Um homem que se apresenta como Sarneyzinho do Maranhão diz que já colocou "seus homens" atrás de Alexandre de Moraes com a ordem de EXECUTAR o ministro do Supremo Tribunal Federal. pic.twitter.com/zEkPsmAH1M
— William De Lucca (@delucca) December 14, 2022
Sarneyzinho do Maranhão: e a liberdade de expressão?
Miliciano da polícia civil do Rio de Janeiro intima William Bonner e Renata Vasconcelos
A decadência sem elegância da namoradinha do Brasil
Artigo do dia
O Brasil está vivendo, segundo analistas nacionais e internacionais, um clima político de pré-nazismo, enquanto a oposição progressista e democrática brasileira parece muda. Somente nos últimos 30 dias, de acordo com reportagem do jornal O Globo, o presidente Jair Bolsonaro proferiu 58 insultos dirigidos a 55 alvos diferentes da sociedade, dos políticos e partidos, das instituições, da imprensa e da cultura.
Abram os olhos antes que seja tarde demais
“Vários amigos, embora tenham horror ao atual governo, não se preocupam muito: pensam que em quatro anos as eleições o substituirão. Alguns acrescentam que o Brasil assim aprenderá melhor o valor
da democracia.
De minha parte, entendo que eles subestimam a destruição do tecido social e político, a liquidação da
vida inteligente e da vida mesma, que está sendo efetuada prioritariamente nas áreas da educação e do meio ambiente.
Debate-se muito o que é fascismo. Porém alguns pontos são fundamentais nesse regime, talvez o mais antidemocrático de todos, que não é apenas um exemplo de autoritarismo.
Primeiro, o fascismo conta com ativo apoio popular. Tivemos uma longa ditadura militar, mas com sustentação popular provavelmente minoritária e seguramente passiva. Mesmo no auge de sua popularidade —o período do “milagre”, somando general Médici, tortura e censura, tricampeonato de futebol e crescimento econômico— não houve movimentos paramilitares ou massas populares saindo às ruas para atacar fisicamente os adversários do regime.
Hoje, há.
Daí, segundo, a banalização da violência. Elas deixam de ser, na frase de Max Weber, monopólio do Estado, por meio da polícia e das Forças Armadas: os próprios cidadãos, desde que favoráveis ao governo, sentem-se autorizados a partir para a porrada.
O ataque à barca em que estava Glenn Greenwald em Paraty é exemplo vivo disso.
O que distingue o fascismo das outras formas de direita é ter uma militância radicalizada, ou seja, massas que banalizam o recurso à violência. O fascismo já estava no ar uns anos atrás quando um pai, andando abraçado com o filho adolescente, foi agredido na rua por canalhas que pensavam tratar-se de um casal homossexual.
Terceiro: essa violência é usada não só contra adversários do regime —a oposição política— mas também contra quem o regime odeia. Não foca apenas quem não gosta do governo. Mira aqueles de quem o governo não gosta. No nazismo, eram judeus, homossexuais, ciganos, eslavos, autistas. No Brasil, hoje, são sobretudo os LGBTs e a esquerda, porém é fácil juntar, a eles, outros grupos que despertem o ódio dos que se gabam de sua ignorância (“fritar hambúrguer” é um bom exemplo, até porque hambúrguer não se frita, se faz na chapa).
Quarto: o ódio a tudo o que seja inteligência, ciência, cultura, arte. Em suma, o ódio à criação. Não é fortuito que Hitler, que quis ser pintor, tivesse um gosto estético tosco, e que o nazismo perseguisse, como “degenerada”, a melhor arte da época. É verdade que os semifascistas Ezra Pound e Céline brilham no firmamento da cultura do século 20 —mas são agulha no palheiro.
Antonio Candido uma vez escreveu um manifesto dos docentes da USP criticando a “mediocridade irrequieta” que comandava a universidade. Um colega discordou: a mediocridade nunca é irrequieta! Mas Candido tinha razão. A mediocridade procede hoje, sem pudor, ao desmonte de nossas conquistas não só políticas e sociais, mas culturais e ambientais.
A irracionalidade vai a ponto de algumas dezenas de paratienses tentarem sabotar a Flip, que dá projeção e dinheiro para a cidade. Essa é uma metáfora de um país que namora o suicídio.
Salvemos a vida, salvemos a vida inteligente! Construamos alternativas e alianças para enfrentar essas ameaças. Não temos tempo de sobra.”
Renato Janine Ribeiro
Na Folha de São Paulo.
Hipocrisia fascista
As madamas do fascismo, por Jota Camelo
e esfarrapados andando e morando
nas calçadas e debaixo de pontes.
Mec sob bombardeio
Vida que segue...
Coincidência
Além deste comentário acima, vi outros dois do mesmo nível sobre a morte dos 10 garotos das categorias de base do Flamengo.
Uma coisa me chamou atenção: as três pessoas que fizeram graça com a tragédia são bolsonaristas.
Triste conincidência.
Vida que segue...
Jesus da goiabeira
Agradeço Clique nos anúncios dos nossos patrocinadores
Águia de Ouro proíbe ator de desfilar porque ele protestou contra o fascismo
A frase do dia é de Luiz Fernando Veríssimo
E o fascismo venceu..., por Fernando Horta
Josias de Souza: a males que vem pra pior
Bolsonaro ainda não se deu conta. Mas a satanização dos adversários perdeu a importância com a abertura das urnas. A corrupção é endêmica, o Estado foi à breca, a economia está sedada e há 12,7 milhões de brasileiros sem emprego. Admita-se que, diante de tantos flagelos, o partido da estrela vermelha e o sistema político tornaram-se alvos fáceis. Mas Michel Temer, a herança do petismo que apodrece no Planalto, vai embora em janeiro. E nem por isso haverá um surto de probidade. O déficit público não sumirá. O PIB não bombará. E os empregos não cairão do céu.Bolsonaro planeja viajar para Brasília nesta terça-feira. Precisa nomear até 50 prepostos para cuidar da transição de governo. Chegou a hora de saciar as expectativas que despertou. Sob pena de produzir uma onda de decepção capaz de corroer rapidamente a legitimidade obtida nas urnas.Os eleitores de Bolsonato dividem-se em dois grupos. Num, estão os brasileiros que acreditaram num mundo feito de soluções fáceis. Noutro, os que votaram contra os defeitos do sistema, não a favor das qualidades do capitão. Quando o primeiro grupo perceber que não existem soluções fáceis e o segundo grupo notar que a desqualificação do eleito o aproxima daquilo que o sistema tem de pior, Bolsonaro estará em apuros.Nessa hora, o “grande exército” de apoiadores do presidente eleito começará a flertar com a ideia da deserção, juntando-se aos “socialistas” e “comunistas” que Bolsonaro enxerga nas esquinas, em cima das árvores e nas redações “da grande mídia”. Ou Jair esquece que há um sobrenome “Messias” anotado em sua certidão de nascimento antes do Bolsonaro ou vai acabar acreditando que é mesmo o salvador da pátria.Sob refletores, renovará a promessa de expulsar os vendilhões do templo. Longe dos holofotes, negociará com os pecadores a aprovação de suas reformas no Congresso. Bolsonaro já iniciou um movimento de aproximação com as bancadas de partidos como o DEM de Rodrigo Maia e o PSD de Gilberto Kassab. Logo, logo terá raiva de si mesmo, tornando-se vítima de sua própria indústria.
Notório fascista, por Pablo Villaça
Fernando Brito: O ‘programa’ de Bolsonaro é o ódio e a morte será sua obra
Fez ameaças a jornalista, o judiciário se calou. Agora fez ao STF, amanhã?...
Vermelhos a serem varridos
Não interessa se você vota 17 ou não. Se discordar no futuro, será mais um "marginal vermelho" a ser varrido.
Entendeu ou tenho que desenhar?