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Contra-reforma trabalhista e previdênciaria


Qualquer pessoa com o mínimo de consciência política sabe que numa democracia o chefe do executivo tem de ter maioria no parlamento para aprovar seus planos e projetos de governo. Por isso que desde já Lula vem alertando para importância de eleger parlamentares comprometidos com suas ideias e programa de governo. 

Desde muito tempo venho dizendo que vou votar PT (13) de cabo a rabo, e você?
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Presidente Dilma reduz em 10% seu próprio salário e o de ministros; confira 11 pontos da reforma

Entre as medidas tomadas no âmbito da reforma administrativa anunciada hoje sexta-feira  (2), pela presidenta Dilma Rousseff estão a redução em 10% do salário da própria presidenta, do vice-presidente e dos ministros de Estado.
A reforma tem o objetivo de melhorar a gestão pública, elevar a competitividade do País e continuar assegurando a igualdade de oportunidade aos cidadãos.



Confira os principais pontos da reforma:
– Redução de 8 ministérios
– Redução de 30 secretarias nacionais
– Extinção de 3 mil cargos comissionados
– Redução em 10% do salário da presidenta, do vice-presidente e dos ministros
– Redução de 20% em gastos de custeio e terceirização
– Revisão dos contratos de aluguel e de serviços como vigilância, segurança e TI
– Revisão do uso do patrimônio da União; governo só ficará com prédios que servirem a políticas públicas
– Criação de central de automóveis, com objetivo de reduzir e otimizar a frota
– Limites de gastos com telefones, passagens e diárias
– Metas de eficiência no uso da água e da energia
– Criação da Comissão Permanente de Reforma do Estado

Janio de Freitas

O efeito político da redução de ministérios
Os ministérios que serão desfeitos foram criados para atender aos partidos. Foram peças de resgate no chantagismo de cargos e verbas por apoio que tem caracterizado as relações entre bancadas parlamentares e os governos, desde Collor e com intervalo só no de Itamar. Logo, a redução do número de ministérios, além de não assegurar, por si só, a "melhor gestão" invocada, tem efeito primordialmente político. Sob a forma de novos atritos.
É mesmo porque meia dúzia de petistas o atacam pelas costas que o vice Michel Temer se afasta da intermediação de governo e Congresso?
Com Dilma, a chantagem chegou ao paroxismo. No passado houve casos escabrosos, como a nomeação de Renan Calheiros para ministro da Justiça (!) do governo Fernando Henrique, no toma lá/dá cá com o PMDB. Ou, para o mesmo cargo e pelo mesmo motivo, a do primário Iris Resende. Mas Dilma aceitou, desde o início, a redução das relações, com partidos e parlamentares, às exigências surgidas em um Congresso de baixo nível ético, cultural e político.
Não haveria verbas e ministérios para tão farta concepção de política como meio de obter proveitos, fáceis e velozes. Se não faltarem verbas, sempre desviáveis de uma finalidade útil, altos cargos voltarão a faltar, na certa. Joaquim Levy e Nelson Barbosa não sabem o que estão criando no ambiente político. Michel Temer sabe. E tem motivos para não se envolver nos previsíveis choques.
No PMDB, não é só jogo de valorização a ideia de que deve ter candidato próprio na sucessão presidencial. Só mesmo a mediocrização dos quadros explica que um partido de presença tão forte, em âmbito nacional, não passe de papel secundário nas sucessões. No PMDB de hoje, há dois reconhecidos como em condições de incluí-lo na disputa.
Citado dentro e fora do peemedebismo, o prefeito Eduardo Paes não é (ainda) um nome nacional. Mas tem uma obra incomum para apresentar e qualidades que se têm comprovado com o passar do tempo. Arrojado, transforma grande parte do Rio com um processo modernizador surpreendente, no qual se mostra um administrador de competência técnica e lucidez. Atento, sem interrupção, a tudo o que deve merecer atenção de um prefeito, trabalha para valer. Feliz. E não gasta com ilusionismos de propaganda.
Na ocasião propícia, as circunstâncias podem indicar a Eduardo Paes a preferência pela disputa ao governo do Rio. Essa, tudo indica, não seria uma solução para Michel Temer em São Paulo. Mas, para entrar na campanha pela sucessão presidencial, é o outro nome de que o PMDB dispõe hoje. Por isso, não lhe convém entrar em jogos desgastantes, como o toma lá/dá cá. Assim como também a ele, não para Dilma, é vantajoso manter ligação com o governo para as tais "macronegociações", que o projetem e prestigiem. Temer ganhou tanto quanto o governo com suas bem sucedidas intermediações recentes no Congresso.
Quem vai substituir Michel Temer e seu habilidoso coadjuvante Eliseu Padilha nas negociações canibalescas é um problema difícil. Sabe-se apenas que a solução não virá de Joaquim Levy e Nelson Barbosa, especialistas só em criar problemas para os outros, sobretudo se pessoas que não batalham por um cargo de governo, mas pela vida.
na Folha de São Paulo