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Ricardo Noblat - blogueiro de aluguel


Que triste fim escolheu o jornalista (?) Ricardo Noblat (Globoells) para sua propria carreira jornalística.

Vender-se de corpo e alma a tucademopiganalhada.

É daqueles que recebe ordem para escrever um texto e pergunta: Contra ou a favor?...

Triste sim, triste fim.

MST: INVASÃO E RAZÃO

Particularmente não entendo nem como razoável, muito menos como construtiva a ação do MST ao destruir “alguns” sete mil pés de laranjas em uma fazenda no interior de São Paulo.
Sites independentes – que não repetem a linha editorial do PIG – não deixam transparecer suas intenções (mas elas acabam se tornando evidentes) se esforçam em demonstrar que a citada fazenda pertence à União.

Coisa que a mídia entreguista brasileira faz questão de esconder.
Todavia, esse fato não justifica, no meu entendimento, a ação praticada pelo MST.
Ela contribui tão somente para o aumento do descrédito do Movimento junto a sociedde civil e para a exacerbação do ódio virulento das elites, sobretudo da bancada ruralista, no Congrasso Nacional.




A pretexto de reivindicar a reforma agrária, o atos do MST findam por acirrar o conflito e dar sentido e razão aos argumentos dos seus críticos e opositores.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em nota, afirma que não aprova tais atos porque eles dificultam a resolução dos conflitos fundiários e prejudicam o avanço da reforma agrária no país.



Mas o Incra deixa claro que a fazenda pertence mesmo à União e não à empresa que reivindicou (e já obteve na Justiça) a reintegração de posse.


Ou seja, se restitui a alguém aquilo que não é dela. E se não é dela não poderia ser restituído.
“O Incra informa que a fazenda Santo Henrique, localizada no município de Borebi, São Paulo, e ocupada pelo MST, é objeto de ação reivindicatória proposta pela autarquia em agosto de 2006, por pertencer a um conjunto de terras públicas da União que constituíam o antigo Núcleo Colonial Monção. No momento, o Incra aguarda decisão da Justiça Federal sobre a posse do imóvel”.

Não entendo por que a União (Incra) permite que os grandes oligopólios se façam de donos de terras públicas constituídas de tão imensas áreas e delas retirem e tripliquem suas riquezas enquanto é negado um pedaço de terra para quem necessita trabalhar e manter o sustento de suas famílias.

O MST tem cometido um festival de besteiras e insanidades país a fora. Seus atos revelam truculência e selvageria, até. No caso da fazenda Santo Henrique, localizada no município de Borebi, como em outros vários casos, não é tão fácil entender a contrariedade do MST diante da injustiça que é a divisão da terra no Brasil o quanto é difícil aceitar atos nada racionais e violentos.

Se o MST luta pela terra e pela riqueza que ela produz, esta (a riqueza) já fora produzida – refiro-me às laranjeiras destruídas.

Destruir, depredar coisas e prédios e até matar animais, revela um sentimento hostil do MST e faz crer que ele luta por uma causa na qual já não acredita.
Se assim fosse, a luta do MST além de inglória e de não valer apena, só lhe acarretaria ainda mais a responsabilidade de responder pelos crimes que lhe imputam.

Para isso, para lhe fazer graves acusações, aí sim, a mídia da direita está como sempre esteve: pronta para servir a elite nacional e mostrar somente um lado da moeda (os fatos) para dizer que a razão se encontra com quem sempre esteve (para ela) com a razão - os ricos.

MICHELETTI, NÃO. O CULPADO É O LULA

A direita brasileira passou grande parte do tempo após o golpe de estado aplicado por Roberto Micheletti que depôs o Preidente Manuel Zelaya usando a Constituição de Honduras para justificar o golpe.
Como se sabe, a direita brasileira é adepta a golpes. Aqui ou em qualquer parte, iclusive em Honduras.




Parece coisa de gente insana – louca pelo poder – usar a lei para justificar a ilegalidade.
Quando um argumento como esse cai por terra ou se fragiliza, a direita trata de arranjar outro para substituí-lo ou reforçá-lo.
É o caso, agora, do que pode vir a ser o início das negociações entre os golpistas e o Presidente deposto com a mediação da OEA.



A imprensa golpista brasileira evita chamar Roberto Micheletti de golpista, preferindo definí-lo com o horroroso e passional título de “presidente de fato”.
A imprensa de direita que não gosta do Lula e odeia Zelaya, diz que este, ainda que cético quanto à possibilidade de os golpistas concordarem com a sua volta ao poder, nomeou oito delegados para participar das negociações.



A imprensa direitista diz que Zelaya vai conversar com o presidente de fato.
Diz que a OEA quer ajudar, mas o problema é que o Presidente Lula está atrapalhando.
“Enquanto a OEA tentava entrar em acordo com ambas as partes do conflito para um diálogo, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, insistiu que a essência do conflito é Micheletti”, estampa a Folha/Uol.



Primeiro, a imprensa pró-golpe achou normal o golpe de estado hondurenho. Para a imprensa brasileira a instabilidade social hondurenha só teve início após a volta de Zelaya ao (seu) país.
Mas sobretudo porque Zelaya se refugiou na Embaixada brasileira.
Isso sim, gerou conflitos e instabilidade.
E a culpa foi do Lula que não deixou que Zelaya fosse morto pelos golpistas às portas da nossa representação diplomática.



Era isso que a imprensa e toda a direita brasileira queriam.
Para acusar Lula de ter cometido um crime contra o direito internacional!!!
Agora, os golpistas querem conversar. Zelaya aceita conversar. A OEA concorda em intermediar essa conversa.



O problema é só o Lula.
Lula é um cara que defende os princípios democráticos. Ele quer que o golpista se retire e o presidente eleito pelo voto popular retome o poder.
A mídia acha isso errado. Para ela Lula erra e atrapalha... sempre.

A urubuzada


O Lula vai quebrar a cara em Honduras! Vai correr sangue nas ruas de Tegucigalpa e ele será o culpado! O Lula vai tomar uma surra do Obama em Copenhague! Vai dar Chicago! Agora a popularidade do Lula vai despencar!
Pois é, amigos, foi uma atrás da outra. A urubuzada (nada a ver com a grande torcida do Flamengo, por favor!) jogou contra e perdeu todas, perdeu o rumo. Vocês já repararam? A oposição simplesmente sumiu de cena.
Em 2009, a turma do contra, representada por aqueles célebres 6% que reprovam o governo Lula, começou jogando tudo na crise econômica mundial, que quebraria o Brasil. O Brasil não só não quebrou como saiu da crise mais forte do que entrou.
Já nem me lembro de todas as crises do fim do mundo anunciadas durante o ano, mas tivemos depois a dengue, a crise do Senado, a gripe suína, a história da Lina, a CPI da Petrobrás, o diabo a quatro. E nada do Lula cair nas pesquisas.
A palavra crise não saía das manchetes, e nada. Quando a crise não era aqui, era em Honduras _ por culpa da política externa do governo brasileiro, claro. Agora que as coisas estão se acalmando por lá e tudo indica uma saída negociada com os golpistas devolvendo a Presidência a Manuel Zelaya, a urubuzada já está recolhendo os flaps.
Com a vitória do Rio para sediar a Olimpíada 2016 transmitida ao vivo de Copenhague, não teve jeito de esconder o importante papel do presidente Lula nesta conquista. Os 6% de inconformados e seus bravos representantes na imprensa e no parlamento devem ter entrado em profunda depressão. Por isso, sumiram _ pelo menos, por algum tempo.
Restam apenas alguns blogueiros histéricos e seus comentaristas amestrados blasfemando na janela, vendo as ruas em festa, os bares lotados em dia de semana, a indústria, a bolsa, o emprego e a renda crescendo novamente, a autoestima do brasileiro lá em cima, a vida seguindo alegre seu rumo.
Claro que sempre será possível fazer escândalo com qualquer coisa, como esta crise do Enem, uma história até agora muito mal contada, que vai atrasar a data dos vestibulares. E daí? Fora os candidatos e professores que irão perder alguns dias de férias, qual o drama para o restante dos brasileiros?