Era uma morte anunciada. Mesmo assim, a notícia da partida do colombiano Gabriel Garcia Márquez, aos 87 anos, explodiu com todo o impacto e mistério no fim da tarde de ontem. Na Bienal do Livro, em Brasília, colegas e fãs lamentaram. Mestre do realismo fantástico, Gabo — como era carinhosamente chamado pelos amigos — reinventou o jeito de contar histórias.
A fonte de inspiração? Uma avó.
Ao ler Kafka, aos 17 anos, ele descobriu que o tcheco escrevia da mesma forma que ela lhe narrava contos mágicos. E teve uma certeza: era isso que queria fazer. Foi a partir daí que se tornou jornalista — profissão que considerava a melhor do mundo — e um dos mais geniais escritores do planeta.
Ficou rico e famoso.
Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, é autor de clássicos como Cem anos de solidão, Crônica de uma morte anunciada e O amor nos tempos do cólera.