Reestruturando Machado de Assis

Dois horizontes norteiam nossa existência:

Um horizonte é a morte, saudade de quem não há de voltar.

O outro horizonte é o nascimento, esperança de que nunca há de nós deixar.

Nesse intervalo, que chamamos de vida, aprendemos que de fato, nascer e morrer são apenas faces da mesma moeda.

Temer, Pezão e o câncer que faz bem

Depois de posar de pai cuidadoso indo buscar o filho-neto na escola o Traíra e Golpista Michel Temer vestiu o figurino de brincalhão e saiu com esta pérola com o governador Pezão (Rio de Janeiro) que se trata de um câncer:

- "Há males que vêm para o bem, Pezão. Confesso que você está até mais bonito agora. Acabou sendo uma coisa útil”.

Babaca!

A casta não cansa de mamata

Os morojas não cansam de zombar da plebe. Não bastam as mordomias, privilégios, benefícios que desfrutam às custas do nosso trabalho. Sabe o que a Corja pretende garantir? A impunidade remunerada. Confira o artigo abaixo:

Associações pedem que STF restaure aposentadoria de juízes condenados por crimes

POR FERNANDO BRITO 

Todos têm visto as associações de juízes defenderem penas mais duras para casos de corrupção, prisão de acusados antes do trânsito em julgado (o esgotamento dos recursos possíveis) e até protestando contra oLula ter pedido a supervisão de uma corte da ONU sobre a perserguição judicial que está sofrendo.

Mas certamente são poucos os que leram a matéria de ontem à tardinha, em O Globo, mostrando que a Ajufe (dos juízes deferais, como Sérgio Moro), a Anamatra (dos Magistrados do Trabalho) e a AMB, que congrega todos os segmentos do Judiciário, ingressaram com uma ação para que sejam restabelecidas – inclusive com os atrasados – todas as aposentadorias de juízes que perderam o cargo por condenação criminal confirmada em instância final, único caso em que podem perdê-la.

Sim, é isso mesmo, as associações de juízes querem que, um juiz, condenado por vender sentenças, roubar, matar, transgredir a lei de forma a ser condenado criminalmente  fique fora da punição de perda de aposentadoria e que esta seja concedida nos mesmos moldes que já é, quando o afastamento é determinado  administrativamente pelo Conselho Nacional de Justiça ou pelas corregedorias dos tribunais é a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

O argumento de suas excelências é que isso representaria ” o enriquecimento sem causa do Estado, que estaria se apropriando de dinheiro que deveria ir para os servidores”.

Então fica-se assim: um magistrado vende sentenças por milhões, é pego em flagrante, julgado, condenado, com todos os recursos possíveis, recebe uma pena e, junto com ela, o direito de ficar  aposentado com salários de R$ 20 mil ou mais.

E olhe que os magistrados entrarma com uma ação diferente  de outra que pretende o mesmo, porque resolveram pedir, se acolhido seu pedido, os valores retroativos a até 1993, 23 anos atrás.

Que bolada, hein!

Moralidade, vê-se, é algo aplicável aos outros, não à casta semidivina (semi?) da magistratura, que não pode ser tratada como a patuléia.

Universidade paga x Universidade gratuita, por Jackson Neves

O Modelo de Universidade Gratuita da Esquerda, quanto o modelo de Universidade Paga da Direita são dois modelos arcaicos, ultrapassados e nefastos para a sociedade e para educação.

A Universdade deveria ter um modelo hibrido, com o pagamento efetuado com créditos, além das bolsas integrais e parciais escolhidos por um critério técnico democrático e transparente e fiscalizável.

Os créditos para pagamento poderiam ser convertidos em valores monetários para quem quisesse ou pudesse pagar, ou em serviços a comunidade (Prefeituras, Estados e União), com supervisão, acompanhamento, controle e auditoria.

Os serviços a serem prestados seriam serviços técnicos nas suas respectivas áreas e afins. Os serviços poderiam ser prestados ainda como estudantes a partir de um deteminado "ano" ou como profissionais já formados (recém formados).

O filho de rico que quer pagar  - paga, o filho de pobre que não pode pagar  - presta serviço.

Porque a vaga em Universidade Pública é de todos, é da sociedade, não é só dos Ricos, como também não é só dos pobres,

Assim,  Ricos e Pobres, todos tem que pagar, o que muda é a moeda.

Golpistas roubam 1º Campo do pré-sal

Em apenas um "neg
​o​
ci
​nh​
o"
​o traíra​ e seus cúmplices
 golpistas roubaram da Petrobras o dobro do que a quadrilha de Curitiba diz que foi roubado por executivos nomeados por políticos, 14 bilhões (E o atual presidente da estatal foi nomeado pelo Papa ou terá sido pelo deus Moro?).

Futebol e política em 2018

Para ganhar a Copa do mundo de 2018 não preciso sequer dos melhor time nem dos bandeirinhas, basta quem apita estar do meu lado.

Para vencer a eleição presidencial de 2018 só preciso que Lula seja meu candidato. 

Se ele for, venço com os pés nas costas.

A máfia oposicionista e sem votos sabe disso tanto quanto eu.

E exatamente por isso, desde já compraram juizes para derrotar Lula, no tapetão.

Nas ruas e nas urnas eles (golpistas) sabem que vencem não.

Corja!

Os incansáveis e a coceira


POR FERNANDO BRITO 

Com o natural sentimento de mágoa de alguém que sofre uma injustiça, a reação de Lula, ontem, foi a de repetir um desabafo idêntico ao que fez quando da absurda condução coercitiva que sofreu por policiais federais, a mando de Sérgio Moro, num espetáculo midiático dantesco: carregar à  força para depor alguém que não era (e não é, naqueles casos) réu e sequer havia sido convocado a prestar depoimento.

"Eu já cansei, eu não tenho que provar que tenho apartamento, quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público que fala o que eu tenho, a Polícia Federal que falou o que eu tenho, eles que têm que apresentar documento de compra, pagamento de prestação, algum contrato assinado, porque se não tiver, eles terão que me dar de presente um apartamento e uma chácara, aí eu ganharei de graça essas coisas que eles falam que eu tenho"

Lula completa, daqui a três meses, 71 anos. Depois dos anos de metalúrgico e presidente do sindicato da categoria, foi deputado, presidente de um partido político, Presidente da República por oito anos e, depois, um dos mais requisitados palestrantes para eventos empresariais, justamente pelo sucesso de sua administração.

A pergunta óbvia é a seguinte: não ganhou, ao longo deste tempo e exercendo funções como as que exerceu, o suficiente para comprar um belo de um apartamento em qualquer das zonas ditas nobres de São Paulo ou da cidade brasileira que desejasse? Ou um sítio, com piscina, churrasqueira e, até, pedalinhos?

Seu antecessor, Fernando Henrique, tem apartamentos aqui (ao que se diz também em Paris) tem fazendas e empreendimentos agrícolas. Porque seu patrimônio – afinal,os anos de professor universitário foram numa atividade que não enriquece ninguém – não são suspeitos ou objeto de investigação policial-judicial?Porque ele fala francês e inglês (este, bem mal, como se viu na entrevista vergonhosa à Al Jazeera)?

Até os acervos acumulados em suas gestões e que, por força de lei, foram obrigados a carregar consigo, sem poder dar ou vender, são diferentes: no caso de FHC, são preservação da memória nacional; no caso de Lula, apresentado como coisas "afanadas" do Planalto!

O cansaço é um sentimento que só atinge os justos. Os maus têm, no máximo, preguiça, porque não há cansaço em quem não trabalho, muito e pesado.

Jamais vi um canalha esgotado e quando algum vai fruir o produto de seu mau-caratismo é num "dolce far niente" luxuoso. Ainda que fossem dele – e como diz, não há um documento a prova-lo – pode-se chamar de luxo um "pombal" no Guarujá ou um sítio em Atibaia?

Se eu pudesse dizer algo a Lula, nestes tempos de mesóclise, contar-lhe-ia uma cena que vivi com Leonel Brizola, num dos muitos revezes que sofreu na vida.

Numa conversa por telefone, nos tempos de menos escutas,  ele desabafa dizendo que está cansado, que pouco pôde conviver com a família (mesmo no exílio, os filhos estavam no Brasil, a partir de certa altura, e ele confinado no interior do Uruguai), que estava com mais de 70 anos, que era hora de descansar e procurar prover toda a ausência a que fora obrigado, depois de 50 anos de vida pública, 15 deles no exílio.

"Brito, eu tenho este direito".

Eu disse que era óbvio que sim e que ninguém poderia condená-lo por isso, embora muitos fossem falar  que ele teria ido aproveitar "as delícias" de sua fazenda uruguaia: uma velha casa de pedra, no interior profundo, com telhas de amianto pintadas de vermelho, apropriadamente chamada de Casco Viejo.

"Só tem um problema, governador (como sempre o chamávamos), isso é impossível."

"Impossível, por que?", respondeu.

E o velho, que era menos teimoso do que se diz, teve de ouvir:

"Se o senhor se aposentar hoje, garanto que amanhã meu telefone vai tocar e vou ouvir uma voz me dizendo… (e imitando seu sotaque) Mas óooolha, Brito, tu viste os jornais, viu o que estes filhos da p…. estão fazendo?" É por isso que é impossível, porque o senhor não consegue".

Até o leito de morte, todos sabem, ele não conseguiu, e este teimoso aqui o acompanhou, com as mesmas queixas da família.

Certos personagens tomam conta, e não devolvem, da condição de indivíduos que todos nós  – e eles também – temos.

Não vão descansar, mesmo que os seres humanos que são o queiram.

Como disse o outro agora velho, o de São Bernardo: "dá uma coceira…."