Dizem que a eleição de Donald Trump também já foi reivindicada por eles
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Diante de uma tragédia como a de ontem em Paris, duas atitudes se impõem.A primeira é chorar cada morte. Na última contagem, 120 pessoas foram mortas pelos atos conjuntos de terrorismo, e dezenas estão feridas, muitas em estado crítico.A palavra mais comum nos jornais franceses deste sábado é, previsivelmente, horreur, horror.Derramadas todas as lágrimas, vem a segunda atitude. Tentar compreender como uma violência de tal magnitude pôde acontecer.É um passo essencial para evitar que outros episódios dantescos como o desta sexta em Paris possam se repetir.Mas há, aí, uma extraordinária dificuldade em sair de lugares comuns como a “violência radical” do islamismo e dos islâmicos.Trechos do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, são citados em apoio dessa tese falaciosa e largamente utilizada.A questão realmente vital é esta: o que leva ao extremismo tantos muçulmanos, sobretudo jovens? Por que eles abandonam vidas confortáveis em seus países de origem, abraçam o terror e morrem sem hesitar pela causa que julgam justa?Os líderes ocidentais não fazem este exercício porque a resposta àquelas perguntas é brutalmente indigesta para eles.O terror islâmico nasce do terror ocidental, numa palavra.Há muitas décadas os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, promovem destruição em massa nos países islâmicos.