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Mortalidade infantil cresce depois do golpe



Mais uma tragédia causada pelo golpe e a política econômica adotada pelos canalhas golpistas. Após 26 anos de queda a mortalidade infantil cresceu 5% em relação ao ano anterior (2015). Desde 1990 o Brasil vinha reduzindo as taxas acima da média mundial.

Depois do aumento da extrema pobreza esta notícia os golpistas, manifantoches, paneleiros e coxinhas devem estar comemorando entusiasticamente mais este feito.
Canalhas!

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Lula já deveria ter morrido



Cedo, quando nasceu, quando Lula veio ao mundo em 1945, a mortalidade infantil no Brasil era de 146 x 1000. Quase 150 óbitos antes do primeiro ano de vida em cada mil crianças. Isto na média nacional que, hoje, a propósito, é dez vezes menor. Mas naquele tempo, para quem vinha aumentar família pobre, da área rural e do Nordeste, os números eram ainda mais atrozes.
Um dos 12 filhos de dona Lindu — quatro não sobreviveram — Lula nasceu em Caetés, então zona rural de Garanhuns/PE. Casa de taipa, erguida em barro e madeira, um quarto, uma mesa, cinco redes. Água? Amarela, das poças de chuva, dividida com o gado e povoada por girinos. Comida? Feijão, arroz e farinha, carne rara, às vezes de preá ou passarinho. Proteína animal acessível era a da içá, nome da tanajura no Agreste pernambucano.
Talvez por isso prosperou na região a prática não registrar os bebês logo após o parto. Aguardava-se o segundo aniversário. Era preciso que a criança “vingasse”. Aquelas que sucumbiam antes dos dois anos eram sepultadas sem nome nem história. Agitava-se então um sininho. Na tradição de vidas tão ásperas, era o sinal para informar que mais um anjinho subira ao céu.
Quem sabe a dieta de formiga frita tenha salvado Lula de virar estatística. É bem provável que aqueles que o odeiam passem a odiar também o inseto providencial que matou sua fome e o ajudou a sobreviver. E o sininho não bateu.
Vendedor de tapioca aos sete anos, depois tintureiro, engraxate, metalúrgico e presidente de sindicato, Lula poderia ter morrido naquele sábado, 19 de abril de 1980, quando seis agentes do Dops empunhando metralhadoras foram prendê-lo em casa às 5h30 de uma manhã nevoenta. Uma “condução coercitiva” em São Bernardo – com produção, cenografia, figurinos e efeitos especiais muito mais humildes que os atuais — cinco anos antes da ditadura exalar seu último suspiro. Temeu, como diria depois, aparecer morto num “acidente” na via Anchieta. Afinal, sob o regime civil-militar muita gente buscada em casa para “prestar esclarecimentos” nunca mais foi vista. Virou preso político mas, outra vez, não morreu.
Lula deveria morrer quando um câncer atacou sua laringe em 2011. Tão logo correu a notícia, as alcatéias, nutridas com o lixo tóxico da mídia, uivaram em regozijo nas redes sociais e caixaus de comentários. “Tenho dó do câncer ter que comer carniça petralha”, lamentou um piedoso internauta. Outras vozes se juntaram para chamar o presidente adoentado — que batera sucessivos recordes de popularidade atingindo índice de 83% de aprovação, o maior da história do país — de “verme”, “crápula”, “desprezível”, “nove dedos” e “imundo”. Mas Lula os decepcionou. E, novamente, não morreu.
Lula deveria morrer muitas vezes. Antes de fundar a CUT em 1983, a quinta maior central sindical do mundo. Antes de conceber o Partido dos Trabalhadores em 1980 que conquistaria no voto, quatro mandatos de presidente da república. Antes do Bolsa-Família, do Prouni, de retirar 27 milhões de brasileiros da pobreza extrema, do reajuste anual do salário-mínimo acima da inflação, do PAC, da ampliação da distribuição da renda, de implantar 14 novas universidades federais (contra nenhuma de seu antecessor), de criar mais de 200 escolas técnicas, da descoberta do pré-sal, da política externa independente…
Lula deveria morrer quando emergiu da plebe rude para reivindicar a Presidência da República. E conquistar um posto que, até então, era reservado por direito divino aos nhonhôs da Casa Grande. E este foi um pecado imperdoável. Mortal.
Lula deve morrer porque morto o querem os donatários das capitanias hereditárias da mídia. Os mesmos que, agora, estertoram em lenta agonia na senda da descartabilidade e da obsolescência. E se aferram ao golpe por razões políticas, partidárias e ideológicas mas, acima de tudo, mirando os cofres do Banco do Brasil e do BNDES como última esperança de sobrevida. Aqueles mesmos que, em 1954, revoluteavam com as “aves de rapina” a que Getúlio aludiu na sua carta-testamento: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios” – como se vê, ódio já era o combustível que ardia para conduzir o líder trabalhista ao holocausto. Aqueles mesmos para quem Jango, dez anos depois, apontaria no discurso da Central do Brasil: “A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma (…) A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício”.
Lula deve morrer porque é o desejo dos pets dos barões da mídia: muitos “comunicadores”, colunistas, articulistas, apresentadores de rádio e TV e caudatários avulsos. Há quem reproduza a retórica patronal por convicção. E como é benéfico ser abduzido por tais ideias! Sobretudo para preservar a saúde empregatícia, receber aquele tapinha nas costas e, por um átimo, deixar-se levar pelo devaneio de pertencer ao mesmo clube, a despeito do precipício de classe social, renda e poder que cinde mundos tão opostos. Outros o fazem por obrigação – entre as três, a mais compreensível e respeitável das escolhas. E existem aqueles que cedem calculadamente por submissão. Os que se agacham para subir. E não merecem o mínimo respeito. Neles, é tal a sofreguidão com que entregam suas almas à concupiscência do amo que não parece disparatado supor que lhe regalariam as polpas com a mesma faceirice caso houvesse algum interesse na oferta.
Lula deve morrer porque tal aparenta ser a aspiração de uma PF cujos delegados agem como agitadores da direita nas redes sociais, ultrajando seus superiores. A mesma PF que serviu de polícia política prestando relevantes serviços à ditadura de 1964 sem um só gesto de repulsa ou de contrariedade. E que, na democracia, age sem prestar contas à democracia. Não é outra a avidez do MPF. Que afigura desertar do Estado laico para se guiar por um grotesco salvacionismo de ocasião tornando-se, além disso, aríete do golpe em conchavo com as panzer division da imprensa corporativa. E o que dizer dos anseios de um tiranete de província que se porta como o senhor do universo? Tudo sob a contemplação pusilânime, os joelhos tiritantes e as mandíbulas chacoalhando como castanholas do STF que, após construir uma breve historia de avanços sociais, acocora-se na hora de travar os reiterados abusos contra o Estado Democrático de Direito.
Lula deve morrer porque sua morte é o que mais ambicionam as madames botocadas e seus maridos botocudos, a lúmpen burguesia boçal, egoísta e plastificada, clamando pelo golpe nas ruas com seus tênis, óculos escuros e abrigos de grife, seus poodles no colo e seus labradores na coleira. Os jovens odiadores, os que bombam os bíceps e matam o cérebro por inanição. O saudosismo de homens e mulheres brancos, de meia-idade e classe média de um regime assassino que se arrastou por duas décadas de infâmia. A ditadura que seus pais e mães engolidores de hóstias pediram nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade empunhando rosários e rezando aves-marias contra “a ameaça vermelha”. Fé, rosário e orações viraram arcaísmos. Agora, o nome de Roma é Miami, o da igreja é shopping, o da reza é academia, o da hóstia é botox. Ontem como hoje, porém, o medo e o rancor reverberados com a ascensão da ralé é igual.
Lula deve morrer. Está definido. Mas há um problema: ele não quer. Humilhado e ofendido, até avisou que se queriam matar a jararaca, erraram a paulada. Pior: pela amostragem, muita gente também não quer que ele morra. Gente que acha que, se Lula morrer, morrerá igualmente um olhar horizontal e inédito que percebeu os deserdados e deles cuidou. Enxergou a maioria e não os dez por cento de sempre. Está dado o impasse. Para Lula morrer, terão que matá-lo. Não será tarefa fácil. Prova disso é que o desprezo fantasiado de negro com prepotência e metralhadoras recebeu uma resposta popular que não imaginava. Nem os autores, nem seus cúmplices. Os desafetos que tranquem as portas, ponham as fraldas e mordam o travesseiro. 2018 está logo ali e a jararaca vai fumar. Aquele que se recusa a morrer está novamente em campanha.

Ayrton Centeno é jornalista.

BLOG DO ANDRÉ VARGAS



Mais Médicos: Quase metade das cidades brasileiras inscreveu-se no programa
O Programa Mais Médicos registrou até a tarde desta quarta-feira (24) a inscrição de 2.552 municípios, o que representa quase a metade (45,8%) das cidades brasileiras. Do total, 867 (34%) estão em regiões de maior vulnerabilidade social, consideradas prioritárias, no Nordeste do país. O Sudeste tem 652 municípios participantes e o Sul, 620. Norte e Centro-Oeste registraram 207 e 206, respectivamente. As inscrições terminam à meia-noite desta quarta pelo site www.saude.gov.br. 

Segundo o Ministério da Saúde, em todo o país, estão sendo investidos R$ 15 bilhões na infraestrutura da rede pública de saúde. Deste valor, R$ 7,4 bilhões serão usados na construção de 818 hospitais, 601 unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e de 16 mil unidades básicas de saúde, R$ 5,5 bilhões na reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs e R$ 2 bilhões em 14 hospitais universitários. 



Nota do ministério informa que já foram investidos no estado do Rio R$ 160 milhões para obras de reforma e ampliação em 655 unidades de saúde e R$ 6,5 milhões na compra de equipamentos para 276 unidades. Além disso, R$ 20,6 milhões foram gastos na construção de dez UPAs e R$ 164,6 milhões na reformas de 28 hospitais. 

O Programa Mais Médicos criará cerca de 11,5 mil vagas para médicos e 12 mil para residentes, em todo o Brasil, diz a nota. O objetivo do projeto é fortalecer a atenção básica, resolvendo, assim, 80% dos problemas de saúde sem que as pessoas precisem recorrer a hospitais. "O que faz a diferença no atendimento à população é o médico presente na unidade básica de saúde perto de casa", enfatizou, em nota, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 


O projeto faz parte de um plano para melhoria de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), objetivando ampliar o número de médicos em regiões carentes, como municípios do interior e periferia das grandes cidades, e acelerar os investimentos em hospitais e unidades de saúde. 


Fonte: Rede Brasil Atual
Bolsa Família: 73,2% dos beneficiários são acompanhados por serviços de saúde
No primeiro semestre de 2013, 73,2 % das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, com integrantes que se enquadram no perfil para acompanhamento pelas condicionalidades de saúde, tiveram acesso aos serviços de saúde. Isso significa que aproximadamente 8,7 milhões de famílias – de um total de 11,9 milhões – tiveram registrados no sistema os atendimentos de saúde prestados nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios ou em casa, por meio da estratégia Saúde da Família. No período, 99% destas famílias cumpriram o calendário de vacinação e do pré-natal. 

O acompanhamento das condicionalidades de saúde é responsabilidade do Ministério da Saúde, sendo operacionalizada pelos estados e municípios, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As famílias têm o acompanhamento do cartão de vacinação e do crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 7 anos. Além disso, mulheres entre 14 e 44 anos, gestantes, lactantes e a saúde do bebê são acompanhadas. 


O resultado apurado aponta que o índice de cobertura de acompanhamento de saúde é 0,1 ponto percentual superior ao alcançado entre julho e dezembro do ano passado, que chegou a 73,1%. No semestre, 14 estados tiveram resultados maiores do que a média nacional – Roraima (88,1%), Tocantins (82,7%) e Paraná (80,5%) foram os que alcançaram os melhores índices. Entre as regiões, o Nordeste foi onde houve melhor desempenho, com oito estados acima da média nacional. 



Mortalidade infantil 
Estudo publicado na edição de maio da revista inglesa The Lancet, revela que o acompanhamento Programa Bolsa Família teve contribuição decisiva para a queda da mortalidade de crianças menores de 5 anos, de 2004 a 2009. Segundo os pesquisadores brasileiros que fizeram o trabalho, a redução da mortalidade infantil chegou a 17% com o programa de transferência de renda. 

Realizada em 2.853 municípios brasileiros, a pesquisa Os efeitos dos programas de transferência condicional de renda na mortalidade infantil: uma análise dos municípios brasileiros apontou que a ação direta do Bolsa Família na queda da mortalidade de crianças foi ainda maior quando a causa está relacionada à segurança alimentar. O programa foi responsável direto pela diminuição de 65% das mortes causadas por desnutrição e por 53% dos óbitos causados por diarreia. 


O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores Maurício Barreto, Rômulo Paes, Davide Rasella, Rosana Aquino e Carlos A. T. Santos mostra também como o Bolsa Família contribuiu para a diminuição de mortes de crianças causadas por infecções respiratórias, ação relacionada às condicionalidades do programa. Nas cidades com cobertura quase total do público alvo, é possível dizer que em cada 10 crianças que seriam vítimas da desnutrição, seis sobreviveram devido às ações do programa. 


Fonte: Ascom/MDS
Coordenador do GT garante que reforma política será votada este ano
Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (24), o coordenador do Grupo de Trabalho para a Reforma Política e Consulta Popular sobre o Tema, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), garantiu que "desta vez a reforma política será votada".

A declaração foi dada após o evento de lançamento da página que vai receber sugestões para a reforma, e hospedada no portal E-democracia. Vaccarezza destacou que o otimismo dele está baseado no atual momento político vivido pelo País. 

"Nas conversas que tenho com vários deputados percebo o desejo de mudança. E esse sentimento é motivado pelos protestos que ocorreram no País (em junho) e que interferem no parlamento", afirmou Vaccarezza. Apesar de não adiantar os temas que serão apreciados nos debates, o coordenador acredita que dois assuntos não ficarão de fora: o financiamento de campanha e o sistema eleitoral. 

Sobre o site da reforma política, Vaccarezza disse que a ferramenta vai servir como um "instrumento de participação direta da população na apresentação de sugestões". Ele destacou que o site também vai trazer informações sobre as propostas já debatidas na Câmara e explicar assuntos que poderão entrar na pauta, como os vários modelos de sistemas políticos e eleitorais existentes no mundo. 

Ainda de acordo com Vaccarezza, o site vai dispor de uma biblioteca virtual para consulta dos internautas. Nesse espaço estarão todas as propostas globais de reforma apresentadas por entidades nacionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE), além de artigos e estudos sobre o tema. 

Interação- Para participar com sugestões ou críticas, ou ainda participar do fórum de debates e da sala de bate-papo sobre a reforma, basta o interessado preencher um cadastro com algumas informações pessoais. Por meio da ferramenta também será possível acompanhar as notícias relativas ao GT, além de assistir vídeos das reuniões e conhecer o calendário de atividades do grupo. 

Fonte: PT na Câmara

Mortalidade infantil no Nordeste teve queda de mais de 50% em 10 anos


A taxa de mortalidade total no país, que em 2000 era de 29,7‰, isto é, 29,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, teve uma redução de 47,6% na última década. Segundo novos números do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de mortalidade infantil em 2010 foi de 15,6‰.
O declínio mais acentuado foi observado no Nordeste (58,6%) e o menor, no Sul (33,5%), região que já apresentava níveis relativamente baixos de mortalidade infantil.
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O alto índice da redução chama atenção e, de acordo com o IBGE, é explicado, em parte, pelo aumento do salário mínimo e a ampliação dos programas de transferência de renda, que ajudaram a ampliar a renda especialmente da parcela mais pobre da população. Isso acarretou em queda das desigualdades sociais e regionais, atuando em favor da diminuição da mortalidade infantil no país.
Apesar dos altos declínios, o Brasil ainda precisa reduzir ainda mais a taxa para se aproximar dos níveis de mortalidade infantil das regiões mais desenvolvidas do mundo, que fica em torno de 5 óbitos de crianças menores de 1 ano de idade para cada 1.000 nascidos vivos.

IBGE - Queda da mortalidade infantil e aumento da esperança de vida

A taxa nacional de mortalidade infantil, que traduz o número de óbitos por grupo de mil nascidos vivos, caiu de 31,7 para 22,5 entre 1999 e 2009, informa a Síntese de Indicadores Sociais divulgada ontem pelo IBGE. No ano passado, a menor taxa de mortalidade infantil foi identificada no Rio Grande do Sul; a mais elevada, em Alagoas.
    Baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano passado, a Síntese de Indicadores Sociais expõe um raio-x das condições de vida da população nos dez anos completados em 2009. E revela importantes avanços.
    A esperança de vida ao nascer aumentou mais de três anos: era de 70 anos, em 1999, e passou a 73,1, em média, no ano passado. Entre as mulheres a expectativa passou de menos de 74 para 77 anos, enquanto para os homens aumentou de pouco mais de 66 para quase 70 anos.
    Entre 1999 e 2009, a proporção de idosos na população nacional aumentou, enquanto a parcela de crianças e adolescentes diminuiu. Os brasileiros com mais de 60 anos formavam 9,1% da população, em 1999, e passaram a ser 11,3%, em 2009.
O Brasil ganhou mais sete milhões de idosos. Enquanto isso, a proporção de crianças e adolescentes de até 19 anos de idade na população caiu de mais de 40%, em 1999, para menos de 33% em 2009.
    O estudo do IBGE mostra também que as mulheres decidiram ter menos filhos. Mas o número varia de acordo com o grau de instrução da mãe: as mulheres que passaram menos tempo na escola têm quase o dobro de filhos em relação às mulheres com oito anos ou mais de estudo. Além de terem menos filhos, as mulheres com mais instrução eram mães um pouco mais tarde e evitavam mais a gravidez na adolescência. As menores taxas de fecundidade foram identificadas nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais; as maiores, no Acre e no Amapá.
    Menos tempo na escola, aponta o trabalho do IBGE, significa mais tempo na fila do desemprego. Há vagas para quem tem o ensino médio completo, mas faltam trabalhadores com esse perfil. Segundo o instituto, menos de 40% dos jovens concluíram o ensino médio.
    O brasileiro passa cerca de 7 anos da vida na escola, tempo insuficiente para terminar o ensino fundamental.
    O estudo também revelou que os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, representam cerca de 28% do que ganham as famílias mais pobres.
MENOS MORTE ANTES DOS CINCO ANOS
    A redução da mortalidade infantil no Brasil, apontada pelo IBGE, foi destacada ontem também em relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a morte de crianças com menos de 5 anos de idade. O documento diz que, em todo o mundo, o número de crianças mortas com menos de cinco anos, para cada grupo de mil nascidos vivos, foi reduzido de 12,4 milhões, em 1990, para 89,1 milhões, no ano passado. No Brasil a redução foi de 196.000 para 61.000.
    O Unicef adverte, no entanto, que aproximadamente 22.000 crianças com menos de 5 anos ainda morrem a cada dia no mundo. Pelo menos 70% delas têm menos de um ano de idade.

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Brasil reduziu em mais de 60% mortalidade de crianças com até 5 anos


Em vinte anos, o Brasil conseguiu reduzir em 61,7% o número de mortes de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos – são 19,88/mil registros de mortes por mil nascimentos, em 2010, contra os 52,04 registros feitos em 1990. Ainda assim e embora tenha subido nove posições, o Brasil ocupa, em uma lista de 187 países, o 90º lugar no ranking internacional de mortalidade infantil. Os dados constam de um estudo realizado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington e publicado na mais recente edição da revista médica britânica The Lancet.
    Ainda de acordo com o estudo, no período de 1970 a 2010 a mortalidade infantil no Brasil foi reduzida à taxa anual de 4,8%, caindo de 120,7 mortes a cada mil nascimentos, em 1970, para 19,88, em 2010. O número ainda é muito superior ao de países com os menores índices de mortalidade como, por exemplo, a Islândia (2,6) e a Suécia (2,7) e até mesmo em comparação com países em desenvolvimento, como o Chile (6,48), Cuba (5,25), China (15,4), México (16,5), Colômbia (15,3) e Argentina (12,8).
    O esforço brasileiro, de acordo com o estudo, mostra fôlego para diminuir a mortalidade infantil em dois terços até 2015 e, desse modo, cumprir um dos Objetivos do Milênio fixados pela Organização das Nações Unidas. A ONU estima que, para o cumprimento da meta, será necessário um índice de redução anual médio de 4,4% entre 1990 e 2015. A média anual de redução registrada na análise dos 187 países foi de 2,1%.
QUEDA MUNDIAL
    O estudo estima que, entre 1990 e 2010, o número de mortes de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos em todo o mundo diminuiu em 4,2 milhões – de 11,9 milhões para 7,7 milhões. Desse total, 33% das mortes ocorreram no sul da Ásia e 49,6% na África Subsaariana.
    Entre os 187 países analisados, 56 aparecem com uma taxa de redução anual média igual ou superior a 4,4%, o percentual que a ONU considera necessário para atingir a meta estabelecida até 2015. Este número está acima das estimativas do UNICEF que, em estudo realizado em 2008, apontou que menos de um quarto dos países estava no caminho de cumprir a meta da ONU.
    De acordo com o estudo, relevantes avanços foram observados entre os países mais pobres. Há evidências de declínio mais acelerado, se comparado o período de 2000-2010 com o de 1990-2000, em 13 regiões do mundo, incluindo todas as regiões da África Subsaariana.