “dispõe dos instrumentos e está fazendo uso [deles] para que a inflação permaneça sob controle”.
Para as instituições financeiras, a inflação medida pelo IPCA deve chegar ao final deste ano a 5,87%, contra 5,86% previstos na semana passada. Para 2014, a projeção subiu de 5,80% para 5,88%.
A pesquisa do BC também traz projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,98% para 4,71%, este ano, e permanece em 5%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 4,72% para 4,79%, este ano, e de 5,20% para 5,50%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 4,58% para 4,84%, este ano e de 5,23% para 5,26%, em 2014.
Edição: José Romildo

Telexfree e mais 7 empresas suspeitas de serem "pirâmides"

Levantamento é de associação de promotores; diretor do ministério da Justiça fala em 'febre'

Vitor Sorano - iG São Paulo

As sete empresas são alvo de algum tipo de processo investigativo – como inquéritos civis e procedimentos administrativos – por iniciado por ministérios públicos estaduais, Ministério Público Federal ou polícias civis e federal. A lista pode aumentar pois todos os negócios com características semelhantes serão alvo de atenção.
A informação é de Murilo de Moraes e Miranda, presidente da Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCON). O promotor não quis conceder entrevista nem adiantar o nome das investigadas. Os dados foram passados à reportagem reportagem pela assessoria do Ministério Público de Goiás MP-GO, onde Miranda atua.
O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Amaury Martins de Oliva, fala em uma “febre” de modelos de negócios com indícios de pirâmide financeira.
Até hoje, o órgão só abriu processo administrativo para investigar a conduta da Telexfree . Mas, segundo Oliva, questionamentos sobre outras empresas já chegaram ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), que reúne os Procons e promotorias do consumidor de todo o País.
“A gente conversa com parceiros e há parceiros investigando outros casos. Parece que virou um pouco uma febre, não é? Surgiram várias empresas com indícios de prática de pirâmide”, diz o diretor ao iG . “Temos quatro reuniões [ do Senacon ] por ano e esse [ pirâmides ] é um motivo de preocupação justamente pelo risco que causa ao consumidor, que entra de boa fé mas corre o risco de perder todo o valor [ investido ].”
A preocupação vai além do Ministério da Justiça. No último dia 20, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) divulgou uma nota técnica sobre pirâmides e outros golpes financeiros.
Pirâmide  versus  marketing multinível
O DPDC também elabora um documento para ajudar os órgãos que atuam na defesa do consumidor a identificar esse tipo de crime. O objetivo é evitar que a população entre nesses esquemas pois, embora a lei proteja quem aderiu de boa fé, pode ser difícil reaver as verbas investidas num esquema fraudulento.
“A grande preocupação é antecipar-se ao momento em que a pirâmide quebra, porque daí o dano já está causado, milhares de consumidores já tiveram prejuízo e é difícil ter ação para proteger esses consumidores. Então essa é uma ação preventiva”, diz Oliva.
Há parceiros investigando outros casos. Parece que virou um pouco uma febre"
Uma das preocupações da orientação será tornar clara a diferença entre pirâmides financeiras, ilegais, e redes de marketing multinível (MMN), um modelo legal de varejo em que os comerciantes ganham bônus por vendas realizadas por outros comerciantes que atraem para o negócio.
Uma diferença fundamental entre as duas práticas é que, enquanto no MMN a maior parte do faturamento vem da venda de produtos ou serviços, as pirâmides são sustentadas pelas taxas de adesão pagas por quem entra no sistema. Assim, seria necessário uma população infinita para que o negócio fosse continuamente viável e lucrativo.
'Regulamentação é suficiente' 
A Telexfree, por exemplo, afirma vender pacotes de telefonia por internet via MNN. Mas, para o Ministério Público do Acre (MP-AC) e para a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), a empresa na verdade depende sobretudo dos pagamentos efetuados pelos novos divulgadores para entrar no sistema.
"Antes de ser de marketing multinível, uma empresa tem de ser de venda direta. E, para ser de venda direta, o ganho tem de ser focado nos produtos comercializados", diz a diretora-executiva da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), Roberta Kuruzu
Depois da decisão que suspendeu os pagamentos e a entrada de novos divulgadores na Telexfree, as consultas à ABEVD sobre outras empresas semelhantes aumentaram. A Telexfree não é filiada à associação.
"Temos acompanhado inúmeras consultas que a gente recebe de consumidores que estão sendo prospectados [ para entrar nas redes ]", diz Roberta.
A lei normalmente utilizada pela Justiça para criminalizar as pirâmides financeiras é de 1951. Não há uma legislação federal específica sobre marketing multinível. Segundo Oliva, diretor do DPDC, não há expectativa de criação de novas regras para o setor.
“De nossa parte não temos trabalhado em nenhuma medida regulatória. Acho que esses conceitos [marketing multinível ] são bem definidos, bem distintos [ da pirâmide ]”, diz.
Para Roberta, da ABEVD, as regras atuais são suficientes.
"Temos o nosso código de ética que regulamenta as relações das empresas com os revendedores e dos revendedores com os consumidores", afirma a diretora-executiva. "[ Marketing multinível ] é venda de produtos ou serviços por meio de profissionais autônomos, e não a simples prospecção de pessoas que pagam a taxa de adesão com valores exorbitantes."

José Dirceu: A hora não comporta acovardar-se ou esconder-se


As pesquisas continuam e demostram que a perda de popularidade dos governos é generalizada - federal, estaduais e municipais -, o que não consola, mas explica e comprova a exaustão do modelo político e da forma de fazer politica. É o que mais salta à vista nos levantamentos divulgados no sábado, no domingo e hoje pelo Datafolha.

Estiveram sempre certos, e estão, o PT e aqueles que nos últimos anos lutaram pela reforma política-eleitoral, pelo fim do dinheiro privado das empresas nas eleições, nas campanhas, pelo fim do voto uninominal, das coligações proporcionais, dos suplentes de senadores, pela cláusula de desempenho e pela fidelidade partidária - as duas últimas inviabilizadas pela maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Da mesma forma, sempre estiveram certos ao lutar por uma distribuição do fundo partidário e do tempo de propaganda no rádio e TV , por sempre maior consulta e participação popular, e pelo recall dos eleitos.

Abre-se no país um novo período político

Não há como negar que ninguém se beneficiou pela queda do governo e da presidenta Dilma Rousseff nas pesquisas. Nem mesmo a ex-senadora Marina Silva (que funda o seu partido, Rede Sustentabilidade para concorrer à Presidência em 2014), já que nas pesquisas anterior o próprio Instituto Datafolha comprovava que retirando Marina da disputa Dilma era a principal beneficiada e vice-versa.

Abre-se, assim, no país um novo período político  que exige disputa política e presença nas ruas, nas redes e na mídia. E ações de governo em resposta às demandas das ruas e dos diferentes setores que se manifestaram. As propostas apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff devem ser apoiadas, mas é preciso mudar o governo, a comunicação e a relação com a sociedade como um todo, começando pelos movimentos sociais e entidades e pelo Congresso Nacional.

É necessário rever as prioridades e se concentrar nas obras que estão em execução. E avançar reforma tributária e na solução de questões vitais para os Estados e municípios, reformular os fundos de participação dos Estados e municípios (FPE e FPM), dos royalties do petróleo e minérios, na renegociação da dívida interna. Precisamos mudar alíquotas e forma de cobrança do ICMS e dos pagamentos de precatórios, para que possamos investir nos serviços públicos e na melhoria infraestrutura urbana, começando pelos transportes e saneamento.

A hora não comporta acovardar-se ou esconder-se

Por isso, insisto, cabe as lideranças do PT, seus governadores, senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores, seus dirigentes e militantes, ganhar nas ruas, sair em defesa do governo e disputar nas redes sociais e nos  meios de comunicação. A hora não comporta se acovardar ou se esconder. Muito menos ceder ao populismo que expõe ao ridículo aqueles que semanas atrás defendiam o hoje renegado.

Vamos atender já as demandas das ruas, o que exige não transigir com nosso compromisso democrático e muito menos com o que construímos no últimos dez anos ou com nossa historia partidária e de luta. Nada de duas táticas.

Dividindo poesia

- De que vives?
- Sonhos.
- De que se vestes?
- Fantasias.
- O que pretendes?
- Viver loucuras.
- O que te falta?
- Você.
Leônia Teixeira

Dilma Bolada: Padrão Fifa já era. Agora é padrão Felipão!


"Meu querido, dá licença que eu tô falando... ou fica quieto ou mete o pé, a saída é por ali."
Euzinha colocando moral na Reunião Ministerial para colocar os 5 PACTOS™ pra desenrolo e fazer as coisas saírem do papel porque é como diz aquele ditado: se você quer que as coisas saiam bem feitas, faça você mesmo ou marca em cima pra não ensebarem!

E vocês não sabem da maior: estava super concentrada falando que quero que a Reforma Política saia já pro ano que vem, que vou mandar a proposta de plebiscito pro Congresso amanhã e não sei o que não sei o que lá, quando me vem um jornalista levanta e mão e me pergunta:

"Presidenta, o Governo da senhora é padrão FIFA?"

Fixei meu olhar no dele, inclinei a cabela ligeiramente 13 graus pra esquerda e respondi:


Ele ficou todo sem graça, eu me levantei e saí sambando da sala.

ÊTA PRESIDENTA DECIDIDA!

Brasil, país rico é país sem enrolação.

Porque o PSDB é contra o plebiscito

Poesia da noite

"Um fim de linha, a gota estanque, a palma fechada, o passo não dado, a folha em branco, o sorriso preso, a lágrima contida, o grito engasgado, o amor sem resposta, a porta trancada, a sala ausente, o corpo fora da alma...

Um dia a garganta seca, a pupila dilata, a mente esquece, o caminho se abre, a hora chega, a pressa espera, a calma aparece, a janela iluminada apresenta outro horizonte dizendo que é chegado o tempo de mudar..." 

Dona População quer discutir a relação com o Estado, o marido prevaricador


Sabem aquele sujeito que no boteco é bom de papo, gentil, querido pela turma, que paga para todo mundo, e em casa trata mal a mulher, bate nos filhos, reclama de tudo e é sovina ao extremo? Com certeza todos conhecemos uma figura assim, não é? Vai aprontando até que um dia, após anos de sofrimento e humilhação, a mulher explode, se manda e o safardana fica sem entender nada, ou ainda se faz de vítima.

Pois é mais ou menos isso que está acontecendo no Brasil, nossa população é essa mulher cansada de ser maltratada por seu "marido", um Estado que trata bem seus amigos, enchendo-os de mimos, como excelentes empregos, aposentadoria integral, gratificações e outras mordomias e dá à sua família as migalhas que restam. Com o agravante, que no caso do Estado, é a família que trabalha para sustentar sua prodigalidade com os amigos.

A mulher e os filhos cansaram de ficarem em segundo plano, mendigando carinho e afeto, além de serem maltratados pelo traste, e deram o primeiro aviso: "Ou muda ou rua!" Se o orgulhoso e prepotente Estado não se mexer, o segundo aviso pode ser mais radical e fatal: a mulher e os filhos, mais revoltados e cheios de ódio, podem perder a paciência de vez e resolver cortar as cabeças do Bon Vivant e seus amigos.

Mulheres são amorosas, carinhosas e suportam com galhardia muito mais humilhações que nós, homens, mas são muito mais ladinas e sabem se vingar como ninguém.

Detesto discutir relação, mas, no caso, sou obrigado a concordar com dona População e sua prole, ou o safado se emenda ou...

Fica o aviso.

Para calar os fofoqueiros

A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.
Lula

Egoísmo diagnosticado


Por Marcelo Fernandes

Ricos e classe média preferem que pobres morram do que sejam atendidos por médicos estrangeiros
Egoísmo diagnosticado
Paulo Moreira Leite

Pesquisa do DataFolha mostra aquilo que todos poderiam adivinhar. A aprovação e rejeição ao projeto de trazer médicos estrangeiros obedece a um critério básico.

Quem reside em regiões pobres e carentes é a favor da contratação de médicos estrangeiros.

Quem se encontra do outro lado da pirâmide é contra.

No fundo, se há alguma revelação espantosa no levantamento, ela diz respeito ao egoísmo das classes que se situam nos patamares superiores da pirâmide. Segundo o DataFolha, a turma que é contra a importação de médicos leva uma vantagem de 2 pontos sobre aqueles que são a favor.

Os dados objetivos mostram que o país tem a metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Não há o que discutir, não é preciso investigar nem apurar mais. O ponto básico é: faltam médicos. Mesmo que todos eles resolvessem, de uma hora para outra, ocupar os postos existentes, na periferia violenta de São Paulo e no interior da Amazônia, no Piauí e no sertão da Bahia, ainda assim a população não estaria bem atendida.

A experiência mostra que outros países conseguiram resolver o problema abrindo o mercado para profissionais estrangeiros. Na Europa e nos Estados Unidos, a parcela de médicos estrangeiros passa dos 20% e muitas vezes supera 30%.


No levantamento, aprendemos o seguinte. Uma maioria de pessoas que tem um doutor ao alcance do plano de saúde ou, quando o serviço particular fica travado, da conta bancária, não consegue reconhecer a necessidade urgente de quem não tem uma coisa nem outra. Não estamos falando de aeroportos lotados, de transito insuportável, da PEC das Domésticas. O assunto é de vida ou morte -- literalmente.

Eles defendem o direito à própria vida e de suas famílias, muitas vezes com muito sacrifício, sem dúvida, mas não conseguem compreender as necessidades de quem não dispõe do mesmo conforto.

Também enxergo, nessa postura, um elemento de xenofobia, aquela reação irracional e preconceituosa contra estrangeiros – que muitos brasileiros já enfrentaram em suas imigrações pela Europa e Estados Unidos, e podem estar manifestando agora, quando se encontram do outro lado do balcão.

Compreendo que essa lógica é causa e efeito de um mundo de valores privados e responsabilidades que foram individualizadas.

O sujeito que compra por um serviço que um outro pode obter de graça sente-se tratado injustamente, e até prejudicado. Compreende-se a razão material desse sentimento: o Estado brasileiro cobra, em impostos, muito mais do que retribui.

É uma situação lamentável, que só pode ser enfrentada com uma ampliação do Estado de Bem Estar Social, capaz de oferecer serviços bons para todos – inclusive para a classe média.

Neste momento, eu imaginava, honestamente, que num terreno tão delicado, onde a presença de um médico pode representar a fronteira entre a vida e a morte, da própria pessoa, ou de seus parentes, muitas vezes de seus filhos, seria possível encontrar espaço para uma solidariedade um pouquinho maior.

Obrigar as pessoas carentes a pagar pela própria carência é como responsabilizar doentes pela própria doença, pobres pela pobreza, os órfãos pelo abandono dos pais e assim por diante. 

Claro que tem gente que pensa assim. Margareth Thatcher, por exemplo, formulou essa ideologia de forma crua quando disse que não existe essa “coisa que chamam de sociedade.” Existe o quê? Os indivíduos, as famílias. Um de seus autores preferidos, Adam Smith, dizia que o progresso da humanidade é produto da soma dos egoísmos individuais. 

Mas essa é a Turma dos Outros que se danem Futebol Clube, como se dizia em teatros de vanguarda dos anos 1960. 

Deixando de lado patologias desse tipo, que dificultam o simples convívio social entre pessoas e classes sociais diferentes, com necessidades diferentes, acredito que o cidadão que nasceu no lado mais confortável da pirâmide não precisa achar ruim quando o Estado reserva uma parcela de recursos para auxiliar os mais fracos e mais prejudicados. A diminuição da desigualdade é benéfica para todos, ainda que muitas pessoas fiquem incomodadas quando sentem que sua posição na hierarquia social tornou-se menos valorizada.

Quem frequenta as excelentes casas de chouriço argentino de São Paulo não deveria ficar revoltado porque, de vez em quando, as crianças da merenda escolar da rede pública consomem caldo de carne em suas refeições, certo? 

Quem tem um carro para cada membro da família não precisa reclamar dos com subsídios para o transporte público, certo?

Não faltam notícias periódicas sobre as mazelas da saúde pública, que concluem com uma revelação monótona: o médico responsável não apareceu no plantão – ou que estava tão atarefado que deixou pacientes graves em macas pelo corredor.

É claro que quase sempre se individualiza o problema e o comportamento de cada um, como se fossem, invariavelmente, casos isolados de delinquência, preguiça ou, como está na moda, de deficiência “na gestão.”

É sempre conveniente transformar os dramas sociais numa narrativa de mocinhos e bandidos, certo?

(Nos diagnósticos de “gestão”, abre-se o caminho para grandes consultorias privadas. Você entende, né?)

Qualquer cidadão que se der ao trabalho – por exercício cívico – de visitar o posto de saúde de seu bairro, experiência que recomendo vivamente, irá entender que os fatores decisivos estão além da responsabilidade de cada indivíduo. Não faltam apenas médicos. Faltam remédios, equipamentos de exame e também outros profissionais. Surpresa: muito provavelmente, vamos encontrar pessoas que fazem o que podem – e até o que não podem – para assegurar um atendimento decente. Nem sempre dá, é claro. Mas eles tentam.

Claro que a saúde pública só atingirá um patamar decente, capaz de atender cidadãos necessitados e também aqueles que já pagam pelo atendimento com seus impostos, a partir de muitos investimentos e melhorias.

Mas o debate sobre os médicos estrangeiros envolve o protagonista, o artista do filme. Fingir que a presença de um médico não é o fator principal na melhora imediata da saúde numa rua, num bairro, ou mesmo numa cidade, e, no fim das contas, do país, é como imaginar uma partida de futebol com estádio, um bom gramados, juízes excelentes, gandulas treinadíssimos – mas sem os jogadores.

Quem viu a espetacular vitória brasileira, ontem, no Maracanã, sabe do que estamos falando.

O debate sobre médicos estrangeiros envolve o direito de pobres e ricos de usufruir da própria vida.

Qual a diferença entre Plebiscito e Referendo

Pinçado do livro Contos fora de moda de Aluizio Azevedo (1894) e finalizado com colaborações do Facebook (2013)
A família está toda reunida na sala de jantar.
O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.
Dona Bernardina, sua esposa, está muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.
Os pequenos são dois, um menino e uma menina. Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa, os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias. 
Silêncio.
De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:
- Papai, qual é a diferença entre plebiscito e referendo?
O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme.
O pequeno insiste:
- Papai?
Pausa:
- Papai?
Dona Bernardina intervém:
- Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando. Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos.
- Que é? Que desejam vocês?
- Eu queria que papai me dissesse qual a diferença entre plebiscito e referendo.
- Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda qual a diferença entre referendo e plebiscito?
- Se soubesse, não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:
- Ó senhora, o pequeno não sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito!
- Não admira que ele não saiba, porque eu também não sei.
- Que me diz?! Pois a senhora não sabe?
- Nem eu, nem você; aqui em casa ninguém sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito.
- Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante!
- A sua cara não me engana. Você é muito prosa. Vamos: se sabe, diga qual é a diferença! Então? A gente está esperando! Diga!...
- A senhora o que quer é enfezar-me!
- Mas, homem de Deus, para que você não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que tinha sido a sonegação da Globo. Você falou, falou, falou, e o menino ficou sem saber!
- Sonegação da Globo - acudiu o senhor Rodrigues - foi o blogueiro sujo - Miguel do Rosário - que revelou.
- Sim, agora sabe porque foi ao Google; mas dou-lhe um doce, se me disser o qual é a diferença sem usar o notebook!
- Que gostinho tem a senhora em tornar-me ridículo na presença destas crianças!
- Oh! Ridículo é você mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: - Não sei, Manduca, não sei qual a diferença; vai buscar o notebook, meu filho.
O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:
- Mas se eu sei!
- Pois se sabe, diga!
- Não digo para me não humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente a porta.
No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um tablet...
A menina toma a palavra:
- Coitado de papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!
- Não fosse tolo - observa dona Bernardina - e confessasse francamente que não sabia!
- Pois sim - acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão - pois sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.
- Sim! Sim! Façam as pazes! - diz a menina em tom meigo e suplicante. - Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangaram-se por causa do plebiscito!
Dona Bernardina dá um beijo na filha, e vai bater à porta do quarto:
- Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco.
O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balanço.
- É boa! - brada o senhor Rodrigues depois de largo silêncio - É muito boa! Eu! Eu ignorar a diferença entre plebiscito e referendo! Eu!... A mulher e os filhos aproximam-se dele.
O homem continua num tom profundamente dogmático:
- Plebiscito, referendo...
E olha para todos os lados a ver se há ali mais alguém que possa aproveitar a lição.
- Plebiscito é quando você escolhe o que vai comer na hora do almoço.
- Referendo é quando você não escolhe o que vai comer e lhe servem gororoba que eles fizeram.
- Ah! - suspiram todos, aliviados.
- Entenderam a diferença? 


José Dirceu: Nossa candidata é Dilma

Como em 2009, quando vozes isoladas no PT -  e muitas na mídia - tentaram levantar a tese do 3º mandato, agora de novo estamos diante de outro erro banal que é essa história que começa a ser levantada, de trazer novamente a proposta da volta do ex-presidente Lula à eleição presidencial de 2014.

Em 2009, queriam e fomentavam para que que cometêssemos aquele equívoco. O 3º mandato nunca foi aceito pelo então presidente da República, mas foi muito por certa mídia para nos levar a cometer um erro grosseiro. Tanto falaram, tanto insistiram, que era quase uma provocação.


Ressurge de novo, agora, a história do queremismo, a volta de Lula como candidato à política e ao Planalto em 2014. Erro grosseiro, primeiro porque o ex-presidente não deixou a política e nem a disputa social. Sempre foi, continua e é a maior liderança do PT e popular do pais. Age e atua como tal, junto às direções do PT e aos aliados.


Apoia e ajuda a presidenta Dilma e está sempre articulando e viajando pelo país e pelo mundo, já que é também uma das grandes lideranças do cenário internacional. Nossa candidata no ano que vem a continuar no Planalto é a presidenta Dilma Rousseff.

Não há razão para não ser e não devemos nos guiar por pesquisas, e sim pela urgente e necessária mudança em seu governo e na relação dele com a sociedade. Não há absolutamente nada que não possa ser alterado, sem que se mude o rumo e sem abandonar nosso projeto político de desenvolvimento nacional, o que melhor atende aos interesses nacionais e as  aspirações do nosso povo.

Vamos nos concentrar no principal, nada de tergiversação. Vamos dar uma resposta às demandas expressas nas ruas e voltar para as ruas.

A Globo pagou? Cadê o DARF?

A repercussão em torno da multa milionária aplicada à Rede Globo, pela sonegação de impostos sobre direitos da Copa de 2002, parece que ainda não acabou. Por meio de sua assessoria, o grupo confirmou o pagamento da quantia e disse ter havido um “entendimento diferente do Fisco”, em relação à legalidade das operações contábeis da empresa.
O assunto foi amplamente divulgado na mídia e nas redes sociais. E a pergunta que não quer calar é a seguinte: Se a Globo pagou, então onde é que está o Darf? O povo quer saber. Darf, como todo bom pagador de imposto sabe, é o documento da receita onde o contribuinte registra o pagamento de uma dívida tributária.
Convidamos todos a lerem e compartilharem os links sobre o assunto, que foi um dos mais comentados nas redes sociais na última semana. Vamos pressionar a emissora a mostrar o comprovante de pagamento, já que ela disse que pagou. 
#GloboMostreoDarf

Frase do dia

"Em 89 teve um dia que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o ibope"
Lula

Pignonymous

Hoje de manhã twittei: 

  • 1º Poderiam me informar q horas será divulgada a psqs q Datafolha fez ontem dps da final da Copa das Manifestações?
  • Ah, a pqs só seria feita e divulgada se a seleção brasileira tivesse perdido a final? É, faz sentido
A charge abaixo comprova o que eu quis dizer. 

Tivesse a seleção brasileira sido derrotada...Neymar seria/estaria mascarado.

O pig é por demais previsível. 

Com um adversário desse o PT tem de fazer uns 10 gols contra para vencer a partida de 11 a 10.







Não existe terceira margem

Os partidos de esquerda, se estiveram à altura da crise atual, se forem mesmo de esquerda e democráticos, devem adotar uma estratégia unitária de revalorização da ação política e dos partidos, combinando-a com a criação de novos canais de democracia direta e de participação popular, articulados com a democracia representativa. Ou seremos vencidos pelo conservadorismo, que poderá nos levar às novas formas de totalitarismo pós-moderno, que tanto controlará as mentes, a pauta, como ditará o que é lícito ou ilícito, numa democracia ainda mais elitista do que a presente.' (governador Tarso Genro; leia também: 'A esquerda não pode piscar' Aqui

É o caos

Para oposição.

Não teve apagão
Nenhum estádio caiu
O sistema de comunicação funcionou
O caos nos aeroportos não aconteceu.

Para piorar as coisas a seleção brasileira foi campeã 
Vencemos a melhor seleção do mundo por 3x0.

Assim não pode. Assim não dá. Que falta acontecer para nossa situação piorar?


Tragédia mineira


O Mineiro trabalha num frigorífico há muitos anos. Certo dia, confessa à esposa que tem uma compulsão terrível: uma
vontade louca de enfiar o pinto na cortadeira de salame. A esposa sugere que ele vá ver um psicólogo: "Esses homi que acunseia a gente."
Mas ele não vai.
Dias depois, ele chega em casa cabisbaixo.
Sua mulher percebe que há algo errado e pergunta:
- O que foi?
- Lembra que eu comentei cocê que tava com uma vontade danada de meter o pinto na cortadeira de salame?
- Oh não! Ocê num feiz isso, feiz?
- Sim, eu fiz!
- Meu Deus! O quê se assucedeu?
- Fui despedido. Pru oi da rua .
- Mas... E a cortadeira de salame?
- Coitadinha da moça, foi despedida também...

Inóspita e árida oposição brasileira

[...] O principal nome da oposição é o tucano Aécio Neves, a Marina é uma dissidente do regime. O quê pode ser dito dele?...

A única coisa real é que não possui biografia para suportar 15 minutos de debate com qualquer outro candidato disposto à vitória. Suas realizações políticas não atravessam as montanhas de Minas, a sua vida pessoal é um descalabro e as suas ideias sobre os assuntos moralmente polêmicos possuem a consistência de gelatina. 

Mais um indicado para a derrota. Leia mais>>>

Felipão: Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu

Em um raro momento que perdeu o bom humor, no seu encontro com os jornalistas depois da conquista da Copa das Confederações, o técnico Luiz Felipe Scolari se irritou com a pergunta de um jornalista inglês e o criticou duramente: "Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu".
Tariq Panja, da Bloomberg, questionou o técnico sobre o contraste entre a alegria dentro do Maracanã e os protestos fora do estádio, reprimidos pela polícia. "Um amigo comentou que havia policiais em número suficiente para invadir o Paraguai." De pronto, Felipão disse: "Não vou responder". Mas emendou: 
"Aos ingleses, eu gostaria de perguntar: o que aconteceu lá antes dos Jogos Olímpicos?" A referência era às manifestações ocorridas em Londres por causa dos gastos com o evento. 
O tom nacionalista do técnico reapareceu, mas em chave bem-humorada, em várias respostas sobre o papel do público na conquista da seleção. "O que estivemos vendo é muito bonito, gente. É assim que precisamos agir, não só no futebol como na vida". 
O técnico também observou: 
"A nossa equipe hoje representa os anseios do povo brasileiro. É isso que queremos: representar o povo na nossa área. Na outra, não podemos".
Bruno Freitas, Mauricio Stycer, Paulo Passos e Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro

Bom dia!